Questõesde UFRN 2007

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Foram encontradas 88 questões
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UFRN 2007 - História - História Geral, Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Persas, Indianos e Chineses)

As civilizações da Mesopotâmia e a do Egito desenvolveram-se em regiões semi-áridas, onde se construíram grandes obras hidráulicas.
Em razão disso, a estrutura sociopolítica assumiu a forma de Estado, que passou a

A
organizar a produção comunitária das aldeias, controlar diques e canais de irrigação e apropriar-se dos excedentes produtivos.
B
desenvolver as atividades econômicas com base nas comunidades coletivistas e na propriedade comum da terra e dos canais de drenagem.
C
estimular a formação de grandes latifúndios, utilizar a escravidão individual e administrar as obras de drenagem e de irrigação.
D
definir, como diretriz para a vida econômica, o desenvolvimento do artesanato e do comércio, o que implicava a construção de portos bem equipados.
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UFRN 2007 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

As narrativas das viagens de Marco Polo (1254- 1324) pela Ásia se tornaram populares na Europa, no final da Idade Média. Esse navegador descreveu a paisagem observada em uma de suas viagens da seguinte forma:

“[Aladino] fez construir, num vale, entre duas montanhas, o mais belo jardim que já se viu. Havia neste vale os melhores frutos da terra. No meio do parque foram edificadas as mais suntuosas moradias e palácios que os homens já viram; eram dourados e pintados com maravilhosas cores. No centro do jardim havia uma fonte, com muitas bicas, de onde jorravam o vinho, o leite, o mel e ainda a água. Havia nesse jardim as donzelas mais belas do mundo; estas sabiam tocar todos os instrumentos e cantavam como os anjos.”

POLO, Marco. O livro das maravilhas. Porto Alegre: LP&M, 2006. p. 74.

Descrições feitas por Marco Polo, tais como a que o fragmento textual acima apresenta, influenciaram

A
os pensadores dos séculos XVI e XVII, estimulando-os a formular o método científico, que partia da dúvida sobre as verdades estabelecidas.
B
os navegadores europeus dos séculos XV e XVI, estimulando-os a procurar outras terras, onde poderiam encontrar o paraíso terrestre.
C
Nicolau Maquiavel, no século XVI, na definição dos princípios a serem seguidos pelo Príncipe no governo de uma cidade.
D
Thomas Hobbes, no século XVI, na formulação teórica da cidade a ser gerida pelo Leviatã, símbolo do poder real absoluto.
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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tendo em vista a composição das personagens, o autor de A moratória fornece a seguinte orientação:

(Olímpio e Lucília saem, abraçados, pela porta em arco. Ao mesmo tempo, Marcelo aparece à porta de seu quarto no Primeiro Plano e Helena, com uma bandeja de xícaras, à porta da cozinha no Segundo Plano. Helena volta-se e sai novamente. Marcelo encosta-se ao batente da porta, completamente atordoado.)”

ANDRADE, Jorge. A moratória. Rio de Janeiro: Agir, 2003. p. 116.

Nessa orientação, o autor indica um traço psicológico que, ao longo da peça, caracteriza uma das personagens. O trecho em que isso se verifica é:

A
“Marcelo encosta-se ao batente da porta, completamente atordoado.”
B
“Ao mesmo tempo, Marcelo aparece à porta de seu quarto no Primeiro Plano e Helena, com uma bandeja de xícaras, à porta da cozinha no Segundo Plano.”
C
“Helena volta-se e sai novamente.”
D
“Olímpio e Lucília saem, abraçados, pela porta em arco.”
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UFRN 2007 - História - História Geral, Questões no Oriente Médio do pós guerra

Nas duas últimas décadas do século XX, dois conflitos ocorridos no Oriente Médio repercutiram internacionalmente.
Em 1979, os muçulmanos xiitas do Irã, liderados pelo aiatolá Khomeini, organizaram uma república islâmica naquele país. Em 1980, o presidente do Iraque, Saddam Hussein, declarou guerra à República Islâmica do Irã, alegando o perigo do radicalismo dos xiitas. Esse conflito ficou conhecido como “Guerra Irã – Iraque”.
Em 1990, Saddam Hussein invadiu o Kuwait, alegando questões de limites e reivindicando territórios desse país, o que desencadeou a “Guerra do Golfo”.
Interesses estrangeiros também contribuíram para o desenrolar desses conflitos no Oriente Médio. Uma comprovação disso é o fato de

A
os Estados Unidos da América terem interferido decisivamente na região, tendo em vista as reservas petrolíferas ali existentes.
B
a União Soviética ter favorecido os dois governantes, equipando os exércitos de ambos com armamentos soviéticos.
C
as nações muçulmanas, tanto xiitas como sunitas, terem-se unido para combater as influências ocidentais sobre os dois países em guerra.
D
a Organização das Nações Unidas (ONU) ter enviado um grande número de tropas de paz, que obrigaram à rendição o país agressor.
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UFRN 2007 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

A vírgula empregada na linha 11


DIAFÉRIA, Lourenço. Lição de ser. In: Crônicas 6. 18. ed. São Paulo: Ática, 2005. p. 84-85. (Para Gostar de Ler, 7). 

A
impede que o período se torne ambíguo.
B
separa termos que desempenham a mesma função sintática.
C
marca a anteposição da oração subordinada em relação à principal.
D
indica a elipse da conjunção subordinativa.
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UFRN 2007 - Literatura

Assinale a opção de resposta em que a parte destacada na recente manchete de jornal faz referência a uma das questões tratadas por Carlos Eduardo Novaes, há mais de trinta anos, na crônica “Aeroporto de Congonhas, uma, duas, várias vergonhas” (Para Gostar de Ler, 7).

A

“Congonhas acumula 77 cancelamentos nesta quinta”

(O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 jul. 2007.)

B

“Relatório da Aeronáutica indica problemas na pista de Congonhas”

(O Globo, Rio de Janeiro, 27 ago. 2007.)

C

Rádio pirata complica pouso de avião em Congonhas”


(Tribuna do Norte, Natal, 27 ago. 2007.)

D

“Empresas e Infraero dão informações diferentes sobre vôos em Congonhas”


(Folha de S. Paulo, São Paulo, 23 ago. 2007.)

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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A ação de A moratória situa-se em um momento histórico importante. Na peça, as profundas transformações por que passa a sociedade brasileira são representadas

A
pelo isolamento de Joaquim e pelo alcoolismo de Marcelo.
B
pela demissão de Marcelo do frigorífico e pela alienação de Helena.
C
pela proposta de casamento de Olímpio e pelo apego de Lucília à família.
D
pelo trabalho de Lucília e pela ida da família de Joaquim para a cidade.
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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A declaração abaixo inicia o conto “Flor, telefone, moça”:


“NÃO, não é conto. Sou apenas um sujeito que escuta algumas vezes, que outras não escuta, e vai passando.”


ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos de aprendiz. 48. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. p. 77.


Por meio dessa declaração, o narrador faz referência a uma característica básica

A
da crônica.
B
do poema.
C
da epopéia.
D
do romance.
fcacbee9-e8
UFRN 2007 - Literatura

No livro Contos de aprendiz, a caracterização das personagens Ana Clementina (de “A baronesa”), Luci (de “Nossa amiga”) e a companheira de viagem do narrador (de “Extraordinária conversa com uma senhora de minhas relações”) dá ênfase a um aspecto que revela muito sobre cada uma delas. Tratase do modo como

A
andavam.
B
gesticulavam.
C
se penteavam.
D
se vestiam.
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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O comentário que está entre parênteses (linha 16) exprime


DIAFÉRIA, Lourenço. Lição de ser. In: Crônicas 6. 18. ed. São Paulo: Ática, 2005. p. 84-85. (Para Gostar de Ler, 7). 

A
surpresa e admiração.
B
reprovação e descrença.
C
compaixão e afeto.
D
revolta e decepção.
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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Observe o quadro abaixo:



Trecho reproduzido e sentido estão associados corretamente em:


DIAFÉRIA, Lourenço. Lição de ser. In: Crônicas 6. 18. ed. São Paulo: Ática, 2005. p. 84-85. (Para Gostar de Ler, 7). 

A
IV
B
II
C
III
D
I
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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No fragmento,


DIAFÉRIA, Lourenço. Lição de ser. In: Crônicas 6. 18. ed. São Paulo: Ática, 2005. p. 84-85. (Para Gostar de Ler, 7). 

A
a estória contada pelo velho Beá, ao preparar um cigarro, prova que valentia é superior a coragem.
B
a estória da baleia ilustra quanto, para o velho Beá, valentia e coragem eram qualidades distintas.
C
o travessão usado na linha 5 introduz discurso direto.
D
o primeiro parágrafo é predominantemente narrativo.
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UFRN 2007 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias, Arcadismo

Considere o fragmento textual que segue, retirado de O Ateneu:

“Com a facilidade da sua elocução, fez o Doutor Cláudio a crítica geral da literatura brasileira: a galhofa de Gregório de Matos e Antônio José, a epopéia de Durão, o idílio da escola mineira, a unção de Souza Caldas e S. Carlos, a influência de Magalhães, os ensaios do romance nacional, a glória de Gonçalves Dias e José de Alencar.”

POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Fortaleza: ABC, 2006. p. 88.

Os dois trechos que aparecem sublinhados nesse fragmento fazem referência, respectivamente,

A
ao apelo satírico na poesia de Gregório de Matos e ao tratamento da temática amorosa no Arcadismo.
B
ao caráter indecoroso dos poemas de Gregório de Matos e à valorização do cotidiano no Arcadismo.
C
ao conteúdo religioso dos poemas de Gregório de Matos e ao sensualismo característico do Arcadismo.
D
ao desprezo dos críticos pela poesia de Gregório de Matos e à ausência de temas políticos no Arcadismo.
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UFRN 2007 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Na obra O Ateneu, o incêndio foi provocado por

A
Aristarco, ao queimar papéis comprometedores em seu gabinete.
B
Sérgio, ao deixar cair acidentalmente uma lamparina no dormitório.
C
Américo, ao romper o encanamento de gás no saguão das caldeiras.
D
Franco, ao atear fogo nas cortinas da sala de estudos do internato.
fc8a76fa-e8
UFRN 2007 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

No romance O Ateneu, coexistem características estéticas próprias do Realismo, do Naturalismo, do Impressionismo e do Expressionismo.

É marcante a presença do Naturalismo em:

A
“O timbre da vogal, o ritmo da frase dão alma à elocução. O timbre é o colorido, o ritmo é a linha e o contorno. A lei da eloqüência domina na música, colorido e linha, seriação de notas e andamentos; domina na escultura, na arquitetura, na pintura: ainda a linha e o colorido.”
B
“O Cerqueira, ratazana, sujeito cômico, cara feita de beiços, rachada em boca como as romãs maduras, de mãos enormes como um disfarce de pés, galopava a quatro pelos salões, zurrando em fraldas de camisa, escoucinhando uma alegria sincera de mu.”
C
“Modulava-se a harmonia em suave gorjeio, entoando elevação dos salmos, o êxtase sensual do Cântico dos Cânticos na boca de Sulamita, e a sedução de Booz enredado no estratagema honesto da ternura, e a melancolia trágica de Judite, e a serena glória de Ester, a princesa querida.”
D
“Sua diplomacia [de Aristarco] dividia-se por escaninhos numerados, segundo a categoria de recepção que queria dispensar. Ele tinha maneiras de todos os graus, segundo a condição social da pessoa.”
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UFRN 2007 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Na oração “[...] definia-se o incêndio.” (linha 2), a forma verbal está na voz passiva. A opção de resposta que também apresenta verbo na voz passiva é:


A
“Fizeram-se investigações policiais discretas [...]”
B
“Bebe-se para esquecer, para lembrar [...]”
C
“O chefe reservou-se um objetivo ambicioso [...]”
D

“Os homens entreolham-se, cautelosos [...]”


(Segmentos textuais extraídos de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos de aprendiz. 48. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.)

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UFRN 2007 - Português - Pronomes relativos, Morfologia - Pronomes

O pronome onde (linha 5) refere-se


A
a determinado espaço físico.
B
ao empilhamento de colchões.
C
à lavagem de uma sala da casa.
D
ao momento inicial do incêndio.
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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Insinua-se, no fragmento, que o diretor


A
estava entre as pessoas que assistiam ao incêndio.
B
desviava recursos do estabelecimento que ele administrava.
C
suspeitava de que o incêndio tinha sido proposital.
D
achava que o luxuoso estabelecimento era propriedade sua.
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UFRN 2007 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Constata-se uso de personificação no seguinte fragmento do Livro de poemas de Jorge Fernandes:

A
“O dia acorda bochecha água fina em [cima das árvores Que ficam pesadas e contentes...”
B
“E as cobras e os tejus, toda versidade [de bichos Se estorce correndo das locas”
C
“O mistério sombrio dos sítios cheios [de cajueiros Carregados de cajus todos virgulados [de castanhas”
D
“Té-téu – canela fina – Vive para despertar todos os bichos do [campo
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UFRN 2007 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

São características modernistas do poema:

PESCADORES


Chegou do mar!

Quanta arrogância no pescador...

O mar fê-lo forte, resoluto.

Tem ímpetos de ondas o seu olhar...

Olhem o calão do peixe que ele trouxe!!?...

São peixes monstros que ele pescou...

Quando há tormenta e a jangada vira

O homem forte matou a fome

Do irmão do mero que ele comeu...


FERNANDES, Jorge. Livro de poemas de Jorge Fernandes. 4.

ed. Natal: EDUFRN, 2007. p. 37. 

A
linguagem coloquial e paródia
B
métrica irregular e versos brancos
C
metalinguagem e vocabulário simples
D
humor e crítica à tradição literária