Questõesde UECE 2017 sobre Português

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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Leia com atenção os excertos abaixo e assinale o único que NÃO apresenta discurso indireto livre (DIL).


A
“Naquele despropósito não era D. Henriqueta da Boa Vista – Que vergonha!” (linhas 73-74)
B
“Que precisão tinha ele de chifres e rabo? Preto estava certo. No bairro moravam alguns pretos, sem chifres nem rabo. E se a cozinheira estivesse enganada?” (linhas 86-90)
C
“Ouvindo rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana ergueu-se estouvada, saiu do corredor, entrou na sala, parou indecisa, esperando que a chamassem.” (linhas 1-5)
D
“Tio Severino era notável: vermelho, tinha maçarocas brancas no rosto, o beiço e o queixo rapados, a testa brilhante, sobrancelhas densas e óculos redondos.” (linhas 33-36)
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Em uma narrativa, as personagens se manifestam de três maneiras: na forma de discurso direto (DD), na forma de discurso indireto (DI) e na forma de discurso indireto livre (DIL). Atente ao que se diz a respeito desses tipos de discurso:


I. No DD, o narrador cede a fala à personagem, mesmo que ela não queira ou não possa apresentar seu próprio ponto de vista. A estrutura do DD caracteriza-se pela presença de uma oração subordinada substantiva.

II. No DI, tudo é filtrado pela voz do narrador, que pode impor seu ponto de vista. É caracterizado pela presença de marcas gráficas.

III. No DIL, misturam-se as falas do narrador e da personagem, de maneira que essas duas vozes podem dificultar a compreensão do leitor. Esse terceiro tipo de discurso caracteriza as narrativas mais complexas.


Está correto o que se diz apenas em


A
II.
B
I e II.
C
I e III.
D
III.
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UECE 2017 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Sabe-se que o pretérito mais-que-perfeito do indicativo é empregado quando se quer mencionar um passado que ocorreu antes de outro passado. Atente ao emprego desse tempo verbal no excerto abaixo e ao que se diz em seguida.


“Luciana quis aproximar-se das pessoas grandes, mas lembrou-se do que lhe tinha acontecido na véspera. Andara com mamãe pela cidade, percorrera diversas ruas, satisfeita. Num lugar feio e escorregadio, onde a água da chuva empoçava, resistira, acuara e caíra no chão, sentara-se na lama, esperneando e berrando. Em casa, antes de tirar-lhe a camisa suja, mamãe lhe infligira três palmadas enérgicas. Por quê? Luciana passara o dia tentando reconciliar-se com o ser poderoso que lhe magoara as nádegas.” (linhas 10- 21)


I. Há, no início do excerto transcrito, formas do pretérito perfeito do indicativo.

II. Tinha acontecido é uma locução verbal que configura o mais-que-perfeito composto, equivalendo, portanto, à forma simples, acontecera.

III. Das formas do pretérito perfeito, a que vai determinar o emprego do pretérito-mais-que-perfeito, no excerto transcrito (andara, percorrera, resistira, acuara, caíra e sentara) é lembrou. Todas essas ações ocorreram antes da lembrança, do contrário não poderiam ser lembradas.


Está correto o que se diz em


A
I e II somente.
B
I, II e III.
C
I e III somente.
D
II e III somente.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O conteúdo denotativo de uma palavra corresponde ao seu sentido usual, isto é, próprio, não figurado, não metafórico. Nessa perspectiva, o sentido dessa palavra é o mesmo para todos os membros de uma mesma comunidade linguística. “Uma palavra assim empregada é entendida independentemente de interpretações individuais, interpretações de natureza afetiva ou emocional. Se, no entanto, a significação de uma palavra não é a mesma para certa comunidade linguística; se a palavra não sugere ou evoca por associação outras ideias de ordem abstrata, de natureza afetiva ou emocional, então se diz que seu valor, i. e., seu sentido, é conotativo ou afetivo”.

(Othon Moacyr Garcia)


Leia com atenção os seguintes excertos:


1. “E lá ia ela remedando um pássaro que se dispõe a voar” (linhas 28-29);

2. “Luciana recusava as princesas e as estrelas. Seu Adão coçaria o pixaim, encolheria os ombros. Levá-la-ia para a gaiola. Mamãe recebê-la-ia zangadíssima” (linhas 133-136).


Compare as duas expressões destacadas nos excertos acima, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.


( ) Os dois enunciados constituem metáforas.

( ) O verbo remedar, da maneira como foi empregado no texto, equivale à partícula comparativa como.

( ) Deve-se considerar os dois enunciados como duas imagens independentes que fecham o sentido do conto.

( ) O primeiro enunciado, “E lá ia ela remedando um pássaro que se dispõe a voar” fala do desejo de liberdade que caracterizava Luciana.

