Questão 3dae34d2-b8
Prova:UECE 2015
Disciplina:Português
Assunto:Advérbios, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

“Ou by serendipity, como dizem os ingleses quando na caça a um tesouro se tem a felicidade de deparar com outro bem, mais precioso ainda.” (linhas 19-22) Leia o que se diz sobre o enunciado acima.

I. Estaria de acordo com os ensinamentos da gramática normativa o acréscimo de duas vírgulas ao enunciado: Ou by serendipity, como dizem os ingleses quando, na caça a um tesouro, se tem a felicidade de deparar com outro bem, mais precioso ainda.
II. A regra que ampara o emprego das vírgulas acrescentadas é a seguinte: Separa-se com vírgulas o adjunto adverbial deslocado ou intercalado.
III. Haveria diferença de sentido e de classe gramatical se mudássemos a posição da vírgula em “a felicidade de deparar com outro bem, mais precioso ainda”, que passaria a “felicidade de deparar com outro, bem mais precioso ainda”. Na estrutura do texto, bem é um substantivo, e a expressão tem o seguinte sentido: deparar com outra coisa que não é um tesouro, porém é mais precioso do que um tesouro. Na estrutura modificada – com outro, bem mais precioso ainda”, bem seria um advérbio, e a expressão teria o seguinte sentido: deparar com outro tesouro bem mais precioso do que aquele que se procurava.

Está correto o que se diz em

Texto 
A garagem de casa 
(Chico Buarque. O irmão alemão. 1 ed. São Paulo. Companhia das letras. 2014. p. 60-61. Texto adaptado com o acréscimo do título.)

A obra O irmão alemão, último livro de Chico Buarque de Holanda, tem como móvel da narrativa a existência de um desconhecido irmão alemão, fruto de uma aventura amorosa que o pai dele, Sérgio Buarque de Holanda, tivera com uma alemã, lá pelo final da década de 30 do século passado. Exatamente quando Hitler ascende ao poder na Alemanha. Esse fato é real: o jornalista, historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, na época, solteiro, deixou esse filho na Alemanha. Na família, no entanto, não se falava no assunto. Chico teve, por acaso, conhecimento dessa aventura do pai em uma reunião na casa de Manuel Bandeira, por comentário feito pelo próprio Bandeira.
Foi em torno da pretensa busca desse pretenso irmão que Chico Buarque desenvolveu sua narrativa ficcional, o seu romance.
Sobre a obra, diz Fernando de Barros e Silva: “o que o leitor tem em mãos [...] não é um relato histórico. Realidade e ficção estão aqui entranhadas numa narrativa que embaralha sem cessar memória biográfica e ficção”. 

A
I, II e III.
B
I e II apenas.
C
I e III apenas.
D
II e III apenas.

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