Questõesde USP sobre Português

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Foram encontradas 214 questões
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Neste poema,

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A
a referência a um acontecimento histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto.
B
parte da força poética do texto provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa a atributos negativos, ligados à ideia de destruição.
C
o caráter politicamente engajado do texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração formal.
D
o paralelismo da construção sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de canção popular.
E
o predomínio das metonímias sobre as metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto do texto e pelo vigor de sua mensagem.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Morfologia

Ao reproduzir um diálogo, o texto incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem léxica, caso da palavra “garra”, quanto de ordem gramatical, como, por exemplo,

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A
“lanço à queima-roupa”.
B
“Agora você me pegou”.
C
“deixa eu ver”.
D
“Bogotá é muito feiosa”.
E
“é algo que me toca”.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência

No terceiro parágrafo do texto, a expressão que indica, de modo mais evidente, o distanciamento social do segundo interlocutor em relação às pessoas a que se refere é

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A
“disposição para o trabalho”.
B
“vibração empreendedora”.
C
“feição muito particular”.
D
“saindo para trabalhar”.
E
“dessa gente”.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Os interlocutores do diálogo contido no texto compartilham o pressuposto de que

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A
cidades são geralmente feias, mas interessantes.
B
o empreendedorismo faz de São Paulo uma bonita cidade.
C
La Paz é tão feia quanto São Paulo.
D
São Paulo é uma cidade feia.
E
São Paulo e Bogotá são as cidades mais feias do mundo.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Conforme o texto, na questão racial, o funcionamento da sociedade dá-se a ver de modo

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A
concentrado
B
invertido
C
fantasioso
D
compartimentado
E
latente
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As palavras do texto cujos prefixos traduzem, respectivamente, ideia de anterioridade e contiguidade são

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A
“persistente” e “alteridade”.
B
“discriminados” e “hierarquização”.
C
“preconceituosos” e “cooperação”.
D
“subordinados” e “diversidade”.
E
“identidade” e “segregados”.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Segundo o texto, a questão racial configura-se como “enigma”, porque

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A
é presa de acirrados antagonismos sociais.
B
tem origem no preconceito, que é de natureza irracional.
C
encobre os interesses de determinados estratos sociais.
D
parece ser herança histórica, mas surge na contemporaneidade.
E
muda sem cessar, sem que, por isso, seja superada.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e responda ao que se pede.

“....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é simbolizada em ....... . Entre os indígenas a amizade não era este sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava- se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ....... e ....... são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo sacrifício”.

Machado de Assis, Crítica.

No trecho, os espaços pontilhados serão corretamente preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguintes personagens de Iracema:

A
Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim.
B
Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim.
C
Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi
D
Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti.
E
Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere a seguinte afirmação: Ambas as obras criticam a sociedade, mas apenas a segunda milita pela subversão da hierarquia social nela representada.

Observada a sequência, essa afirmação aplica-se a

A
A cidade e as serras e Capitães da areia.
B
Vidas secas e Memórias de um sargento de milícias.
C
O cortiço e Iracema.
D
Auto da barca do inferno e A cidade e as serras.
E
Iracema e Memórias de um sargento de milícias.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A linguagem de cunho popular que está presente tanto na fala das personagens quanto no discurso do narrador do romance de Manuel Antônio de Almeida, está mais bem exemplificada em:

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A
“quando tem pouco que fazer”; “cumpria sabê-lo aproveitar”.
B
“Foi a sua salvação”; “a que o marujo pertencia”.
C
“saber fazer render a nova posição”; “Chegaram com feliz viagem ao seu destino”.
D
“puxar conversa”; “entendedor do riscado”.
E
“adoeceram dois marinheiros”; “sólida reputação”.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assim como faz o barbeiro, nesse trecho de Memórias de um sargento de milícias, também a personagem José Dias, de Dom Casmurro, irá se passar por médico (homeopata), para obter meios de subsistência.