( ) O segundo enunciado, “Levá-la-ia para a gaiola”, fecha a imagem iniciada pelo primeiro, exprimindo a recusa da satisfação desse desejo.

( ) O texto, como um único signo, isto é, um todo formado por significante (aspecto material e significado (representação mental) fecha-se com a legitimação da sujeição e com a não deslegitimação da liberdade.


Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


A
F, V, F, V, V, F.
B
V, F, F, F, V, V.
C
V, V, V, F, F, V.
D
F, F, V, V, F, F.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A figura de linguagem denominada hipálage é um recurso linguístico pelo qual uma palavra que deveria qualificar determinado termo passa a qualificar outro. Considerando as duas ocorrências de hipálage nas seguintes passagens do texto: “A fala ranzinza feria-lhe os ouvidos. Dedos finos e nervosos agarravam-na” (linhas 113-114), assinale a afirmação FALSA.


A
O primeiro exemplo “A fala ranzinza (de tio Severino) feria-lhe os ouvidos”, no que concerne ao significado, ranzinza (pessoa mal-humorada, irritadiça, implicante) se relaciona com tio Severino; do ponto de vista sintático, no entanto, ranzinza relaciona-se com “fala”.
B
Desse jogo com as palavras decorre a impressão de que a ranzinzice de tio Severino se intensifica, tornando pior a relação da menina com ele; no segundo exemplo, “Dedos finos e nervosos agarravam-na”, há um paralelismo semântico entre “(dedos) finos e nervosos”.
C
Resulta da relação entre “dedos” e “nervosos”, uma intensificação do nervosismo do velho, que acaba até em uma agressão física – “agarravam-na”.
D
Associa-se à segunda hipálage uma metonímia – o emprego da parte (dedos) pelo todo (pessoa); com essa conjunção de elementos estilísticos, parece ao leitor que o nervosismo de tio Severino chega a um grau muito alto.
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UECE 2017 - Português - Morfologia - Verbos, Uso dos conectivos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Sintaxe

Atente ao que se diz sobre as orações do seguinte excerto: “Ouvindo rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana ergueu-se estouvada, saiu do corredor, entrou na sala, parou indecisa, esperando que a chamassem. Ninguém reparou nela”. (linhas 1-5)


I. A primeira oração, construída com o verbo ouvir no gerúndio, pode ser reescrita da seguinte maneira: (Quando ouviu rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana...).

II. Os verbos empregados no pretérito perfeito do indicativo sugerem que as ações de Luciana (ergueu-se, saiu, entrou, parou) foram percebidas pelo narrador depois de concluídas.

III. Embora sem um conectivo que evidencie uma relação semântica entre as últimas orações do trecho, pode-se depreender um sentido de adição (e esperou) e de oposição (chamassem, mas), ligando-as.


Está correto o que se diz em


A
I e II apenas.
B
I e III apenas.
C
II e III apenas.
D
I, II e III.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Releia com atenção o trecho que fica entre as linhas 17 e 23: “Em casa, antes de tirar-lhe a camisa suja, mamãe lhe infligira três palmadas enérgicas. Por quê? Luciana passara o dia tentando reconciliar-se com o ser poderoso que lhe magoara as nádegas. Agora, na presença da visita, essa criatura forte não anunciava perigo”. Nesse trecho aparecem três vocábulos e/ou expressões que se referem à mãe de Luciana. São expressões referenciais, com as quais podem ser construídas quatro diferentes sequências. Uma delas foi organizada de modo a formar uma gradação ascendente com um forte clímax. Essas expressões referenciais são responsáveis pelas mudanças que o referente sofre durante o desenvolvimento do discurso. A sequência que expressa a gradação ascendente é


A
mamãe, criatura forte, ser poderoso.
B
mamãe, ser poderoso, criatura forte.
C
criatura forte, mamãe, ser poderoso.
D
ser poderoso, criatura forte, mamãe.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Caricatura é o desenho de uma pessoa ou de um fato exageradamente deformados. É um tipo de expressão grotesca ou jocosa, divertida, cômica. A caricatura também pode ser feita por meio dos recursos linguísticos. No conto, a personagem caricaturada é


A
Luciana, que foi descrita pelo narrador com exagero, isto é, com expressões hiperbólicas, que fazem o leitor perceber a ironia do trecho.
B
a serviçal da casa de Luciana, que não gostava da menina e contava à mãe dela tudo o que a garota inventava, exagerando no mau comportamento da menina.
C
Tio Severino, cujos traços relevantes para o propósito do narrador foram apresentados metonimicamente, de forma a chamar atenção para o cômico.
D
a mãe de Luciana, descrita por meio de metáforas como uma mulher má, que não ama a filha.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Que sentimentos experimentou Luciana quando ouviu, pela primeira vez, que era uma menina que sabia onde o diabo dormia?


