Questõesde UNEB 2017 sobre Português

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Foram encontradas 28 questões
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UNEB 2017 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe

A análise de fragmento retirado do texto de Gregório de Matos está correta em


I. Há um vocativo e um aposto nos versos: “Senhora Dona Bahia / nobre e opulenta cidade / madrasta dos naturais, / e dos estrangeiros madre” (v. 1-4).

II. No verso ”e dos estrangeiros madre” (v. 4), há uma inversão no sintagma nominal.

III. Em “dizei-me por vida vossa” (v. 5), verifica-se um tratamento em 2ª pessoa do singular.

IV. “vêm” (v. 7) é uma forma do verbo ver, na 3ª pessoa do plural.

V. O termo “ditame” (v. 6) significa comportamento diferenciado, consagrado pelo costume.


A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

TEXTO:


Senhora Dona Bahia,   

   nobre e opulenta cidade,

 madrasta dos naturais,

       e dos estrangeiros madre:

5 dizei-me por vida vossa

     em que fundais o ditame

         de exaltar os que aqui vêm

              e abater os que aqui nascem?

MATOS, Gregório de. Descreve como os estrangeiros arruínam a Bahia. In: MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia. Salvador, EDUFBA, 1996. p. 88.

A
I e II.
B
II e III.
C
IV e V.
D
I, III e V.
E
II, IV e V.
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UNEB 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É possível estabelecer um diálogo entre o texto “A cidade invisível e a cidade dissimulada”, de Gey Espinheira, e o texto de Gregório de Matos (século XVII), considerando o seguinte trecho:

TEXTO:


Senhora Dona Bahia,   

   nobre e opulenta cidade,

 madrasta dos naturais,

       e dos estrangeiros madre:

5 dizei-me por vida vossa

     em que fundais o ditame

         de exaltar os que aqui vêm

              e abater os que aqui nascem?

MATOS, Gregório de. Descreve como os estrangeiros arruínam a Bahia. In: MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia. Salvador, EDUFBA, 1996. p. 88.

A
“Como cidade barroca, é preciso que todos os sentidos estejam atentos, aguçados e que, além deles, a imaginação permita brincar em seus jogos de luz e sombra.” (l. 3-6).
B
“Poderíamos levantar, como hipótese, que a baianidade, como estilo de vida, está muito longe de ser a imagem folclorizada de um povo lento, e até mesmo preguiçoso, sensual e devotado ao misticismo e à voluptuosidade.” (l. 22-26).
C
“É o cosmopolitismo, a capacidade de digerir o diferente e internalizá-lo como coisa sua, e de não poder ser definida como um tipo, como uma representação em um único ícone, que faz da cidade da Bahia essa singularidade.” (l. 26-30).
D
“São, em sua maioria, os mais pobres, os menos tocados pelos mecanismos institucionalizados de ascensão social.” (l. 36-38).
E
“São essas pessoas, muitas de fora, que dominam o comércio lúdico/artístico/artesanal. Os negros pardos e mulatos estão lá trabalhando para servir à indústria cultural, aos de fora, muitas vezes fantasiados de negros” (l. 68-72)
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UNEB 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Há uma afirmação correta sobre as expressões destacadas e seu uso no texto em


I. Na linha 3, o termo “plenitude” significa originalidade, como atributo da cidade.

II. “descarnados” (l. 16) refere-se às paredes das casas, destituídas de revestimento.

III. “único ícone” (l. 29) é uma referência à impossibilidade de a cidade ser representada por um único signo.

IV. “hegemônica” (l. 66) é uma qualidade atribuída à cultura, por seu poder de eliminar oposições entre manifestações culturais de épocas diferentes.

V. A expressão “aos de fora” (l. 71) constitui uma remissão aos colonizadores portugueses que se apropriaram das manifestações culturais autóctones.


A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

ESPINHEIRA, Gey. A cidade invisível e a cidade dissimulada. In: LIMA, Paulo Costa (Org.) Quem faz Salvador? Salvador: UFBA, 2002. p. 24-34 (passim).

A
I e II.
B
II e III.
C
IV e V.
D
I, III e V
E
II, IV e V.
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UNEB 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A análise dos fragmentos do texto está correta em


I. A ideia sugerida pela expressão “peça de época” (l. 65-66) vai ser retomada e reforçada mais adiante, com a referência a negros, pardos e mulatos trabalhando e “fantasiados de negros” (l. 71-72).

II. A referência a “quadro temático da Disneylândia” (l. 74) reforça a ideia de qualidade e representatividade das manifestações culturais apresentadas para consumo de turistas.

III. O uso da expressão “desbotando a paisagem humana” (l. 49-50) estabelece um contraste com o “colorido vivíssimo” (l. 50) das fachadas do casario restaurado no Pelourinho.

IV. Em “multiplicar os espaços internos de suas moradias” (l. 46), há uma referência à ocupação dos espaços de habitação do Pelourinho pela “burguesia colonial e remanescente” (l. 43-44).

V. A expressão “mas também” (l. 77) estabelece um contraste que destaca os aspectos atraentes e fascinantes que integram o imaginário sobre a cidade de Salvador.


A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

ESPINHEIRA, Gey. A cidade invisível e a cidade dissimulada. In: LIMA, Paulo Costa (Org.) Quem faz Salvador? Salvador: UFBA, 2002. p. 24-34 (passim).

A
I e II.
B
II e IV.
C
IV e V.
D
I, III e V.
E
II, III e V.
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UNEB 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“A ilusão do Pelourinho negro/pardo/mulato chega mesmo a parecer verdadeira, tal é a vitalidade dos espetáculos e dos atores em cena para configurar, no cenário urbano colonial, a apresentação de uma peça de época.” (l. 62-66)


Marque com V ou com F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas que explicitam interpretações do trecho em destaque.

( ) A qualidade dos espetáculos e dos atores em cena, nas atividades culturais do Pelourinho, constrói a ilusão de empoderamento de negros, pardos e mulatos.

( ) O adjetivo “verdadeira” confirma e reforça o papel central e de destaque desempenhado por negros, pardos e mulatos no Pelourinho e na economia da cidade.

( ) Há uma falácia quanto ao domínio expressivo da população negra, parda ou mulata no cenário do Pelourinho, sugerida pela qualidade dos espetáculos apresentados.

( ) A dinâmica cultural apresentada no Pelourinho só se torna viável pela sua expressão num cenário urbano colonial preservado, onde se evidenciam marcas históricas verdadeiras.

( ) A expressão “peça de época” põe em destaque a simulação de que negros, pardos e mulatos têm domínio sobre as atividades culturais apresentadas no Pelourinho.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

ESPINHEIRA, Gey. A cidade invisível e a cidade dissimulada. In: LIMA, Paulo Costa (Org.) Quem faz Salvador? Salvador: UFBA, 2002. p. 24-34 (passim).

A
F V F V V
B
V V F V F
C
V V V F F
D
V F V F V
E
F V V V F
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UNEB 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre aspectos da cidade destacados no texto, está correto o que se afirma em


I. A singularidade da Cidade da Bahia está vinculada a seu papel histórico, reconhecido como o de superar as mazelas e heranças do colonialismo e da escravidão.

II. O autor desfaz uma imagem folclorizada da cidade, bastante difundida, de que o baiano é um povo lento, e sensual, voltado para a música e as festas, e pouco afeito ao trabalho.

III. No sétimo parágrafo, o autor apresenta os processos de substituição de grupos humanos numa parte da Velha Cidade, com a burguesia cedendo lugar aos pobres e a expulsão recente desses últimos.

IV. A população negro-mestiça de Salvador, através de sua herança histórico-cultural, conseguiu gradualmente superar os efeitos da escravidão, inserindo-se de forma autônoma e bem sucedida na economia do mercado turístico.

V. Apesar de pouco visível, na cidade do Salvador subjaz o domínio de uma cultura exógena, hegemônica e moderna, em detrimento da tradição afro-brasileira, que é utilizada apenas como fachada e elemento exótico para consumo externo.


A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

ESPINHEIRA, Gey. A cidade invisível e a cidade dissimulada. In: LIMA, Paulo Costa (Org.) Quem faz Salvador? Salvador: UFBA, 2002. p. 24-34 (passim).

A
I e II.
B
II e IV.
C
IV e V
D
I, III e V.
E
II, III e V.
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UNEB 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O segundo e o terceiro parágrafo do texto, respectivamente, desfazem estereótipos comumente atribuídos a Salvador no que diz respeito

ESPINHEIRA, Gey. A cidade invisível e a cidade dissimulada. In: LIMA, Paulo Costa (Org.) Quem faz Salvador? Salvador: UFBA, 2002. p. 24-34 (passim).

A
a características de seu povo e a aspectos físicos ou topográficos da cidade.
B
à parte de expansão urbana mais recente e ao antigo Centro Histórico da cidade.
C
à sua diversidade cultural e ao modo hospitaleiro de receber os turistas visitantes.
D
à singularidade religiosa e à diversidade de situações socioeconômicas de seu povo.
E
à população negra e à população mestiça que formam a paisagem humana da cidade.
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UNEB 2017 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No título, os adjetivos “invisível” e “dissimulada” antecipam a perspectiva do texto, que é a de

ESPINHEIRA, Gey. A cidade invisível e a cidade dissimulada. In: LIMA, Paulo Costa (Org.) Quem faz Salvador? Salvador: UFBA, 2002. p. 24-34 (passim).

A
formular uma crítica dirigida a quem só vê aspectos negativos na configuração física e humana da cidade de Salvador.
B
apresentar, com isenção e distanciamento, as características físicas do sítio urbano onde se assenta a cidade de Salvador.
C
demonstrar as consequências que advieram para a cidade de Salvador por força de ser ela declarada “Patrimônio da Humanidade”.
D
explicitar questões que não se apresentam como evidentes ou visíveis, apesar de constituírem traços marcantes da cidade de Salvador e de seus habitantes.
E
rechaçar a visão positiva e favorável da cidade de Salvador apresentada aos turistas, mostrando seu processo de decadência promovido pela indústria cultural.