Sobreagrandedicotomiapúblico/privado,àluzdascríticasfeministas,écorretoafirmar:
Asesferaspúblicaeprivadaseconstituemcomoespaçosdeatuaçãodeambosossexos,pois tantohomens quanto mulheres sempre participaram, de maneira igual e com os mesmos direitos, dasatividadesdesenvolvidasemqualquerumadelas.
Asesferaspúblicaeprivadaseconstituemcomoespaçosdeatuaçãodeambosossexos,pois tantohomens quanto mulheres sempre participaram, de maneira igual e com os mesmos direitos, dasatividadesdesenvolvidasemqualquerumadelas.
Gabarito comentado
Resposta: E — Errado
Tema central: a crítica feminista à dicotomia público/privado e à ideia de que homens e mulheres sempre atuaram de forma igual nesses espaços. Esse tema é essencial para provas por exigir compreensão da divisão sexual do trabalho, da exclusão histórica das mulheres da esfera pública e das consequências dessa separação para direitos e poder.
Resumo teórico: as críticas feministas mostram que a separação público (trabalho remunerado, política) × privado (lar, cuidados) é socialmente construída e desigual. Historicamente, mulheres foram concentradas na esfera privada, com trabalho doméstico não remunerado e menor acesso a direitos e representação. Autoras-chave: Joan W. Scott (sobre gênero como categoria de análise), Sylvia Walby (patriarcado e estruturas de desigualdade), Carole Pateman (contrato sexual) e Nancy Fraser (reconhecimento e redistribuição).
Por que a alternativa “Errado” é correta: a frase que a questão critica afirma que homens e mulheres “sempre participaram, de maneira igual e com os mesmos direitos” tanto da esfera pública quanto da privada. Isso é falso porque:
- Há evidências históricas e sociológicas de exclusão feminina da política e do mercado de trabalho formal por longos períodos (direito ao voto, acesso a profissões, propriedade, etc.).
- O trabalho doméstico e de cuidado, predominantemente feminino, não tem sido valorizado nem equiparado em direitos trabalhistas e previdenciários, gerando desigualdade material (redistribuição) e simbólica (reconhecimento).
- A dicotomia legitima desigualdades ao naturalizar papéis de gênero; feministas propõem superar essa separação para reconhecer trabalho reprodutivo e ampliar direitos (cf. Walby, Scott, Fraser).
Dica para provas / pegadinhas: desconfie de termos absolutos como sempre, igual e com os mesmos direitos. Questões sobre desigualdade e gênero costumam exigir avaliação histórica e conceitual — se a afirmação universaliza a experiência, provavelmente está errada.
Fontes sugeridas: Joan W. Scott, “Gender: A Useful Category of Historical Analysis” (1986); Sylvia Walby, “Theorizing Patriarchy” (1990); Nancy Fraser, textos sobre reconhecimento e redistribuição.
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