Terremotos, deslizamentos e enchentes são
fenômenos decorrentes do aquecimento global,
portanto a ação humana pouco pode fazer diante
dessas forças.
“É comum, ao analisar as consequências das chamadas
tormentas, perceber que, na maioria dos casos, a
população com menor poder aquisitivo é a que mais
sofre. (...) Em outras palavras, as classes menos
favorecidas acabam ocupando áreas de risco como
margens de rio, pedreiras abandonadas, beiras de
barrancos ou montanhas, entre outras, que estão mais
suscetíveis às catástrofes naturais.” (OCTAVIANO,
Carolina. As consequências sociais das tormentas.
Revista Eletrônica ComCiência, n.o
117, abril de 2010.
Disponível em: <http://www.comciencia.br/handler.php?section=8&edicao=55&id=701>. Acesso em: 21/06/2010).
Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre
a estrutura urbana brasileira, assinale o que for correto.
Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a estrutura urbana brasileira, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: E — Errado
Tema central: riscos naturais urbanos e relação entre mudanças climáticas, processos geológicos e vulnerabilidade social. A pergunta exige diferenciar causas físicas (terremotos) de processos climáticos e reconhecer o papel humano na vulnerabilidade e na redução de riscos.
Por que a afirmação é errada?
1) Terremotos têm origem geológica: resultam de movimentos das placas tectônicas e falhas crustais. Não são causados pelo aquecimento global — portanto atribuir terremotos ao clima é incorreto (ciência da sismologia).
2) Deslizamentos e enchentes podem ser intensificados por mudanças climáticas por conta do aumento de eventos de chuva extrema (veja relatórios do IPCC). Porém, a frequência e severidade das perdas humanas e materiais dependem fortemente da ocupação humana do espaço: desmatamento, impermeabilização, ausência de drenagem, ocupação de encostas e margens aumentam muito o risco.
3) A conclusão do enunciado — "portanto a ação humana pouco pode fazer" — é falsa. Políticas de planejamento urbano, obras de controle de encostas, drenagem, retirada de ocupações em áreas de risco, mapeamento e sistemas de alerta reduzem perdas. Exemplos/ referências brasileiras: Lei nº 12.608/2012 (Política Nacional de Proteção e Defesa Civil), atuação do CEMADEN e diretrizes do IPCC sobre adaptação.
Dica para prova: desconfie de frases absolutas que vinculem todos os fenômenos naturais a uma única causa e que neguem possibilidade de intervenção humana. Identifique o agente causal correto (tectônica vs clima) e pense em vulnerabilidade (ação humana) — isso indica se a afirmação é verdadeira ou falsa.
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