Questõesde UESB 2017
It can be inferred from the text that Brazilian conservationists
Considering language use in the text, it’s correct to say:
Sobre o trecho transcrito e a obra de onde foi extraído, é correto afirmar:
I. Viagem a Petrópolis é um dos últimos contos escritos pela autora, no qual a protagonista Mocinha, cujo nome verdadeiro é Margarida, foge de casa dos filhos onde vivia de favores e vai para a casa de parentes, onde também é rejeitada e torna a fugir, morrendo de desgosto numa estrada, por se sentir abandonada pela família.
II. No primeiro parágrafo (l. 1-12), na apresentação de características físicas e psicológicas da personagem, a afetividade sugerida pelo diminutivo “sequinha” (l. 1) e pelo adjetivo “doce” (l. 1) revela empatia do narrador em relação à personagem, cuja saga é apresentada metaforicamente através das características de seu vestido, como “velho documento de sua vida.” (l. 4).
III. No terceiro parágrafo (l. 14-18), na fala de Arnaldo, a entonação é agressiva e emblemática da rejeição e exclusão da personagem, uma pessoa idosa que é tratada como estorvo. Estabelece-se, aí, um contraste, entre o discurso de poder e de opressão que se volta contra Mocinha e sua atitude de submissão e silenciamento evidenciada ao longo de todo o conto.
IV. A expressão “em lembrança do berço” (l. 7) é uma referencia ao fato de que, no conto, a personagem Mocinha frequentemente se refugiava nas memórias agradáveis do tempo da infância e da juventude, como forma de fugir da realidade e, já no final da vida, em seu delírio de morte, pensa poder voltar a viver naquele tempo, para superar os traumas vividos na idade adulta e na velhice.
V. No último parágrafo, céu estrada e tronco de árvore são os elementos da paisagem que, finalmente, acolhem a personagem em seus últimos momentos. Sua morte se dá do mesmo modo em que viveu: anônima, resignada, sem vínculos afetivos, em condições de desamparo e solidão, embora pareça desconhecer as condições subumanas em que viveu e a forma como foi tratada.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
II. No primeiro parágrafo (l. 1-12), na apresentação de características físicas e psicológicas da personagem, a afetividade sugerida pelo diminutivo “sequinha” (l. 1) e pelo adjetivo “doce” (l. 1) revela empatia do narrador em relação à personagem, cuja saga é apresentada metaforicamente através das características de seu vestido, como “velho documento de sua vida.” (l. 4).
III. No terceiro parágrafo (l. 14-18), na fala de Arnaldo, a entonação é agressiva e emblemática da rejeição e exclusão da personagem, uma pessoa idosa que é tratada como estorvo. Estabelece-se, aí, um contraste, entre o discurso de poder e de opressão que se volta contra Mocinha e sua atitude de submissão e silenciamento evidenciada ao longo de todo o conto.
IV. A expressão “em lembrança do berço” (l. 7) é uma referencia ao fato de que, no conto, a personagem Mocinha frequentemente se refugiava nas memórias agradáveis do tempo da infância e da juventude, como forma de fugir da realidade e, já no final da vida, em seu delírio de morte, pensa poder voltar a viver naquele tempo, para superar os traumas vividos na idade adulta e na velhice.
V. No último parágrafo, céu estrada e tronco de árvore são os elementos da paisagem que, finalmente, acolhem a personagem em seus últimos momentos. Sua morte se dá do mesmo modo em que viveu: anônima, resignada, sem vínculos afetivos, em condições de desamparo e solidão, embora pareça desconhecer as condições subumanas em que viveu e a forma como foi tratada.
TEXTO:
A voz o chama. Uma voz que o alegra, que faz
bater seu coração. Ajudar a mudar o destino de todos
os pobres. Uma voz que atravessa a cidade, que parece
vir dos atabaques que ressoam nas macumbas da
religião ilegal dos negros. Uma voz que vem com o ruído
dos bondes onde vão os condutores e motorneiros
grevistas. Uma voz que vem do cais, do peito dos
estivadores, de João de Adão, de seu pai morrendo num
comício, dos marinheiros dos navios, dos saveiristas e
dos canoeiros. Uma voz que vem do grupo que
joga a luta da capoeira, que vem dos golpes que o
Querido-de-Deus aplica. Uma voz que vem mesmo do
padre José Pedro, padre pobre de olhos espantados
diante do destino terrível dos Capitães da Areia. Uma
voz que vem das filhas-de-santo do candomblé de
Don’Aninha, na noite que a polícia levou Ogum. [...] Uma
voz que convida para a festa da luta. Que é como um
samba alegre de negro, como o ressoar dos atabaques
nas macumbas. Voz que vem da lembrança de Dora,
valente lutadora. Voz que chama Pedro Bala. Como
a voz de Deus chamava Pirulito, a voz do ódio o
Sem-Pernas, como a voz dos sertanejos chamava Volta
Seca para o grupo de Lampião. Voz poderosa como
nenhuma outra. Porque é uma voz que chama para lutar
por todos, pelo destino de todos, sem exceção. [...]
Dentro de Pedro Bala uma voz o chama: voz que traz
para a canção da Bahia, a canção da liberdade. Voz
poderosa que o chama. Voz de toda a cidade pobre da
Bahia, voz da liberdade. [...]
AMADO, Jorge. Capitães da Areia. 3 ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 2008. p. 266-267.
Sobre o trecho transcrito e a obra de onde foi extraído, é correto
afirmar:
I. Diferentemente das outras obras de ficção de Jorge
Amado, essa obra é não ficcional, pois tem um caráter
essencialmente documental. Nela, histórias sobre
personagens reais, recolhidas pelo autor em suas
vivências na cidade de Salvador, constituem um mosaico
de situações vivenciadas por meninos de rua.
II. Nessa obra, o autor consegue agregar seu
posicionamento crítico em relação à injustiça, bem como
sua crença na possibilidade de uma revolução social, com
uma visão e uma linguagem poéticas, evidentes,
principalmente, nas referências e louvores ao sincretismo
religioso, à cidade de Salvador, sua paisagem e sua gente
sofredora.
III. O personagem Pedro Bala é um negro que, quando
adolescente, em Salvador, foi líder de um grupo de
meninos de rua, vítimas da exclusão, da opressão e da
injustiça social. O trecho transcrito expressa a convocação
emocionada que ele, já adulto e sindicalista, faz a seus
antigos companheiros para aderirem à revolução
socialista.
IV. Nesse trecho, o autor expressa os apelos de uma voz
interior de Pedro Bala, como um chamamento íntimo de
todos os oprimidos com quem conviveu em Salvador, que
o convocam a aderir à utopia de criação de uma sociedade
justa, pluralista, democrática e inclusiva, capaz de garantir
a todos os necessários espaços de liberdade.
V. Pedro Bala, já adulto, tem surtos de loucura, nos quais
ouve vozes vinculadas a todas as suas vivências
passadas, em Salvador. O trecho retrata um desses surtos
em que, num delírio épico, ele retoma seus vínculos
identitários e se considera capaz de liderar um processo
revolucionário para resgatar a liberdade dos oprimidos
socialmente e dos discriminados pela opção de fé.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
TEXTO:
A voz o chama. Uma voz que o alegra, que faz bater seu coração. Ajudar a mudar o destino de todos os pobres. Uma voz que atravessa a cidade, que parece vir dos atabaques que ressoam nas macumbas da religião ilegal dos negros. Uma voz que vem com o ruído dos bondes onde vão os condutores e motorneiros grevistas. Uma voz que vem do cais, do peito dos estivadores, de João de Adão, de seu pai morrendo num comício, dos marinheiros dos navios, dos saveiristas e dos canoeiros. Uma voz que vem do grupo que joga a luta da capoeira, que vem dos golpes que o Querido-de-Deus aplica. Uma voz que vem mesmo do padre José Pedro, padre pobre de olhos espantados diante do destino terrível dos Capitães da Areia. Uma voz que vem das filhas-de-santo do candomblé de Don’Aninha, na noite que a polícia levou Ogum. [...] Uma voz que convida para a festa da luta. Que é como um samba alegre de negro, como o ressoar dos atabaques nas macumbas. Voz que vem da lembrança de Dora, valente lutadora. Voz que chama Pedro Bala. Como a voz de Deus chamava Pirulito, a voz do ódio o Sem-Pernas, como a voz dos sertanejos chamava Volta Seca para o grupo de Lampião. Voz poderosa como nenhuma outra. Porque é uma voz que chama para lutar por todos, pelo destino de todos, sem exceção. [...] Dentro de Pedro Bala uma voz o chama: voz que traz para a canção da Bahia, a canção da liberdade. Voz poderosa que o chama. Voz de toda a cidade pobre da Bahia, voz da liberdade. [...]
