Questõesde UECE 2010 sobre Português

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Foram encontradas 100 questões
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UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Indique a opção que traz um comentário INCORRETO sobre o trecho “E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha.” (linhas 73-75).

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
Os dois períodos indicam, respectivamente, uma certeza e uma probabilidade sobre os sentimentos da mãe.
B
A expressão referencial “essa mulher” tem como antecedente imediato explícito “A senhora” (linha 66).
C
Em “a descoberta horrorizada”, horrorizada relaciona-se sintaticamente com “descoberta”, mas semanticamente com “essa mulher”.
D
O texto se tornaria menos expressivo se a negação viesse em segundo lugar: “E o pior para essa mulher devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha, não era a descoberta do que acontecia”.
33118518-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere o trecho entre as linhas 106 e 109, quando o narrador retoma o título: “Felicidade clandestina”: “Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim”. Em seguida determine o(s) item(ns) que oferece(m) um comentário coerente em relação ao título, tomando o texto como um todo.

I - O clandestino relaciona-se com o proibido, algo que tem poder desestruturador. E esse poder a leitura consegue ter, quando realizada com intensidade.
II - A erotização da leitura – o erótico é sempre visto como ilegal e/ou ilegítimo – que a personagem-narradora promove pode justificar a clandestinidade.
III - O prazer intenso provocado pela leitura envolve não só o cérebro, o intelecto, mas os sentidos, o corpo, a libido, daí a clandestinidade.

São coerentes os comentários feitos

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
somente em I.
B
em I, II e III.
C
somente em II e III.
D
somente em III.
330d85e9-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao longo do texto, distribuem-se expressões que, reunidas, apontam para o título.
Marque a opção que mostra uma ou mais dessas expressões. 

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
“Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho” (linhas 11-13).
B
“Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. [...] Meu peito estava quente. Meu coração pensativo” (linhas 92-97).
C
“Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!” (linhas 69-72).
D
“E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha” (linhas 73-75).
33027754-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção cuja assertiva NÃO está de acordo com a lógica da narrativa.

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
A narrativa inicia-se com um sujeito em carência, ou seja, separado do seu objeto de desejo.
B
O sujeito adota uma atitude passiva diante das dificuldades para alcançar o seu objeto de desejo.
C
O sujeito encontra quem dificulte e quem facilite sua aproximação do seu objeto de desejo.
D
No final da narrativa, o sujeito entra em conjunção com o seu objeto de desejo, isto é, consegue conquistá-lo.
330963bb-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Marque a opção que explica, pela lógica do texto, o fato de a menina loura, menina 1, submeter-se ao que ela chama de “tortura chinesa” (linhas 23- 24), promovida pela colega, menina 2.

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
A menina 2 ser filha do dono de uma livraria que vendia livros infantis, e a menina 1 não ser.
B
A menina 2 ter o livro Reinações de Narizinho, e a menina 1 desejar lê-lo, mas não poder comprá-lo.
C
A menina 2 ser má, rica, egoísta e invejosa, e a menina 1 ser humilde, boa e pobre.
D
A menina 2 ter o livro Reinações de Narizinho, vendido na livraria de seu pai, e a menina 1 não querer comprá-lo.
3306548b-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as assertivas abaixo.

I - O adjetivo “crespos” (linha 2) tem como antônimo, no texto, o adjetivo “livres” (linha 16).
II - Dizer Informou-me casualmente que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato é o mesmo que dizer “Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato” (linhas 24-26).
III - O complemento do verbo aproveitar (“aproveitava”, linha 10) poderia ser explicitado pela expressão ter um pai dono de livraria.

Está correto o que se afirma

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
somente em II e III.
B
somente em I e II.
C
em I, II e III.
D
somente em I e III.
32fcde65-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere o que se diz sobre a estrutura do texto.

I - O texto tem três momentos bem delimitados: a apresentação de uma das personagens, com predominância de elementos descritivos; o núcleo dos acontecimentos, com predominância narrativa; o desfecho, com elementos narrativos e descritivos.
II - O texto é escrito em 1ª pessoa, por uma personagem-narradora que opta pela focalização onisciente dos fatos e dos sentimentos das outras personagens.
III - O tempo da história se desenrola linearmente, assinalado no discurso por marcadores temporais explícitos.

Está correto o que se diz em

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
I, II e III.
B
I e II apenas.
C
II e III apenas.
D
I e III apenas.
f4de06b4-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula

Considere o excerto abaixo e o que se diz sobre ele: Eu lhe ensinaria a palavra cica, e também a amar os bichos tristes, a anta e a pequena cutia; e o córrego; e a nuvem tangida pela viração. Em seguida, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que é dito nos itens abaixo sobre o excerto destacado.

( ) Anta e cutia funcionam como aposto, uma vez que enumeram ou especificam os bichos tristes.

( ) Os núcleos dos complementos do verbo amar são bichos, córrego e nuvem.

( ) Os dois sinais de ponto e vírgula empregados depois de cutia e córrego poderiam ser substituídos por vírgulas, sem prejuízo da clareza do enunciado.

( ) Em Eu lhe ensinaria a palavra cica, e também a amar os bichos, há uma quebra do paralelismo sintático que não empobrece a crônica.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

Imagem 002.jpg

A
V, V, F, F.
B
V, V, V, F.
C
V, V, F, V.
D
F, F, V, F.
f085151f-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

Indique a opção em que é explicitada, pelo uso do conectivo, a relação que se estabelece entre as duas orações do período seguinte — No meio da noite despertei sonhando com minha filha Rita.

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A
No meio da noite despertei, porque sonhava com minha filha Rita.
B
No meio da noite despertei, embora sonhasse com minha filha Rita.
C
No meio da noite despertei, quando sonhava com minha filha Rita.
D
No meio da noite despertei, portanto sonhava com minha filha Rita.
f2b1984a-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Observe o excerto do texto — ouvindo de seu pai o pouco, o nada que ele sabe das coisas, mas pegando dele seu jeito de amar — sério, quieto, devagar (linhas 22-25). Considere agora as afirmações que são feitas a seguir, a partir do excerto em tela.

I. Nesse trecho da narrativa, é introduzido um novo narrador.

II. No excerto, o enunciador refere-se a si mesmo na terceira pessoa.

III. A mudança da 1a para a 3a pessoa sugere distanciamento do narrador, minimizando assim sua responsabilidade pelo que é dito.

Está correto o que se afirma

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A
somente em II.
B
somente em I e III.
C
somente em II e III.
D
somente em I e II.
f7099e41-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual

O segundo parágrafo do texto é formado principalmente de imagens visuais e estáticas. Essa técnica aproxima a descrição

Imagem 002.jpg

A
da fotografia.
B
do cinema.
C
da dança.
D
da música.
e7c09bc3-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Leia atentamente a informação que vem a seguir:

Conta-se que, a pedido de Fernando Sabino, Rubem Braga fez a seguinte descrição de si mesmo: "Sempre escrevi para ser publicado no dia seguinte. Como o marido que tem que dormir com a esposa: pode estar achando gostoso, mas é uma obrigação. Sou uma máquina de escrever com algum uso, mas em bom estado de funcionamento".

Com base na informação anterior, analise as seguintes afirmações.

I. O que Rubem Braga diz em Sempre escrevi para ser publicado no dia seguinte está em consonância com o imediatismo e a transitoriedade do gênero crônica.

II. Rubem Braga constrói duas imagens — a do marido e a da máquina de escrever — para definir o escritor que vive de escrever crônicas. Por essas imagens, entende-se que o cronista se obriga a escrever em dias pré- determinados.

III. As imagens salientadas no item II também traduzem a insatisfação comum a todo cronista com o automatismo que domina seu trabalho e acaba prejudicando sua inspiração e seu estilo.

É correto o que se afirma

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A
apenas em I e II.
B
apenas em II e III.
C
apenas em I e III.
D
em I, II e III.
ee56fd2f-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Segundo o crítico Afrânio Coutinho, a marca registrada dos textos de Rubem Braga é a "crônica poética, na qual alia um estilo próprio a um intenso lirismo, provocado pelos acontecimentos cotidianos, pelas paisagens, pelos estados de alma, pelas pessoas, pela natureza". Consideremos que a crônica ?Rita? apresenta características de um poema em prosa, ou de uma prosa poética. Aponte o elemento do texto que NÃO sustenta essa aproximação.

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A
O ritmo mais acentuado do que o da prosa normal.
B
As assonâncias: reto/correto; amar/devagar; sério/quieto.
C
As imagens que expressam os sentimentos do enunciador.
D
Ênfase tanto na descrição física como na psicológica.
ec21ccbd-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Atentando para o que se explorou nas questões 6 e 8 e para o que o enunciador diz no último parágrafo, identifique a alternativa correta a respeito do que o texto sugere sobre Rita.

