Questão 11ad3524-b3
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Assinale a alternativa cujo trecho
destacado exemplifica uma recorrência da linguagem
denotativa.
Assinale a alternativa cujo trecho
destacado exemplifica uma recorrência da linguagem
denotativa.
Texto 1
Leia a notícia abaixo e responda à questão que se
segue:
Brasil é o país mais perigoso do mundo paraambientalistasPaís aparece no topo de ranking internacional pelo
quinto ano consecutivo (Revista Caros Amigos, 13/7/2017)
Nunca tantas pessoas foram assassinadas no
mundo em defesa do meio ambiente como em 2016.
A liderança do ranking que mapeia esse tipo de
violência, mais uma vez, é do Brasil: foram 49 mortes
no ano passado, divulgou a organização Global
Witness nesta quinta-feira 13.
"Não foi uma surpresa. O Brasil é o país mais
perigoso do mundo para quem luta pelos direitos
ligados à terra e à proteção do meio ambiente", afirma
Billy Kyte, da organização inglesa. Em todo o mundo,
200 assassinatos de ativistas ambientais foram
mapeados pela organização. "Isso é só a ponta do iceberg. Acreditamos que
o número de mortes seja maior, mas nem sempre elas
chegam ao conhecimento público, ou suas reais
causas são relatadas", comenta Kyte. A Global Witness reúne as informações desde
2002, e há cinco anos o Brasil apareceu pela primeira
vez no topo da lista. Desde então, o país nunca mais
perdeu a posição de "liderança".
Amazônia: território violento Rondônia, Maranhão e Pará – todos parte da
Amazônia Legal – foram os estados mais violentos
em 2016. Para a Comissão Pastoral da Terra (CPT),
criada em 1975 e inicialmente ligada à Igreja
Católica, o avanço da fronteira agrícola está por trás
desse cenário. "A causa está na expansão do agronegócio,
construção de grandes obras de infraestrutura como
barragens e hidrelétricas, ferrovias", diz Thiago
Valentin, da secretaria nacional da CPT. "É um
problema histórico: a exploração de quem vem de fora sobre as pessoas que moram na região",
acrescenta. Assim como a Global Winess, a CPT
contabiliza assassinatos de lideranças comunitárias,
indígenas, sem-terras, posseiros, trabalhadores
rurais e quilombolas. Em 2016, o órgão contabilizou
ainda mais mortes que a ONG: 61 vítimas. "Essas pessoas são muito muito mais que
defensores ambientais. Estão lutando por direitos,
por território, por terra, por água. Vai muito além da
questão ambiental", reforça Valentin.
Lobby do agronegócio O pesquisador Carlos Alberto Feliciano, da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), publicou
uma série de artigos sobre a violência no campo.
Ele calcula que, desde o ano 2000, cerca de 1
milhão de famílias já sofreram ameaças em
decorrência de conflitos. "Vão desde despejo,
destruição da colheita e da casa e ameaças físicas",
detalha Feliciano.
A tendência é negativa, alerta o pesquisador.
"O agronegócio precisa, até 2026, segundo dados
divulgados pelo próprio setor, de 15 milhões de
hectares. Para se expandir assim, haverá avanço
sobre as terras de alguém. Então, a tendência é que
essa violência aumente." "O lobby do agronegócio no Brasil é muito
forte. E agora vemos um governo que está voltando
atrás na proteção de leis ambientais, o que provoca
mais mortes", critica Kyte.
Como frear a violência Em todo o mundo, a luta pelos direitos da
terra e pelos recursos naturais motivaram os 200
assassinatos registrados em 2016. "A imposição de
projetos de mineração, hidrelétricas, exploração de
madeira e agropecuária sobre o território ocupado
por comunidades tradicionais, e sem o
consentimento delas, impulsionam as mortes",
avalia a Global Witness.
Na Colômbia, onde o processo de paz foi
negociado, o ano passado foi o mais letal da história
para ativistas. Áreas até então ocupadas pelo
movimento armado estão, agora, na mira de
empresas extrativistas. E as comunidades que
retornam para seus antigos territórios têm sido
vítimas de ataques, segundo a organização. A Global Witness responsabiliza governos,
empresas, investidores e parcerias bilaterais pelo cenário que leva às mortes. "Eles precisam atacar as
causas do aumento da violência, não autorizar ou
participar dos projetos. E mais: os assassinos
precisam ser responsabilizados e presos", argumenta
Kyte. No Brasil, o Programa de Proteção aos
Defensores dos Direitos Humanos, criado em 2004,
atende sete estados do país, mas não cobre os três
com maior número de mortes em 2016 – Maranhão,
Pará e Rondônia.
