Questõesde UERJ sobre Português
A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “O ESPELHO”,DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.
Que amedrontadora visão seria então aquela? Quem o Monstro?
Com base na leitura do conto, a visão retratada na pergunta desencadeia o seguinte sentimento:
A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.
Guimarães Rosa afirmou, em uma entrevista, que somente renovando a língua é que se pode
renovar o mundo. Visando a essa renovação, recorria a neologismos e inversões pouco usuais
de termos, explorando novos sentidos em seus textos.
Um exemplo dessas inversões encontra-se em:
A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.
De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e
os anos – sem fazer conta do se-ir do viver.
A expressão sublinhada é um exemplo das recriações linguísticas do autor. Seu sentido, com
base no trecho citado, pode ser definido como:
A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.
O conto constrói uma alegoria, ou seja, uma metáfora ampliada que o organiza.
Esse aspecto alegórico é reforçado pelo modo de identificação dos personagens, o que se faz
por meio de:
A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,
DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.
Considere a hipótese de que o título “A terceira margem do rio” se refere também à própria
ficção, que se desenvolve entre duas margens: a da realidade e a da imaginação.
O trecho do conto que melhor comprova essa hipótese de leitura é:
pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
A expressão destacada reforça o sentido geral do texto, porque remete a uma ação baseada no
seguinte aspecto:
A EDUCAÇÃO PELA SEDA
Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele,
O vocábulo a é comumente utilizado para substituir termos já enunciados. No texto, entretanto,
ele tem um uso incomum, já que permite subentender um termo não enunciado.Esse uso indica um recurso assim denominado:
A EDUCAÇÃO PELA SEDA
Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
O conto contrasta dois tipos de texto em sua estrutura.
Enquanto o segundo parágrafo se configura como narrativo, o primeiro parágrafo se aproxima
da seguinte tipologia:
A EDUCAÇÃO PELA SEDA
Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
A narrativa condensada do texto sugere uma crítica relacionada à educação, tema anunciado no
título.
Essa crítica dirige-se principalmente à seguinte característica geral da vida social:
A EDUCAÇÃO PELA SEDA
Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
Ninguém imaginou (l. 16)
Ninguém previu (l. 18-24)
A repetição do vocábulo ninguém, nos dois últimos parágrafos do texto, reforça o seguinte
sentido:
O termo megahipercorporações é formado por um processo que enfatiza o tamanho e o poder
das corporações econômicas atuais.
Essa ênfase é produzida pelo emprego de:
Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo mundo que a internet inaugurou. (l. 9)
Após essa abertura, no segundo parágrafo, há uma sucessão de frases que desempenham um
papel argumentativo.
Esse papel é principalmente o de:
Ninguém imaginou que o poder e o dinheiro se tornariam tão concentrados em
megahipercorporações norte-americanas como o Google, que iriam destruir para sempre
tantas indústrias e atividades (l. 16-18)
O vocábulo tão, associado ao conectivo que, estabelece uma relação coesiva de:

André Dahmer
Folha de São Paulo, 13/05/2013.
A internet é um tribunal...
A afirmação acima configura um exemplo de metáfora.
A partir da análise desse exemplo, pode-se definir “metáfora” como:
André Dahmer
Folha de São Paulo, 13/05/2013.
A internet é um tribunal...
A afirmação acima configura um exemplo de metáfora.
A partir da análise desse exemplo, pode-se definir “metáfora” como:

André Dahmer
Folha de São Paulo, 13/05/2013.
A tira de André Dahmer pode ser relacionada com o texto anterior, a crônica de João do Rio.
O trecho da crônica que melhor evidencia essa relação é:
André Dahmer
Folha de São Paulo, 13/05/2013.
A tira de André Dahmer pode ser relacionada com o texto anterior, a crônica de João do Rio.
O trecho da crônica que melhor evidencia essa relação é:
O primeiro parágrafo expõe projeções passadas sobre possibilidades de um futuro regido pela
internet.
O recurso linguístico que permite identificar que se trata de projeção e não de fatos do passado
é o uso da:
O primeiro parágrafo expõe projeções passadas sobre possibilidades de um futuro regido pela internet.
O recurso linguístico que permite identificar que se trata de projeção e não de fatos do passado é o uso da:

André Dahmer
Folha de São Paulo, 13/05/2013.
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento
fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:
André Dahmer
Folha de São Paulo, 13/05/2013.
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:
O homem cinematográfico resolveu a suprema insanidade: encher o tempo, atopetar o
tempo, abarrotar o tempo, paralisar o tempo para chegar antes dele. (l. 22-23)
De acordo com a leitura global do texto, o autor caracteriza a tentativa de controlar o tempo
como “suprema insanidade”, porque se trata de uma tarefa que não está ao alcance do homem.
O trecho que melhor expõe a insanidade dessa tentativa é:
O homem cinematográfico resolveu a suprema insanidade: encher o tempo, atopetar o tempo, abarrotar o tempo, paralisar o tempo para chegar antes dele. (l. 22-23)
De acordo com a leitura global do texto, o autor caracteriza a tentativa de controlar o tempo como “suprema insanidade”, porque se trata de uma tarefa que não está ao alcance do homem.
O trecho que melhor expõe a insanidade dessa tentativa é:
Nós somos uma delirante sucessão de fitas cinematográficas. (l. 18)
Ao comparar os seres humanos com filmes, o autor estabelece uma crítica.
No contexto, essa crítica pode ser sintetizada pelo seguinte termo:
Nós somos uma delirante sucessão de fitas cinematográficas. (l. 18)
Ao comparar os seres humanos com filmes, o autor estabelece uma crítica.
No contexto, essa crítica pode ser sintetizada pelo seguinte termo: