As feministas não deviam tentar descobrir, nas estruturas socieconômicas existentes, os meios legais de defender os interesses das mulheres, mas trabalhar para destruir aquelas estruturas. A opressão das mulheres, argumentavam, só superficialmente é causada pelas leis ou falta delas, pelo contrário, encontra-se na base da própria essência do capitalismo – a exploração de uma classe por outra. (NYE, 1995, p. 53-54).

A análise do texto permite concluir:


Porpromoveradestruiçãodasestruturassociais,aperspectivafeministarepresentadanessetextoéaradical.

Alternativa correta: E — Errado

Tema central: análise das correntes do feminismo diante da origem da opressão feminina — se ela decorre do patriarcado (gênero) ou do capitalismo (classe). Para resolver a questão, identifique a explicitação da causa da opressão no enunciado.

Resumo teórico objetivo: Feminismo radical entende que a raiz da opressão é o patriarcado: relações de poder entre homens e mulheres são o problema central (sexualidade, dominação masculina, hierarquias de gênero). Feminismo marxista/socialista atribui a opressão feminina a estruturas econômicas e à lógica capitalista — exploração de classes e divisão do trabalho; propõe mudança das relações de produção (ver Engels; debates em feminismo marxista/socialista).

Por que E (Errado) é a resposta certa: o trecho afirma que a opressão "encontra-se na base da própria essência do capitalismo – a exploração de uma classe por outra" e defende destruir as estruturas socioeconômicas. Essa explicitação da causa econômica situa a posição no campo do feminismo marxista/socialista, não no feminismo radical cujo foco explicativo é o patriarcado. Logo, afirmar que a perspectiva do texto é radical é incorreto.

Dica de interpretação (estratégia para provas): procure palavras-chave que indiquem a causa: "capitalismo", "classe", "exploração" → tendência marxista/socialista. Termos como "patriarcado", "dominação masculina" → tendência radical. Evite confundir a proposta de ruptura das estruturas (presente em várias correntes) com a explicação teórica da origem da opressão.

Fonte de apoio: textos clássicos sobre feminismo marxista e obras introdutórias de sociologia (p.ex. Engels sobre família e debates em estudos de gênero; manuais de sociologia contemporânea).

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