Sobreagrandedicotomiapúblico/privado,àluzdascríticasfeministas,écorretoafirmar:
Aoafirmarque “opessoal tambémépolítico"as feministasampliaramanoçãodo campopolíticoequestionaram a separação entre as esferas pública e privada, demonstrando, assim, uma interdependênciaentre elas.
Aoafirmarque “opessoal tambémépolítico"as feministasampliaramanoçãodo campopolíticoequestionaram a separação entre as esferas pública e privada, demonstrando, assim, uma interdependênciaentre elas.
Gabarito comentado
Resposta: C - Certo
Tema central: a crítica feminista à separação público/privado e a famosa máxima "o pessoal também é político". É preciso entender como esse enunciado desloca o debate sobre desigualdade do âmbito exclusivo do Estado e mercado para incluir relações domésticas, cuidado e violência de gênero — elementos centrais para compreender a estratificação social.
Resumo teórico (claro e progressivo):
- A frase surge no feminismo dos anos 1960-70 (Carol Hanisch, 1969) e afirma que experiências pessoais (relações de família, divisão de trabalho doméstico, abuso) são efeitos de relações de poder estruturais.
- Crítica: a dicotomia público/privado oculta como processos privados (trabalho reprodutivo, violência doméstica) estão ligados à economia política e à distribuição de recursos e poder.
- Implicação para estratificação: gênero organiza acesso a trabalho remunerado, renda, tempo livre e proteção social; desigualdades privadas reproduzem hierarquias sociais mais amplas (ver Sylvia Walby; Nancy Fraser).
Por que a alternativa C é correta
Afirmar que “o pessoal também é político” implica ampliar o campo do político: as feministas mostraram que a separação entre esfera pública e privada é artificial e que existe interdependência entre elas. Questões como divisão sexual do trabalho, políticas de cuidado, violência doméstica e representatividade afetam e são afetadas por políticas públicas, mercado de trabalho e sistemas de proteção — logo, não são apenas “privadas”. Essa é a razão pela qual a alternativa que afirma tal ampliação e interdependência está correta (Hanisch, 1969; Walby, 1990; Fraser, 1997).
Estratégia de prova — como identificar essa alternativa em concursos
- Busque termos-chave: “o pessoal é político”, “public/private”, “interdependência”.
- Pergunte-se: a afirmação reconhece vínculos entre domicílio e políticas/mercado? Se sim, tende a estar correta.
- Evite confundir com leituras que tratam o privado como irrelevante ao social — isso contraria o núcleo do feminismo da segunda onda.
Referências rápidas: Carol Hanisch (1969), Sylvia Walby (Theorizing Patriarchy, 1990), Nancy Fraser (Justice Interruptus, 1997); para uma introdução acessível: bell hooks, Feminist Theory (1984).
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