Leia o texto abaixo:
A análise do grau de poluição de 111 rios brasileiros chegou a uma conclusão alarmante, nestes tempos de crise hídrica. Segundo a Fundação
SOS Mata Atlântica, em 21 rios, a água tem qualidade tão ruim que não
pode ser usada para o consumo mesmo depois de passar por tratamento. Não foi possível encontrar um único rio com água totalmente
limpa. [...] De acordo com a legislação brasileira, as águas nessa situação não podem sequer receber tratamento para consumo humano ou
serem usadas para irrigar lavouras. É o caso do rio Tietê, em São Paulo.
(Pesquisadores medem a poluição de rios de cinco estados e do DF.
Disponível em: https://www.cidadessustentaveis.org.br/noticias/pesquisadores-medempoluicao-de-rios-de-cinco-estados-e-do-df acesso em 13 mar. 2019, às 16h52min.)
Com base no texto, bem como nos seus conhecimentos sobre a geografia brasileira, assinale a alternativa correta:
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: qualidade da água e contaminação de corpos d'água por atividades humanas — assunto recorrente em Geografia Física e Gestão dos Recursos Hídricos. Exige compreensão da diferença entre escassez física (menos chuva/caudal) e escassez por contaminação (água disponível, porém imprópria).
Resumo teórico: a poluição por efluentes urbanos, industriais e agrotóxicos torna a água inadequada para consumo e irrigação. A Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997) e a Resolução CONAMA 357/2005 classificam usos e padrões de qualidade da água; porém, a efetividade depende de fiscalização e tratamento de resíduos. Exemplos: rio Tietê e outros que, apesar de vazão, sofrem uso restrito por contaminação.
Por que E é correta: a alternativa afirma que, sem fiscalização e tratamento adequados, indústria e agricultura continuarão contaminando rios e lençóis freáticos — conceito compatível com o texto e a realidade brasileira. A prevenção da contaminação exige políticas de saneamento, controle de efluentes industriais e práticas agrícolas — caso contrário, a poluição persiste.
Análise das incorretas:
A — incorreta: afirma que a crise de abastecimento ocorreria igual mesmo com menos poluição. Errado: a poluição reduz a disponibilidade de água potável e agrava a crise.
B — incorreta: atribui a escassez exclusivamente à redução pluviométrica. Parcialmente verdadeira em alguns casos, mas o enunciado e dados destacam poluição como fator-chave; resposta absoluta é simplista.
C — incorreta: diz que vários rios tornaram-se disponíveis por universalização do saneamento. Falso: o saneamento não é universalizado no país; muitos rios urbanos permanecem poluídos.
D — incorreta: afirma que despejo de metais deixou de ocorrer graças à fiscalização sistêmica. Contrapõe-se à realidade: fiscalização é insuficiente e descarte industrial irregular ainda ocorre.
Dica de prova: atenção a termos absolutos («deixou de ocorrer», «existiria com a mesma intensidade»). Compare o enunciado com conhecimentos legais e práticos (Lei 9.433/1997; CONAMA 357/2005) e prefira alternativas que dialoguem com causas e consequências reais.
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