Questõesde UFT sobre Morfologia

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UFT 2019 - Português - Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia

Sobre os vocábulos: ''incomum'' e ''insegurança'', presentes no texto II, analise as afirmativas.


I. Nos vocábulos, o prefixo "in-" denota sentido de negação.

II. Os vocábulos passaram por derivação parassintética, com a anexação concomitante de afixos aos substantivos.

III. Os vocábulos são formados pelo processo de derivação, ou seja, quando se obtém uma palavra nova (derivada), pela anexação de afixos à palavra primitiva.

IV. Na formação dos vocábulos, ambos sofreram alterações em sua estrutura pelos prefixos, provocadas pelo fenômeno da assimilação.


Assinale a alternativa CORRETA.

Leia os textos I e II e responda a QUESTÃO.

Texto I



Texto II

  1. Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

    "Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica", afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. [...]

     O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares, quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda, intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade (às vezes, são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne), as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada. [...] 

      Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

     De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos, a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

     A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

     Se a pesquisa fosse feita hoje, a família da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condição. Com uma renda de R$ 360,00 mensais para três adultos e uma criança, ela se vê cotidianamente frente a decisões dramáticas: "Se eu pagar a prestação do apartamento ou a conta de água, não temos o que comer‖. [...]

     O fenômeno que acontece na casa da faxineira já havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em 2008, quando um terço dos titulares do Bolsa Família declaravam em pesquisa que a alimentação da família piorava durante as férias escolares. [...]     

     Marinalva não consegue emprego formal há quatro anos. Ela está muito longe de atingir a renda mínima familiar, estimada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em R$ 4.214,62, para suprir sem carências as necessidades com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a aproximadamente quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 998,00.


Fonte: IDOETA, Paula Adamo; SANCHES, Mariana. In: BBC News Brasil. 15 jul. 2019.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335.

Acesso em: 09 agost. 2019. (texto adaptado).

A
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
B
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
C
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
D
Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
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UFT 2018 - Português - Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia

Quanto aos aspectos gramaticais, negritados no texto, analise as afirmativas.


I. Em: “ilógica”, ocorre derivação prefixal, ou seja, à palavra lógica acrescentou-se o prefixo “i-”, indicando negação.

II. Em: “certamente”, o sufixo adverbial “-mente” é acrescentado à forma feminina do adjetivo, para exprimir circunstância de modo.

III. Em: “direito evidencial”, o elemento “evidencial” formou-se por derivação sufixal, resultando em um adjetivo.

IV. Em: “persuasão”, o sufixo “-ão” indica a noção de aumentativo.


Assinale a alternativa CORRETA.

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 
A
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
B
Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

C
Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
D
Todas as afirmativas estão corretas.
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UFT 2010 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia

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Considerando-se alguns aspectos gramaticais da língua portuguesa, podemos afirmar que:

A
Nas expressões verbais 'chamava-se‘/'se chamava‘ e 'tocando-se‘/'se tocam‘, o pronome se é empregado como objeto direto.
B
Em "(...) e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.", tem-se um erro de concordância que só é permitido dada a licença poética comum aos textos literários.
C
No enunciado "Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; estes eram gente temível e temida, respeitável e respeitada (...)", o uso do elemento estes refere-se aos meirinhos de hoje.
D
As palavras 'temível‘, 'temida‘, 'respeitável‘ e 'respeitada‘ são formadas por sufixos diferentes (–ável e –ada), mas os adjetivos resultantes da derivação têm o mesmo significado.
E
As palavras 'respeitável‘ e 'respeitada‘, embora sejam adjetivos com radical comum, não têm o mesmo significado. No contexto do texto, 'respeitável‘ é ter o respeito dos outros e 'respeitada‘ é ser digna de respeito.
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UFT 2010 - Português - Substantivos, Morfologia

No texto, a autora estabelece um jogo lexical com os vocábulos pacientemente, paciência, impaciente, pacientes e paciente. Assinale a alternativa CORRETA:

Leia o texto a seguir e responda às questões de 01 a 03.

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A
No fragmento "Se fôssemos julgar pelos comentários que pacientemente lemos nos jornais, o brasileiro seria o povo mais impaciente do mundo (...)", 'pacientemente‘ e 'impaciente‘ são advérbios de acordo a gramática normativa.
B
No fragmento "A impaciência é uma arma de destruição. A paciência... uma arma política.", 'paciência‘ e 'impaciência‘ pertencem à classe gramatical dos substantivos.
C
O vocábulo 'pacientemente‘ contém um prefixo e o vocábulo 'impaciente‘ contém um sufixo.
D
Pode-se substituir o uso do vocábulo 'pacientemente‘ por 'paciente‘ na oração ".... que com muita paciência construíram sua sabedoria e escreveram pacientemente suas palavras que nos chegam até hoje", sem transgredir a norma gramatical padrão.
E
Na sequência 'nossos discursos são impacientes, nossas exigências são impacientes, nossas necessidades são impacientes‘, o vocábulo 'impacientes‘ tem a função sintática de complemento nominal.
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UFT 2011 - Português - Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Morfologia

A respeito da apresentação das palavras =(in)cômodos‘ e =(di)versos‘, é CORRETO afirmar que:

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A
as partículas (in) e (di) são prefixos usados para alterar o sentido das palavras cômodos e versos.
B
o prefixo in- pode ser empregado na palavra cômodos quando esta tem um significado equivalente a calmo, tranquilo.
C
a partícula (in) é um prefixo de negação, que pode formar palavras como incômodo, infeliz e introvertido.
D
o radical da palavra diversos é versos, radical presente também na palavra versificar.
E
a partícula (di) na palavra =(di)versos‘ é um prefixo que indica dualidade, assim como ocorre na palavra dissílabo.