A solidariedade social, conforme definida por David Emile Durkheim, não é um fenômeno moral, por isso pode constranger ou obrigar os indivíduos a agirem de uma determinada forma aceita pela sociedade, mas, na condição de uma força moral, pode ser observada, e, assim, ser analisada como fato social.

Resposta correta: E — ERRADO

Tema central: a questão trata da concepção durkheimiana de solidariedade social e de "fato social". É essencial entender que, para Durkheim, elementos como solidariedade e consciência coletiva têm caráter moral e possuem exterioridade e coercitividade frente ao indivíduo.

Resumo teórico progressivo:

Fato social: segundo Durkheim, é "coisa" exterior ao indivíduo, dotada de poder coercitivo (cf. As Regras do Método Sociológico, 1895). Pode ser observado e estudado objetivamente.

Solidariedade social: na A Divisão do Trabalho Social (1893) Durkheim distingue solidariedade mecânica (baseada em semelhança e forte consciência coletiva) e orgânica (interdependência). Ambas se fundamentam na consciência coletiva, que é uma força moral — ou seja, um fenómeno com conteúdo moral que regula comportamentos sociais.

Por que a alternativa E (Errado) é a correta:

A assertiva do enunciado é contraditória. Ela afirma que a solidariedade "não é um fenômeno moral", mas em seguida reconhece que, "na condição de uma força moral", pode ser observada como fato social. Para Durkheim, a solidariedade é precisamente um fenômeno ligado à moralidade social — resulta da consciência coletiva e exerce coerção moral sobre os indivíduos — e, simultaneamente, é um fato social passível de análise científica. Logo, negar seu caráter moral e ao mesmo tempo tratá-la como força moral é inconsistente; a afirmação é equivocada. Por isso a resposta correta é "Errado".

Dica de prova: ao enfrentar questões sobre Durkheim, identifique termos-chave: "fato social", "externo", "coercitivo", "força moral", "consciência coletiva". Perguntas que neguem a dimensão moral da solidariedade costumam ser incorretas, pois a moralidade social é central na teoria durkheimiana.

Fontes principais: É. Durkheim, A Divisão do Trabalho Social (1893); As Regras do Método Sociológico (1895).

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