"As mulheres, pensadas enquanto um grupo social específico, carregam uma longa história de exclusões, privações, discriminações, opressões. Essa é uma constatação genérica que merece ser concretizada, qualificada e relativizada." (RODRIGUES, 2005, p. 1).

A análise do texto e os conhecimentos sobre feminismo e democracia permitem afirmar:


Independentementedaépoca,dolugar,dacultura,dacondiçãoétnico-racial,dafaixaetária,davivênciasexual, da classe e de outrosmarcadores sociais, asmulheres experimentam, demodo idêntico, acondição de subalternas, vez que a dominaçãomasculina, decorrente do sistema patriarcal, é umfenômenoqueoperadomesmomodoemtodasassociedadeserelaçõeshumanas.

Resposta: E — Errado

Tema central: Estratificação e desigualdade de gênero. A questão testa a capacidade de identificar generalizações absolutas sobre a condição das mulheres e aplicar conceitos como patriarcado e interseccionalidade.

Resumo teórico claro: O patriarcado refere-se a um conjunto de relações sociais em que a dominação masculina é estruturante, mas sua expressão varia conforme contexto histórico, étnico-racial, classe, região, orientação sexual, idade etc. O conceito de interseccionalidade (Crenshaw, 1989) mostra que as experiências de opressão não são idênticas para todas as mulheres: raça, classe e outros marcadores modificam intensidade e formas da desigualdade.

Por que a alternativa E (Errado) é a correta? A afirmação da prova diz que "independentemente da época, lugar, cultura... as mulheres experimentam, de modo idêntico, a condição de subalternas". Isso é uma generalização absoluta e ignora as variações analisadas pela interseccionalidade. Embora exista uma tendência global de desigualdades de gênero (reconhecida por instrumentos como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher — CEDAW), afirmar identidade absoluta nas experiências é teoricamente incorreto. Logo, a sentença é falsa.

Breve estratégia para provas: Desconfie de termos como "independentemente" e "idêntico"; relate conceitos-chave (patriarcado + interseccionalidade) e, se pedirem fundamentação normativa, cite igualdade formal na Constituição Federal (art. 5º) e instrumentos internacionais (CEDAW).

Fontes rápidas: Kimberlé Crenshaw (1989) sobre interseccionalidade; Rodrigues (2005) citado no enunciado; Convenção CEDAW (1979); Constituição Federal de 1988, art. 5º (princípio da igualdade).

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