Questõesde UECE sobre Sociologia
Neste início de século XXI, o mundo humano está
vivenciando em uma dimensão nunca antes vivida na história: a Era
da Informação e da Sociedade em Rede. As relações sociais, na
maioria das sociedades, estão se organizando, cada vez mais, em
torno da Informação e das Redes. As relações sociais, nesse
cenário, se tornam dinâmicas e em autoexpansão. Tecnologias,
nesse contexto, transformam todas as esferas da vida sociocultural,
política e econômica, mundialmente. E a Sociedade em Rede não
tem um Centro, como aponta o sociólogo espanhol Manuel
Castells, mas uma série de Nódulos de importâncias variadas.
Castells entende as Redes como sendo estruturas abertas capazes
de se expandir de forma ilimitada, integrando novos Nódulos desde
que consigam compartilhar os mesmos códigos de comunicação.
Partindo do exposto sobre a Era da Informação e da Sociedade em
Rede, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for
verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A Era da Informação e da Sociedade em Rede são
impulsionadas, de modo predominante, pela economia
mundial, que já está embasada no desenvolvimento das
novas tecnologias de comunicação.
( ) Uma das consequências econômicas da Sociedade em
Rede é que as grandes empresas, em conjunto com os
Estados nacionais, modificam o processo produtivo de
vários países pelo mundo.
( ) As elites econômicas mundiais estabelecem agora sua
dominação mundial a partir dos países desenvolvidos
onde se encontram fisicamente os grandes computadores
que redirecionam as informações.
( ) As novas tecnologias de comunicação e os processos de
interconexões globais fazem com que as identidades
culturais estejam mais ligadas às comunidades tradicionais
e menos às Nações.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Há, nas últimas décadas, o surgimento de uma globalização
contra-hegemônica com uma nova gramática democrática que se
opõe a um estilo de globalização hegemônica Neoliberal. Esta é a
compreensão de Boaventura de Sousa Santos, sociólogo português,
que tem estudado e pesquisado sobre o tema. Essa globalização
hegemônica se caracteriza pela propagação do livre mercado como
principal agenda política que é pautada, por exemplo, pela
privatização de serviços essenciais do Estado e por leis de
desregulamentação trabalhista, ensejando uma específica
concepção de democracia. Dentre as características desse tipo de
democracia da globalização hegemônica, estão a apatia política
com a premissa de que o cidadão comum não participa de modo
ativo de decisões e de questões políticas, a não ser exclusivamente
na escolha de seus representantes por meio do voto, e um
pluralismo político resumido no sistema representativo-partidário
que não retrata as diferenças sociais e a imensa diversidade
cultural que é encontrada nas sociedades democráticas
contemporâneas.
Partindo do exposto, avalie as seguintes proposições.
I. O tipo de democracia da globalização hegemônica
contribui para o surgimento de problemas de participação
e de representação políticas nas sociedades atuais.
II. Movimentos sociais reivindicativos e propositivos de
mudanças reais nas sociedades atuais indicam uma
concepção contra-hegemônica de democracia.
III. Na democracia Neoliberal, o sistema representativopartidário é limitado para atender as demandas de
sociedades desiguais e de diversidade cultural. IV. Na democracia contra-hegemônica, limita-se a
participação cidadã aos dias das eleições e desestimula-se
um ambiente social com mais sociodiversidade.
É correto o que se afirma em
O fazer da política em sociedade é produzido e mantido
pelo conflito, pelo embate e pelas oposições. E é recorrente,
nas sociedades modernas, apontar a existência de dois lados
político-ideológicos opostos: esquerda e direita. Para Norberto
Bobbio, imaginar esses dois lados não é simplificar, mas
conceder uma representação da realidade conflitiva que os
embates políticos nas sociedades atuais possuem. Não é
correto afirmar, isso é evidente, que tal distinção é a única
possível no universo social político, mas essa distinção ainda é
representativa. Porém, o que pode diferenciar esses
hemisférios políticos opositores? Bobbio aponta alguns critérios
de diferenciação, e um deles está centrado no ideal da
igualdade. A direita, em geral, considera que as desigualdades
sociais não são elimináveis e são úteis na medida que
promovem a constante luta pela melhoria da sociedade. Além
disso, defendem a liberdade da economia frente a um Estado
regulamentador. Já a esquerda, no geral, considera que é
preciso combater as desigualdades em busca de justiça social e
de mais igualdade de oportunidades entre as classes sociais. Em
consequência, defendem um Estado provedor e protetor de
diversas classes e grupos sociais vulneráveis.
Considerando o exposto, é correto afirmar que
Nos últimos anos, no Brasil, surgiu a falácia de uma
“ideologia de gênero”, que tem constrangido e, mesmo,
reprimido uma educação para a diversidade nas escolas. Grosso
modo, os que pregam contra o debate de gênero nas escolas
têm o receio de que trazer esse tema para perto das crianças
possa significar “destruir os valores morais da família” e
“ensinar as novas gerações a serem gays”. Todavia, a discussão
sobre gênero passa por outros caminhos e objetivos
educacionais: trata de ensinar limites pessoais, tolerância,
respeito à diversidade humana, que é, além de sexual, também,
racial e social. Entretanto, quando a escola não planeja uma
educação para a diversidade e procura evitar, a todo custo, o
debate sobre gênero e orientação sexual, por exemplo, prioriza
outros temas e possibilita a continuidade, na sociedade como
um todo, de intolerâncias, violências ligadas à questão de
gênero, preconceitos e discriminações.
A partir do exposto, é correto afirmar que
Segundo Ricardo Antunes, o empreendedorismo é um
mito que cresce pelo desemprego, o enfraquecimento das
políticas sociais e pela inserção das tecnologias digitais, que
têm contribuído para novas formas de trabalho autônomo e
precarizado. O discurso do empreendedorismo, hoje, ocorre em
uma sociedade como a brasileira, em que as taxas de
desemprego são elevadas, e a recente reforma trabalhista fez
com que o Estado e as empresas flexibilizassem direitos dos
trabalhadores. Antunes aponta, ainda, que esse discurso
incentiva a informalização e transfere a responsabilidade do
Estado para o cidadão pela sua situação de desempregado.
Partindo do exposto, é correto afirmar que
Para Gilberto Freyre, a miscigenação que ocorreu desde
o início do processo de colonização do Brasil corrigiu, ao longo
do tempo, a distância social entre os brancos conquistadores e
senhores de engenho e os indígenas e os negros escravizados.
São dois polos, duas classes ou dois grupos sociais antagônicos
de dominantes-dominados, mas que teriam sido aproximados
na formação da sociedade brasileira pela mestiçagem. É aqui
que se fundamenta o mito da democracia racial. Segundo
Freyre, os mestiços desde a colonização brasileira ocasionaram
efeitos sociais que equilibraram diferenças e desigualdades. E
foram, principalmente, a mulher índia, a negra-mina e depois a
mulata, aponta Freyre, as categorias de mulheres que agiram
poderosamente no sentido dessa “democratização social no
Brasil”. Faltou a Freyre, todavia, ressaltar que essas mulheres
estavam, em grande maioria, na condição de escravizadas ou
subalternizadas na relação com seus senhores e donos e foi
assim que conceberam a mestiçagem na história brasileira. Essa
concepção mitológica foi fortalecida pelos séculos de
dominação patriarcalista e branca sobre indígenas, negros e mestiços. Trata-se de um mito ou uma ideologia que persiste
sem maior reflexão, conhecimento histórico, consciência crítica
e tanto disfarça a existência do racismo na sociedade brasileira
contemporânea como não contribui para o debate público das
lutas políticas e sociais dos movimentos negros e dos povos
tradicionais indígenas.
A partir do exposto, é correto afirmar que
Na história recente do Brasil, quando a juventude é tida
como problema social, ela apareceu na figura do perigo, do
risco ou da regressão às drogas, à promiscuidade e à violência.