A
Sentiu orgulho e acreditou que devia continuar a proceder mal para justificar a afirmação do tio.
B
Receou ter de viver em constante atrito com tio Severino.
C
Teve medo da reação da mãe por causa das palmadas que ela lhe aplicaria.
D
Sentiu-se mais próxima de D. Henriqueta da Boa-Vista e guardou a certeza de que ela a ajudaria a achar a morada do diabo.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que descreve corretamente quem era D. Henriqueta da Boa-Vista e o que ela representava para Luciana.


A
D. Henriqueta da Boa-Vista era uma amiga da mãe de Luciana, considerada pela sociedade por ser culta e rica.
B
D. Henriqueta da Boa-Vista era uma criação de Luciana, que representava para ela uma criança amiga com quem podia brincar.
C
D. Henriqueta da Boa-Vista era uma senhora criada pela imaginação de Luciana, que compensava o mau relacionamento entre mãe e filha.
D
D. Henriqueta da Boa-Vista era uma criação da imaginação de Luciana; era a voz que faltava à menina e que lhe permitiria ser considerada.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A técnica narrativa empregada no conto “Luciana” é um tanto complexa: o narrador narra ora na perspectiva do adulto, ora na perspectiva da criança. Assinale com a letra A o que é dito pela perspectiva do adulto, e com C o que é dito pela perspectiva da criança.


( ) “Ouvindo rumor na porta da frente e os passos conhecidos de tio Severino, Luciana ergueu-se estouvada, saiu do corredor, entrou na sala, parou indecisa, esperando que a chamassem.” (linhas 01-05)

( ) “Em casa, antes de tirar-lhe a camisa suja, mamãe lhe infligira três palmadas enérgicas. Por quê? Luciana passara o dia tentando reconciliar-se com o ser poderoso que lhe magoara as nádegas.” (linhas 17- 21)

( ) “Papai e mamãe, silenciosos, refletindo na opinião rouca do parente grande, com certeza diziam ‘Ah!’ por dentro e orgulhavam-se da filha sabida.” (linhas 66- 69)

( ) “A culpada era a mamãe que tivera a infeliz ideia de levá-la a lugares diferentes da calçada tranquila, do quintal sombrio. Na esquina do quarteirão principiava o mistério: barulho de carros, gritos, cores, movimentos, prédios altos demais. Talvez o diabo dormisse num deles. Em qual? Desanimada, confessou, interiormente, a sua ignorância.” (linhas 75-82)

( ) “Ainda não sabia, mas haveria de saber. Descobriria o lugar onde o diabo dorme. Dona Henriqueta da Boa-Vista se largaria pelo mundo, importante, os calcanhares erguidos, em companhia de seres enigmáticos que lhe ensinariam a residência do diabo.” (linhas 124-130)


Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


A
C, A, A, A, A.
B
A, C, C, C, C.
C
A, A, C, C, C.
D
C, C, A, A, A.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No conto “Luciana”, Graciliano Ramos focaliza uma das fases do desenvolvimento humano, a infância. Dentre os excertos abaixo, extraídos de obras que falam sobre a infância, assinale aquele cujo conteúdo é compatível com a visão de infância que Graciliano Ramos transmite no conto supracitado.


A
“Deus é alegria. Uma criança é alegria. Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com os olhos de uma criança. Está sempre à procura de companheiros para brincar.” (Rubem Alves)
B
“Todos sabem que a infância é a idade mais alegre e agradável. Ao ver esses pequenos inocentes, até um inimigo se enternece e os socorre.” (Erasmo de Roterdã)
C
“Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes dava medo. Responderam-me ‘Por que um chapéu daria medo?’ Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem entender melhor.” (Antoine de Sainte-Exupéry)
D
“Quando crianças, nosso maior sonho é ver o tempo voar e finalmente nos tornarmos adultos. Ah, se soubéssemos, naquele tempo, o que significa ser criança...” (Internet. Autor não declarado.)
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

No trecho “Uma pessoa é grande quando perdoa [...], quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma” (linhas 147-151), o termo “pessoa”, nas expressões destacadas do trecho acima, é retomado por meio de alguns recursos coesivos, a saber:


A
elipse, pronome pessoal do caso reto e pronome pessoal do caso oblíquo.
B
pronome pessoal do caso oblíquo, elipse e pronome pessoal do caso oblíquo.
C
elipse, pronome pessoal do caso oblíquo e pronome pessoal do caso oblíquo.
D
pronome pessoal do caso oblíquo, elipse e pronome pessoal do caso reto.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Como figura de linguagem, a anáfora é caracterizada pela repetição de uma ou mais palavras no início de versos, orações ou períodos. Na crônica, a autora recorre à anáfora, nos três primeiros parágrafos do texto, pela repetição da conjunção “quando”, com o objetivo de


