Questõesde UECE 2013 sobre Português
Atente para o que se afirma sobre os versos
“ah, isso não: o vagabundo ficará mofando lá fora/ e
leva no boletim uma galáxia de zeros” (linhas 55-
57).
I. Eles são construídos sobre duas metáforas
hiperbólicas, isto é, metáforas que contêm um
exagero.
II. O pronome isso em “ah, isso não”, aponta
para um referente na cena enunciativa.
III. O pronome isso, no poema, aponta para o que
é dito nos dois primeiros versos, sintetizando-os.
Está correto o que se diz em
Observe a concordância verbal que se dá no
trecho seguinte: “um ou outro já transou droga”
(linha 17). Nesse trecho,
I. o “ou” indica exclusão.
II. a concordância poderia ser feita no plural: um
ou outro já transaram droga.
III. a ação do verbo transar refere-se tanto a um
quanto a outro.
Estão corretas as complementações contidas em
Os dois superlativos (linhas 52-53)
emprestam ao poema um tom de
Atente ao que é dito sobre o vocábulo
“insípida” (linha 50).
I. Foi empregado na acepção de sem graça,
desinteressante, monótono.
II. Foi empregado no seu sentido literal, não
figurado.
III. A mudança da posição desse adjetivo para
depois do substantivo não alteraria o
significado do substantivo.
Está correto o que se afirma somente em
Observe a metáfora que inicia o poema —
“O portão fica bocejando” — e o que se diz sobre
ela.
I. Essa metáfora empresta ao portão faculdades
humanas, constituindo, também uma
prosopopeia ou personificação. Por outro lado,
essa expressão aceita, ainda, a seguinte
leitura: o portão representa metonimicamente
a escola, com seus valores criticáveis e seus
preconceitos.
II. O emprego da locução verbal de gerúndio
“fica bocejando”, no lugar da forma simples
boceja, dá à ação expressa pelo verbo
bocejar um caráter de continuidade, de
duração.
III. O gerúndio realça a própria semântica do
verbo bocejar.
Está correto o que se afirma em
Atente ao parágrafo quatro, que é constituído
de assertivas do enunciador sobre os adolescentes
que vê na porta do colégio, partindo de previsões
feitas por ele mesmo.
I. Poderíamos dividir o parágrafo em duas
partes, considerando a oposição
individual/coletivo.
II. Em uma das assertivas, verifica-se quebra de
paralelismo sintático-semântico.
III. Todas as assertivas constituem previsões.
Está correto o que se afirma em
Entre as linhas 6 e 10 da crônica, existe um
caso de concordância verbal curioso: “Primeiro há
uma diferença de clima entre aquele bando de
adolescentes espalhados pela calçada, sentados
sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e
refrigerantes, e aqueles que transitam pela rua”. No
trecho “aquele bando de adolescentes espalhados
pela calçada, sentados sobre carros”, há um
sintagma nominal cujo núcleo é bando, um
substantivo coletivo que vem seguido de uma
expressão no plural que o especifica: de
adolescentes.
Observe o que é dito a seguir.
I. Em casos como esse, a regra geral da
gramática normativa é a seguinte: com o
substantivo coletivo, a concordância se faz no
singular. Por essa ótica, no texto, deveríamos
ter a seguinte estrutura: aquele bando de
adolescentes espalhado pela calçada e
sentado sobre carros.
II. A gramática faculta a seguinte possibilidade:
se o coletivo vier seguido de uma expressão no
plural que o especifique, o adjetivo ou o
particípio que forma essa expressão pode ir
para o plural ou ficar no singular: aquele
bando de adolescentes espalhados pela
calçada, sentados sobre carros.
III. Empregar o singular ou o plural nesses casos
fica a critério do usuário da língua. Esses dois
tipos de concordância variam livremente,
independente de possíveis motivações.
Está correto o que se afirma em
No enunciado “Aprenderam que a vida é
também um exercício de separação” (linhas 15-17),
o termo também pode ser substituído, sem prejuízo
do enunciado, por
Assinale a opção em que há uma expressão
INCORRETA sobre o emprego que o cronista faz
dos vocábulos redoma, aquário e bolha (linhas
12-13).
Atente para o que se diz a respeito da
preposição de que entra na composição do título da
crônica: “Porta de colégio”.
I. A preposição de, sozinha, sem contração,
como é usada nesse título, generaliza o
substantivo, no caso do texto, colégio.
II. A contração da preposição de com o pronome
demonstrativo aquele, que resultaria em
daquele, manteria inalterado o sentido do
título.
III. A introdução, no título do texto, do artigo
definido o, que resultaria em do, alteraria o
sentido do título.
Está correto o que se diz apenas em
A crônica é um gênero, digamos, aberto.
Dentro dessa rubrica cabem vários conceitos. As
quatro opções abaixo apresentam características de
crônica, mas só uma expressa as características
apresentadas pelo texto de Sant’Anna. Assinale essa
opção.
Marque com V o que for verdadeiro e com F o
que for falso, em relação à crônica “Porta de
colégio”.
( ) O cronista introduz a ideia núcleo do texto
logo nas três primeiras linhas e o faz por
meio de uma analogia.
( ) No quarto parágrafo, o enunciador responde
à pergunta retórica feita no terceiro,
empregando o advérbio interrogativo onde.
As respostas, no entanto, não correspondem
às respostas que se dariam a uma pergunta
feita com o advérbio onde. Na pergunta
correspondente a essas respostas, deveria
constar algo como “Que acontecerá” ou
“Como estarão”, não onde.
( ) O vocábulo clima (linha 6) e o vocábulo
atmosfera (linha 11) não poderiam
intercambiar suas ocorrências no texto sem
prejuízo do sentido.
( ) No parágrafo 5 (linhas 37-45), o cronista faz
alusão a um conto infantil, para mostrar
como os adolescentes só têm segurança
dentro da escola.
( ) Os assaltos do “lobo feroz” (linha 40),
corresponderiam, no mundo moderno, ao
estupro, ao latrocínio, ao homicídio, ao
tráfico de crianças e de mulheres, à venda de
drogas, em suma, aos perigos da vida
moderna.
Está correta a seguinte sequência de cima para
baixo:
Atente para o que se diz sobre as expressões
referenciais seguintes: esses meninos e meninas
(linha 23) e aquele/a (linhas 25, 28, 29 e 32).
I. Todas essas expressões retomam
individualmente o que foi mencionado de
maneira geral no trecho das linhas 7, 8 e 9.
II. Enquanto a expressão da linha 23 se refere ao
que foi dito (anáfora), todas as outras se
referem ao que vai ser dito (catáfora).
III. A expressão aquele (ali) presentifica a cena
enunciativa.
Está correto o que se afirma em
Atente às orações adjetivas transcritas a
seguir e ao que é dito a respeito delas: 1. “que o
tempo consumiu” (linha 65); 2. “que lhe adoçava a
fisionomia subalterna” (linha 74); 3. “que no seu
caso eram a caneta e a pena” (linhas 81-82).
I. A oração 1 delimita ou restringe o substantivo
“casta” (linha 65), isto é, ela diz que, no
conjunto das castas, aquela tem um
diferencial: é uma casta “que o tempo
consumiu”.
II. A oração 2 dá uma informação suplementar
para a identificação de “calvície” (linha 73).
Embora seja importante do ponto de vista
comunicativo, sua supressão não compromete
a compreensão da frase.
III. A oração 3 restringe o significado de “peixe”
(linha 81). Não pode ser retirada do período
para não comprometer seu entendimento.
Está correto o que se diz apenas em
Atente às orações adjetivas transcritas a seguir e ao que é dito a respeito delas: 1. “que o tempo consumiu” (linha 65); 2. “que lhe adoçava a fisionomia subalterna” (linha 74); 3. “que no seu caso eram a caneta e a pena” (linhas 81-82).
I. A oração 1 delimita ou restringe o substantivo “casta” (linha 65), isto é, ela diz que, no conjunto das castas, aquela tem um diferencial: é uma casta “que o tempo consumiu”.
II. A oração 2 dá uma informação suplementar para a identificação de “calvície” (linha 73). Embora seja importante do ponto de vista comunicativo, sua supressão não compromete a compreensão da frase.
III. A oração 3 restringe o significado de “peixe” (linha 81). Não pode ser retirada do período para não comprometer seu entendimento.
Está correto o que se diz apenas em
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.
Atente aos pares de palavras opostas tendo
em vista a estrutura em que se assenta a
superficialidade do texto.
I. Atividade vs. inércia.
II. Fortaleza vs. tibieza ou debilidade.
III. Inteireza vs. incompletude.
O texto trabalha com as oposições contidas em
Atente aos pares de palavras opostas tendo em vista a estrutura em que se assenta a superficialidade do texto.
I. Atividade vs. inércia.
II. Fortaleza vs. tibieza ou debilidade.
III. Inteireza vs. incompletude.
O texto trabalha com as oposições contidas em
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.
Leia o que se diz sobre a partícula “ali” —
“Guihermino ali sentava às onze horas” (linha 85).
I. O advérbio “ali” (linha 85) tem dois possíveis
antecedentes no parágrafo anterior.
II. Sendo “(n)a sua cadeira rotativa” (linha 79) o
antecedente mais próximo de “ali”, o leitor
poderá considerar essa expressão como o
antecedente verdadeiro.
III. Nada obsta a que o antecedente de “ali” seja
”(a)a repartição” (linha 75), o que resultará
em uma construção metonímica.
Está correto o que se diz em
Leia o que se diz sobre a partícula “ali” — “Guihermino ali sentava às onze horas” (linha 85).
I. O advérbio “ali” (linha 85) tem dois possíveis antecedentes no parágrafo anterior.
II. Sendo “(n)a sua cadeira rotativa” (linha 79) o antecedente mais próximo de “ali”, o leitor poderá considerar essa expressão como o antecedente verdadeiro.
III. Nada obsta a que o antecedente de “ali” seja ”(a)a repartição” (linha 75), o que resultará em uma construção metonímica.
Está correto o que se diz em
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.
Assinale a alternativa em que aparecem
traços do tradicionalismo e/ou da índole burocrática
de Guilhermino.
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.
O enunciador diz, entre as linhas 58 e 59, que
Guilhermino "Nos últimos tempos de sua existência
medíocre, já era um anacronismo”. No texto,
anacronismo deve ser entendido como
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.
Observe as relações entre as expressões
referenciais, considerando que essas relações
ocorrem de forma direta e indireta.
I. Dom Quixote (linha 67) — (d)este (linha 68) —
(d)o personagem de Cervantes (linhas 69-70).
II. Guihermino (linha 53) — a índole romântica
(linhas 68-69) — o seu lento passo de cegonha
(linhas 75-76).
III. A repartição (linha 93) — ali (linha 95)
A mesa de trabalho (linhas 102-103).
Estão corretas as relações contidas em
Observe as relações entre as expressões referenciais, considerando que essas relações ocorrem de forma direta e indireta.
I. Dom Quixote (linha 67) — (d)este (linha 68) — (d)o personagem de Cervantes (linhas 69-70).
II. Guihermino (linha 53) — a índole romântica (linhas 68-69) — o seu lento passo de cegonha (linhas 75-76).
III. A repartição (linha 93) — ali (linha 95) A mesa de trabalho (linhas 102-103).
Estão corretas as relações contidas em
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.