Questõesde UERJ
Adaptado de veja.abril.com.br.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada em 1949 e, a partir da década de 1990,
sofreu um processo de expansão, conforme mostra o mapa. Atualmente, a OTAN possui 31 membros.
No cenário das relações internacionais, essa expansão é decorrente do seguinte contexto:

O MASSACRE DE SOWETO

Em 1974, o governo sul-africano emitiu um decreto
exigindo o estudo do africâner nas escolas do país
no mesmo nível do inglês. O africâner era língua
majoritária entre a minoria branca que controlava o
país. Estudantes negros se opuseram. Eles queriam
estudar em seu idioma nativo (zulu) e em inglês.
No bairro negro de Soweto, em Joanesburgo, estudantes
do Orlando West Institute planejaram uma série de
ações contra essa lei, que entrou em vigor em janeiro
de 1975. No dia 16 de junho de 1976, cerca de 3000
manifestantes, entre alunos e professores, começaram
a protestar pacificamente. Aos poucos, outras pessoas se juntaram e estima-se que a marcha
reuniu cerca de 10000 pessoas (algumas fontes dizem 20000), que percorreram as ruas com
faixas e slogans como “Abaixo o africâner” e “Se aprendermos africâner, que Vorster (primeiro-ministro na época) aprenda zulu”.
Os confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes duraram todo o dia. O saldo oficial
foi de 23 crianças mortas. Porém, a realidade foi bem diferente, já que o número de mortos
chegou a 700 e o de feridos ultrapassou mil. Hector Pierterson, um estudante de 13 anos, foi
o primeiro manifestante a cair morto. A fotografia daquele momento, feita pelo fotojornalista
Sam Nzima, tornou-se um ícone da luta dos estudantes negros sul-africanos.
CHEMA CABALLERO
Adaptado de elpais.com, 14/06/2016.
O regime de Apartheid na África do Sul instituiu a segregação racial e outras formas de controle
social sobre as populações negras.
A obrigatoriedade do ensino de africâner, destacada na reportagem, está relacionada à seguinte
estratégia de dominação colonial:
O MASSACRE DE SOWETO
Em 1974, o governo sul-africano emitiu um decreto exigindo o estudo do africâner nas escolas do país no mesmo nível do inglês. O africâner era língua majoritária entre a minoria branca que controlava o país. Estudantes negros se opuseram. Eles queriam estudar em seu idioma nativo (zulu) e em inglês.
No bairro negro de Soweto, em Joanesburgo, estudantes do Orlando West Institute planejaram uma série de ações contra essa lei, que entrou em vigor em janeiro de 1975. No dia 16 de junho de 1976, cerca de 3000 manifestantes, entre alunos e professores, começaram a protestar pacificamente. Aos poucos, outras pessoas se juntaram e estima-se que a marcha reuniu cerca de 10000 pessoas (algumas fontes dizem 20000), que percorreram as ruas com faixas e slogans como “Abaixo o africâner” e “Se aprendermos africâner, que Vorster (primeiro-ministro na época) aprenda zulu”.
Os confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes duraram todo o dia. O saldo oficial foi de 23 crianças mortas. Porém, a realidade foi bem diferente, já que o número de mortos chegou a 700 e o de feridos ultrapassou mil. Hector Pierterson, um estudante de 13 anos, foi o primeiro manifestante a cair morto. A fotografia daquele momento, feita pelo fotojornalista Sam Nzima, tornou-se um ícone da luta dos estudantes negros sul-africanos.
CHEMA CABALLERO
Adaptado de elpais.com, 14/06/2016.
O regime de Apartheid na África do Sul instituiu a segregação racial e outras formas de controle social sobre as populações negras.
A obrigatoriedade do ensino de africâner, destacada na reportagem, está relacionada à seguinte
estratégia de dominação colonial:
Há quem desdenhe das imagens e das representações visuais. Há quem alegue que elas não
passam de “ilustrações” que simplesmente decoram e alegram os ambientes, os jornais, as
paredes das casas e dos museus – seriam inocentes. Da minha parte, sou dessas pessoas que
vivem tomadas pela potência das imagens e pelo poder que elas têm de revelar e criar valores,
ideias, concepções de mundo. Por isso, não raro, viram elas mesmas a própria realidade.
É esse o poder reflexivo das imagens e das obras visuais, pois ao reproduzir um contexto elas
acabam, ao fim e ao cabo, por criá-lo. Transformam-se em parte constitutiva da imaginação.
Muitas vezes lembramos, ou achamos que lembramos, de um evento a partir e por causa de
uma imagem guardada num canto da memória.
É possível dizer que nossa imaginação histórica é feita a partir de imaginários alheios; das
construções visuais feitas por outras pessoas com seus interesses, contextos e especificidades.
LILIA SCHWARCZ
Adaptado de nexojornal.com.br, 22/11/2021.
Uma imagem que exemplifica a capacidade de construção da imaginação histórica, conforme
enfatizado pela autora, é:
Há quem desdenhe das imagens e das representações visuais. Há quem alegue que elas não passam de “ilustrações” que simplesmente decoram e alegram os ambientes, os jornais, as paredes das casas e dos museus – seriam inocentes. Da minha parte, sou dessas pessoas que vivem tomadas pela potência das imagens e pelo poder que elas têm de revelar e criar valores, ideias, concepções de mundo. Por isso, não raro, viram elas mesmas a própria realidade.
É esse o poder reflexivo das imagens e das obras visuais, pois ao reproduzir um contexto elas acabam, ao fim e ao cabo, por criá-lo. Transformam-se em parte constitutiva da imaginação. Muitas vezes lembramos, ou achamos que lembramos, de um evento a partir e por causa de uma imagem guardada num canto da memória.
É possível dizer que nossa imaginação histórica é feita a partir de imaginários alheios; das construções visuais feitas por outras pessoas com seus interesses, contextos e especificidades.
LILIA SCHWARCZ
Adaptado de nexojornal.com.br, 22/11/2021.
Uma imagem que exemplifica a capacidade de construção da imaginação histórica, conforme
enfatizado pela autora, é:
LEGENDA COM A PALAVRA MAPA
Tebas, Madian, Monte Hor,esfingéticos nomes.Idumeia, Efraim, Gilead,histórias que dispensam meu concurso.Os mapas me descansam,mais em seus desertos que em seus mares,onde não mergulho porque mesmo nos mapas são profundos,voraginosos, indomesticáveis.Como pode o homem conceber o mapa?Aqui rios, aqui montanhas, cordilheiras, golfos,aqui florestas, tão assustadoras quanto os mares.As legendas dos mapas são tão belasque dispensam as viagens. Você está louca, dizem-me,um mapa é um mapa. Não estou, respondo.O mapa é a certeza de que existe O LUGAR,o mapa guarda sangue e tesouros.Deus nos fala no mapa com sua voz geógrafa.
PRADO, Adélia. Terra de Santa Cruz. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
No poema de Adélia Prado, é enfatizada a seguinte função da linguagem cartográfica:

No mapa, observa-se uma concentração de empresas na região do Vale do Silício.Essa concentração espacial se explica, principalmente, pelo seguinte fator:


Criada durante o governo de Getúlio Vargas (1950-1954), em um contexto de intensos debates e
mobilizações associados à campanha “O petróleo é nosso”, a Petrobras se vinculou, naquela
época, à valorização da “bandeira nacionalista”, conforme se observa no cartaz.
No que diz respeito à exploração do petróleo, essa valorização esteve manifesta na seguinte
atribuição da empresa:
Criada durante o governo de Getúlio Vargas (1950-1954), em um contexto de intensos debates e mobilizações associados à campanha “O petróleo é nosso”, a Petrobras se vinculou, naquela época, à valorização da “bandeira nacionalista”, conforme se observa no cartaz.
No que diz respeito à exploração do petróleo, essa valorização esteve manifesta na seguinte
atribuição da empresa:
Segundo as projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial
ultrapassou a marca dos oito bilhões de habitantes no dia 15 de novembro de 2022. O planeta
nunca tinha abrigado tantas pessoas ao mesmo tempo. Com essa dinâmica populacional a que
temos assistido nas últimas décadas, verifica-se a ampliação do número de megacidades.

De acordo com o mapa, um continente teve o maior acréscimo de megacidades no século XXI.
Esse acréscimo é explicado, principalmente, pelo seguinte processo social ocorrido nos últimos
cinquenta anos:

LAERTE
folha.uol.com.br, fevereiro/2023
A charge de Laerte está inserida em um conjunto de críticas ao governo federal de 2019 a 2022,
indicando também expectativas quanto à promoção de mudanças com o fim desse mandato.
Considerando a conjuntura política da transição governamental mencionada, uma correlação
adequada entre crítica e expectativa é:

A Copa do Mundo de 2022 ocorreu nos meses de novembro e dezembro, por conta das
peculiaridades climáticas do Catar, país que sediou o evento. Observe as variações das
temperaturas médias ao longo do dia para cada mês do ano na capital, Doha.
CAROLINE SOUZA e GABRIEL ZANLORENSSIAdaptado de nexojornal.com.br, 17/11/2022.
Com base nas informações apresentadas, infere-se que a latitude aproximada do Catar é:

NÃO DEIXEM ACABAR COM OS IANOMÂMIS

Ianomâmi. Talvez você nunca tenha
ouvido falar nesse nome. Pois saiba que
é o nome genérico de cerca de 8400
brasileiros, gente boa que vive em 203
cabanas, no interior da floresta tropical,
bem na fronteira com a Venezuela.
Formam 14% da população de Roraima
e encontram-se ainda no Amazonas.
Os ianomâmis correm no momento
um grande risco e estão precisando de
você. Cabe a você interessar-se pelo
projeto de um grupo de antropólogos,
juristas, médicos e jornalistas, que visa
a proteger a vida pacífica dos ianomâmis, nos locais que habitam, e dentro do tipo de cultura que
é tradicionalmente o deles. Esse projeto, ou anteprojeto, propõe a criação do Parque Indígena
Ianomâmi.
Essa é a única maneira de salvar a comunidade social e cultural desses homens, mulheres e crianças
que desde 1974 vêm sofrendo as consequências do processo de expansão econômica da Amazônia
em sua parte negativa, sem se beneficiar com suas possíveis vantagens. A abertura da Perimetral
Norte, BR-210, levou àquela região gripe, sarampo, tuberculose, moléstias de pele e doenças
venéreas. O garimpo irrompeu como outra modalidade da doença. Em 1978, é a Cia. Vale do
