Questõesde IF-PE sobre Português

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IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise os fragmentos que seguem e assinale a alternativa em que predomina a linguagem coloquial.

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
“[...] o que mais um leitor poderia querer de um livro?” (1º parágrafo)
B
“Mas Lewis não parou por aí.” (1º parágrafo)
C
“Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos [...]” (3º parágrafo)
D
“Entretanto, há um elemento comum em todos os livros [...]” (3º parágrafo)
E
“[...] todos apresentam características que os tornam originais e clássicos [...]” (5º parágrafo)
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IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

No contexto em que foi empregada, a palavra “camuflada” (segunda linha do 4º parágrafo) estabelece relação de antonímia com

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
ocultada.
B
disfarçada.
C
revelada.
D
dissimulada.
E
envolta.
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IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Preposições, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

TEXTO 2

As assertivas a seguir se referem aos TEXTOS 1 e 2. Analise-as

I. O TEXTO 2 remete explicitamente ao objeto temático do TEXTO 1 – “As Crônicas de Nárnia”. Assim, considerando-se o título do livro “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” (1º parágrafo do TEXTO 1), verifica-se que, no TEXTO 2, a referência à obra de Lewis é feita também por elementos não verbais.

II. Entre os dois períodos do TEXTO 2 há uma relação semântica de causa e consequência. Situação semelhante ocorre em “Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos [...].” (5º parágrafo do TEXTO 1).

III. Em “Estou indo para Nárnia!” (TEXTO 2), a preposição “para” indica que a personagem irá permanentemente para lá, ao passo que “Estou indo a Nárnia!” expressa a ideia de que a ida não é definitiva, ou seja, pressupõe-se a intenção de que haja uma volta.

IV. Em “Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis.” (2º parágrafo do TEXTO 1), verifica-se um desrespeito à regência verbal. Segundo a norma culta, deveria ser “Lewis conduz à terra de Nárnia [...]”.

V. Com base nas informações contidas no TEXTO 1, é possível se inferir que, no TEXTO 2, a personagem sente-se insatisfeita com a realidade do mundo em que está inserida. Por essa razão, está fugindo para Nárnia, um lugar mágico e original.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
II e IV.
B
I e V.
C
II, III e IV.
D
III, IV e V.
E
I, III e V.
cbcf0b74-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Com relação aos tipos textuais, em VILAREJO, predominam sequências tipológicas

TEXTO 3

VILAREJO

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão

Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas cal

Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonhos semeando o mundo real
Toda a gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas pão

Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos
Os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes
A
argumentativas.
B
injuntivas.
C
descritivas.
D
expositivas.
E
narrativas.
cbd2402c-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Figuras de Linguagem, Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos recursos de estilo no TEXTO 3, analise as afirmativas abaixo.

I. Os compositores optaram por empregar uma linguagem predominantemente denotativa, impessoal, o que comunga com o gênero em que se enquadra o TEXTO 3.

II. A seleção vocabular em pares como “varanda/descansa”, “fartos/fortes” e “sonhos/semeando” revela o emprego de figuras como aliteração e assonância, o que contribui para a sonoridade do texto.

III. No verso “Sonhos semeando o mundo real”, infere-se que os sonhos não se contrapõem à realidade; eles são importantes para a construção de um mundo mais justo.

IV. Uma interpretação possível para o TEXTO 3 é a de que o “Vilarejo” é uma metáfora de um lugar onde existam segurança e igualdade social.

V. Levando-se em consideração que o sufixo da palavra “Vilarejo” expressa uma ideia de pequeno tamanho, é um equívoco que nesse lugar não haja exclusão – “Toda a gente cabe lá”.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

TEXTO 3

VILAREJO

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão

Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas cal

Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonhos semeando o mundo real
Toda a gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas pão

Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos
Os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes
A
III e IV.
B
I, II e V.
C
I, II e IV.
D
II, III e IV.
E
I e V.
cbd55f86-cb
IF-PE 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Advérbios, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Sintaxe, Morfologia

Acerca de gêneros textuais, classes de palavras e termos da oração, assinale a alternativa CORRETA em relação ao TEXTO 4.

