Leia o fragmento a seguir da obra O filho eterno, de Cristovão Tezza.
A manhã mais brutal da vida dele começou com o sono que se interrompe — chegavam os parentes. Ele
está feliz, é visível, uma alegria meio dopada pela madrugada insone, mais as doses de uísque, a
intensidade do acontecimento, a sucessão de pequenas estranhezas naquele espaço oficial que não é o seu,
mais uma vez ele não está em casa, e há agora um alheamento em tudo, como se fosse ele mesmo, e não a
mulher, que tivesse o filho de suas entranhas — a sensação boa, mas irremediável ao mesmo tempo, vai se
transformando numa aflição invisível que parece respirar com ele. Talvez ele, como algumas mulheres no
choque do parto, não queira o filho que tem, mas a ideia é apenas uma sombra. Afinal, ele é só um homem
desempregado e agora tem um filho. Ponto final.
TEZZA, Cristovão. O filho eterno. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 06.
Assinale a opção CORRETA, em relação a esse texto.
Leia o fragmento a seguir da obra O filho eterno, de Cristovão Tezza.
A manhã mais brutal da vida dele começou com o sono que se interrompe — chegavam os parentes. Ele está feliz, é visível, uma alegria meio dopada pela madrugada insone, mais as doses de uísque, a intensidade do acontecimento, a sucessão de pequenas estranhezas naquele espaço oficial que não é o seu, mais uma vez ele não está em casa, e há agora um alheamento em tudo, como se fosse ele mesmo, e não a mulher, que tivesse o filho de suas entranhas — a sensação boa, mas irremediável ao mesmo tempo, vai se transformando numa aflição invisível que parece respirar com ele. Talvez ele, como algumas mulheres no choque do parto, não queira o filho que tem, mas a ideia é apenas uma sombra. Afinal, ele é só um homem desempregado e agora tem um filho. Ponto final.
TEZZA, Cristovão. O filho eterno. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 06.
Assinale a opção CORRETA, em relação a esse texto.