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A
Era uma filha muito amada que fizera uma longa viagem.
B
Era uma filha querida, que dele se afastou sem explicação.
C
Era uma filha que só existia nos anseios e na fantasia do enunciador.
D
Era uma criança adotada a quem o enunciador amou, como se fosse sua filha biológica.
e9ea9b6b-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a única alternativa que traz uma acepção da palavra sonho (linha 31) NÃO condizente com o sentido do texto.

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A
Conjunto de imagens, de pensamentos e fantasia que nos aparecem durante o sono.
B
Sequência de ideias, às vezes, soltas e incoerentes, às quais o espírito se entrega.
C
Coisa ou pessoa muito bonita, que encanta a todos.
D
Desejo vivo, intenso e constante; ânsia, aspiração, anseio.
e5859c83-a6
UECE 2010 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

Observe o que se diz sobre o emprego dos tempos verbais no texto 2 e escreva V ou F, conforme a afirmação seja verdadeira ou falsa.

( ) O emprego do pretérito imperfeito (via, linha 13) sugere que o enunciador teve uma visão duradoura da Rita. Essa visão durou enquanto durou o sonho e foi além do sonho.

( ) O acúmulo do gerúndio entre as linhas 21 e 25 confere às ações de Rita um caráter de coisa não acabada, de algo que dura. Esse caráter do gerúndio sugere que a presença de Rita na vida do enunciador é muito forte, indo as sensações experimentadas por sua visão além do sonho.

( ) A mudança para o futuro do pretérito do indicativo (linhas 26-28), tempo verbal que tem valor hipotético e caráter de antecipação imaginária, permite ao leitor questionar a existência real de Rita.

( ) No último parágrafo, o pretérito imperfeito do indicativo (sorria, linha 31) sugere a continuidade do sorriso de Rita numa situação irreal, o que nos leva a supor uma confusão entre o sonho e a realidade. Quanto ao pretérito perfeito do indicativo (teve, linha 32), por indicar uma ação conclusa, já observada depois de terminada, sugere a irreversibilidade da situação do enunciador em relação a essa filha.


Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

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A
V, F, F, V.
B
F, V, F, V.
C
F, F, V, V.
D
V, V, V, V.
e3511605-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos

Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma sobre Ferreira Gullar.

( ) Começa como poeta concretista, porém, discordando do movimento, afasta-se e cria o Neoconcretismo.

( ) A partir dos anos 60 faz uma poesia engajada social e politicamente.

( ) Sua poesia é marcada por uma consciência social e estética.

( ) Sua poesia tem, ainda, um forte componente romântico.

Está correta a seguinte sequência de cima para baixo:

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A
F, V, V, F.
B
V, V, V, F.
C
V, F, V, V.
D
F, V, F, V.
e1234744-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Atente ao que é dito abaixo sobre a segunda estrofe do poema.

I. Com pensar o pensado deve-se entender escrever sem inovações, usando clichês e frases feitas.

II. O verbo desaprender, em desaprender / de pensar o pensado, deve ser entendido como "esquecer", "deixar de fazer".

III. Com reinventar o certo pelo errado, o eu poético sugere que só se cria o novo quando se tem coragem de infringir as normas linguísticas consagradas.

Está correto o que se diz

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A
apenas em I e II.
B
apenas em II e III.
C
em I, II e III.
D
apenas em I e III.
dccac00f-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

O Texto 1 é um metapoema, isto é, um poema que questiona o próprio fazer poético. Nele predomina, portanto, a função metalinguística. Marque a única opção em que o verso (ou os versos) NÃO apresenta(m) por si só(s) marcas da metalinguagem.

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A
continuar fazendo (sem o saber)
fora de esquema meu poema
inesperado
(linhas 3 a 6)
B
e que eu possa
cada vez mais desaprender
de pensar o pensado
(linhas 7 a 9)
C
Que a sorte me livre do mercado (linha 1)
D
reinventar o certo pelo errado (linha 11)
da95a048-a6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a opção que indica a temática central do poema.

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A
O preço abusivo dos livros no mercado.
B
A indefinição entre o certo e o errado.
C
A relação do artista com o dinheiro.
D
O desejo de autonomia no fazer poético.