Questão 4ca754a5-7a
Prova:ENEM 2010
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos
Texto I
XLI
Ouvia:
Que não podia odiar
E nem temer
Porque tu eras eu.
E como seria
Odiar a mim mesma
E a mim mesma temer.
HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).
Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de
Camões, a temática comum é
Texto I
XLI
Ouvia:
Que não podia odiar
E nem temer
Porque tu eras eu.
E como seria
Odiar a mim mesma
E a mim mesma temer.
HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).
Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de
Camões, a temática comum é
A
o “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se
realiza por meio de uma espécie de fusão de dois
seres em um só.
B
a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos
versos de Hilda Hilst, a afirmação do eu lírico de que
odeia a si mesmo.
C
o “outro” que se confunde com o eu lírico, verificando-se,
porém, nos versos de Camões, certa resistência
do ser amado.
D
a dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o
ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a
realização concreta.
E
o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados,
nos Textos I e II, respectivamente, o ódio e o amor.
Gabarito comentado

Isabel VegaMestra em Letras na UFRJ, Coordenadora e Professora Aposentada de Português do Colégio Pedro II-RJ