Questõessobre Parênteses

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PUC - SP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Uso das aspas, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No terceiro parágrafo do texto 3, são empregadas as seguinte notações especiais: itálico, aspas e parênteses. Indique, respectivamente, as finalidades de tais usos.

Texto I
Desafio da nossa época é lidar com a abundância
Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06

A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas. É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos. A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 

Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.

É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.

A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.

Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.

As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.

Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.

O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtm> Acesso em: 25 abr. 2018.



Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades

Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoeas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In: CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]

A
Explicitar autoria, introduzir fala e indicar ironia.
B
Assinalar título, fazer citação e apresentar explicação.
C
Demarcar citação, apontar autoria e revelar exemplificação.
D
Evidenciar título, externar explicação e sinalizar citação.
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UEMG 2019 - Português - Parênteses, Pontuação, Uso da Vírgula

Em relação ao emprego dos sinais de pontuação na construção do Texto 2, assinale a alternativa CORRETA:

TEXTO 2


   Pesquisa estuda relação entre alimentos e câncer nas redes sociais


      Artigo publicado no periódico inglês Future Science AO examina se as postagens em uma mídia social são modismo ou se há evidência científica quando o assunto é o câncer associado a alimentos funcionais.

      Uma das autoras do artigo, Claudia Jurberg, bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), explica que foram analisados alimentos funcionais relacionados ao câncer no Pinterest (rede social de compartilhamento de fotos) e se havia evidência científica ou não no portal de periódicos do PubMed, que é um motor de busca de livre acesso à base de dados MEDLINE de citações e resumos de artigos de investigação em biomedicina. O Pinterest foi a mídia de escolha porque está em franca ascensão no mundo e no Brasil.

      "Foram analisados 507 Pins, sendo 75 de alimentos associados ao câncer, compartilhados mais de 27 mil vezes, e encontramos mais de 80 mil artigos científicos sobre esses alimentos e câncer no PubMed. Em 90% dos alimentos mencionados como funcionais para o câncer, encontramos literatura científica. Os Pins são ideias que as pessoas encontram e salvam de toda a Web", esclarece a pesquisadora.

      Claudia informa que existem cerca de 50 bilhões de pins sobre comida no Pinterest, e que o objetivo principal era investigar a relação entre postagens sobre comida e câncer no Pinterest e as evidências científicas. "Surpreendentemente, 90% dos alimentos citados nessa mídia social também aparecem na literatura científica". No entanto, apesar desse paralelo entre conteúdo publicado em mídia social e evidência científica, a pesquisadora diz que não foi possível identificar a exata relação dos alimentos com o câncer: se previnem, curam ou tratam. [...]

Coordenação de Comunicação Social do CNPq. Ter, 21 Ago. 2018. Disponível em: http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/- /journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/6333171. Acesso: 11 dez. 2018. [Fragmento. Adaptado].

A
Em [...] “no Pinterest (rede social de compartilhamento de fotos)”, o uso dos parênteses se deve à necessidade do texto de separar o trecho que indica uma interrupção do pensamento da autora da pesquisa realizada.
B
Em “Artigo publicado no periódico inglês Future Science AO examina se as postagens em uma mídia social são modismo ou se há evidência científica quando o assunto é o câncer associado a alimentos funcionais”, não há vírgulas separando orações porque o período é composto por coordenação.
C
Em “Claudia informa que existem cerca de 50 bilhões de pins sobre comida no Pinterest, e que o objetivo principal era investigar a relação entre postagens sobre comida e câncer no Pinterest e as evidências científicas”, o uso da vírgula é facultativo já que as orações subordinadas coordenadas entre si se ligam pela conjunção “e”.
D
Em “‘Os Pins são ideias que as pessoas encontram e salvam de toda a Web’, esclarece a pesquisadora”, o uso da vírgula é obrigatório, uma vez que ela precede uma oração apositiva.
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PUC - SP 2015 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os parênteses empregados por Nadja Hermann, de acordo com a ordem em que aparecem do texto, têm a função de


A
assinalar o período em que Mill viveu e a fonte de onde foi retirada a citação.
B
discriminar a citação e a época em que o filósofo nasceu e morreu.
C
discernir quando e onde nasceu Stuart Mill.
D
indicar informações irrelevantes para um texto acadêmico.
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UCS 2015 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Pontuação

A citação do lema da empresa Google, “don’t be evil” (tradução livre: não seja malvado), na linha 17, entre parênteses, permite inferir que


A
o serviço Gmail foi o mais visado pela vigilância eletrônica do governo norte-americano.
B
a predileção da autora se dá por essa empresa em especial.
C
a autora explora a ironia, já que a menção às denúncias de Snowden evidencia o contrário.
D
a informação é importante para a argumentação usada pela autora.
E
reforça-se, via recurso explicativo, a discordância da empresa com a violação de privacidade dos cidadãos.
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PUC - Campinas 2015 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Uso das aspas, Pontuação, Morfologia - Pronomes

Toda criança ouve essa pergunta dezenas de vezes. Quase sempre há uma resposta, dada por ela mesma (bombeiro! piloto de fórmula 1! mágico! cantor!) ou pelos zelosos paizinhos (médico! engenheiro! advogado!). Ao que parece ninguém dá muita importância ao que se designa por “vocação”, do latim vocare, isto é, chamar: somos levados a exercer uma profissão para a qual fomos chamados. Vinda de fora ou de dentro de nós, essa “voz” nos leva a ser professores, músicos, atores, malabaristas – e até médicos e engenheiros, por que não?

No fragmento acima,


A
a coesão estabelecida na frase inicial por meio da palavra essa exemplifica o uso do pronome que remete a elemento do texto citado posteriormente.
B
os parênteses, nas duas ocorrências, acolhem respostas que merecem, todas, a estima do autor, quer pela espontaneidade com que são ditas, quer por sua concordância com o pensamento dele, como o denotam os sinais de exclamação.
C
o emprego das expressões Quase sempre e Ao que parece denota que as ideias a que se associam representam pensamentos usuais, que não são partilhados pelo autor.
D
a indagação por que não? é motivada pela expectativa de recusa às citadas profissões, expectativa criada anteriormente no texto, em especial pelo emprego da expressão zelosos paizinhos.
E
o emprego das aspas em “vocação” e o uso do tipo gráfico diferente na palavra vocare sinalizam, respectivamente, o sentido da palavra em português e o seu sentido em latim.
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UCB 2012 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Pontuação

Considerando o fragmento poético de João Cabral de Melo Neto, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.

O destaque gráfico da palavra “(fluía)” (verso 7) produz um efeito de sentido que é reforçado pelos parênteses.

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C
Certo
E
Errado