Questõesde UEM 2010 sobre Português

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d714aff9-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Gregório de Matos, assim como Vieira, envolveu-se com questões grandiosas, políticas e morais.

Leia atentamente o soneto abaixo:

SONÊTO
Triste Bahia! oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.

A ti tocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sangaz Brichote.

Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fôra de algodão o teu capote!
MATOS, Gregório. Antologia. Porto Alegre: L&M, 2009, p. 103- 104.

Vocabulário
dessemelhante: diferente.
sangaz: sagaz, astuto, malicioso.
Brichote: palavra depreciativa para designar o estrangeiro.
sisuda: sensata, prudente.
capote: casaco.

Esse soneto é de autoria do poeta barroco Gregório de Matos e nele se encontram as principais características da poesia barroca brasileira. Com relação ao poeta Gregório de Matos e ao soneto, assinale a alternativa correta
C
Certo
E
Errado
d718cdbf-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No soneto, as expressões “Pobre te vejo a ti” e “Rica te vejo eu já” exemplificam uma das características da linguagem barroca de Gregório de Matos: o uso das antíteses.

Leia atentamente o soneto abaixo:

SONÊTO
Triste Bahia! oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.

A ti tocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sangaz Brichote.

Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fôra de algodão o teu capote!
MATOS, Gregório. Antologia. Porto Alegre: L&M, 2009, p. 103- 104.

Vocabulário
dessemelhante: diferente.
sangaz: sagaz, astuto, malicioso.
Brichote: palavra depreciativa para designar o estrangeiro.
sisuda: sensata, prudente.
capote: casaco.

Esse soneto é de autoria do poeta barroco Gregório de Matos e nele se encontram as principais características da poesia barroca brasileira. Com relação ao poeta Gregório de Matos e ao soneto, assinale a alternativa correta
C
Certo
E
Errado
d7104f30-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No fragmento acima, os versos são decassílabos e hexassílabos, e as rimas obedecem ao esquema ABBACDED, portanto, alternadas e emparelhadas, na primeira estrofe, e ABBA, opostas e emparelhadas, na segunda estrofe.

Leia atentamente o fragmento do poema abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

Lira XIV
Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos deuses
Sujeitos ao poder do ímpio fado:
Apolo já fugiu do céu brilhante,
Já foi pastor de gado.
(...)
Ornemos nossas testas com as flores,
E façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos amores.
(...)

GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. 2. ed., São Paulo: Martin Claret, 2009, p. 46-47.

Vocabulário
ventura: destino, sorte.
ímpio: que não tem fé, herege.
fado: sorte, destino, ventura.
Apolo: deus da mitologia clássica, símbolo da luz e da beleza.
ornemos: verbo ornar, enfeitar.
feno: erva que serve para alimentar os animais.
brando: macio, flexível.
sãos: sadios, em estado perfeito.
C
Certo
E
Errado
d71d077f-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No soneto, logo no primeiro verso “Triste Bahia!”, o poeta revela sua tristeza por deixar a cidade da Bahia. 

Leia atentamente o soneto abaixo:

SONÊTO
Triste Bahia! oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.

A ti tocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sangaz Brichote.

Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fôra de algodão o teu capote!
MATOS, Gregório. Antologia. Porto Alegre: L&M, 2009, p. 103- 104.

Vocabulário
dessemelhante: diferente.
sangaz: sagaz, astuto, malicioso.
Brichote: palavra depreciativa para designar o estrangeiro.
sisuda: sensata, prudente.
capote: casaco.

Esse soneto é de autoria do poeta barroco Gregório de Matos e nele se encontram as principais características da poesia barroca brasileira. Com relação ao poeta Gregório de Matos e ao soneto, assinale a alternativa correta
C
Certo
E
Errado
d705c78e-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O poeta Tomás Antônio Gonzaga escreveu a obra lírica Marília de Dirceu, inovando a lírica brasileira, principalmente pela quebra de certas convenções árcades e pela introdução de experiências pessoais. 

