Questõesde UEMA sobre Português

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Foram encontradas 19 questões
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UEMA 2021 - Português - Sintaxe, Uso dos conectivos

O articulador argumentativo “Senão” imprime no poema um valor semântico de  

Mario Quintana, poeta gaúcho, foi um dos maiores expoentes da literatura brasileira. Com estilo eclético, estreou em 1940, desafiando os críticos literários por se ter tornado um poeta popular. Sua poesia é compreensível sem ser banal; sua originalidade é natural; suas metáforas são claras, mas, ao mesmo tempo, surpreendentes.   

O poema Noturno citadino é a base para responder à questão.

Um cartaz luminoso ri no ar.
Ó noite, ó minha nêga
toda acesa
de letreiros!... Pena
é que a gente saiba ler... Senão
tu serias de uma beleza única
inteiramente feita
para o amor dos nossos olhos. 

QUINTANA, M. Esconderijos do tempo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
A
comparação.
B
adição.
C
inclusão.
D
adversidade.
E
alternância.
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UEMA 2021 - Português - Intertextualidade

O trecho de “Cartas pras Icamiabas” em que se identifica intertextualidade, com efeitos de paródia, relativa à passagem da produção poética do poeta português Luís Vaz de Camões, é

Leia o texto a seguir para responder à questão. 

CARTA PRAS ICAMIABAS

Ás mui queridas súbditas nossas, Senhoras Amazonas.
 Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis,
 São Paulo.
 Senhoras:

Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saùdade e muito amor, com desagradável nova. É bem verdade que na boa cidade de São Paulo – a maior do universo, no dizer de seus prolixos habitantes – não sois conhecidas por “icamiabas”, voz espúria, sinão que pelo apelativo de Amazonas; e de vós, se afirma, cavalgardes ginetes belígeros e virdes da Hélade clássica; e assim sois chamadas [...]

Nem cinco sóis eram passados que de vós nos partíramos, quando a mais temerosa desdita pesou sobre Nós. Por uma bela noite dos idos de maio do ano translato, perdíamos a muiraquitã; que outrém grafara muraquitã, e, alguns doutos, ciosos de etimologias esdrúxulas, ortografam muyrakitan e até mesmo muraqué-itã, não sorriais! Haveis de saber que esse vocábulo, tão familiar às vossas trompas de Eustáquio, é quasi desconhecido por aqui. [...] Mas não nos sobra já vagar para discretearmos “sub tegmine fagi” sobre a língua portuguesa, também chamada lusitana. [...]

Andrade, M. Macunaíma. Porto Alegre: L&PM, 2018.
A
“Haveis de saber que esse vocábulo, tão familiar às vossas trompas de Eustáquio, é quasi desconhecido por aqui.”
B
“Nem cinco sóis eram passados que de vós nos partíramos, quando a mais temerosa desdita pesou sobre Nós.”
C
“— não sois conhecidas por “icamiabas”, voz espúria, sinão que pelo apelativo de Amazonas;”
D
“Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas...”
E
“Mas não nos sobra já vagar para discretearmos “sub tegmine fagi”[...]
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UEMA 2022 - Português - Morfologia - Verbos

O trecho cujos verbos revelam simultaneidade de ações na cena relatada é

O conto a seguir serve de base para responder à questão.

Entre as folhas do Verde O

    O príncipe acordou contente. Era dia de caçada. Os cachorros latiam no pátio do castelo. Vestiu o colete de couro, calçou as botas. Os cavalos batiam os cascos debaixo da janela. Apanhou as luvas e desceu.

     Lá embaixo parecia uma festa. Os arreios e os pelos dos animais brilhavam ao Sol. Brilhavam os dentes abertos em risadas, as armas, as trompas que deram o sinal de partida.

     Na floresta também ouviram a trompa e o alarido. Todos souberam que eles vinham. E cada um se escondeu como pode.

     Só a moça não se escondeu. Acordou com o som da tropa, e estava debruçada no regato quando os caçadores chegaram.

