Em "As Formas Elementares da Vida Religiosa", David Emile Durkheim busca a origem e a função
da religião, também compreendida como um fato social e, portanto, moral, sendo sua tese a de que
"a verdadeira função da religião não é nos fazer pensar, enriquecer nosso conhecimento, acrescentar
representações de outra natureza", [...] mas sim nos fazer agir, nos ajudar a viver”, sendo, pois, a crença,
a fé, o consenso, a ideia, a representação coletiva, que se constituem uma força moral, enquanto ação
da consciência coletiva sobre a individual, garantindo a vida em sociedade.
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Tema central: a relação entre indivíduo e sociedade segundo Durkheim, especialmente a ideia de que a religião é um fato social que exerce uma ação moral sobre os indivíduos, promovendo coesão e regulação.
Resumo teórico conciso: Para Durkheim (Les Formes élémentaires de la vie religieuse, 1912), representações coletivas (crenças, rituais) e a consciência coletiva funcionam como força moral. A religião não é primariamente conhecimento teórico, mas um mecanismo social que faz as pessoas agir de modo que a vida em sociedade seja possível — produzindo normas, emoções compartilhadas e solidariedade.
Justificativa da alternativa C: O enunciado reproduz a tese durkheimiana central: a função social da religião é moral e prática — ordenar comportamentos e fortalecer laços sociais — não apenas aumentar o saber individual. Assim, afirmar que a religião é fator que "nos fazer agir" e que crenças e representações coletivas constituem uma força moral está em conformidade direta com a obra de Durkheim; por isso a alternativa C é correta.
Estratégia de prova (como identificar rapidez): atente para termos-chave — fato social, consenso, função moral — que remetem imediatamente ao repertório durkheimiano. Quando o enunciado enfatiza ação social e coesão, favoreça Durkheim como autor referência.
Fonte principal citada: É. Durkheim, Les Formes élémentaires de la vie religieuse (1912). Para contextualizar, ver também: É. Durkheim, The Rules of Sociological Method (1895) e comentários introdutórios em manuais de sociologia clássica.
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