Considerando-seatemáticaqueenvolveaarticulaçãoentregêneroepoder,écorretoafirmar:
Diversospesquisadoresseempenharamementendereexplicarasorigensdaopressãoeexclusãosocialdasmulheres,havendoconsensonasconclusõessobreoquegerouasubalternidadefeminina.
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Gabarito comentado
Alternativa correta: E — errado
Tema central: articulação entre gênero e poder — trata da origem da opressão e exclusão das mulheres. Questões-chave: por que existe desigualdade de gênero; quais explicações teóricas competem; há ou não consenso entre pesquisadores.
Resumo teórico progressivo: não há um único acordo. Existem correntes distintas:
- Perspectivas materialistas/Marxistas: explicam desigualdade ligada à propriedade e ao trabalho reprodutivo (Engels; Lerner).
- Teorias patriarcais clássicas e sociológicas: veem a dominação masculina como sistema social histórico (Bourdieu, "A Dominação Masculina").
- Feminismos liberais, radicais e socialistas: oferecem causas diferentes — da falta de direitos iguais à estrutura do patriarcado e às relações de classe.
- Teorias pós-estruturalistas e de gênero: problematizam categorias fixas e enfatizam poder simbólico e performance (Butler).
- Interseccionalidade: mostra que gênero interage com raça, classe, sexualidade — logo não há uma única origem universal (Crenshaw).
Por que a assertiva é errada: o enunciado afirma existir consenso sobre o que gerou a subalternidade feminina. Na prática acadêmica há pluralidade de explicações teóricas e debates ativos; portanto afirmar que há consenso é incorreto. Pesquisadores concordam em reconhecer a opressão, mas discordam quanto às causas centrais e às estratégias de análise (históricas, econômicas, culturais, simbólicas).
Dica para provas (estratégia de interpretação): desconfie de frases absolutas como "haver consenso". Em temas sociais complexos, procure lembrar das principais correntes teóricas e verifique se todas convergiriam para a mesma conclusão — se não, a alternativa que afirma consenso costuma ser falsa.
Fontes indicadas para estudo: Simone de Beauvoir, O Segundo Sexo; Friedrich Engels, A Origem da Família; Pierre Bourdieu, A Dominação Masculina; Kimberlé Crenshaw (artigos sobre interseccionalidade); Sylvia Walby (Theorizing Patriarchy).
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