Questão 2ddc4876-cc
Prova:IFF 2018
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Coesão e coerência

A apropriação textual pode ser realizada de diversas formas: paráfrases, discurso direto, discurso indireto, citações, entre outros. Marque a alternativa que NÃO justifica corretamente a forma de apropriação citada e exemplificada:

A
No trecho “quando uma pessoa exclama ‘Estou tão feliz!’” (texto I, l. 1), marca-se, com as aspas, a identificação do discurso de outrem.
B
No trecho “Para Sócrates, essa ideia teve rumo novo, ele postulou que não havia relação da felicidade com somente satisfação dos desejos e necessidades do corpo”, é utilizado o discurso direto para trazer credibilidade ao texto (texto III, l. 10-11).
C
A autora lança mão do discurso da filha, de forma indireta, no fragmento: “informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato." (texto IV, l. 17).
D
A citação do discurso alheio, de forma direta, reproduzindo literalmente a fala do entrevistado, no texto V, tem como exemplo: “A opinião é do pianista James Rhodes, ‘Não somos destinados a ser felizes o tempo inteiro’" (l. 1).
E
Ao reescrever que Martha Medeiros considera que é possível sentir-se feliz ainda que as circunstâncias não sejam as mais favoráveis, tem-se uma paráfrase do quarto parágrafo do texto I.

Gabarito comentado

A
Américo Costa Monitor do Qconcursos

Tema central: Tipologia de apropriação textual: discurso direto, discurso indireto e paráfrase. A habilidade aqui é identificar corretamente como o conteúdo alheio é incorporado ao texto, uma exigência frequente nos vestibulares, pois avalia interpretação apurada e domínio da norma-padrão.

Comentando a alternativa correta (B):

O trecho “Para Sócrates, essa ideia teve rumo novo, ele postulou que não havia relação da felicidade com somente satisfação dos desejos e necessidades do corpo” não reproduz literalmente as palavras do filósofo, mas apresenta um resumo ou interpretação das suas ideias. Segundo Cunha & Cintra, “O discurso direto corresponde à transcrição literal da fala original, marcada por aspas, travessão ou dois-pontos”. Aqui, há paráfrase (ou, no mínimo, discurso indireto), pois o texto reinterpreta a mensagem, sem traços de citação direta. Logo, a alternativa está incorreta ao classificar como discurso direto, justificando o gabarito.

Análise das demais alternativas:

A: Apresenta aspas e a fala exata do personagem: discurso direto. A justificativa está perfeita.

C: Relata fala de outro sujeito de maneira indireta, com marcas típicas (“informou-me que”). Está correto, conforme a gramática normativa de Bechara: o discurso indireto exige transformação estrutural da frase original.

D: Uso de aspas para a opinião literal do citado caracteriza citação direta (discurso direto). Correta.

E: Reescrita das ideias da autora, sem citações, portanto, paráfrase. Justificativa adequada.

Dicas e estratégias para provas:
Observe sempre se há aspas, travessão ou verbo de elocução seguido de conjunção “que”. Esses elementos ajudam a identificar o tipo de apropriação. Cuidado com pegadinhas que confundem resumo de ideias (paráfrase) com citação literal!

Resumo da regra:
Discurso direto: reprodução fiel, uso de aspas/travessão.
Discurso indireto: relato do conteúdo, sem aspas, com adaptações.
Paráfrase: reescrita do sentido em outras palavras, sem citação direta.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

Estatísticas

Aulas sobre o assunto

Questões para exercitar

Artigos relacionados

Dicas de estudo