TEXTO 4

Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma festa

onde o homem não mate

nem bicho nem homem

e deixe em paz

as árvores da floresta.


Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma dança

e mesmo as pessoas mais graves

tenham no rosto um olhar de criança.

MURRAY, Roseana. Disponível em https://www.orelhadelivro.com.br/livros 

A
Nos versos “onde a vida seja sempre uma festa” e “onde a vida seja sempre uma dança”, os termos em destaque exercem a função de predicativos do sujeito “vida”.
B
m “onde a vida seja sempre uma festa”, o advérbio “sempre” expressa intensidade em relação à festa em que a vida se tornará.
C
Em “as árvores da floresta” e em “tenham no rosto um olhar de criança”, os termos sublinhados desempenham a função de complementos nominais. 
D
No verso “nem bicho nem homem” são explicitados os termos sujeitos do verbo “matar”, presente no terceiro verso da primeira estrofe.
E
O verso “Procura-se algum lugar no planeta” está na voz passiva, estrutura comum ao gênero do TEXTO 4 – anúncio classificado, comumente veiculado em jornais, com o objetivo de se realizar venda, aluguel ou troca de algo.
cbbd9031-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise alguns fragmentos do TEXTO 1 e marque a alternativa que contém uma afirmação VERDADEIRA.

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
Em “Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é [...]” (1º parágrafo), o pronome destacado tem a função de retomar o trecho sublinhado.
B
Em “O livro que tem tudo isso é ‘O leão, a feiticeira e o guarda-roupa’, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis.” (1º parágrafo), o emprego da vírgula, nas duas situações, se deve à mesma razão: separa termos de uma mesma função sintática.
C
Em “‘As Crônicas de Nárnia’ é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas [...]” (2º parágrafo), há inadequações na concordância das palavras em destaque. Conforme a norma culta, deveria ser “são”, concordando com “Crônicas”, e “abrange”, combinando com “conjunto”.
D
Em “São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.” (3º parágrafo), o sujeito das formas verbais sublinhadas é o mesmo, o que pode ser comprovado pela adequada concordância verbal.
E
Em todo o quarto parágrafo, o autor focaliza o enredo de intrigas já anunciado no início do texto – “[...] batalhas épicas entre o bem e o mal”. O emprego de palavras como “oposição”, “conflitos” e “contrastes” comprova isso, embora, no quinto parágrafo, o autor mostre que os personagens são semelhantes entre si.
cbb8a771-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando-se o gênero do TEXTO 1 e sua pretensão comunicativa, assinale a alternativa CORRETA.

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
Devido à visível impessoalidade e à predominância de sequências narrativas, trata-se de uma notícia que apresenta tempo, espaço e personagens envolvidos no acontecimento abordado.
B
Por ser um artigo de opinião, a intenção do autor foi, prioritariamente, defender seu ponto de vista sobre a obra de Clive Staples Lewis, o que já fica evidente no primeiro parágrafo.
C
É uma carta do leitor, uma vez que o autor leu o conjunto de histórias de Clive Staples Lewis e emitiu um julgamento, visando à publicação de seu texto em um jornal de grande circulação.
D
Tendo em vista as características predominantes, é um relato, por meio do qual o interlocutor passa a conhecer tanto as histórias de Nárnia, quanto a experiência de Victor Lima ao lê-las
E
Trata-se de uma resenha, cujo objetivo foi apresentar, de forma sintetizada, o conjunto de histórias “As Crônicas de Nárnia”, de modo a estimular o interlocutor à leitura da obra.
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O TEXTO 5 é literário e, portanto, possui uma linguagem carregada de significados, possibilitada pelo uso de figuras de linguagem e outras estratégias. Considerando isso, analise as proposições a seguir e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.


I. No terceiro verso da primeira estrofe do TEXTO 5, percebemos a inserção do poeta quando ele dá seu próprio nome ao eu-lírico.

II. A terceira estrofe do TEXTO 5 revela a massificação das pessoas, refletida no transporte que “passa cheio de pernas”. Neste mesmo verso, o poeta faz uso de metonímia ao trocar “pessoas” por “pernas”.

III.A inexistência de pontuação no interior de alguns versos do TEXTO 5 está ligada à liberdade de expressão e à licença poética do Modernismo brasileiro.

IV.As “pernas brancas pretas amarelas”, mencionadas na terceira estrofe do TEXTO 5, ilustram a diversidade de raças que compõem o povo brasileiro.

V. Na penúltima estrofe do TEXTO 5, através de uma metalinguagem, Drummond reflete sobre a composição das rimas do poema.


Estão CORRETAS as proposições

TEXTO 4

NO MEIO DO CAMINHO

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

 tinha uma pedra                                   

no meio do caminho tinha uma pedra.


           Nunca me esquecerei desse acontecimento

    na vida de minhas retinas tão fatigadas.

               Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra                                  

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do caminho. Disponível em: http://www.algumapoesia.com.br/drummond/ drummond04.htm. Acesso: 12 out. 2017.


TEXTO 5

POEMA DE SETE FACES


Quando nasci, um anjo torto           

  desses que vivem na sombra          

      disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens          

que correm atrás de mulheres.      

A tarde talvez fosse azul,               

  não houvesse tantos desejos.          


O bonde passa cheio de pernas:   

pernas brancas pretas amarelas. 

                       Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu

 coração.                                         

Porém meus olhos                        

não perguntam nada.                   


 O homem atrás do bigode             

é sério, simples e forte.               

Quase não conversa.                  

    Tem poucos, raros amigos              

            o homem atrás dos óculos e do bigode. 


Meu Deus, por que me                

abandonaste                               

 se sabias que eu não era Deus   

     se sabias que eu era fraco.             


Mundo mundo vasto mundo,       

 se eu me chamasse Raimundo    

seria uma rima, não seria uma    

solução.                                      

Mundo mundo vasto mundo,      

mais vasto é meu coração.        


 Eu não devia te dizer                 

 mas essa lua                             

 mas esse conhaque                  

botam a gente comovido como

o diabo.                                    

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poema de sete faces. Disponível em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/poema-das-sete-faces-carlos-drummond-de-andrade/. Acesso: 12 out. 2017

A
I, II e III, apenas.
B
I, II, III, IV e V.
C
III, IV e V, apenas.
D
I, II e IV, apenas.
E
II e V, apenas.
f6cbc5dc-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

Releia o trecho abaixo, que corresponde à parte do diálogo presente no TEXTO 3, analise as proposições seguintes e assinale a alternativa CORRETA.


“-Quando o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.”


I. À medida que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.

II. Quanto mais o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.

III. Logo que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.

IV. Sempre que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.

V. Assim que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.


O sentido do trecho está preservado, apenas, em

Disponível em: http://www.a12.com/redacaoa12/opiniao/doses-de-altruismo. Acesso: 10 out. 2017.

A
IV e V.
B
II e IV.
C
III e V.
D
II e III.
E
I e V.
f6c4d56d-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Releia o seguinte trecho, extraído do TEXTO 2, reflita sobre questões de coerência e coesão textuais e assinale a alternativa CORRETA.


“(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.” (1º parágrafo).

TEXTO 2

“O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E MANIPULAÇÃO


(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando vê o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.

(2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o direito de retirar do outro o direito de ser quem ele é. Quer recíproca, similaridade, espelhamento de atitudes. Vê injustiça na troca, acha que faz mais e recebe menos. “Trouxa, agora está aí cultivando mágoas. Da próxima vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se passou.

