Questão 0052effa-bf
Prova:ENEM 2012
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos

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Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas coloquiais e faz uso da norma padrão em toda a extensão do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele

A
adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma padrão.
B
apresenta argumentos carentes de comprovação científica e, por isso, defende um ponto de vista difícil de ser verificado na materialidade do texto.
C
propõe que o padrão normativo deve ser usado por falantes escolarizados como ele, enquanto a norma coloquial deve ser usada por falantes não escolarizados.
D
acredita que a língua genuinamente brasileira está em construção, o que o obriga a incorporar em seu cotidiano a gramática normativa do português europeu.
E
defende que a quantidade de falantes do português brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a hegemonia do antigo colonizador.

Gabarito comentado

Verônica FerreiraProfessora de Português
Esta questão está diretamente relacionada às modalidades oral e escrita da língua, e o texto apresenta as duas formas, uma sob os argumentos do autor Marcos Bagno, e a outra sob a forma do texto, pertencente ao gênero entrevista. O aluno deve ter ciência de que a entrevista, mesmo podendo ser realizada pela oralidade, deve obedecer às normas gramaticais ao ser transcrita para a escrita. As duas modalidades – oral e escrita – são usadas e adaptadas de acordo com o momento da comunicação. Marcos Bagno, mesmo defendendo o uso da fala coloquial, adaptou a entrevista às normas gramaticais recorrentes à escrita. Desta forma, a melhor alternativa para esta questão é a letra A. A letra B é o contrário do que o texto apresenta, o que anula a alternativa. A letra C não pode ser a alternativa correta, pois o último parágrafo apresentado no texto contradiz com o que a alternativa apresenta. Para Bagno, a língua brasileira está mais do que consolidada – a população brasileira inteira tem uma gramática própria – e não precisa incorporar a gramática do português europeu, o que faz com que a letra D esteja incorreta, assim como a letra E.

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