Leia atentamente a seguinte notícia: “Está
ficando difícil fazer o velho e bom prato preferido
dos brasileiros: o arroz e feijão. O preço do feijão
disparou e aumentou, na média do Brasil todo, 33%
desde o começo do ano. [...] De cada dez quilos de
feijão vendidos no Brasil, sete são do tipo carioca,
justamente o que mais subiu de preço”.
Preço do feijão sobe 33% em 2016. Edição do dia
15/06/2016 14h27 - Atualizado em 15/06/2016
http://g1.globo.com/jornalhoje/noticia/2016/06/preco-do-feijao-sobe-33-
em-2016.html
Dentre os principais fatores responsáveis pelo
aumento do preço do feijão estão
Gabarito comentado
Resposta correta: D
Tema central: variações de oferta e preço de produtos agrícolas (feijão) relacionadas a fatores climáticos e espaciais. Para resolver, é preciso identificar onde o produto é majoritariamente produzido no Brasil e quais riscos climáticos afetam produção e produtividade.
Resumo teórico: o preço interno de um produto agrícola sobe quando a oferta cai (queda de produção ou de área colhida), concentração regional da produção aumenta vulnerabilidade a choques locais. Fatores climáticos — chuvas excessivas no plantio, estiagem durante o ciclo e geadas — reduzem área plantada, germinação e/ou produtividade, elevando o preço. Fontes habitualmente usadas: CONAB, EMBRAPA e IBGE (séries sobre produção, safra e ocorrência de eventos climáticos).
Justificativa da alternativa D (chuvas em excesso no início do plantio, estiagem e geadas no Paraná): o feijão carioca é predominante e o Paraná é um dos maiores produtores. Em 2016 ocorreram irregularidades climáticas nessa região (plantio afetado por chuvas, fases críticas com falta d’água e ocorrência de geadas), que reduziram rendimento e oferta, explicando o forte aumento de preços reportado. Assim, D relaciona corretamente eventos climáticos que atacam a produção local e justificam a elevação de preços.
Análise das alternativas incorretas:
A — “quinto ano consecutivo de seca no Nordeste, maior produtora” está incorreta: o Nordeste não é a maior produtora de feijão; as principais safras vêm do Sul, Sudeste e Cerrado. Além disso, a afirmação de “quinto ano” é genérica e não explica a alta específica de 2016.
B — “redução de hectares e aumento da produção de milho”: mudanças de área ocorrem, mas em 2016 o choque de oferta do feijão foi explicado mais por perdas climáticas do que por deslocamento extensivo para milho; falta de dados concretos torna essa opção pouco plausível.
C — “preço elevado no mercado internacional e aumento de exportações”: o Brasil tem participação em comércio exterior de feijão, mas o salto de preço citado foi principalmente por queda de produção interna. A alternativa atribui ao mercado externo uma causa que não foi dominante naquele episódio.
Estratégia de prova: procure na alternativa a ligação direta entre produtor/ região e causa plausível (evento climático, praga, mudança de área). Preferir respostas que mencionem fatores específicos e coerentes com a geografia da produção.
Principais fontes para estudo: CONAB (Relatórios de Safra), EMBRAPA (manejo e impactos climáticos em feijão), IBGE (PAM e levantamento de produção agrícola).
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