Questõesde IF Sudeste - MG sobre Português

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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O último parágrafo do texto é introduzido pelo segmento ''Mas não é só o menino...'' [linha 10], o qual indica: 

Leia o conto Peter Pan decide que só vai crescer depois que economia se estabilizar para responder às questão.




Disponível em:<https://catracalivre.com.br/geral/inusitado/indicacao/contos-de-fadas-modernos-ganham-versoes-comicas-nainternet/> . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado. 
A
uma consequência do primeiro parágrafo.uma comparação de situações expostas.
B
uma comparação de situações expostas.
C
uma oposição de local, tempo e situação.
D
uma indicação das causas dos fatos.
E
uma temporalidade entre contos de fadas.
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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação à tirinha, analise as proposições a seguir:


I. Pode-se dizer que, como o pai de Calvin não tem tempo para comparar tantas ofertas nos supermercados, ele se sente ansioso, irritado.
II. Pode-se dizer que o pai de Calvin perturbou tanto o ambiente do supermercado, ao reclamar em voz alta sobre os produtos, que o gerente teve de intervir.
III. Há, na tira, uma crítica velada ao consumismo que interfere na vida das pessoas, influenciando-as.


Marque a alternativa CORRETA.

Leia atentamente a tirinha a seguir para responder à questão.


 


Fonte: SARMENTO, Leila Lanar. Português: literatura, gramática, produção de texto. São Paulo: Moderna, 2010. 

A
Somente a proposição I é verdadeira.
B
Somente a proposição II é verdadeira.
C
Somente as proposições I e II são verdadeiras.
D
Somente as proposições II e III são verdadeiras.
E
Somente as proposições I, II e III são verdadeiras.
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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A respeito da tira, é CORRETO afirmar que:

Leia atentamente a tirinha a seguir para responder à questão.


 


Fonte: SARMENTO, Leila Lanar. Português: literatura, gramática, produção de texto. São Paulo: Moderna, 2010. 

A
O quadrinista, por meio da fala do pai de Calvin, no 1º quadrinho, critica a quantidade de marcas de um mesmo produto.
B

O quadrinista, por meio da fala do pai de Calvin, no 1º quadrinho, mostra como o consumidor fica satisfeito com as diversas opções dadas pelos supermercados.

C
O quadrinista, por meio da fala do pai de Calvin, no 2º quadrinho, mostra como as pessoas se preocupam em comparar os produtos nos supermercados.
D
O quadrinista, por meio da fala do pai de Calvin, no 3º quadrinho, critica a falta de tempo para ir aos supermercados durante alguns dias da semana.
E
O quadrinista, por meio da fala do pai de Calvin, no 3º quadrinho, tem como objetivo realçar a falta de paciência dos homens para irem aos supermercados.
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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A crônica é um texto ligeiro, de interpretação imediatista, com flagrantes do cotidiano, que teve sua explosão editorial no chamado pós-modernismo. A partir dessa interpretação e a respeito da crônica de Lourenço Diaféria, é CORRETO afirmar:

Leia a crônica Já não fazem pais como antigamente para responder à questão.



DIAFÉRIA, Lourenço. Já não se fazem pais como antigamente. In: VERÍSSIMO, Luís Fernando et al. Para gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 2002. Adaptado.

A
é altamente intimista, vasculhando o âmago das personagens naturalmente.
B
fala frequentemente de acontecimentos surpreendentes para banalizá-los.
C
opera na área da memória, da análise sensorial e do sonho comparativo.
D
elabora com astúcia o cotidiano em busca de seu significado oculto.
E
é uma narrativa condensada e predominantemente regionalista.
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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com a leitura do texto acima, é CORRETO inferir que o segundo parágrafo em relação ao primeiro:

Leia o conto Peter Pan decide que só vai crescer depois que economia se estabilizar para responder às questão.




Disponível em:<https://catracalivre.com.br/geral/inusitado/indicacao/contos-de-fadas-modernos-ganham-versoes-comicas-nainternet/> . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado. 
A
explicita os problemas graves da economia.
B
indica que os atos cometidos eram negativos.
C
esclarece a razão da vinda de especialistas.
D
comprova as afirmativas da introdução.
E
mostra a consequência dos fatos relatados.
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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao analisar a frase ―Tudo ficou mais caro‖ [linha 8], percebe-se que o conteúdo exposto indica um(a):

Leia o conto Peter Pan decide que só vai crescer depois que economia se estabilizar para responder às questão.




Disponível em:<https://catracalivre.com.br/geral/inusitado/indicacao/contos-de-fadas-modernos-ganham-versoes-comicas-nainternet/> . Acesso em: 30 ago. 2017. Adaptado. 
A
causa
B
modo
C
consequência
D
explicação
E
comparação
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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

No excerto "A mãe pediu paciência, no dia seguinte viriam os técnicos para instalar o aparelho" [linhas 6 e 7], a estrutura oracional em destaque se apresenta reescrita na sua forma desenvolvida em:

Leia a crônica Já não fazem pais como antigamente para responder à questão.



DIAFÉRIA, Lourenço. Já não se fazem pais como antigamente. In: VERÍSSIMO, Luís Fernando et al. Para gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 2002. Adaptado.

A
a fim de que instale o aparelho.
B
visto que instale o aparelho.
C
à medida que instale o aparelho.
D

mesmo que instale o aparelho.

E
caso instale o aparelho.
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IF Sudeste - MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com a leitura do texto de Lourenço Diaféria, analise as afirmativas:

I. A analogia existente entre o título do texto e o desenrolar da narrativa ratifica a ironia presente.
II. A figura paterna precisa ser remodelada para que os filhos não se sintam tão sozinhos.
III. É nítida a inferência da dual carência da figura masculina na família apresentada pelo texto.
IV. É perceptível na crônica a figurativização do tema da falta da figura paterna na família.


Assinale a alternativa CORRETA.

Leia a crônica Já não fazem pais como antigamente para responder à questão.



DIAFÉRIA, Lourenço. Já não se fazem pais como antigamente. In: VERÍSSIMO, Luís Fernando et al. Para gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 2002. Adaptado.

A
Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
E
Todas as afirmativas são verdadeiras.
9ddd5237-b5
IF Sudeste - MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No quarto parágrafo, o autor apresenta o princípio da “serialidade”. Conforme esse conceito,

I – cada pessoa vive isoladamente, não constituindo, portanto, uma consciência coletiva.

II – os indivíduos deslocam-se como seres coisificados, produtos do capitalismo.

III – não existe identificação social, mas sim realidades fragmentadas e desconexas.

IV – os indivíduos serializados formam a base de um grupo social coeso e integrativo.

Assinale a alternativa CORRETA

Leia com atenção o fragmento do artigo “A rebelião, a cidade e a consciência”, de Mauro Luis Iasi, e responda à questão.

IASI, Mauro Luis. A rebelião, a cidade e a consciência. In: MARICATO, Ermínia et al. (Orgs.). Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo: Carta Maior, 2013. Adaptado

A
Apenas a afirmativa II é verdadeira.
B
Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
C
Apenas a afirmativa IV é verdadeira.
D
Todas as afirmativas são falsas.
E
Todas as afirmativas são verdadeiras.
9dd1aafb-b5
IF Sudeste - MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No conto de Moacyr Scliar, a omissão e a passividade do cidadão diante da desordem social que lhe rodeia e a imobilidade que lhe aprisiona sintetizam-se nas seguintes características textuais:

Leia o conto “No Retiro da Figueira”, do escritor Moacyr Scliar, e responda à questão

SCLIAR, Moacyr. No Retiro da Figueira. Contos contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005. p. 76. Adaptado. 

A
a ausência de nomes próprios.
B
a narração em primeira pessoa.
C
o predomínio do tempo pretérito.
D
a presença do discurso indireto livre.
E
o uso de termos coloquiais.
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IF Sudeste - MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sabe-se que o mal-estar desencadeado pela criminalidade e a sensação de caos gerada nos centros urbanos levam muitas pessoas a almejarem a segurança dos condomínios fechados. A respeito disso, é CORRETO afirmar que Moacyr Scliar critica:

Leia o conto “No Retiro da Figueira”, do escritor Moacyr Scliar, e responda à questão

SCLIAR, Moacyr. No Retiro da Figueira. Contos contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005. p. 76. Adaptado. 