De modo esquemático, pode-se dizer que tais imagens sobre a
juventude foram usadas como motes e justificativas de muitos
programas socioeducativos, de leis, de ações do Terceiro Setor
– as organizações não governamentais (ONGs) – e de fundações
empresariais em áreas ditas como “vulneráveis” desde os anos
1990. Contudo, existe uma outra concepção sobre a juventude
que a encara como sujeito social capaz de refletir e decidir
sobre sua ação, ter posicionamentos acerca das mais diversas
questões sociais e ser protagonista, contribuindo para o
crescimento pessoal e da sociedade. Essa concepção deve
melhor fundamentar e reformular ações, projetos de leis e
programas, privados e públicos, para as juventudes das áreas
“vulneráveis”, principalmente, e que possa pensar esses jovens
como cidadãos ativos e participativos.
Acerca do exposto, marque a alternativa correta.
As populações indígenas no Brasil lutam, hoje,
majoritariamente, por direitos como o de demarcação de seus
territórios e por políticas públicas nas áreas de educação e de
saúde. Ainda hoje, ainda sofrem preconceitos, como o
argumento de que não existiriam mais povos indígenas
atualmente, uma vez que eles estariam quase extintos e os
poucos que sobraram já estariam integrados à vida moderna e
à sociedade brasileira. Contudo, a integração dos povos
indígenas tanto à modernidade quanto à sociedade brasileira
não significa a perda de suas culturas e de suas identidades
socioculturais. Existem indígenas de várias etnias pelo Brasil
que conseguem formação acadêmica, são aprovados em
concursos públicos e possuem emprego formal. Essas pessoas
não deixam de ser indígenas enquanto mantiverem o
sentimento de pertencer às suas comunidades, de cultivarem
suas tradições, de terem seus direitos constitucionais
garantidos e de se reconhecerem e serem reconhecidos como
indígenas, mesmo que participem da vida moderna.
Partindo do exposto, avalie as seguintes afirmações.
I. O indígena não é uma questão de cocar de pena,
urucum e arco e flecha, mas sim um modo de ser, e
não de parecer.
II. A principal luta indígena é pelo reconhecimento do
Estado e da sociedade de que o indígena não tem
preguiça de trabalhar.
III. Os povos tradicionais indígenas sofrem com a
conquista cultural da modernidade que os
descaracterizam.
IV. A preservação das culturas dos povos tradicionais no
Brasil não pode estar desassociada da manutenção da
cidadania.
É correto o que se afirma em
Para Ulrich Beck, as sociedades modernas são
“sociedades de risco”. Isso significa dizer que elas se
preocupam com os resultados e as consequências do
desenvolvimento técnico-científico e econômico para todos os
seus membros e, evidentemente, para o meio ambiente
natural. São sociedades modernas que nos apresentam os mais
variados tipos de riscos causadas pelo avanço tecnológico e da
economia: riscos sociais, político-econômicos e ambientais. Ter
preocupações acerca de prevenção e de cuidados com os riscos
que convivemos com a intervenção das atividades humanas é o
que procuram fazer, cada vez mais, as instituições, como o
Estado, as corporações e várias entidades das sociedades
modernas. Nesses tempos, o mundo corporativo, os Estados
modernos e as entidades supranacionais como a Organização
das Nações Unidas (ONU), passam a colocar, em suas pautas, agendas, programas e políticas públicas, o monitoramento, as
precauções e os planos para amenizar ou controlar riscos locais
e globais, os mais variados.
Partindo do exposto, é correto afirmar que
A atual sociedade brasileira se defronta, de forma
corriqueira, com situações de racismo, de preconceitos, de
discriminações e de violências contra mulheres, negros,
indígenas, pessoas com deficiência, pessoas trans e pobres.
Para que se possa combater tais situações, um dos caminhos é
através da educação formal, uma educação que tome justas e
eficientes posições, que adote certas práticas pedagógicas e
seja orientada por valores e por princípios que possam
combater os mais diversos tipos de discriminações e de
preconceitos e que promova o respeito e o cultivo aos Direitos
Humanos e à cidadania.
Partindo do exposto, avalie as seguintes proposições.
I. Os projetos pedagógicos que promovem igualdade
racial devem se deter com exclusividade à comunidade
escolar interna, que envolve alunos e professores.
