Figuras de Som e Figuras de Sintaxe

Figuras de Linguagem
Camila Nunes
Fala, galerinha! O meu nome é Camila Nunes, mas os meus alunos costumam me chamar de Câmis. Sou professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação há mais de 10 anos e doutora na área pela UFRJ. Já deu para perceber que a minha atividade favorita é ler, certo? Um dos meus autores favoritos é o Mia Couto, de Literatura Africana. Estou aqui para te ajudar a conquistar a tão sonhada nota alta no vestibular. Vem comigo! Instagram - @heycamisnunes

Resumo sobre Figuras de Som e Figuras de Sintaxe

Além das figuras de linguagem de pensamento e das figuras de linguagem de palavras, há ainda as figuras de linguagem que trabalham expressivamente os sons, tais como:

Aliteração: trata-se da repetição de sons consonantais, como em “Chove chuva, chove sem parar.” – Jorge Bem Jor

Assonância: trata-se da repetição de sons vocálicos, como em “Minha foz do Iguaçu/ Polo Sul, meu azul/ Luz do sentimento nu.” – Djavan

Onomatopeia: trata-se de uma tentativa de se imitar, na escrita, o som dos objetos, como em “Esse turu turu turu aqui dentro.” – Sandy e Junior

Paronomásia: trata-se de usar os parônimos para criar um efeito sonoro, como em “Quem casa, quer casa.”

É importante ressaltar que essas figuras são usadas, principalmente, em texto artísticos, cujo objetivo é que a forma desses textos contribua ativamente com o sentido que eles desejam vincular.

Por fim, há as figuras de sintaxe, cuja ideia é mexer de alguma forma na estrutura da oração, fazendo com que a mensagem fique visualmente mais criativa. Algumas delas são:

Pleonasmo: trata-se de uma informação redundante, como em “De jeito maneira, não quero dinheiro.” – Tim Maia

Elipse/Zeugma: trata-se do apagamento de uma palavra, como em “A uns foi permitido viajar, a outros, trabalharem.”

Polissíndeto: trata-se da repetição do uso do conectivo, como em “Ana brigava e falava e gritava para ser ouvida.”

Assíndeto: trata-se do não uso do conectivo, como em “Hoje aconteceu de tudo: choveu, nevou, fez sol...”

Hipérbato: mexe-se na ordem tradicional da frase, como em “Triste estava Manuel”.

Anacoluto: trata-se de um tópico frasal, como em “Esses políticos de hoje, eles não são confiáveis”.

Anáfora: trata-se de uma repetição estrutural, geralmente no início do texto, como em “Olha a voz que me resta / Olha a veia que me salta/ Olha a gota que falta pro desfecho da festa.” – Chico Buarque

Silepse: trata-se de um desvio da norma, que pode se dar nos seguintes âmbitos:

De gênero – “Rio de Janeiro é animada.”

De número – “O povo se uniu e protestavam contra a guerra.”

De pessoa – “Todos os pesquisadores estamos ansiosos para o resultado das pesquisas.”