AMADO, Jorge. Capitães da Areia. 3 ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 2008. p. 266-267.
Sobre o trecho transcrito e a obra de onde foi extraído, é correto afirmar:
I. Diferentemente das outras obras de ficção de Jorge Amado, essa obra é não ficcional, pois tem um caráter essencialmente documental. Nela, histórias sobre personagens reais, recolhidas pelo autor em suas vivências na cidade de Salvador, constituem um mosaico de situações vivenciadas por meninos de rua.
II. Nessa obra, o autor consegue agregar seu
posicionamento crítico em relação à injustiça, bem como
sua crença na possibilidade de uma revolução social, com
uma visão e uma linguagem poéticas, evidentes,
principalmente, nas referências e louvores ao sincretismo
religioso, à cidade de Salvador, sua paisagem e sua gente
sofredora.
III. O personagem Pedro Bala é um negro que, quando
adolescente, em Salvador, foi líder de um grupo de
meninos de rua, vítimas da exclusão, da opressão e da
injustiça social. O trecho transcrito expressa a convocação
emocionada que ele, já adulto e sindicalista, faz a seus
antigos companheiros para aderirem à revolução
socialista.
IV. Nesse trecho, o autor expressa os apelos de uma voz
interior de Pedro Bala, como um chamamento íntimo de
todos os oprimidos com quem conviveu em Salvador, que
o convocam a aderir à utopia de criação de uma sociedade
justa, pluralista, democrática e inclusiva, capaz de garantir
a todos os necessários espaços de liberdade.
V. Pedro Bala, já adulto, tem surtos de loucura, nos quais
ouve vozes vinculadas a todas as suas vivências
passadas, em Salvador. O trecho retrata um desses surtos
em que, num delírio épico, ele retoma seus vínculos
identitários e se considera capaz de liderar um processo
revolucionário para resgatar a liberdade dos oprimidos
socialmente e dos discriminados pela opção de fé.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
TEXTO:
Auto da Barca do Inferno
(Aproxima-se um corregedor com uma vara na mão
e diz chegando à Barca do Inferno:)
Corregedor – Hou da barca?
Diabo – Que quereis?
Corregedor – Está aqui o senhor juiz.
Diabo – Oh amador de perdiz* / quantos processos
trazeis
Corregedor – Por trazê-los, bem vereis, / venho muito
contrafeito.
Diabo – Como anda lá o Direito?
Corregedor – Nos autos constatareis.
Diabo – Ora, pois, entrai, vejamos / o que dizem tais
papéis.
Corregedor – Para onde vai o batel?
Diabo – No inferno nós ancoramos.
Corregedor – Como? À terra dos demônios / há de ir um
corregedor? [...]
Diabo – Ora, entrai nos negros fados. / Ireis ao lago dos
cães / e vereis os escrivães / como estão bem
prosperados.
Corregedor – Vão à terra dos danados / os novos
evangelistas?
Diabo – Os mestres das fraudes vistas / lá estão bem
atormentados [...]
*“amador de perdiz” – referência ao fato de os juízes aceitarem,
como agrado, a doação de coelhos e perdizes.
VICENTE, GIL. Três autos: da alma; da barca do inferno; de Mofina Mendes.
Livre adaptação de Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo:
Publifolha, 1997. p. 145 -153.
Sobre o trecho da cena transcrito e a obra de onde foi extraído,
é correto afirmar:
I. A cena se inicia com a chegada do corregedor, que é
representante do judiciário, à Barca do Inferno, quando o
Diabo lhe dirige a primeira acusação: a de corrupção, por
manipular a justiça em benefício próprio, com a aceitação
de suborno sob a forma de presentes ou doações.
II. Na obra, através de farta argumentação e de provas
forjadas, o corregedor consegue convencer o Diabo e o
Anjo de sua inocência. Por isso, após ser perdoado, aceita
o pedido de desculpas de ambos e se encaminha para
a Barca do Paraíso, onde é recebido com muitos festejos
e intensa louvação.
III. Na obra, o autor, para relativizar os conceitos de bem e
mal, de certo e errado, evitando uma perspectiva
maniqueísta, coloca circunstâncias em que o Anjo e o
Diabo trocam de papéis e passam a dirigir,
respectivamente, a Barca do Inferno e a Barca da Glória.
Com isso, o julgamento se torna mais preciso e a punição
mais justa.
IV. O cenário da obra é um porto onde se encontram
ancoradas duas barcas: uma, guiada pelo Diabo, tem
como destino o inferno; outra, guiada por um Anjo, leva
ao paraíso. Nelas são acomodadas as pessoas que se
aproximam e que já morreram, selecionadas pelo Diabo
ou pelo Anjo, segundo sua conduta quando estavam vivas.
V. A obra é uma sátira social e moral, pois veicula criticas
aos costumes impróprios ou pecados de figuras
poderosas da época, que são julgadas e punidas com a
condenação ao inferno. Trata-se de uma temática que,
embora contextualizada no século XVI, em Portugal, guarda
certa atualidade e pertinência com questões
contemporâneas.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
Diabo – Que quereis?
Corregedor – Está aqui o senhor juiz. Diabo – Oh amador de perdiz* / quantos processos trazeis
Corregedor – Por trazê-los, bem vereis, / venho muito contrafeito.
Diabo – Como anda lá o Direito?
Corregedor – Nos autos constatareis.
Diabo – Ora, pois, entrai, vejamos / o que dizem tais papéis.
Corregedor – Para onde vai o batel?
Diabo – No inferno nós ancoramos.
Corregedor – Como? À terra dos demônios / há de ir um corregedor? [...]
Diabo – Ora, entrai nos negros fados. / Ireis ao lago dos cães / e vereis os escrivães / como estão bem prosperados.
Corregedor – Vão à terra dos danados / os novos evangelistas?
Diabo – Os mestres das fraudes vistas / lá estão bem atormentados [...]
II. Na obra, através de farta argumentação e de provas forjadas, o corregedor consegue convencer o Diabo e o Anjo de sua inocência. Por isso, após ser perdoado, aceita o pedido de desculpas de ambos e se encaminha para a Barca do Paraíso, onde é recebido com muitos festejos e intensa louvação.
III. Na obra, o autor, para relativizar os conceitos de bem e mal, de certo e errado, evitando uma perspectiva maniqueísta, coloca circunstâncias em que o Anjo e o Diabo trocam de papéis e passam a dirigir, respectivamente, a Barca do Inferno e a Barca da Glória. Com isso, o julgamento se torna mais preciso e a punição mais justa.
IV. O cenário da obra é um porto onde se encontram ancoradas duas barcas: uma, guiada pelo Diabo, tem como destino o inferno; outra, guiada por um Anjo, leva ao paraíso. Nelas são acomodadas as pessoas que se aproximam e que já morreram, selecionadas pelo Diabo ou pelo Anjo, segundo sua conduta quando estavam vivas.
V. A obra é uma sátira social e moral, pois veicula criticas aos costumes impróprios ou pecados de figuras poderosas da época, que são julgadas e punidas com a condenação ao inferno. Trata-se de uma temática que, embora contextualizada no século XVI, em Portugal, guarda certa atualidade e pertinência com questões contemporâneas.
