A importância do clima para tudo que existe na Terra é tão grande, que ele foi considerado pela ONU, em 1989, patrimônio da humanidade.

Com base nos conhecimentos sobre a influência dos elementos e fatores climáticos nas diversas regiões do globo, pode-se afirmar:

A baixa umidade relativa do ar no semiárido brasileiro, resulta da constante penetração da m.T.c. durante o ano.

As áreas de baixa pressão situadas no oceano Índico, durante o verão, são submetidas a um longo período de chuvas.

A altitude é fator amenizador da temperatura nas zonas polares do globo, porque o balanço energético da radiação solar é positivo.

As zonas de baixa latitude, por serem de elevada temperatura e pressão, não influenciam na circulação geral da atmosfera, apenas determinam os subtipos climáticos.

A Região Norte do Brasil é controlada pela m.E.c. e influenciada, no inverno, pela m.P.a., a qual acarreta queda brusca da temperatura, ocasionando o fenômeno da friagem.

Gabarito comentado

Paula DelgadoMonitor do Qconcursos

Resposta correta: Alternativa E

Tema central: circulação de massas de ar e sua influência climática na Região Norte do Brasil — especialmente o papel da massa Equatorial Continental (m.E.c.) e das incursões da massa Polar Atlântica (m.P.a.) que geram o fenômeno chamado friagem.

Resumo teórico rápido: As massas de ar são grandes volumes de ar com características homogêneas de temperatura e umidade. Na Amazônia predomina a m.E.c. (quente e úmida) durante a maior parte do ano. No inverno austral ocorrem incursões de ar polar (m.P.a.) empurradas por frentes frias que avançam pelo continente; quando chegam ao Norte causam quedas bruscas de temperatura — a friagem. Fontes: CPTEC/INPE e INMET (manuais e boletins sobre massas de ar e friagem).

Por que a alternativa E está correta: Ela afirma que a Região Norte é controlada pela m.E.c. e que, no inverno, é influenciada pela m.P.a., provocando quedas bruscas de temperatura (friagem). Isso coincide com a climatologia regional: a m.E.c. domina a maior parte do ano; no inverno, frentes frias e a massa Polar Atlântica podem penetrar pela porção sul e centro do país e, em condições favoráveis, alcançar a Amazônia, gerando a friagem documentada por institutos meteorológicos.

Análise das alternativas incorretas:

A — Incorreta. A baixa umidade do semiárido decorre principalmente da atuação persistente do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (inibidor de chuvas) e da posição da ZCIT no ano; a presença da massa Tropical Continental (m.T.c.) pode contribuir, mas não pela “constante penetração durante o ano” — a afirmação é simplista e equivocada.

B — Incorreta. No Oceano Índico, áreas de baixa pressão ligadas ao monção e a fenômenos regionais podem gerar chuvas no subcontinente indiano, mas a redação é vaga e confunde localização (áreas sobre o continente, não apenas no oceano) e mecanismo; não explica corretamente o regime monçônico.

C — Incorreta. A altitude ameniza temperatura em qualquer latitude por lapse rate (queda da T com altura), mas nas zonas polares o balanço energético da radiação solar é geralmente negativo (baixa insolação e reflexão por neve). A justificativa apresentada é errônea.

D — Incorreta. Zonas de baixa latitude (equador/ITCZ) são áreas de baixa pressão e calor que sim influenciam fortemente a circulação geral da atmosfera (geram convecção, células de Hadley e influenciam precipitação), não são neutras.

Dica de prova: identifique palavras-chave (m.E.c., m.P.a., friagem, inverno) e relacione com mecanismos conhecidos (frentes frias e incursões polares). Desconfie de afirmações absolutas como “constante” ou explicações que invertam conceitos básicos (ex.: baixa latitude = alta pressão).

Fontes sugeridas: CPTEC/INPE (artigos sobre friagem), INMET (climatologia brasileira), Barry & Chorley — Atmosphere, Weather and Climate.

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