     Foi assim que o príncipe a viu. Metade mulher, metade corça, bebendo no regato. A mulher tão linda. A corça tão ágil. A mulher ele queria amar, a corça ele queria matar. Se chegasse perto será que ela fugia? Mexeu num galho, ela levantou a cabeça ouvindo. Então o príncipe botou a flecha no arco, retesou a corda, atirou bem na pata direita. E quando a corça-mulher dobrou os joelhos tentando arrancar a flecha, ele correu e a segurou, chamando homens e cães.

     Levaram a corça para o castelo. Veio o médico, trataram do ferimento. Puseram a corça num quarto de porta trancada. Todos os dias o príncipe ia visitá-la. Só ele tinha a chave. E cada vez se apaixonava mais. Mas a corça-mulher só falava a língua da floresta e o príncipe só sabia ouvir a língua do palácio. Então, ficavam horas se olhando calados, com tanta coisa para dizer.

     Ele queria dizer que a amava tanto, que queria casar com ela e tê-la para sempre no castelo, que a cobriria de roupas e joias, que chamaria o melhor feiticeiro do reino para fazê-la virar toda mulher.

     Ela queria dizer que o amava tanto, que queria se casar com ele e levá-lo para a floresta, que lhe ensinaria a gostar dos pássaros e das flores e que pediria à Rainha das Corças para dar-lhe quatro patas ágeis e um belo pelo castanho.

     Mas o príncipe tinha a chave da porta. E ela não tinha o segredo da palavra.

     Todos os dias se encontravam. Agora se seguravam as mãos. E no dia em que a primeira lágrima rolou nos olhos dela, o príncipe pensou ter entendido e mandou chamar o feiticeiro.

     Quando a corça acordou, já não era mais corça. Duas pernas só, e compridas, um corpo branco. Tentou levantar, não conseguiu. O príncipe lhe deu a mão. Vieram as costureiras e a cobriram de roupas. Vieram os joalheiros e a cobriram de joias. Vieram os mestres de dança para ensinar-lhe a andar. Só não tinha a palavra. E o desejo de ser mulher.

     Sete dias ela levou para aprender sete passos. E na manhã do oitavo dia, quando acordou e viu a porta aberta, juntou sete passos e mais sete, atravessou o corredor, desceu a escada, cruzou o pátio e correu para a floresta à procura de sua Rainha.

     O Sol ainda brilhava quando a corça saiu da floresta, só corça, não mais mulher. E se pôs a pastar sob as janelas do palácio.


COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul. São Paulo: Global, 2005

A
“Foi assim que o príncipe a viu. Metade mulher, metade corça, bebendo no regato. A mulher tão linda. A corça tão ágil. A mulher ele queria amar, a corça ele queria matar. Se chegasse perto será que ela fugia? [...]” 
B
“Todos os dias se encontravam. Agora se seguravam as mãos. E no dia em que a primeira lágrima rolou nos olhos dela, o príncipe pensou ter entendido e mandou chamar o feiticeiro.”
C
“O príncipe acordou contente. Era dia de caçada. Os cachorros latiam no pátio do castelo. Vestiu o colete de couro, calçou as botas. Os cavalos batiam os cascos debaixo da janela. Apanhou as luvas e desceu. Lá embaixo parecia uma festa. Os arreios e os pelos dos animais brilhavam ao sol.”
D
“Quando a corça acordou, já não era mais corça. [...]Tentou levantar, não conseguiu. O príncipe lhe deu a mão”
E
”Sete dias ela levou para aprender sete passos. E na manhã do oitavo dia, quando acordou e viu a porta aberta, juntou sete passos e mais sete, atravessou o corredor, desceu a escada, cruzou o pátio e correu para a floresta à procura de sua Rainha.” 
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UEMA 2022 - Português - Gêneros Textuais, Tipologia Textual

Em Alegrias de Joana, deve-se compreender que o narrador inicia o texto e o desenvolve, em estilo, no qual predomina a forma  

Clarice Lispector nasceu em uma aldeia na Ucrânia (Antiga União Soviética). Ao chegar ao Brasil, desembarcou em Manaus, quando tinha dois meses de idade, depois se mudou para Recife. Viveu fora do Brasil, fez leituras de grandes brasileiros e de estrangeiros, trazendo inovações, produzindo um estilo que a tornou uma das grandes escritoras de Língua Portuguesa. Leia um fragmento de um dos capítulos de seu primeiro livro. 

ALEGRIAS DE JOANA

    A liberdade que às vezes sentia. Não vinha de reflexões nítidas, mas de um estado como feito de percepções por demais orgânicas para serem formuladas em pensamentos. Às vezes, no fundo da sensação tremulava uma ideia que lhe dava leve consciência de sua espécie e de sua cor.

    O estado para onde deslizava quando murmurava: eternidade. O próprio pensamento adquiria uma qualidade de eternidade. Aprofundava-se magicamente e alargava-se, sem propriamente um conteúdo e uma forma, mas sem dimensões também. A impressão de que se conseguisse manter-se na sensação por mais uns instantes teria uma revelação — facilmente, como enxergar o resto do mundo apenas inclinando-se da terra para o espaço. Eternidade não era só o tempo, mas algo como a certeza enraizadamente profunda de não poder contê-lo no corpo por causa da morte; a impossibilidade de ultrapassar a eternidade era eternidade; e também era eterno um sentimento em pureza absoluta, quase abstrato. Sobretudo dava ideia de eternidade a impossibilidade de saber quantos seres humanos se sucederiam após seu corpo, que um dia estaria distante do presente com a velocidade de um bólido. Definia eternidade e as explicações nasciam fatais como as pancadas do coração. Delas não mudaria um termo sequer, de tal modo eram sua verdade. Porém mal brotavam, tornavam-se vazias logicamente.

    Definir a eternidade como uma quantidade maior que o tempo e maior mesmo do que o tempo que a mente humana pode suportar em ideia também não permitiria, ainda assim, alcançar sua duração. Sua qualidade era exatamente não ter quantidade, não ser mensurável e divisível porque tudo o que se podia medir e dividir tinha um princípio e um fim. Eternidade não era a quantidade infinitamente grande que se desgastava, mas eternidade era a sucessão.

LISPECTOR, Clarice. Perto do Coração Selvagem: Rio de Janeiro: Rocco, 2019. 
A
 linear, privilegiando fatos e transformando-os em relatos objetivos. 
B
coloquial da linguagem para expressar com clareza a estrutura episódica ao leitor.
C
distanciada do relato, para que a personagem se manifeste, ela mesma, conforme as marcas verbais em primeira pessoa. 
D
estética autônoma, seguindo o ritmo da memória da personagem e do mundo concebido por ela.
E
superficial da concretude pessoal da personagem, retendo a essência dos fatos para alcançar um pacto de leitura. 
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A linguagem da propaganda enfrenta o desafio de prender a atenção do destinatário e, por isso, dentre outros recursos, valese de meios estilísticos.


Para convencer o receptor, observa-se a combinação entre as figuras

A
sinestesia e sinédoque, trazendo percepções de diferentes sentidos na parte/todo de uma expressão adverbial.
B
onomatopeia e hipérbole, explorando uma reprodução natural com intensificação na expressão interjetiva.
C
polissíndeto e paralelismo, favorecendo a fluidez da estrutura sintática de uma locução substantiva.
D
ironia e prosopopeia, chamando atenção pelo fingir do não dizer na expressão adjetiva.
E
eufemismo e disfemismo, agregando ideias de impacto a uma expressão verbal.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Cada língua é um conjunto heterogêneo de falares, cujas variações ocorrem em todos os níveis. “Saudosa maloca” é um exemplo de variação. Adoniran Barbosa, autor da letra da música “Saudosa maloca”, é conhecido por criar composições inspiradas nas suas próprias vivências. Leia o fragmento seguinte:


O verso que exemplifica variação no nível morfossintático e no fonológico é

A
“Cada tauba que caía”.
B
“Matogrosso quis gritá”.
C
“E o dono mandô derrubá”.
D
“Nóis nem pode se alembrá”.
E
“Deus dá o frio conforme o cobertô”.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Comparando os Textos V e VI sobre aspectos temáticos e organização enunciativa, observa-se que

Para responder à questão, leia os poemas de Carlos Drummond de Andrade e de Olavo Bilac.





A
discutem a ideia de que o ato de escrever poemas dispensa as tensões instauradas entre a busca da palavra e a relação do sujeito com o mundo.
B
inter-relacionam-se pelo diálogo sobre o cultivo de um pensamento temático que minimize o trabalho da palavra em si.
C
convergem para a temática do dilema da inquietação metafísica do eu lírico para interpretar a si e à sua época.
D
coincidem quanto ao emprego da metalinguagem para sugerir anseios e labutas inerentes ao fazer poético.
E
assemelham-se pelo desejo de expressão livre a valorização temática do cotidiano.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nos dois textos, algumas marcas linguísticas autorizam a inferência de que a palavra é vetor de poder. As palavras e/ou expressões, de um mesmo campo semântico, que exemplificam esse vetor são

Para responder à questão, leia os poemas de Carlos Drummond de Andrade e de Olavo Bilac.





A
“úmidas”, “impregnadas de sono”, “forma definitiva”.
B
“mil faces secretas”, “reino”, “verso de ouro”.
C
“pobre ou terrível”, “cinzel”, “paralisados”.
D
“calma”, “melodia”, “alto-relevo”.
E
“mudos”, “oficina”, “alvo cristal”.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A Rosa do Povo, de Drummond, foi publicada em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, e traz alguns poemas que enfocam anseios e questionamentos advindos desse momento histórico. Levando em conta o verso “Trouxeste a chave?”, pode-se inferir uma voz

Para responder à questão, leia os poemas de Carlos Drummond de Andrade e de Olavo Bilac.





A
orgulhosa, que indicia um falante seguro no processo de seleção vocabular poética.
B
crítica, que se refere à escassez vocabular dos dicionários quanto às palavras que atendem à linguagem poética.
C
introspectiva, que sinaliza para o leitor a tensão do enigma, resistência x disponibilidade, da palavra ao discurso poético.
D
convincente, que exige a necessidade de inventar palavras novas para atualizar a linguagem poética.
E
doutrinária, que ensina o leitor a aprisionar as palavras para a criação de uma linguagem poética.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise a tirinha para responder à questão 12:



Os ditados populares permanecem no tempo e significam, na maioria das vezes, exemplos morais, filosóficos, sem deixar de carregarem consigo certa carga de humor e de ironia, sendo, por isso, comumente utilizados na linguagem cotidiana.
O ditado popular que sintetiza o que é exposto na tirinha é

A
“Promessas não pagam dívidas”.
B
“Após a tempestade vem a bonança”.
C
“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
D
“Quem nunca comeu mel quando come se lambuza”.
E
“Não há mal que perdure, não há dor que não se cure’”.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto a seguir e analise a linguagem utilizada por Guimarães Rosa, escritor da terceira fase do Modernismo brasileiro.


A recriação da própria linguagem e de neologismos, no texto de Guimarães Rosa, também está presente em outros autores, conforme exemplificam os versos:

A

“[...]
– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
[...]”

(Vinícius de Moraes)

B
“[...]
Essa negrinha Fulô
ficou logo pra mucama,
para vigiar a Sinhá
pra engomar pro Sinhô!
[...]”
(Jorge de Lima)
C
“[...]
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca
Foi há muito tempo...
[...]”
(Manuel Bandeira)
D
“_ Qué apanhá sordado?
_ O quê?
_ Qué apanhá?
_ Pernas e cabeças na calçada.”
(Oswald de Andrade)
E
“[...]
Ali a gente brincava de brincar com palavras
tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra!
A Mãe que ouvira a brincadeira falou:
Já vem você com suas visões!
Porque formiga nem tem joelhos ajoelháveis
[...]”
(Manoel de Barros)
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No livro Vidas Secas, tanto as dificuldades de interlocução de Fabiano como o silêncio que lhe é característico, relacionam-se à condição subalterna que a personagem vivencia em seu meio social. Essa relação é evidenciada no seguinte fragmento:

A
“Às vezes dizia uma coisa sem intenção de ofender, entendiam outra, e lá vinham questões. Perigoso entrar na bodega. O único vivente que o compreendia era a mulher. Nem precisava falar: bastavam gestos.”
B
“Fabiano também não sabia falar. Às vezes largava nomes arrevesados, por embromação. Via perfeitamente que tudo era besteira. Não podia arrumar o que tinha no interior. Se pudesse... Ah! Se pudesse, atacaria os soldados amarelos que espancam as criaturas inofensivas.”
C
“Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros.”
D
“Vivia longe dos homens, só se dava bem com os animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia.”
E
“Era como se Fabiano tivesse esfolado um animal. A barba ruiva e emaranhada estava invisível, os olhos azulados e imóveis fixavam-se nos tições, fala dura e rouca entrecortavase de silêncios.”
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com marcas temporais adequadas, o narrador usa o recurso do flashback para

Leia o fragmento extraído do referido romance, para responder à questão



A
fazer digressões do narrador, fora do contexto das personagens.
B
fazer valer momentos memoráveis da vida de uma das personagens.
C
focar o cenário onde se passa a história narrada.
D
dar maior dinamismo à fala das personagens.
E
evitar recorrências na tessitura narrativa.
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UEMA 2015 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

A pontuação sintático-estilística, no fragmento, compõe a autoexpressividade da personagem, com o emprego da vírgula no vocativo, no seguinte trecho:

Leia o fragmento extraído do referido romance, para responder à questão



A
“Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades.”
B
“E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara.”
C
“Você é um bicho, Fabiano.”
D
“Olhou as quipás, os mandacarus e os xiquexiques.”
E
“Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali.”
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A leitura do segundo parágrafo permite depreender a imagem que Fabiano tem de si mesmo e a sua reação ao domínio a que se submete, por meio do discurso indireto livre. Esse discurso é efetivado pela

Leia o Texto IV para responder à questão:


A
reprodução dos estados mentais, dos gestos ou dos pensamentos da própria personagem.
B
narração, por nexo de subordinação sintática, com verbos de ação adequados.
C
interlocução evidenciada entre duas personagens, com pontuação pertinente.
D
voz de um narrador intruso, que faz reflexões ou comentários.
E
primeira pessoa, com o recurso do narrador-personagem.
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UEMA 2015 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Atentando para o emprego dos tempos verbais, quanto à produção de sentidos no texto literário, o presente do indicativo em “Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito?” sugere que as ações expressas estão caracterizadas como

Leia o Texto IV para responder à questão:


A
desejos e hipóteses com projeção para um tempo virtual do querer do falante.
B
fatos de um universo imaginário ou de um mundo de fazde-conta.
C
ocorrências habituais repetidas anteriores ao enunciado no momento.
D
acontecimentos pontuais de um tempo lembrado, mas já terminado.
E
confirmação da identidade existencial da personagem no mundo real.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto publicado em revista de grande circulação para responder à questão 03.


Para sustentar a argumentação são utilizados variados recursos. A seleção léxico-semântica utilizada pelo autor para sustentar a argumentação marca o emprego de uma imagem crítica, com um tom

A
ambíguo.
B
mediador.
C
complacente.
D
elucidativo.
E
mordaz.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Auto da Barca do Inferno é uma das três peças que compõem a Trilogia das Barcas do teatro vicentino. Gil Vicente é autor do período literário português, conhecido como Humanismo.



Os diálogos entre o anjo e o fidalgo põem em discussão não só os valores de um mundo medieval, mas também do mundo contemporâneo. A atualidade dessa discussão decorre de que o homem de hoje, ainda, assume falsos posicionamentos semelhantes ao de uma das personagens da cena. Essa atualidade é apresentada, por meio de

A
limitações retóricas.
B
alianças subversivas.
C
falhas na comunicação.
D
atos de falas impositivas.
E
comportamentos antidemocráticos.
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UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Texto II mostra um diálogo entre o Diabo e a segunda personagem, o Onzeneiro, quando chega à Barca do Inferno.


O Diabo ouve o pretexto do Onzeneiro, mas não se deixa levar pelos artifícios da eloquência do passageiro. Essa atitude do Diabo pode ser comprovada no verso

A
“não cures de mais linguagem.”
B
“Oh! Que má-hora venhais,”
C
"onzeneiro meu parente!”
D
“não vos livrar o dinheiro.”
E
“Para onde tu hás-de ir;”