Releia o seguinte trecho:
“São parte fundamental dos jogos de dominação e de poder,
servem para mistificar, para manipular, mas servem,
sobretudo, para sustentar um ideal falso na pessoa do
preconceituoso, ideal acerca de si mesmo, um ideal de
‘superioridade’, sem o qual os preconceitos seriam
eliminados porque perderiam, aí sim, a sua função fundante.”
(l. 7-14)
Sobre aspectos de morfossintaxe desse período, é correto
afirmar que
No trecho apresentado, há um diálogo entre Rubião e Quincas
Borba, sobre a filosofia denominada “Humanitas” ou
“Humanitismo”. Sobre essa filosofia, é correto afirmar:
I. Ela constitui uma crítica irônica ou uma sátira do autor
dirigida ao cientificismo da época, representado pela teoria
da seleção natural de Charles Darwin, que postulava,
como uma lei natural, a sobrevivência do mais forte ou
do mais esperto.
II. Seus princípios e conceitos desconstroem a visão negativa
sobre as guerras, pois a eliminação dos mais fracos, mais
do que a paz, seria benéfica ao aperfeiçoamento
humanidade, que, gradualmente, seria constituída apenas
dos seres mais aptos ou mais fortes
III. O “caráter conservador e benéfico da morte.” (l. 16-17)
constitui uma referência à possibilidade de superação das
disputas, a partir de um aperfeiçoamento dos mecanismos
de colaboração que constituem o princípio “indestrutível”
(l. 6), “universal e comum” (l. 16).
IV. A exclamação “ao vencedor, as batatas!” (l. 33), expressa
a alegria dos vencedores não apenas pelas recompensas,
mas pela vitória do bem contra mal, da justiça contra a
injustiça, com o triunfo de sentimentos de compreensão
e solidariedade em relação aos vencidos.
V. A consideração sobre a “opinião do exterminado” (l. 34)
ou a “opinião da bolha” (l. 40) evidencia outra face dessa
filosofia, seu caráter antiético e repressor, pois o extermínio
dos mais fracos não os atingiria apenas fisicamente, mas
se assentaria também no cerceamento de seus direitos
de expressão.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
II. Seus princípios e conceitos desconstroem a visão negativa sobre as guerras, pois a eliminação dos mais fracos, mais do que a paz, seria benéfica ao aperfeiçoamento humanidade, que, gradualmente, seria constituída apenas dos seres mais aptos ou mais fortes
III. O “caráter conservador e benéfico da morte.” (l. 16-17) constitui uma referência à possibilidade de superação das disputas, a partir de um aperfeiçoamento dos mecanismos de colaboração que constituem o princípio “indestrutível” (l. 6), “universal e comum” (l. 16).
IV. A exclamação “ao vencedor, as batatas!” (l. 33), expressa a alegria dos vencedores não apenas pelas recompensas, mas pela vitória do bem contra mal, da justiça contra a injustiça, com o triunfo de sentimentos de compreensão e solidariedade em relação aos vencidos.
V. A consideração sobre a “opinião do exterminado” (l. 34) ou a “opinião da bolha” (l. 40) evidencia outra face dessa filosofia, seu caráter antiético e repressor, pois o extermínio dos mais fracos não os atingiria apenas fisicamente, mas se assentaria também no cerceamento de seus direitos de expressão.
Sobre as circunstâncias que contextualizam esse diálogo, é
correto afirmar:
I. No filme, por um estranho fenômeno, Hitler escapa da
morte em 1945 e acorda no futuro, em 2014, na Alemanha,
perto de seu bunker. É tido como um ator que interpreta
o papel de Hitler, e, nessa condição, estabelece relações
com pessoas atuais e, aos poucos, retoma a intenção de
realizar seus planos originais.
II. O filme mistura ficção e documentário. Na parte
documental, o ator Oliver Masucci interage com pessoas
reais que revelam sua simpatia e adesão às ideias de
Hitler, considerando a propriedade de seus planos para
resolver os problemas atuais da Alemanha e tomando-o
como um salvador da pátria.
III. Essa é a cena do filme Ele está de volta, quando o
comediante que representa Hitler é raptado e assassinado
por um diretor de TV que foge de um hospital após imergir
num processo de alucinação, supondo ser ele o
verdadeiro Hitler, e não um ator que fazia esse papel.
IV. Após essa cena, Sawatzki, um produtor de TV, atira em
si próprio, pois se sente culpado de ter divulgado, com
o seu documentário, as ideias nazistas de Hitler e, com
isso, ter convencido as pessoas de que a democracia não
é capaz de resolver os atuais problemas da Alemanha.
V. Com essa cena, se encerra uma gravação que se realiza
dentro da narrativa do filme, e o suposto ator, que, na
verdade, é o verdadeiro Hitler, continua acolhido por todos
e, com o apoio da TV, mantém seus planos de construir
um terceiro reich na Alemanha atual.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
II. O filme mistura ficção e documentário. Na parte documental, o ator Oliver Masucci interage com pessoas reais que revelam sua simpatia e adesão às ideias de Hitler, considerando a propriedade de seus planos para resolver os problemas atuais da Alemanha e tomando-o como um salvador da pátria.
III. Essa é a cena do filme Ele está de volta, quando o comediante que representa Hitler é raptado e assassinado por um diretor de TV que foge de um hospital após imergir num processo de alucinação, supondo ser ele o verdadeiro Hitler, e não um ator que fazia esse papel.
IV. Após essa cena, Sawatzki, um produtor de TV, atira em si próprio, pois se sente culpado de ter divulgado, com o seu documentário, as ideias nazistas de Hitler e, com isso, ter convencido as pessoas de que a democracia não é capaz de resolver os atuais problemas da Alemanha.
V. Com essa cena, se encerra uma gravação que se realiza dentro da narrativa do filme, e o suposto ator, que, na verdade, é o verdadeiro Hitler, continua acolhido por todos e, com o apoio da TV, mantém seus planos de construir um terceiro reich na Alemanha atual.
Transcrição de
diálogo do filme ELE ESTÁ
DE VOLTA, entre Hitler (H)
e Sawatzki (S). Sawatzki
mantém Hitler sob a mira de
um revólver e o ameaça,
dirigindo-o para a beirada do
pátio de um edifício alto.
H – Sawatzki? [vira-se para
trás e vê Sawatzki que lhe
aponta um revólver]. Você
demorou de responder...
S – É você... Você é ele!...
H – Nunca disse o contrário. Acho que meu destino é me
despedir de meus leais companheiros de trabalho.
S – Por ali [indica uma porta que dá acesso ao pátio
superior de um edifício]. A história está se repetindo. Está
enganando as pessoas com seus discursos.
H – Ah, Sawatzki, você não entende. Em 1933, ninguém
precisou de discurso nenhum. O povo elegeu um líder
que deixou claro para todos quais eram seus planos. Os
alemães me elegeram...
S – [Encaminha-o, apontando o revólver, para a beirada
do prédio]. Continue... Você é um monstro!
H – Sou? Então é melhor culpar também aqueles que
elegeram esse monstro. Eles todos eram monstros? Não,
eram pessoas normais... Que escolheram eleger alguém
diferente dos outros, para confiarem o destino de seu
país. O que vai fazer, Sawatzki? Impedir as eleições?
S – Não, mas vou impedir você...
H – Nunca se perguntou por que as pessoas me seguem?
Porque, no fundo, elas são como eu. Têm os mesmos
princípios. E é por isso que você não vai atirar...
[Sawatzki atira]
ELE ESTÁ DE VOLTA. Direção de David Wnendt. Intérpretes: Oliver
Masucci, Fabian Busch, Thomas Köppl e outros. Alemanha, 2015. Baseado
no livro Er Ist Wieder Da, de Timur Vermes.
Há uma afirmação correta sobre fatos linguísticos ou
semânticos presentes nas expressões destacadas em
Na cena transcrita, frente ao julgamento que dele faz o
personagem Sawatzki, o personagem Hitler reage do seguinte
modo:
Transcrição de
diálogo do filme ELE ESTÁ
DE VOLTA, entre Hitler (H)
e Sawatzki (S). Sawatzki
mantém Hitler sob a mira de
um revólver e o ameaça,
dirigindo-o para a beirada do
pátio de um edifício alto.
H – Sawatzki? [vira-se para
trás e vê Sawatzki que lhe
aponta um revólver]. Você
demorou de responder...
S – É você... Você é ele!...
H – Nunca disse o contrário. Acho que meu destino é me
despedir de meus leais companheiros de trabalho.
S – Por ali [indica uma porta que dá acesso ao pátio
superior de um edifício]. A história está se repetindo. Está
enganando as pessoas com seus discursos.
H – Ah, Sawatzki, você não entende. Em 1933, ninguém
precisou de discurso nenhum. O povo elegeu um líder
que deixou claro para todos quais eram seus planos. Os
alemães me elegeram...
S – [Encaminha-o, apontando o revólver, para a beirada
do prédio]. Continue... Você é um monstro!
H – Sou? Então é melhor culpar também aqueles que
elegeram esse monstro. Eles todos eram monstros? Não,
eram pessoas normais... Que escolheram eleger alguém
diferente dos outros, para confiarem o destino de seu
país. O que vai fazer, Sawatzki? Impedir as eleições?
S – Não, mas vou impedir você...
H – Nunca se perguntou por que as pessoas me seguem?
Porque, no fundo, elas são como eu. Têm os mesmos
princípios. E é por isso que você não vai atirar...
[Sawatzki atira]
ELE ESTÁ DE VOLTA. Direção de David Wnendt. Intérpretes: Oliver
Masucci, Fabian Busch, Thomas Köppl e outros. Alemanha, 2015. Baseado
no livro Er Ist Wieder Da, de Timur Vermes.
O “messianismo” e a “peste” são categorias corretamente
explicitadas, de acordo com o texto, em
I. O messianismo faz crer que coragem, populismo e
performance são os requisitos do sucesso político e
qualidades para dirigir os destinos da pátria. A peste é
uma categoria que transfigura os problemas brasileiros
como males cuja solução depende da intercessão divina
ou de líderes iluminados.
II. A peste constitui uma referência ao passado, quando os
problemas do país eram decorrentes de um sistema
político retrógrado ou ultrapassado. Já o messianismo
abarca os líderes que foram responsáveis pela superação
desses problemas, a partir da valoração da ciência, do
conhecimento e da educação.
III. O messianismo supõe a necessidade, na direção política
do país, de líderes heroicos, salvadores da pátria, mesmo
que não disponham de preparo, cultura ou inteligência. Já
a peste constitui uma concepção que atribui causa
desconhecida e extensão indeterminada às dificuldades
reais e mais graves do país.
IV. A peste representa o perigo atual de disseminação de um
ódio irracional dirigido para o conhecimento, o saber, a
inteligência. Já o messianismo constitui uma crença de que
existem indivíduos predestinados para as funções públicas
por sua capacidade de resolver os problemas do país a
partir de suas qualidades intelectuais e morais.V. Ambos, a peste e o messianismo são categorias
vinculadas a uma lógica superada de pensamento, e
estão presentes numa onda atual e crescente de
conservadorismo, caracterizada pela rejeição a uma
educação e um conhecimento capazes de estimular o
senso crítico e a reflexão, atitudes indesejadas e
combatidas.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
II. A peste constitui uma referência ao passado, quando os problemas do país eram decorrentes de um sistema político retrógrado ou ultrapassado. Já o messianismo abarca os líderes que foram responsáveis pela superação desses problemas, a partir da valoração da ciência, do conhecimento e da educação.
III. O messianismo supõe a necessidade, na direção política do país, de líderes heroicos, salvadores da pátria, mesmo que não disponham de preparo, cultura ou inteligência. Já a peste constitui uma concepção que atribui causa desconhecida e extensão indeterminada às dificuldades reais e mais graves do país.
