Questão 139598be-fd
Prova:UECE 2019
Disciplina:Sociologia
Assunto:Mundo do trabalho

Atente para o seguinte enunciado: A crise econômica que o Brasil vem enfrentando nos últimos anos resultou em uma triste realidade para os trabalhadores: o aumento da informalidadeempregados de pequenas empresas sem registro, o comércio ambulante, a execução de reparos ou pequenos consertos, a prestação de serviços pessoais (de empregadas domésticas, babás) e de serviços de entrega (de entregadores, motoboys), a coleta de materiais recicláveis, motorista de aplicativos como o UBER etc.). Apenas em 2017 foram criadas 1,8 milhão de vagas no setor informal, enquanto 685 mil vagas com carteira assinada foram perdidas.



Disponível em:https://financasfemininas.com.br/estudo-consequencias-do-crescimento-do-emprego-informal-no-brasil/



Considerando o enunciado acima, é correto afirmar que

A

o aumento do trabalho informal no Brasil é reflexo do aumento da liberdade de escolha do trabalhador em relação ao trabalho assalariado e da sua condição empreendedora.

B
todos os trabalhadores fazem a economia funcionar, mas as condições de trabalho e renda a que se submetem aqueles da informalidade são precárias.
C
não estar amparado pela carteira assinada significa menos custo para o trabalhador, que passa a ter mais garantias de renda, com menos encargos sociais e previdenciários.
D
o crescimento da informalidade expressa a força do empreendedorismo e da liberdade pessoal de escolhas no mercado formal de trabalho.

Gabarito comentado

S
Sofia LopezMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: B

Tema central: informalidade no mundo do trabalho — fenômeno ligado à ausência de registro, proteção social e rendimentos estáveis. É tema recorrente em sociologia do trabalho e em provas de concursos porque combina teoria (precarização, formas de trabalho) e evidência empírica (dados do IBGE, ILO).

Resumo teórico: Emprego formal = vínculo com carteira assinada (CLT) e proteção social. Emprego informal = falta de registro, ausência de direitos trabalhistas e previdenciários. A OIT (ILO) e o IBGE registram que a informalidade está associada a precariedade e muitas vezes decorre da redução de vagas formais em crises econômicas — não é apenas “escolha” ou prova de livre empreendedorismo.

Justificativa da letra B: A alternativa B afirma que todos contribuem para a economia, mas que as condições e rendas dos informais são precárias. Isso coincide com dados e conceitos: informais mantêm atividades essenciais, porém sem garantias e com menor renda média — explicação coerente com análises do IBGE (PNAD Contínua) e relatórios da ILO sobre trabalho precário.

Análise das incorretas:
A — Afirma que o aumento da informalidade é reflexo do aumento da liberdade de escolha. É uma visão parcial: parte dos informais são empreendedores, mas a maioria entra no setor por necessidade, pela falta de vagas formais, especialmente em crises.
C — Diz que não ter carteira assinada significa “menos custo para o trabalhador” e “mais garantias de renda”. É o oposto: a ausência de registro reduz custos para o empregador, mas retira garantias (férias, FGTS, aposentadoria), aumentando a vulnerabilidade do trabalhador.
D — Interpreta o crescimento como expressão da “força do empreendedorismo” e liberdade de escolha no formal. Essa leitura idealiza a informalidade e ignora causas estruturais (desemprego formal, políticas públicas insuficientes), sendo, portanto, inadequada como explicação geral.

Dica de prova: Busque palavras-chave no enunciado como “resultou em” e “realidade para os trabalhadores” — isso pede interpretação sobre consequências sociais; desconfie de alternativas que transformam fenômenos estruturais em escolhas individuais.

Fontes úteis: IBGE (PNAD Contínua), ILO — relatórios sobre informalidade; Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — proteção do trabalho formal.

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