II. Estudantes negros, indígenas, com deficiência e gays
devem ter cuidados especiais à parte nas escolas, como
ter turmas e salas próprias.
III. Em escolas indígenas, o ensino que privilegia tanto as
línguas nativas, como a língua portuguesa, garante o
cultivo das tradições e a inserção na cidadania.
IV. Para as pessoas com deficiência, é necessária a criação
de escolas destinadas apenas para elas com rampas de
acesso e professores de Libras.
É correto o que se afirma em
O nacionalismo, grosso modo, se fundamenta em um
sentimento de pertencimento que os membros de uma nação
compartilham entre si. Para Ernest Gellner, o nacionalismo é
fruto do avanço da modernidade ocidental e da formação dos
Estados-Nações dos últimos séculos, pois tal sentimento não
existia nas sociedades tradicionais, seja em coletividades dentro
ou fora da Europa. Para Gellner, foi a implementação da
educação escolar em massa que, quando da consolidação do
Estado moderno, estabeleceu a criação de uma língua oficial
para todos os membros de uma nação que contribuiu para dar
mais consistência a esse sentimento de pertencimento coletivo
em que se sustentam as nacionalidades. Todavia, o
nacionalismo não conseguiu dissipar as contradições, os
problemas e as lutas em que estão envolvidas as diferentes
ideias sobre a nação em toda sociedade.
Conforme o exposto, é correto afirmar que
Conforme Reginaldo Pranti, historicamente, as religiões
afro-brasileiras se fizeram sincréticas, estabelecendo
paralelismos entre divindades africanas e santos católicos,
adotando o calendário de festas do catolicismo, por exemplo, e
valorizando a frequência aos ritos e sacramentos da Igreja
Católica. Assim aconteceu com o Candomblé e a Umbanda,
religiões que eram proibidas e reprimidas pelo Estado brasileiro
até os 1930 e, por isso, duramente perseguidas por órgãos
oficiais. Atualmente, os membros de tais religiões continuam a
sofrer agressões, hoje menos da polícia e mais por pessoas,
grupos e congregações ligadas ao cristianismo no Brasil. Como
exemplo, na cidade do Rio de Janeiro, em junho de 2015, uma
menina de 11 anos levou uma pedrada na cabeça ao sair de um
culto de Candomblé com familiares e amigos. Segundo relatos
de testemunhas, os agressores levantaram a Bíblia cristã e
gritaram: "diabo", "Vai para o inferno”, “Jesus está voltando”.
Ainda, de janeiro de 2018 a abril de 2022, segundo dados da
Polícia Civil do Distrito Federal, foram registradas 55
ocorrências criminais tipificadas como intolerância religiosa, e 70,9% estão relacionadas a ofensas dirigidas a fiéis de cultos
afro-brasileiros. E isso pode refletir nos censos estatísticos da
população brasileira. O número de pessoas que se consideram
membras dessas religiões é extremamente irrisório. No Censo
do IBGE de 2010, apenas 0,3% de toda a população recenseada
(na época de 195,7 milhões de pessoas) se manifestou como
pertencentes ao segmento religioso afro-brasileiro.
Considerando o enunciado anterior, avalie as seguintes
afirmações.
I. A intolerância religiosa se direciona às antigas religiões
dos Orixás devido aos seus mitos e ritos originários
terem sido deturpadores do cristianismo no país.
II. Mesmo atualmente, quando a liberdade de escolha
religiosa é garantida pela Constituição Federal, os
membros de religiões de terreiro sofrem repressão.
III. Uma possível explicação para que as religiões afrobrasileiras apareçam subestimadas nos censos oficiais
do Brasil é justamente pela intolerância.
É correto o que se afirma em
Para as ciências sociais, hoje, de modo geral, o que se
chama de heteronormatividade está fundamentado por
práticas e discursos ainda hegemônicos na sociedade brasileira
quanto às questões ligadas à sexualidade. A normatividade
heterossexual traz a lógica do binarismo dos corpos: homem-mulher, e tudo que é diferente disso é considerado “anormal”,
“não natural”, “pecaminoso”. Essa normatividade ao tratar, por
exemplo, como “anormais” todos os grupos de pessoas que,
por vezes, não se enquadrem ou se identifiquem nessa
sexualidade binária hegemônica gera, por vezes, preconceitos,
exclusões e repressões.