Rio Doce que se apresta para extrair a cassiterita, antes explorada ilegalmente pelos garimpeiros.
E a Perimetral Norte vai prosseguir, fornecendo espaço à colonização. Topógrafos percorrem o
território ianomâmi, demarcando lotes em terras insofismavelmente pertencentes aos índios.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Adaptado de Caderno Ilustrado, Folha de S. Paulo, 02/08/1979.
Em seu artigo de 1979, o escritor Carlos Drummond de Andrade situa circunstâncias do projeto
de criação do Parque Indígena Ianomâmi, no contexto das ações de exploração da Amazônia
durante os governos militares (1964-1985).
A defesa da criação desse Parque, naquela conjuntura, tinha como objetivo tornar pública a
seguinte problemática:
NÃO DEIXEM ACABAR COM OS IANOMÂMIS
Ianomâmi. Talvez você nunca tenha ouvido falar nesse nome. Pois saiba que é o nome genérico de cerca de 8400 brasileiros, gente boa que vive em 203 cabanas, no interior da floresta tropical, bem na fronteira com a Venezuela. Formam 14% da população de Roraima e encontram-se ainda no Amazonas.
Os ianomâmis correm no momento um grande risco e estão precisando de você. Cabe a você interessar-se pelo projeto de um grupo de antropólogos, juristas, médicos e jornalistas, que visa a proteger a vida pacífica dos ianomâmis, nos locais que habitam, e dentro do tipo de cultura que é tradicionalmente o deles. Esse projeto, ou anteprojeto, propõe a criação do Parque Indígena Ianomâmi.
Essa é a única maneira de salvar a comunidade social e cultural desses homens, mulheres e crianças que desde 1974 vêm sofrendo as consequências do processo de expansão econômica da Amazônia em sua parte negativa, sem se beneficiar com suas possíveis vantagens. A abertura da Perimetral Norte, BR-210, levou àquela região gripe, sarampo, tuberculose, moléstias de pele e doenças venéreas. O garimpo irrompeu como outra modalidade da doença. Em 1978, é a Cia. Vale do Rio Doce que se apresta para extrair a cassiterita, antes explorada ilegalmente pelos garimpeiros. E a Perimetral Norte vai prosseguir, fornecendo espaço à colonização. Topógrafos percorrem o território ianomâmi, demarcando lotes em terras insofismavelmente pertencentes aos índios.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Adaptado de Caderno Ilustrado, Folha de S. Paulo, 02/08/1979.
Em seu artigo de 1979, o escritor Carlos Drummond de Andrade situa circunstâncias do projeto de criação do Parque Indígena Ianomâmi, no contexto das ações de exploração da Amazônia durante os governos militares (1964-1985).
A defesa da criação desse Parque, naquela conjuntura, tinha como objetivo tornar pública a
seguinte problemática:
A natureza semiconservativa do processo de duplicação do DNA foi demonstrada
experimentalmente pelos biólogos Matthew Meselson e Franklin Stahl. Esse experimento foi
realizado em duas etapas, descritas a seguir.
Etapa 1: amostras de uma bactéria foram cultivadas em um meio de cultura onde a única fonte
de nitrogênio era o isótopo pesado 15N.
Etapa 2: bactérias resultantes da etapa 1 foram cultivadas durante três gerações em um novo
meio contendo apenas o isótopo leve 14N.
Observe o esquema que representa o início da etapa 2, quando ocorreu duplicação do DNA das
bactérias da geração parental até a primeira geração. Os filamentos em vermelho são formados
por 15N e os em azul, por 14N.

Na terceira geração das bactérias cultivadas na etapa 2, o percentual de moléculas de DNA que
apresentam apenas filamentos compostos por 14N é igual a:

Para a produção de uma solução antisséptica à base de iodo, foram empregados 0,02 mol de I2,
0,06 mol de KI e determinada quantidade de água.
A massa total de iodo, em gramas, presente nessa solução é igual a:
Quadros de pneumonia podem ocorrer quando, além do ar, algum corpo estranho entra nas vias
respiratórias.
Uma explicação para a possibilidade de entrada desses corpos estranhos é a comunicação entre
o sistema respiratório e o seguinte sistema:
Para aumentar a eficiência energética de uma caldeira industrial, pesquisadores realizaram um
teste que verificou a expansão volumétrica de uma amostra de gás ideal em função da temperatura.
Observe os resultados no gráfico:

Admita que o processo de expansão volumétrica ocorre à pressão constante de 8 atm e que a
constante universal dos gases ideais é de 0,08 atm.L/mol.K.
Ao atingir a temperatura máxima, o número de mols da amostra de gás corresponderá a:

Em determinadas condições, nanopartículas podem ser impulsionadas como um foguete pela
simples interação com o meio. Admita que, em um dado instante, uma dessas partículas, com massa
de 9,0 × 10−26 kg, adquire velocidade de 2,0 × 102 m/s.
Com base nessas informações, a ordem de grandeza da quantidade de movimento dessa partícula
é igual a:
Durante uma ventania, uma árvore sofreu certa inclinação e, depois, retornou à posição inicial.
Nesse processo, um de seus frutos foi projetado e submetido à ação exclusiva da gravidade,
descrevendo um arco de parábola. Observe no esquema a trajetória do fruto e as setas I, II, III e IV,
que representam possíveis vetores de velocidade resultante na altura máxima.
Sabe-se que a altura máxima é alcançada pelo fruto alguns instantes após seu lançamento.
Nesse caso, o vetor velocidade resultante do fruto é representado pela seguinte seta:
