A palavra “que” em língua portuguesa possui funções diversas. Nos períodos abaixo, assinale aquele em que o “que” é pronome relativo:
Gabarito comentado
Tema central da questão: Morfologia – Pronomes Relativos
A questão exige identificar em qual frase o termo “que” exerce a função de pronome relativo. Segundo a norma-padrão, o pronome relativo liga uma oração subordinada adjetiva a um termo antecedente (pessoa, coisa, lugar), retomando-o para evitar repetições. É fundamental perceber esse papel conectivo e retomador do pronome relativo.
Comentando a alternativa correta:
C) “É um jovem que nunca chegou atrasado.”
Nesta frase, “que” retoma “jovem” e introduz a oração subordinada adjetiva “que nunca chegou atrasado”, caracterizando o antecedente.
Segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, “o pronome relativo ‘que’ é largamente empregado para retomar um substantivo anterior” (Nova Gramática do Português Contemporâneo). Trata-se, portanto, de um típico emprego do pronome relativo na norma-padrão.
Análise das alternativas incorretas:
A) “Ai que saudades eu tenho da minha infância.” — Aqui, “que” é um partícula expletiva de intensidade, não pronome relativo. Expressa emoção, intensificando “saudades”.
B) “Eles tinham que correr o risco.” — Neste caso, “que” integra a locução verbal “ter que”, equivalente a ‘precisar de’. Não retoma antecedente e não exerce valor pronominal.
D) “Declararam que nada sabiam.” — Aqui, “que” é conjunção integrante: introduz a oração “que nada sabiam”, funcionando como complemento do verbo “declarar”.
E) “Eles terão que dizer a verdade.” — Novamente, “ter que” é locução verbal de obrigação. “Que” não exerce valor de pronome relativo, mas indica necessidade de algo ser feito.
Estratégia para provas:
Ao se deparar com a palavra “que”, identifique se ela retoma um termo antecedente e introduz uma explicação/qualificação. Isso indica pronome relativo. Cuidado! Muitas vezes, há pegadinhas usando a conjunção integrante “que” ou a locução “ter que”, que não têm o mesmo valor.
Lembrando a regra: O pronome relativo “que” relaciona-se sempre com um termo anterior.
Celso Cunha & Lindley Cintra reforçam: “os relativos têm sempre valor anafórico, isto é, retomam um termo já expresso anteriormente”.
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