Essa correlação indica que

I. estamos diante de uma linha de continuidade temática entre o romance de Manuel Antônio de Almeida e o romance machadiano da maturidade.

II. agregados transgrediam com bastante desenvoltura princípios morais básicos, razão pela qual eram proibidos de conviver com a rígida família patriarcal do Império.

III. os protagonistas desses romances decalcam um mesmo modelo literário: o do pícaro, herói do romance picaresco espanhol.

Está correto o que se afirma em

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A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
I e II, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Neste trecho, em que narra uma cena relacionada ao tráfico de escravos, o narrador não emite julgamento direto sobre essa prática. Ao adotar tal procedimento, o narrador

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A
revela-se cúmplice do mercado negreiro, pois fica subentendido que o considera justo e irrepreensível.
B
antecipa os métodos do RealismoNaturalismo, o qual, em nome da objetividade, também abolirá os julgamentos de ordem social, política e moral.
C
prefigura a poesia abolicionista de Castro Alves, que irá empregá-lo para melhor expor à execração pública o horror da escravidão.
D
contribui para que se constitua a atmosfera de ausência de culpa que caracteriza a obra.
E
mostra-se consciente de que a responsabilidade pelo comércio de escravos cabia, principalmente, aos próprios africanos, e não ao tráfico negreiro.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Redação - Reescritura de texto

Para expressar um fato que seria consequência certa de outro, pode-se usar o pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretérito, como ocorre na seguinte frase:

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A
“era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo”.
B
“você estava bem bom, se quisesse ir conosco”.
C
“Pois já não disse que sabe também sangrar?”.
D
“de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro”.
E
“logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros”.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

                         - Não entra a polícia! Não deixa entrar! Aguenta! Aguenta!
                         - Não entra! Não entra! Repercutiu a multidão em coro.
                           E todo o cortiço ferveu que nem uma panela ao fogo.
                         -Aguenta! Aguenta!

                                                    Aluísio Azevedo, O Cortiço, 1890, parte X.


O fragmento acima mostra a resistência dos moradores de um cortiço à entrada de policiais no local. O romance de Aluísio Azevedo

A
representa as transformações urbanas do Rio de Janeiro no período posterior à abolição da escravidão e o difícil convívio entre ex-escravos, imigrantes e poder público.
B
defende a monarquia recém-derrubada e demonstra a dificuldade da República brasileira de manter a tranquilidade e a harmonia social após as lutas pela consolidação do novo regime.
C
denuncia a falta de policiamento na então capital brasileira e atribui os problemas sociais existentes ao desprezo da elite paulista cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro.
D
valoriza as lutas sociais que se travavam nos morros e na periferia da então capital federal e as considera um exemplo para os demais setores explorados da população brasileira.
E
apresenta a imigração como a principal origem dos males sociais por que o país passava, pois os novos empregados assalariados tiraram o trabalho dos escravos e os marginalizaram.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Das seguintes afirmações acerca de diferentes elementos linguísticos do texto, a única correta é:

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A
A expressão sublinhada em “para curar a gente a bordo” (L. 12) deve ser entendida como pronome de tratamento de uso informal.
B
A fórmula de tratamento (L. 14) com que o barbeiro se dirige ao marujo mantém o tom cerimonioso do início do diálogo.
C
O destaque gráfico da palavra “muito” (L. 14) produz um efeito de sentido que é reforçado pelas reticências.
D
O pronome possessivo usado nos trechos “saiu o nosso homem” (L. 18) e “lanceta do nosso homem” (L. 30) configura o chamado plural de modéstia.
E
A palavra “fortuna”, tal como foi empregada na linha 19, pode ser substituída por “bens”, sem prejuízo para o sentido.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Leia o seguinte texto:


Era o que ele estudava. “A estrutura, quer dizer, a estrutura” – ele repetia e abria as mãos branquíssimas ao esboçar o gesto redondo. Eu ficava olhando seu gesto impreciso porque uma bolha de sabão é mesmo imprecisa, nem sólida nem líquida, nem realidade nem sonho. Película e oco. “A estrutura da bolha de sabão, compreende?” Não compreendia. Não tinha importância. Importante era o quintal da minha meninice com seus verdes canudos de mamoeiro, quando cortava os mais tenros que sopravam as bolas maiores, mais perfeitas.

Lygia Fagundes Telles, A estrutura da bolha de sabão, 1973. 


A “estrutura” da bolha de sabão é consequência das propriedades físicas e químicas dos seus componentes. As cores observadas nas bolhas resultam da interferência que ocorre entre os raios luminosos refletidos em suas superfícies interna e externa. 


Considere as afirmações abaixo sobre o início do conto de Lygia Fagundes Telles e sobre a bolha de sabão:


I. O excerto recorre, logo em suas primeiras linhas, a um procedimento de coesão textual em que pronomes pessoais são utilizados antes da apresentação de seus referentes, gerando expectativa na leitura. 

II. Os principais fatores que permitem a existência da bolha são a força de tensão superficial do líquido e a presença do sabão, que reage com as impurezas da água, formando a sua película visível. 

III. A ótica geométrica pode explicar o aparecimento de cores na bolha de sabão, já que esse fenômeno não é consequência da natureza ondulatória da luz.

Está correto apenas o que se afirma em 

A
I.
B
I e II.
C
I e III
D
II e III.
E
III.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Poema ZEN , Pedro Xisto, 1966.

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Diagrama referente ao poema ZEN.


                                                        Imagem 003.jpg


Observe as figuras acima e assinale a alternativa correta.

A
O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN são elementos típicos da produção poética brasileira da década de 1960. O perímetro do triângulo ABF , por exemplo, é igual ao perímetro do retângulo BCJI. .
B
O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN podem ser observados tanto no conteúdo semântico da palavra por ele formada quanto na simetria de suas formas geométricas. Por exemplo, as áreas do triângulo ABF e do retângulo BCJI são iguais.
C
O poema ZEN pode ser considerado concreto por apresentar proporções geométricas em sua composição. O perímetro do triângulo ABF , por exemplo, é igual ao perímetro do retângulo BCGF .
D
O concretismo poético pode utilizar proporções geométricas em suas composições. No poema ZEN , por exemplo, a razão entre os perímetros do trapézio ADGF e do retângulo ADHE é menor que 7/10.
E
Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira são representantes do concretismo poético, que utiliza proporções geométricas em suas composições. No poema ZEN , por exemplo, a razão entre as áreas do triângulo DHG e do retângulo ADHE é 1/6.
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USP 2009 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe, Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas..., Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional...

No texto, o conectivo “se bem que” estabelece relação de

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A
conformidade.
B
condição.
C
concessão.
D
alternância.
E
consequência.
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USP 2009 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Pontuação

A única frase que segue as normas da língua escrita padrão é:

A
A janela propiciava uma vista para cuja beleza muito contribuía a mata no alto do morro.
B
Em pouco tempo e gratuitamente, prepare-se para a universidade que você se inscreveu.
C
Apesar do rigor da disciplina, militares se mobilizam no sentido de voltar a cujos postos estavam antes de se licenciarem.
D
Sem pretender passar por herói, aproveito para contar coisas as quais fui testemunha nos idos de 1968 e que hoje tanto se fala.
E
Sem muito sacrifício, adotou um modo de vida a qual o permitia fazer o regime recomendado pelo médico.
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USP 2009 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Em qual destas frases a vírgula foi empregada para marcar a omissão do verbo?

A
Ter um apartamento no térreo é ter as vantagens de uma casa, além de poder desfrutar de um jardim.
B
Compre sem susto: a loja é virtual; os direitos, reais.
C
Para quem não conhece o mercado financeiro, procuramos usar uma linguagem livre do economês.
D
A sensação é de estar perdido: você não vai encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver a natureza intocada.
E
Esta é a informação mais importante para a preservação da água: sabendo usar, não vai faltar.