Texto 1
Leia a notícia abaixo e responda à questão que se
segue:
Brasil é o país mais perigoso do mundo para
ambientalistas
País aparece no topo de ranking internacional pelo
quinto ano consecutivo (Revista Caros Amigos, 13/7/2017)
Nunca tantas pessoas foram assassinadas no
mundo em defesa do meio ambiente como em 2016.
A liderança do ranking que mapeia esse tipo de
violência, mais uma vez, é do Brasil: foram 49 mortes
no ano passado, divulgou a organização Global
Witness nesta quinta-feira 13.
"Não foi uma surpresa. O Brasil é o país mais
perigoso do mundo para quem luta pelos direitos
ligados à terra e à proteção do meio ambiente", afirma
Billy Kyte, da organização inglesa. Em todo o mundo,
200 assassinatos de ativistas ambientais foram
mapeados pela organização.
"Isso é só a ponta do iceberg. Acreditamos que
o número de mortes seja maior, mas nem sempre elas
chegam ao conhecimento público, ou suas reais
causas são relatadas", comenta Kyte.
A Global Witness reúne as informações desde
2002, e há cinco anos o Brasil apareceu pela primeira
vez no topo da lista. Desde então, o país nunca mais
perdeu a posição de "liderança".
Amazônia: território violento
Rondônia, Maranhão e Pará – todos parte da
Amazônia Legal – foram os estados mais violentos
em 2016. Para a Comissão Pastoral da Terra (CPT),
criada em 1975 e inicialmente ligada à Igreja
Católica, o avanço da fronteira agrícola está por trás
desse cenário.
"A causa está na expansão do agronegócio,
construção de grandes obras de infraestrutura como
barragens e hidrelétricas, ferrovias", diz Thiago
Valentin, da secretaria nacional da CPT. "É um
problema histórico: a exploração de quem vem de fora sobre as pessoas que moram na região",
acrescenta.
Assim como a Global Winess, a CPT
contabiliza assassinatos de lideranças comunitárias,
indígenas, sem-terras, posseiros, trabalhadores
rurais e quilombolas. Em 2016, o órgão contabilizou
ainda mais mortes que a ONG: 61 vítimas.
"Essas pessoas são muito muito mais que
defensores ambientais. Estão lutando por direitos,
por território, por terra, por água. Vai muito além da
questão ambiental", reforça Valentin.
Lobby do agronegócio
O pesquisador Carlos Alberto Feliciano, da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), publicou
uma série de artigos sobre a violência no campo.
Ele calcula que, desde o ano 2000, cerca de 1
milhão de famílias já sofreram ameaças em
decorrência de conflitos. "Vão desde despejo,
destruição da colheita e da casa e ameaças físicas",
detalha Feliciano.
A tendência é negativa, alerta o pesquisador.
"O agronegócio precisa, até 2026, segundo dados
divulgados pelo próprio setor, de 15 milhões de
hectares. Para se expandir assim, haverá avanço
sobre as terras de alguém. Então, a tendência é que
essa violência aumente."
"O lobby do agronegócio no Brasil é muito
forte. E agora vemos um governo que está voltando
atrás na proteção de leis ambientais, o que provoca
mais mortes", critica Kyte.
Como frear a violência
Em todo o mundo, a luta pelos direitos da
terra e pelos recursos naturais motivaram os 200
assassinatos registrados em 2016. "A imposição de
projetos de mineração, hidrelétricas, exploração de
madeira e agropecuária sobre o território ocupado
por comunidades tradicionais, e sem o
consentimento delas, impulsionam as mortes",
avalia a Global Witness.
Na Colômbia, onde o processo de paz foi
negociado, o ano passado foi o mais letal da história
para ativistas. Áreas até então ocupadas pelo
movimento armado estão, agora, na mira de
empresas extrativistas. E as comunidades que
retornam para seus antigos territórios têm sido
vítimas de ataques, segundo a organização.
A Global Witness responsabiliza governos,
empresas, investidores e parcerias bilaterais pelo cenário que leva às mortes. "Eles precisam atacar as
causas do aumento da violência, não autorizar ou
participar dos projetos. E mais: os assassinos
precisam ser responsabilizados e presos", argumenta
Kyte.
No Brasil, o Programa de Proteção aos
Defensores dos Direitos Humanos, criado em 2004,
atende sete estados do país, mas não cobre os três
com maior número de mortes em 2016 – Maranhão,
Pará e Rondônia.
A
“(...) as comunidades que retornam para seus
antigos territórios têm sido vítimas de ataques.”
B
“O pesquisador Carlos Alberto Feliciano, da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), publicou
uma série de artigos sobre a violência no campo.
C
“A Global Witness reúne as informações desde
2002.”
D
“Em 2016, o órgão contabilizou ainda mais mortes
que a ONG.”
E
“Desde então, o país nunca mais perdeu a posição
de ‘liderança’.”