Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.


EmmaGoldman,ClaraZetkineAlexandraKollontai,eminentespensadorasfeministas,preocuparam-secomaespecificidadedamulhertrabalhadora,característicaparticulardofeminismoradical.

Alternativa correta: E — Errado

Tema central: distinção entre correntes do feminismo (especialmente feminismo socialista/marxista, feminismo radical e feminismo anarquista) e a ênfase analítica sobre a mulher trabalhadora.

Resumo teórico: Clara Zetkin e Alexandra Kollontai integravam a tradição socialista/marxista, que analisa a opressão de gênero articulada com a exploração de classe e dá especial atenção à condição da mulher trabalhadora (sua posição no mercado, reprodução social, organização sindical). Alexandra Kollontai escreveu sobre família, trabalho e emancipação no quadro comunista; Clara Zetkin atuou no movimento operário e nas lutas das trabalhadoras. Emma Goldman, por sua vez, era anarquista, preocupada com liberdade sexual, autonomia e crítica ao Estado e ao capitalismo — apoiou causas trabalhistas, mas não se enquadra no rótulo de "feminismo radical" conforme o termo usado historicamente.

Por que a afirmação é errada? Porque atribui a esses autores — e ao foco na "especificidade da mulher trabalhadora" — uma característica do chamado feminismo radical. Na historiografia e teoria do feminismo, feminismo radical (movimento surgido sobretudo nas décadas de 1960–70) enfatiza a patriarquia como raiz central da opressão de gênero e propõe mudanças estruturais na esfera sexual, familiar e simbólica. Já a preocupação com a situação concreta da mulher trabalhadora é marca do feminismo socialista/marxista (e, em parte, do anarquismo feminista), não do "feminismo radical" como corrente teórica e política distinta.

Fontes indicadas: Engels, O. (A Origem da Família, 1884) sobre família e propriedade; textos de Alexandra Kollontai (p.ex. “Communism and the Family”); estudos históricos sobre Clara Zetkin e o movimento socialista feminino; Emma Goldman, Living My Life / ensaios. Consultas úteis: Stanford Encyclopedia of Philosophy (entrada Feminist Philosophy) e Encyclopedia Britannica — Feminism.

Análise rápida da alternativa incorreta: marcar C — Certo estaria incorreto porque aceita a confusão entre correntes teóricas distintas (socialista/anarquista vs. radical) e atribui a característica da "mulher trabalhadora" ao movimento errado.

Dica de interpretação: sempre identifique o posicionamento político-ideológico dos autores (marxista, anarquista, radical) e o contexto histórico do termo usado; palavras-chave como "mulher trabalhadora" tendem a remeter a análises marxistas/socialistas.

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