A
ampliar a expressividade do conteúdo da mensagem, enfatizando o sentido do termo repetido consecutivamente.
B
empregar a anáfora como um recurso estilístico indispensável a qualquer texto de cunho literário.
C
respeitar as características da crônica, já que a anáfora é um recurso linguístico próprio deste tipo de gênero textual.
D
fazer referência a uma informação previamente mencionada.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos

O propósito principal da crônica resume-se pelo seguinte excerto do texto:


A
“Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida”. (linhas 142-143)
B
“Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento”. (linhas 154-156)
C
“Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo”. (linhas 161-162)
D
“Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho”. (linhas 172-174)
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos

No poema de Manoel de Barros, é descrita a seguinte sequência de atividades cotidianas com as quais o enunciador não deseja construir sua identidade: “Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva, etc. etc.” (linhas 118- 125). Observe o que se diz a respeito disso.


I. Há uma gradação da ação mais importante para a menos importante.

II. As ações são descritas aleatoriamente, sem seguir uma linearidade lógica previamente explicitada.

III. O enunciador lista atividades recorrentes do seu cotidiano que, isoladas, não constroem sua identidade.

IV. A lista de ações poderia ainda ser estendida.


É correto o que se afirma somente em


A
I.
B
I, II e IV.
C
II, III e IV.
D
III.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A utilização de figuras de linguagem ocorre, de maneira muito particular, na escrita literária. Sobre o uso desse recurso no poema de Manoel de Barros, identifica-se


A
a metáfora no verso “Mas eu preciso ser Outros” (linhas 126-127) relativa à analogia que se faz entre o poeta ser ele mesmo e ser outro.
B
o oximoro em “A maior riqueza do homem é sua incompletude” (linhas 110-112), pela contradição de sentidos presente no enunciado.
C
a hipérbole no trecho “Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito” (linhas 115-117), em razão de aí haver o desejo do enunciador em engrandecer a verdade dos fatos.
D
a prosopopeia no enunciado “Eu penso renovar o homem usando borboletas” (linhas 128-130), em que há uma atribuição da função humana a um ser não humano
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos

Levando em conta as relações de sentido presentes no texto de Manoel de Barros acima, é correto afirmar que o conteúdo temático geral do poema se estabelece na seguinte oposição semântica:


A
humanização versus coisificação.
B
riqueza versus pobreza.
C
ação versus inércia.
D
grandeza versus pequenez.
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UECE 2017 - Português - Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Sintaxe

Sobre o uso de expressões apositivas no Texto 2, é INCORRETO afirmar que


A
o aposto “especialista em geopolítica do mundo árabe consultado pela AFP” (linhas 59-61), para se referir a Mathieu Guidere, é empregado com o mesmo sentido do utilizado para descrever Andreas Krieg como “analista de risco político no King’s College de Londres” (linhas 96-97), qual seja: o de autorizar a legitimidade de um discurso.
B
embora possa ser classificado gramaticalmente como uma oração adjetiva, o enunciado “que é de um fundo de investimentos do Catar” (linhas 62-63) tem, no texto, o mesmo valor sintático e semântico de um aposto explicativo: o de relacionar-se a um termo antecedente, explicando-o.
C
o aposto “comentarista da GloboNews” (linhas 53-54) tem sentido semelhante aos apostos, “especialista em geopolítica do mundo árabe consultado pela AFP” (linhas 59-61) e “analista de risco político no King’s College de Londres” (linhas 96-97), a saber: autorizar a legitimidade de um discurso.
D
ainda que não venha entre vírgulas, mas entre parênteses, a expressão “‘poder suave’, em tradução livre” (linhas 87-88), pode funcionar perfeitamente como um aposto, na medida em que serve para explicar/traduzir o termo que lhe antecede, “soft power” (linha 87).
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

A notícia é tomada como um gênero textual da esfera jornalística que tem como objetivo divulgar temas da atualidade de maneira imparcial. Na notícia acima, este objetivo é alcançado pelo enunciador por meio de alguns recursos linguísticos textuais, EXCETO pelo(a)


A
uso predominante do discurso direto como forma de o enunciador atribuir a outrem as informações divulgadas.
B
presença de elementos linguísticos avaliativos, como o termo “fenômeno” (linha 46), que amplia a dimensão informativa do gênero notícia.
C
emprego de verbos dicendi, como “afirmou” (linha 68) e “disse” (linhas 74 e 95), para isentar o enunciador de revelar o seu ponto de vista.
D
presença do relato em terceira pessoa, o qual busca um distanciamento em relação ao fato, o que constrói a ideia da objetividade, de forma a sustentar a credibilidade da informação.