Leia atentamente o fragmento do poema abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

Lira XIV
Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos deuses
Sujeitos ao poder do ímpio fado:
Apolo já fugiu do céu brilhante,
Já foi pastor de gado.
(...)
Ornemos nossas testas com as flores,
E façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos amores.
(...)

GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. 2. ed., São Paulo: Martin Claret, 2009, p. 46-47.

Vocabulário
ventura: destino, sorte.
ímpio: que não tem fé, herege.
fado: sorte, destino, ventura.
Apolo: deus da mitologia clássica, símbolo da luz e da beleza.
ornemos: verbo ornar, enfeitar.
feno: erva que serve para alimentar os animais.
brando: macio, flexível.
sãos: sadios, em estado perfeito.
C
Certo
E
Errado
d6fdb091-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O verbo comer (devorar) é fundamental na organização do texto. Na leitura do trecho, observa-se que foi utilizado no sentido denotativo, ao referir-se aos peixes, e no sentido conotativo e alegórico, quando acusa os homens de corrupção. 

Leia atentamente o texto abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

    “Antes, porém, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda.
    A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas circunstância o faz ainda maior. Não vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. (...) Tão alheia coisa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.”

VIEIRA, Antônio. Sermões escolhidos. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 58.
C
Certo
E
Errado
d7024369-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O poeta Tomás Antônio Gonzaga é um dos principais representantes do Arcadismo no Brasil, movimento que expressa as características da poesia clássica portuguesa e um sentimento muito romântico e expressivo.

Leia atentamente o fragmento do poema abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

Lira XIV
Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos deuses
Sujeitos ao poder do ímpio fado:
Apolo já fugiu do céu brilhante,
Já foi pastor de gado.
(...)
Ornemos nossas testas com as flores,
E façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos amores.
(...)

GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. 2. ed., São Paulo: Martin Claret, 2009, p. 46-47.

Vocabulário
ventura: destino, sorte.
ímpio: que não tem fé, herege.
fado: sorte, destino, ventura.
Apolo: deus da mitologia clássica, símbolo da luz e da beleza.
ornemos: verbo ornar, enfeitar.
feno: erva que serve para alimentar os animais.
brando: macio, flexível.
sãos: sadios, em estado perfeito.
C
Certo
E
Errado
d6f981fd-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho acima, Vieira utiliza o processo alegórico, dirigindo-se aos peixes para reprimir o grave e escandaloso problema social do Brasil – a corrupção. 

Leia atentamente o texto abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

    “Antes, porém, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda.
    A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas circunstância o faz ainda maior. Não vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. (...) Tão alheia coisa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.”

VIEIRA, Antônio. Sermões escolhidos. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 58.
C
Certo
E
Errado
d6f5a961-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes, Vieira assume caráter político e missionário e declara o seu desapontamento com os ouvintes, repreendendo a falta de humanidade e de caráter entre as pessoas da mesma pátria. 

Leia atentamente o texto abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

    “Antes, porém, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda.
    A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas circunstância o faz ainda maior. Não vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. (...) Tão alheia coisa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.”

VIEIRA, Antônio. Sermões escolhidos. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 58.
C
Certo
E
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d6f212d7-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho em questão, Vieira, assim como Santo Antônio, desanimado de pregar aos homens e não ver a sua conversão à religião católica, dirige-se aos peixes e exalta as suas qualidades.

Leia atentamente o texto abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

    “Antes, porém, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda.
    A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas circunstância o faz ainda maior. Não vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. (...) Tão alheia coisa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.”

VIEIRA, Antônio. Sermões escolhidos. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 58.
C
Certo
E
Errado
d6ee3c0d-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Vieira é considerado o maior orador sacro de Portugal e domina todo o século XVI pela sua personalidade vigorosa e pela sua entrega ao naturalismo de seu tempo. 

Leia atentamente o texto abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

    “Antes, porém, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda.
    A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas circunstância o faz ainda maior. Não vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. (...) Tão alheia coisa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.”

VIEIRA, Antônio. Sermões escolhidos. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 58.
C
Certo
E
Errado