Questão 137340ea-54
Prova:ENEM 2009
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos

Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos ligados a variedades da língua portuguesa no mundo e no Brasil.

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Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras línguas e processos de variação e de mudança decorridos desse contato. Da comparação entre os textos, conclui-se que a posição de João de Barros (Texto II), em relação aos usos sociais da linguagem, revela

A
atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo tempo, de benevolência quanto ao conhecimento que os povos tinham de suas línguas.
B
atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob domínio português, dado o interesse dos falantes dessa línguas em copiar a língua do império, o que implicou a falência do idioma falado em Portugal.
C
o desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante padrão da língua grega — em oposição às consideradas bárbaras —, em vista da necessidade de preservação do padrão de correção dessa língua à época.
D
adesão à concepção de língua como entidade homogênea e invariável, e negação da ideia de que a língua portuguesa pertence a outros povos.
E
atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa, por se tratar de sistema que não disporia de elementos necessários para a plena inserção sociocultural de falantes não nativos do português.

Gabarito comentado

Verônica FerreiraProfessora de Português
O texto I aborda a questão da língua portuguesa no processo de colonização do país, de maneira que a língua do povo colonizador também é a língua do país colonizado, de maneira a estabelecer, com o tempo, diferenças sociais. No texto II o autor defende a ideia de barbarismo o fato de uma língua ser usada por outros países, no caso, o português. Para ele, é um ato bárbaro outros países como Brasil e Guiné quererem imitar a linguagem de Portugal (perceba que ele defende Portugal, e isso fica evidente no trecho “por causa das muitas nações que trouxemos ao jugo do nosso serviço”. No caso, ele critica o fato de que, mesmo tendo usado outros países a serviço de Portugal, estes mesmos países quererem imitar a linguagem portuguesa. Ao analisar as alternativas, a que responde a questão é a letra D. A letra A está incorreta porque ele não possui uma atitude benevolente em relação aos outros povos. A letra B está errada porque não houve falência da língua portuguesa em Portugal. A letra C está incorreta porque a língua grega é usada como exemplo, e não como língua padrão de Portugal. A letra E está errada porque é totalmente contrária ao que ele defende, o não uso da língua por outros povos. 

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