Considerando o exposto, conclui-se que, atualmente,
A globalização e o advento dos novos meios de
comunicação e informação nas últimas décadas remodelaram
as relações sociais das sociedades contemporâneas por todo o
planeta e causaram diversas consequências. Uma das
consequências é o afastamento ou o isolamento das pessoas
que vivem e convivem nos mesmos territórios e a aproximação
entre pessoas que vivem em territórios ou lugares distantes e
diferentes. Há certamente, assim, um processo de
desterritorialização de culturas pelo mundo interconectado
atualmente. Isso significa dizer que muitas pessoas nas
sociedades de hoje, graças a esses novos tempos globais e de
conexões em rede, podem se sentir mais distanciadas de
vizinhos ou da comunidade em que nasceram e vivem suas
vidas e, muitas vezes, mais irmanados e próximos com pessoas
que nunca sequer conheceram fisicamente ou presencialmente.
Partindo do exposto, avalie as seguintes proposições:
I. As relações sociais em rede podem fazer com que as
pessoas percam referências socioculturais dos
territórios em que vivem e, assim, provocarem um
processo de desterritorialização cultural dos lugares.
II. O mundo globalizado e a Internet têm promovido esse
fenômeno de as pessoas estranharem os espaços das
culturas locais e de se aproximarem e, mesmo, se
sentirem íntimas de culturas estranhas e distantes.
III. As novas relações sociais nascidas com esse mundo
interconectado em redes não se assentam em
condições físicas e geográficas, mas fomentam mais
ainda a aproximação sociocultural nos territórios locais.
IV. Comunhão comunitária, coletivismo, união,
solidariedade são as principais características, como se
pode deduzir, produzidas por tempos de globalização e
de avanço das novas tecnologias de comunicação.
É correto o que se afirma em
Partindo da perspectiva teórica de Hannah Arendt, a
autoridade exige obediência e, assim, pode ser confundida com
alguma forma de poder autoritário. Contudo, para essa autora,
a autoridade exclui a utilização de violências e meios externos
de coerção sobre aqueles que estão submetidos a ela. A
autoridade, apesar de demandar obediência às suas diretivas,
só consegue ter êxito quando é reconhecida como autoridade
legítima. Nesse sentido, o poder da autoridade se torna
legítimo. Também, nessa mesma concepção, a autoridade não
opera pela persuasão, mas mediante um processo de
argumentação, de diálogo, pois, onde se utilizam argumentos,
não há espaço para coerção ou violência. Assim, para Arendt, a
autoridade tanto se contrapõe à coerção pelo uso da violência
como se opõe à persuasão através da argumentação.
Considerando o conceito de autoridade expresso, assinale a
alternativa correta.
As crises capitalistas têm sido comuns na
história desse sistema de produção econômico pelo
mundo, como a gerada pela Quebra da Bolsa de
Valores de Nova York de 1929, a que se origina com
a Crise do Petróleo em 1973 e, mais recentemente,
as chamadas hipotecas subprime norte-americanas
que estiveram na origem da crise mundial ocorrida
entre 2008 e 2009. Essas hipotecas, de forma
simples, concediam créditos a quem não podia
pagar e, assim, transformaram em devedores
indivíduos sem os requisitos necessários à
concessão de um empréstimo. Para complementar,
a especulação imobiliária nos EUA instigou o
aumento dessas hipotecas subprime de modo
artificial inflando preços na vã esperança de que
esses indivíduos, sem as devidas condições
financeiras, pagassem juros regularmente. Em
resumo, isto acarretou uma bolha especulativa que
desembocou na depressão e na mais recente crise
econômica do sistema capitalista mundial com a
falência de empresas e o desemprego em massa em
muitos países.
Considerando o entendimento das teorias clássicas
das ciências sociais acerca do fenômeno das crises
no capitalismo, atente para as seguintes
proposições:
I. A teoria crítica marxiana aponta como essas
crises econômicas são inerentes aos
processos lógicos do capitalismo e não
apenas, por exemplo, à falta de gerência
técnica na área da economia.
II. Durkheim adianta que nas sociedades
modernas organizadas pela
interdependência entre funções laborais e
instituições existe o contínuo risco de
anomia jurídica e moral da vida econômica.
III. A defasagem entre o poder de compra e a
venda das mercadorias, como no caso das
hipotecas subprime, refletem um momento
normal do que Weber denominou de ética
protestante do capitalismo.
IV. A Quebra da Bolsa de Nova York, a Crise do
Petróleo e a bolha especulativa das
hipotecas subprime nos EUA demonstram o
que Durkheim e Marx teorizaram sobre a
jaula de ferro das burocracias.
É correto o que se afirma somente em
As crises capitalistas têm sido comuns na história desse sistema de produção econômico pelo mundo, como a gerada pela Quebra da Bolsa de Valores de Nova York de 1929, a que se origina com a Crise do Petróleo em 1973 e, mais recentemente, as chamadas hipotecas subprime norte-americanas que estiveram na origem da crise mundial ocorrida entre 2008 e 2009. Essas hipotecas, de forma simples, concediam créditos a quem não podia pagar e, assim, transformaram em devedores indivíduos sem os requisitos necessários à concessão de um empréstimo. Para complementar, a especulação imobiliária nos EUA instigou o aumento dessas hipotecas subprime de modo artificial inflando preços na vã esperança de que esses indivíduos, sem as devidas condições financeiras, pagassem juros regularmente. Em resumo, isto acarretou uma bolha especulativa que desembocou na depressão e na mais recente crise econômica do sistema capitalista mundial com a falência de empresas e o desemprego em massa em muitos países.
Considerando o entendimento das teorias clássicas das ciências sociais acerca do fenômeno das crises no capitalismo, atente para as seguintes proposições:
I. A teoria crítica marxiana aponta como essas crises econômicas são inerentes aos processos lógicos do capitalismo e não apenas, por exemplo, à falta de gerência técnica na área da economia.
II. Durkheim adianta que nas sociedades modernas organizadas pela interdependência entre funções laborais e instituições existe o contínuo risco de anomia jurídica e moral da vida econômica.
III. A defasagem entre o poder de compra e a venda das mercadorias, como no caso das hipotecas subprime, refletem um momento normal do que Weber denominou de ética protestante do capitalismo.
IV. A Quebra da Bolsa de Nova York, a Crise do Petróleo e a bolha especulativa das hipotecas subprime nos EUA demonstram o que Durkheim e Marx teorizaram sobre a jaula de ferro das burocracias.
É correto o que se afirma somente em
A perspectiva teórica política clássica de John
Locke (1632-1704) aponta que antes da formação
do “contrato social” e do Estado, os seres humanos
viviam em um “estado de natureza” com uma
relativa paz, mas cada indivíduo não estava livre de
inconveniências como o da violação de sua
propriedade privada e, assim, de sua vida, de sua
liberdade e de seus bens. Daí a propriedade privada,
para Locke, já existia assim nesse hipotético “estado
de natureza” anterior à formação das sociedades e
é, neste sentido, um “direito natural” de todo
indivíduo que nasce livre e não pode ser violado pelo
Estado ou por outros. Em termos gerais, Locke é um
dos pensadores contratualistas que fundamentaram
o individualismo liberal ou o liberalismo político do
século XVII. Concepção liberal que, ainda nos
tempos atuais, reverbera em debates sobre as
melhores orientações para o governo das sociedades
contemporâneas, defendendo tanto as liberdades
individuais como a livre economia.
Acerca dessa concepção liberal, assinale a afirmação
verdadeira.
A perspectiva teórica política clássica de John Locke (1632-1704) aponta que antes da formação do “contrato social” e do Estado, os seres humanos viviam em um “estado de natureza” com uma relativa paz, mas cada indivíduo não estava livre de inconveniências como o da violação de sua propriedade privada e, assim, de sua vida, de sua liberdade e de seus bens. Daí a propriedade privada, para Locke, já existia assim nesse hipotético “estado de natureza” anterior à formação das sociedades e é, neste sentido, um “direito natural” de todo indivíduo que nasce livre e não pode ser violado pelo Estado ou por outros. Em termos gerais, Locke é um dos pensadores contratualistas que fundamentaram o individualismo liberal ou o liberalismo político do século XVII. Concepção liberal que, ainda nos tempos atuais, reverbera em debates sobre as melhores orientações para o governo das sociedades contemporâneas, defendendo tanto as liberdades individuais como a livre economia.
Acerca dessa concepção liberal, assinale a afirmação verdadeira.
A globalização, em geral, refere-se ao fato de
que, nas últimas décadas, indivíduos, grupos,
entidades e estados-nações se tornaram cada vez
mais interdependentes uns dos outros ao redor do
mundo no que diz respeito a negociações
econômicas, orientações políticas, difusão de
conhecimentos técnico-científicos e artístico-culturais. Mas, mesmo com variadas facetas, mais
precisamente, foram os agentes econômicos e
políticos e/ou as dimensões econômicas e políticas
que contribuíram de maneira decisiva para que essa
interdependência global tenha se consolidado.
Acerca das dimensões e dos agentes da globalização,
assinale a afirmação verdadeira.
A globalização, em geral, refere-se ao fato de que, nas últimas décadas, indivíduos, grupos, entidades e estados-nações se tornaram cada vez mais interdependentes uns dos outros ao redor do mundo no que diz respeito a negociações econômicas, orientações políticas, difusão de conhecimentos técnico-científicos e artístico-culturais. Mas, mesmo com variadas facetas, mais precisamente, foram os agentes econômicos e políticos e/ou as dimensões econômicas e políticas que contribuíram de maneira decisiva para que essa interdependência global tenha se consolidado.
Acerca das dimensões e dos agentes da globalização, assinale a afirmação verdadeira.
O poder do Estado moderno, para Max Weber
(1864-1920), está fundado em uma estrutura típica
de dominação legítima que é racional-legal e, em
seus princípios, tem a possibilidade de encontrar
obediência dos governados através de uma
organização idealmente burocrática, normativa e
impessoal. Segundo este teórico, a burocracia do
Estado é fruto próprio do processo de racionalização
que embasa todas as dimensões da vida na
modernidade e, justamente, identifica e estrutura as
formas de dominação racional-legal de nossa época.
Considerando o tipo de dominação racional-legal do
Estado moderno, segundo Weber, avalie as
seguintes afirmações:
I. A existência de regulamentações
administrativas e normas jurídico-legais
regem a organização das sociedades pelos
Estados.
II. A dominação racional que estrutura, por
exemplo, órgãos do Estado ocorre pela
eleição de pessoas carismáticas em suas
funções.
III. A obediência dos cidadãos aos
ordenamentos estatais é gestada por uma
condução pessoal da benevolência dos
governantes.
IV. Para que exista legitimidade da dominação
burocrático-racional do Estado, é preciso o
consentimento por parte daqueles que
obedecem.
Está correto o que se afirma somente em
O poder do Estado moderno, para Max Weber (1864-1920), está fundado em uma estrutura típica de dominação legítima que é racional-legal e, em seus princípios, tem a possibilidade de encontrar obediência dos governados através de uma organização idealmente burocrática, normativa e impessoal. Segundo este teórico, a burocracia do Estado é fruto próprio do processo de racionalização que embasa todas as dimensões da vida na modernidade e, justamente, identifica e estrutura as formas de dominação racional-legal de nossa época.
Considerando o tipo de dominação racional-legal do Estado moderno, segundo Weber, avalie as seguintes afirmações:
I. A existência de regulamentações administrativas e normas jurídico-legais regem a organização das sociedades pelos Estados.
II. A dominação racional que estrutura, por exemplo, órgãos do Estado ocorre pela eleição de pessoas carismáticas em suas funções.
III. A obediência dos cidadãos aos ordenamentos estatais é gestada por uma condução pessoal da benevolência dos governantes.
IV. Para que exista legitimidade da dominação burocrático-racional do Estado, é preciso o consentimento por parte daqueles que obedecem.
Está correto o que se afirma somente em