IV. A peste representa o perigo atual de disseminação de um ódio irracional dirigido para o conhecimento, o saber, a inteligência. Já o messianismo constitui uma crença de que existem indivíduos predestinados para as funções públicas por sua capacidade de resolver os problemas do país a partir de suas qualidades intelectuais e morais.
São trechos do texto que podem ser associados à narrativa
da tirinha acima:
I. “Os preconceitos não são inúteis. Eles têm uma função
importantíssima na economia psíquica do preconceituoso.”
(l. 1-3).
II. “Vivemos tempos de descompensação emocional
profunda, em uma espécie de vazio afetivo” (l. 22-23).
III. “Há um ódio que se dirige atualmente à inteligência, ao
conhecimento, à ciência, ao esclarecimento, ao
discernimento.” (l. 43-45).
IV. “Há, dividindo espaço com opressões próprias ao campo
do saber, um estranho ódio ao saber em sua forma
crítica e desconstrutiva.” (l. 53-55).
V. “O pensamento e a ousadia intelectual tornaram-se
insuportáveis para muitas pessoas” (l. 59-60).
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
São trechos do texto que podem ser associados à narrativa da tirinha acima:
I. “Os preconceitos não são inúteis. Eles têm uma função
importantíssima na economia psíquica do preconceituoso.”
(l. 1-3).
II. “Vivemos tempos de descompensação emocional
profunda, em uma espécie de vazio afetivo” (l. 22-23).
III. “Há um ódio que se dirige atualmente à inteligência, ao
conhecimento, à ciência, ao esclarecimento, ao
discernimento.” (l. 43-45).
IV. “Há, dividindo espaço com opressões próprias ao campo
do saber, um estranho ódio ao saber em sua forma
crítica e desconstrutiva.” (l. 53-55).
V. “O pensamento e a ousadia intelectual tornaram-se
insuportáveis para muitas pessoas” (l. 59-60).
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
De acordo com uma associação de ideias ensejada pelo texto,
“esclarecimento” e “discernimento” (l. 45) se relacionam com
“Vivemos tempos de descompensação emocional profunda,
em uma espécie de vazio afetivo” (l. 22-23)
Há uma característica desses “tempos” em
I. Mudança de alvo do ódio e dos preconceitos.
II. Aumento significativo da manifestação de preconceitos.
III. Desequilíbrio psicológico que gera uma reação de
esquiva.
IV. Consumo alienado de bens materiais e de formas de
pensar.
V. Decepção com os “salvadores da pátria” pelo fracasso da
política.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
II. Aumento significativo da manifestação de preconceitos.
III. Desequilíbrio psicológico que gera uma reação de esquiva.
IV. Consumo alienado de bens materiais e de formas de pensar.
V. Decepção com os “salvadores da pátria” pelo fracasso da política.
Caracteriza o “anti-intelectualismo” (l. 43)
Constitui uma síntese adequada do conteúdo do texto:
Para caracterizar a atitude denominada “preconceito”, há uma
asserção compatível com o texto em
O holocausto do oxigênio foi uma crise de poluição mundial que ocorreu por volta de 2.000 milhões de anos atrás. Antes
dessa época, praticamente, não havia oxigênio na atmosfera terrestre. A biosfera original da Terra era tão diferente da
atual como a de um planeta estranho. Mas micróbios fotossintetizantes purpúreos e verdes, ávidos por hidrogênio,
descobriram a maior fonte desses elementos, água, e o seu uso produziu um resíduo altamente tóxico, o oxigênio. O
nosso preciosíssimo oxigênio era um gás venenoso lançado na atmosfera. (MARGULIS; SAGAN. 2016)
A partir das informações contidas no texto e com os conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
O gráfico destacado representa o crescimento de uma população que se desenvolveu em uma região em um determinado
tempo.
A partir das informações contidas no gráfico e com os conhecimento sobre o assunto, é correto afirmar:
O gráfico destacado representa o crescimento de uma população que se desenvolveu em uma região em um determinado
tempo.
A partir das informações contidas no gráfico e com os conhecimento sobre o assunto, é correto afirmar: