O homem, ao se organizar socialmente, organiza também o espaço geográfico por meio do trabalho,
e, desse modo, o espaço é uma criação da sociedade, enquanto o trabalho, à medida que envolve a
produção do espaço, deixa marcas visíveis na paisagem.
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Tema central: a ideia de que o espaço geográfico é resultado da organização social e do trabalho. Essa noção é fundamental na Geografia humana/critica: o espaço não é dado apenas pela natureza, mas produzido socialmente e materializado na paisagem.
Conceitos-chave (resumo teórico):
Espaço geográfico: produto da interação entre sociedade e natureza — inclui redes, cidades, áreas rurais, infraestruturas.
Trabalho social: atividade humana organizada (produção, circulação, consumo) que transforma recursos e produz relações sociais.
Paisagem: expressão visível do processo de produção do espaço — vestígios materiais (edificações, estradas, monoculturas).
Autores clássicos: Henri Lefebvre — “The Production of Space” (1974): espaço produzido socialmente; Milton Santos — “A Natureza do Espaço” (1996): ênfase nas relações sociais e técnicas que formam o espaço; David Harvey trata do papel do capital e do trabalho na reestruturação espacial.
Por que a alternativa C é correta:
A afirmação sintetiza a corrente que vê o espaço como criação social: o trabalho transforma a natureza e organiza a vida coletiva, gerando padrões espaciais e marcas na paisagem. Exemplos didáticos: surgimento de bairros industriais; sistemas agrícolas que moldam o relevo e uso do solo; redes de transporte que reordenam fluxos humanos e econômicos — tudo isso evidencia que o espaço é produzido por práticas sociais e pelo trabalho.
Implicação prática para provas: identifique termos como “produção do espaço”, “trabalho” e “marcas na paisagem” — são sinais claros de entendimento da Geografia crítica e indicam que a assertiva está alinhada à literatura especializada.
Referências sucintas: Henri Lefebvre, The Production of Space (1974); Milton Santos, A Natureza do Espaço (1996); David Harvey, Social Justice and the City (1973).
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