A
o caráter incontestável e manipulador dos panfletos publicitários.
B
a alienação do indivíduo sobre a realidade social.
C
o desgaste psicológico gerado pela manipulação midiática.
D
a culpabilidade da ignorância da personagem feminina.
E
o estilo de vida violento oriundo das aglomerações de acesso restrito.
9dd5baa4-b5
IF Sudeste - MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Conforme o artigo de Mauro Luis Iasi, divulgado pela Carta Maior, podemos afirmar que o seu conceito de cidade compreende:

I – a constituição operacionalizada e transformadora do espaço geográfico.

II – um espaço no qual predominam forças homogeneizadoras e inclusivas.

III – a ressignificação e apropriação do território físico pelas relações sociais.

IV – um lugar em que coexistem forças antagônicas invisíveis e pungentes.

Assinale a alternativa CORRETA.

Leia com atenção o fragmento do artigo “A rebelião, a cidade e a consciência”, de Mauro Luis Iasi, e responda à questão.

IASI, Mauro Luis. A rebelião, a cidade e a consciência. In: MARICATO, Ermínia et al. (Orgs.). Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo: Carta Maior, 2013. Adaptado

A
Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras
C
Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
D
Todas as afirmativas são verdadeiras.
E
Todas as afirmativas são falsas.
9dd9df38-b5
IF Sudeste - MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto “A rebelião, a cidade e a consciência”, pode-se concluir que nas cidades:

( ) sobressaem as individualidades em detrimento de uma coletividade consciente e proativa.

( ) os indivíduos retêm, subjugados pela ordem vigente, a sua lógica social como inalterável.

( ) as contrariedades fundem-se em redes simbólicas de ordem e repressão, mas também de desassossego e luta.

Analise as proposições acima, coloque V para as verdadeiras e F para as falsas e marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

Leia com atenção o fragmento do artigo “A rebelião, a cidade e a consciência”, de Mauro Luis Iasi, e responda à questão.

IASI, Mauro Luis. A rebelião, a cidade e a consciência. In: MARICATO, Ermínia et al. (Orgs.). Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo: Carta Maior, 2013. Adaptado

A
V-F-V
B
V-V-F
C
F-F-F
D
V-F-F
E
V-V-V
9dca78a1-b5
IF Sudeste - MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A respeito do conto “No Retiro da Figueira”, marque a resposta CORRETA.

Leia o conto “No Retiro da Figueira”, do escritor Moacyr Scliar, e responda à questão

SCLIAR, Moacyr. No Retiro da Figueira. Contos contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005. p. 76. Adaptado. 

A
No texto de Moacyr Scliar, o narrador-observador narra os fatos decorridos com neutralidade e caracteriza os personagens com imparcialidade, como é possível observar nas linhas 11, 12 e 13: “Aliás, quem nos recebeu naquela visita, e na seguinte, foi o chefe dele, um senhor tão inteligente e culto que logo pensei: ‘ah, mas ele deve ser formado em alguma universidade’”.
B
Assustado com os acontecimentos inesperados e decepcionado com a ilusória segurança que o condomínio prometeu à sua família, o narrador-personagem reconhece, no final do conto, que a promessa de felicidade divulgada no prospecto publicitário era passível de desconfiança: “sempre achei que era bom demais”. (linha 79)
C
No fragmento, “Naquela semana, descobri que o prospecto tinha sido enviado a uma quantidade limitada de pessoas. Na minha firma, por exemplo, só eu o tinha recebido” (linhas 31 e 32), subtende-se que o desfecho da narrativa se dá a ermo, isto é, não se origina devido a uma condição precedente.
D
De acordo com o trecho “O primeiro mês decorreu – tal como prometido no prospecto – num clima de sonho. De sonho, mesmo” (linhas 42 e 43), nota-se que a esperança de uma vida paradisíaca e resguardada das ameaças que atingem os centros urbanos concretiza-se no decorrer cronológico da narrativa.
E
No conto “No Retiro da Figueira”, Moacyr Scliar utiliza, majoritariamente, a primeira pessoa do singular, a fim de conferir maior veracidade aos fatos narrados. É o que podemos observar no seguinte excerto: “Reunimo-nos de novo no salão de festas, uns resmungando que era segundafeira, dia de trabalho”. (linha 57)
a7ebb650-b6
IF Sudeste - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o seguinte fragmento de O filho eterno, de Cristovão Tezza:

É, talvez, ele refletirá logo depois, ainda em pânico, dando corda à sua rara vocação dramática, que agora lhe toma por inteiro, a pior sensação imaginável na vida – quase a mesma sensação terrível do momento em que o filho se revelou ao mundo, da qual ele jamais se recuperará completamente, repete-se agora ao espelho, com intensidade semelhante, mas não se trata mais do acaso.

TEZZA, Cristovão. O filho eterno. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 94.

Marque a alternativa CORRETA que expressa o momento no qual o narrador descobre a dependência que sentia pelo filho.

A
Quando Felipe é acometido por uma grave doença.
B
Quando Felipe sai de casa e se perde.
C
Quando Felipe entra para a escola.
D
Quando Felipe vai morar com os avós.
E
Quando Felipe falece.
a7e809bb-b6
IF Sudeste - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o poema e as afirmativas a seguir.

O filho do século


Nunca mais andarei de bicicleta

Nem conversarei no portão

Com meninas de cabelos cacheados

Adeus valsa "Danúbio Azul"

Adeus tardes preguiçosas

Adeus cheiros do mundo sambas

Adeus puro amor

Atirei ao fogo a medalhinha da Virgem

Não tenho forças para gritar um grande grito

Cairei no chão do século vinte

Aguardem-me lá fora

As multidões famintas justiceiras

Sujeitos com gases venenosos

É a hora das barricadas

É a hora da fuzilamento, da raiva maior

Os vivos pedem vingança

Os mortos minerais vegetais pedem vingança

É a hora do protesto geral

É a hora dos vôos destruidores

É a hora das barricadas, dos fuzilamentos

Fomes desejos ânsias sonhos perdidos, M

Misérias de todos os países uni-vos

Fogem a galope os anjos-aviões

Carregando o cálice da esperança

Tempo espaço firmes porque me abandonastes.


MENDES, Murilo. O Visionário. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 239-240.


I. Pode-se dizer que o poema apresenta dois momentos distintos: o primeiro se refere à época anterior à chegada do novo século e o segundo, ao século XX.

II. Todas as situações mencionadas no poema evocam um mundo em que a vida é simples e prazerosa, parecendo ser proveniente da inocência e da ingenuidade.

III. O novo século é caracterizado ao longo do poema pela dor, pelo sofrimento, pela violência e pela morte e desmonta-se em cenas de desesperança.

IV. No verso “Atirei ao fogo a medalhinha da Virgem” representa-se a descrença espiritual ou o abandono da religião, já que a fé de nada adianta, considerando a realidade que se impõe.


Marque a alternativa CORRETA:

A
Somente as afirmativas I e II estão corretas.
B
Somente as afirmativas II e III estão corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
D
Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
E
Somente a afirmativa IV está correta.
a7da27df-b6
IF Sudeste - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia atentamente o poema a seguir.

TRISTE HORIZONTE

Por que não vais a Belo Horizonte? a saudade cicia
e continua branda: Volta lá.
Tudo é belo e cantante na coleção de perfumes
das avenidas que levam ao amor,
nos espelhos de luz e penumbra onde se projetam
os puros jogos de viver.
Anda! Volta lá, volta já.

E eu respondo, carrancudo: Não.
Não voltarei para ver o que não merece ser visto,
o que merece ser esquecido, se revogado não pode ser.
Não o passado cor-de-cores fantásticas,
Belo Horizonte sorrindo púbere núbil sensual sem malícia,
lugar de ler os clássicos e amar as artes novas,
lugar muito especial pela graça do clima
e pelo gosto, que não tem preço,
de falar mal do Governo no lendário Bar do Ponto.
Cidade aberta aos estudantes do mundo inteiro, inclusive Alagoas,
"maravilha de milhares de brilhos vidrilhos"
mariodeandrademente celebrada.
Não, Mário, Belo Horizonte não era uma tolice como as outras.
Era uma provinciana saudável, de carnes leves pesseguíneas.
Era um remanso, era um remanso
para fugir às partes agitadas do Brasil
sorrindo do Rio de Janeiro e de São Paulo: tão prafentrex, as duas!
e nós lá: macio-amesendados
na calma e na verde brisa irônica. . .

Esquecer, quero esquecer é a brutal Belo Horizonte
que se empavonava sobre o corpo crucificado da primeira.
Quero não saber da traição de seus santos.
Eles a protegiam, agora protegem-se a si mesmos.
São José, no centro mesmo da cidade, explora estacionamento de automóveis.
São José dendroclasta não deixa de pé sequer um pé-de-pau
onde amarrar o burrinho numa parada no caminho do Egito.
São José vai entrar feio no comércio de imóveis,
vendendo seus jardins reservados a Deus.
São Pedro instala supermercado.
Nossa Senhora das Dores,
amizade da gente na Floresta,
(vi crescer sua igreja à sombra do Padre Artur)
abre caderneta de poupança,
lojas de acessórios para carros,
papelaria, aviários, pães-de-queijo.

Terão endoidecido esses meus santos
e a dolorida mãe de Deus?
Ou foi em nome deles que pastores
deixam de pastorear para faturar?
Não escutem a voz de Jeremias
(e é o Senhor que fala por sua boa de vergasta):
"Eu vos introduzi numa terra fértil,
e depois de lá entrardes a profanastes.
Ai dos pastores que perdem e despedaçam
o rebanho de minha pastagem!
Eis que os visitarei para castigar a esperteza de seus desígnios".

Fujo
da ignóbil visão de tendas obstruindo as alamedas do Senhor.
Tento fugir da própria cidade, reconfortar-me
em seu austero píncaro serrano.
De lá verei uma longínqua, purificada Belo Horizonte
sem escutar os rumos dos negócios abafando a litania dos fiéis.
Lá o imenso azul desenha ainda as mensagens
de esperança nos homens pacificados - os doces mineiros
que teimam em existir no caos e no tráfico.
Em vão tento a escalada.
Cassetetes e revólveres me barram
a subida que era alegria dominical de minha gente.
Proibido escalar. Proibido sentir
o ar de liberdade destes cimos,
proibido viver a selvagem intimidade destas pedras
que se vão desfazendo em forma de dinheiro.
Esta serra tem dono. Não mais a natureza
a governa. Desfaz-se, com o minério
uma antiga aliança , um rito da cidade. Desiste ou leva bala. Encurralado todos,
a Serra do Curral, os moradores
cá embaixo. Jeremias me avisa:
"Foi assolada toda a serra; de improviso
derrubaram minhas tendas, abateram meus pavilhões.
Vi os montes, e eis que tremiam.
E todos os outeiros estremeciam.
Olhei a terra, e eis que estava vazia,
sem nada nada nada".

Sossega minha saudade. Não me cicies outra vez
o impróprio convite.
Não quero mais, não quero ver-te,
meu Triste Horizonte e destroçado amor.

ANDRADE, Carlos Drummond de. “Triste horizonte”. In: Estado de Minas, 2o caderno, p. 1, 15 ago. 1976.

Em relação ao poema, analise as assertivas a seguir.

I. Carlos Drummond de Andrade lamenta as perdas sofridas e anseia esquecer as discrepâncias entre a cidade de que se lembra afetivamente e a que se ergue diante de seu olhar.
II. Pode-se dizer que o pacato e o efêmero, a tradição e a modernidade são contradições que foram registradas por Carlos Drummond de Andrade.
III. O receio de Carlos Drummond de Andrade em retornar a Belo Horizonte se relaciona à inconformidade com as transformações que atravessaram a cidade.
IV. Carlos Drummond de Andrade demonstra um receio de aceitar o convite de seu alterego de retornar à cidade de Belo Horizonte.

Marque a alternativa CORRETA.

A
Somente as alternativas I e II estão corretas.
B
Somente as alternativas II e III estão corretas.
C
Somente as alternativas III e IV estão corretas.
D
Somente a alternativa III está correta.
E
Somente as alternativas I, II e III estão corretas.
a7e4e846-b6
IF Sudeste - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o excerto a seguir.


O grande e o pequeno

    Todo o caso de amor tem sempre um grande e um pequeno. Essa não é uma ideia original, apenas uma adaptação da frase: “a chaque deux amoureux il y a toujours celui que aime et celui que se laisse aimer”. O pequeno ama, o grande se deixa amar, o grande fala, o pequeno escuta, o grande discorda, o pequeno concorda, o pequeno se preocupa, o grande divaga, o grande se atrasa, o pequeno se antecipa, o pequeno teme, o grande ameaça, o grande pede, ou nem precisa pedir, e o pequeno já está fazendo.

    Às vezes o grande é um homem, às vezes é uma mulher. O grande pode ser o mais bonito e pode não ser. O pequeno pode ser o mais sensível, mas nem sempre é assim. Muitas vezes o grande é o mais esperto mas o pequeno também pode ser espertíssimo. Depende do caso. Ninguém descobriu até hoje nenhuma regra que permita determinar quem é o grande e quem é o pequeno de um casal. É necessária uma observação um pouco mais atenta. Numa festa, por exemplo, não é difícil identificar qual é qual. Geralmente o pequeno está torcendo para que a festa seja boa, principalmente se foi ele que sugeriu o programa. O grande se comportará de maneira mais blasé até se deixar embriagar pela música, pela bebida ou pelo ambiente, quando então ficará muito, mas muito mais entusiasmado do que o pequeno. O grande não se preocupa em conhecer pessoas, as pessoas é que sempre se aproximam dele, pelo menos na concepção do pequeno, mas mesmo que o pequeno atraia qualquer atenção, o fato vai passar desapercebido pelo grande. O pequeno evita o silêncio porque tem certeza de que a culpa é dele. Por isso tem sempre guardados na cabeça assuntos vários que possam ser úteis em diversas ocasiões. Mas se preocupa sempre em encaixá-los no momento mais apropriado, com cuidado, claro, para não perder a espontaneidade.

   A  calça nova do pequeno dificilmente lhe cai tão bem quanto a do grande, assim como o cabelo do grande sempre está melhor do que o pequeno, ainda que o resto do mundo pense exatamente o contrário. Mesmo que o pequeno dance bem, o grande sempre dançará melhor. O grande não é bom de decorar letras de músicas mas o pequeno sabe muitas decoradas, principalmente as mais românticas. O pequeno geralmente se comove com a lua calado enquanto o grande aponta, olha só que lua. No final da festa é sempre o pequeno que quer ir embora, a não ser que a festa seja ruim, neste caso o grande quis e eles já foram há muito tempo. Na saída, o pequeno sempre tem uma promessa nervosa e oculta para o resto da noite enquanto o grande se despede dos amigos displicentemente. Em casa, o pequeno faz tudo pra agradar, é macho, é gueixa, é incansável, e, se tocar o coração do grande, ainda deve comemorar com mais uma dose antes de cair no sono. No dia seguinte o pequeno estará inevitavelmente preocupado: será que eu fiz tudo certo? Será que eu devia ter dito aquilo? Por que será que toda vez sou eu que beijo primeiro? E provavelmente vai procurar o grande urgentemente apesar de ter se prometido que jamais faria isso.

    Não precisa nem ser um caso de amor. Mesmo entre dois irmãos, dois amigos, dois o que seja, sempre haverá um que quer mais e outro que quer menos, o generoso e o pedinte, o fascinante e o fascinado. O grande e o pequeno podem ser de qualquer espécie, inclusive bichos, com exceção dos gatos que são todos grandes.


FALCÃO, Adriana. O doido da garrafa. São Paulo: Planeta, 2003, p. 11-13.


Em relação ao excerto, marque a alternativa CORRETA. 

A
O assunto tratado no texto é o fato de, em alguns casos amorosos, existir um que “domina” e outro que se submete à vontade do primeiro, sendo, portanto, também um dominador.
B
Os adjetivos grande e pequeno são utilizados pela autora para representar o tipo de comportamento adotado pelo casal.
C
O grande do relacionamento é aquele que ama, que ouve, que concorda, que teme, que antecipa os desejos do parceiro.
D
O pequeno do relacionamento é aquele que é amado, que fala, que discorda, que ameaça, que pede e recebe.
E
A autora pretende claramente demonstrar que a caracterização de alguém como grande ou pequeno depende do gênero masculino ou feminino. 
a7e136fc-b6
IF Sudeste - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto que se segue:

Dialogando com o público leitor

– Boa tarde, o senhor me desculpe eu estar interrompendo sua leitura, mas é só um minutinho.
– Ah, pois não.
– É o seguinte, não é o senhor que é o escritor? O menino ali me disse que o senhor é o escritor.
– Bem, não sei se sou o escritor. Mas sou um escritor, sou, sim.
– Madalena, venha cá, é ele! Madalena! Chame Rosalvo e os meninos, é ele?
– O que foi que houve?
– Madalena é minha esposa, ela estava com vergonha de perguntar se era o senhor mesmo o escritor.
Ela me disse que já tinha ouvido muito falar no senhor. E Rosalvo é meu cunhado, que conhece sua obra, é gente boa.
– Sim, eu...
– Não vou interromper nada, pode ficar descansado, o senhor pode continuar com sua leitura.
– Eu...
– Madalena, é ele mesmo! Você tinha razão, é ele. É boa gente, você sabe? Estamos aqui numa prosa ótima, ele é a simplicidade em pessoa. Olha aí, Rosalvo, é ele. Pode sentar, rapaz, ele não morde, háhá!
– Muito prazer, dá licença.
– Eu...
– Meu nome é Rosalvo Luiz da Anunciação Pereira, mas eu costumo assinar apenas Anunciação Pereira.
– Ah, sim, interessante.
– Admiro muito sua obra, O Sargento de Milícias.
– Mas não fui eu quem escreveu esse, foi outro. Bem que podia ter sido eu, mas não fui eu.
– Ah, então o senhor não é autor do “Sargento”?
– Sou, mas de outro sargento, o Sargento Getúlio.

RIBEIRO, João Ubaldo. Contos e crônicas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 59-63.

Assinale a alternativa CORRETA em relação ao texto lido.

A
A confusão provavelmente aconteceu por conta da ocorrência do termo sargento nos títulos de Memórias de um sargento de milícias e Sargento Getúlio.
B
Fica evidenciado, ao longo do fragmento, que João Ubaldo Ribeiro escreveu Memórias de um sargento de milícias.
C
João Ubaldo Ribeiro pretende ressaltar que ele não é o escritor a quem seu interlocutor se refere, mas gostaria de sê-lo.
D
João Ubaldo Ribeiro afirma ser “um escritor”, porque não se considera um bom profissional em sua área.
E
João Ubaldo Ribeiro não afirma ser “o escritor”, visto que considera Sargento Getúlio um de seus piores romances. 
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IF Sudeste - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia atentamente a tirinha e as afirmativas a seguir.


WALKER, Greg Mort. Recruta Zero. O Estado de São Paulo. São Paulo, 11 mar. 2010 


I. O uso do termo para determinar salva-vidas em oposição àquele utilizado por Quindim contribui para a construção do efeito de humor da tira.

II. O jogo linguístico de que fazem uso na tira só se concretiza pela exploração das diferentes funções dos artigos indefinido e definido.

III. A jovem da tira não está interessada em Quindim, visto que já conta com o próprio namorado para salvá-la.


Marque a alternativa CORRETA:

A
As afirmativas I, II e III estão corretas.
B
Somente as afirmativas I e II estão corretas.
C
Somente as afirmativas II e III estão corretas.
D
Somente a afirmativa I está correta.
E
Somente a afirmativa III está correta.