Em períodos de jejum, após se esgotarem as reservas de carboidratos, a glicose circulante
a ser utilizada pelo cérebro deverá originar-se, por gliconeogênese, da seguinte fonte de
carbono:
Utilize as informações a seguir para responder à questão.
Cada mol de glicose metabolizado no organismo humano gera o equivalente a 3 000 kJ de
energia. A atividade da célula nervosa, em condições normais, depende do fornecimento
constante dessa fonte energética.
Utilize as informações a seguir para responder à questão.
Cada mol de glicose metabolizado no organismo humano gera o equivalente a 3 000 kJ de
energia. A atividade da célula nervosa, em condições normais, depende do fornecimento
constante dessa fonte energética.
Gabarito comentado
Resposta correta: C - aminoácidos
Tema central: gliconeogênese em jejum e manutenção da glicemia para o cérebro. É essencial lembrar que, após esgotadas as reservas de glicogênio, o organismo sintetiza glicose a partir de precursores não-carboidratos para suprir tecidos dependentes de glicose (especialmente o sistema nervoso).
Resumo teórico: Na gliconeogênese, carbonos para formar glicose provêm principalmente de:
- aminoácidos glicogênicos (p.ex. alanina, glutamina) — são transaminados/desaminados formando piruvato ou intermediários do ciclo do ácido cítrico (OAA, malato) que entram na via gluconeogênica.
- glicerol (da lipólise dos triglicerídeos) — convertido em di-hidroxiacetona-fosfato e entra na via.
Observação útil: ácidos graxos de cadeia par não se convertem em glicose em mamíferos de forma significativa; apenas os de cadeia ímpar geram propionil-CoA → succinil-CoA (exceção rara).
Justificativa da alternativa C: Aminoácidos glicogênicos são a principal fonte de carbono para gliconeogênese durante jejum prolongado. Por exemplo, a alanina é transaminada a piruvato, que é convertido em OAA e segue a via até formar glicose. Assim, a glicose sanguínea usada pelo cérebro durante o jejum deriva majoritariamente de aminoácidos (e do glicerol), justificando a alternativa C.
Análise das alternativas incorretas:
A — riboses: riboses participam do metabolismo de nucleotídeos (vía das pentoses), não são fonte significativa para produzir glicose via gliconeogênese.
B — esteroides: são lipídios derivados do colesterol; não fornecem esqueletos carbonados aproveitáveis para formar glicose.
D — ácidos graxos: em mamíferos, ácidos graxos de cadeia par são metabolizados em acetil-CoA, que não fornece carbono líquido para gliconeogênese (acetil-CoA entra no ciclo e seus carbonos saem como CO2). A exceção (cadeia ímpar) é pouco relevante metabolicamente e não justifica a alternativa como correta.
Dica de prova: ao ver perguntas sobre gliconeogênese, pergunte-se: "este composto gera piruvato ou intermediários do TCA que possam virar OAA?" Se sim, é potencial precursor. Lembre-se da diferença entre glicerol e ácidos graxos.
Fontes orientadoras: Berg, Tymoczko & Stryer – Bioquímica; Lehninger – Princípios de Bioquímica; Guyton & Hall – Fisiologia Médica.
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