(3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral, emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por uma debilidade de caráter: a vida se mantém a partir de trocas, tudo só existe em relação.

(4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente, inconscientemente esperamos alguma contrapartida: reconhecimento, carinho, atenção, prestígio, escuta, aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos e validados naquilo que somos, mas não cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com os problemas dos que estão próximos – a quem poderão cobrar pela generosidade?

(5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que encontram equivalência entre dois valores tão díspares, mas deixam as intenções às claras. Só nos sentimos enganados quando não deixamos às claras o preço das nossas atitudes.

(6) A generosidade é uma das formas mais primitivas de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará submetido à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que povoam nossa alma.

(7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo desestrutural, seja para o abusador ou para o abusado. Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma atitude abusiva.

(8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância. Mas a partilha saudável é aquela que se dá em acordo, de forma pura. Se não consegue, melhor não ser generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior: emitir faturas para guardá-las na gaveta, à espera da melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que lotam o inferno.

TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”: generosidade e manipulação. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o-bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).

A
Os termos destacados em negrito indicam um processo coesivo por elipse, por se tratar da omissão de elementos facilmente identificáveis ou que já tenham sido citados anteriormente.
B
A omissão do sujeito, no segundo e terceiro períodos do trecho, revela um processo de coesão lexical, uma vez que os verbos estão conjugados na mesma pessoa, tempo e modo.
C
As palavras “cordial” e “empatia”, por se referirem a um mesmo assunto (tratar os outros bem), caracterizam um processo de coesão referencial.
D
Em: “Se cabem dois”, a pluralização do verbo prejudica a coerência, visto que o referente é o mesmo dos termos destacados, logo, ele deveria ter sido grafado no singular.
E
As formas verbais sublinhadas concordam com o sujeito explicitado no primeiro período do trecho e preservam a coerência textual.
f6c7db0e-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analisando o diálogo entre as personagens e o contexto da tira que constitui o TEXTO 3, pode-se afirmar que

Disponível em: http://www.a12.com/redacaoa12/opiniao/doses-de-altruismo. Acesso: 10 out. 2017.

A
o termo “altruísmo”, utilizado no último quadrinho, é o oposto de filantropia.
B
ao falar, a personagem do terceiro quadrinho expressa admiração pela atitude de sua interlocutora.
C
o primeiro e o segundo quadrinhos criam uma expectativa que é atendida pela fala presente no terceiro.
D
o termo “altruísmo”, utilizado no último quadrinho, poderia ser substituído por misantropia.
E
a personagem que fala no último quadrinho não acredita que a atitude de sua interlocutora seja sincera e espontânea.
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IF-PE 2017 - Português - Crase

Diversas regras definem o emprego do acento grave indicativo da crase. A esse respeito, analise as expressões destacadas nas proposições a seguir e assinale a alternativa CORRETA.


I. Em: “sabem dar preço às coisas mais impalpáveis” e “deixam as intenções às claras” (5º parágrafo), o acento grave foi aplicado pela mesma razão.

II. Em: “Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos” (4º parágrafo), houve o emprego do acento grave por se tratar de uma locução adverbal feminina.

III. No trecho: “submetido à oferta que provém dessa fonte” (6º parágrafo), a crase ocorreu pela presença de termo que exige a preposição “a” e palavra feminina determinada pelo artigo “a”.

IV. No trecho: “à espera da melhor oportunidade” (8º parágrafo), o acento grave foi utilizado por se tratar de uma locução prepositiva.

V. Em: “uma ode ao egoísmo ou à ganância”, (8º parágrafo) houve a ocorrência de crase, porém, nesse caso, o uso do acento grave é facultativo.


Estão CORRETAS, apenas, as proposições

TEXTO 2

“O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E MANIPULAÇÃO


(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando vê o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.

(2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o direito de retirar do outro o direito de ser quem ele é. Quer recíproca, similaridade, espelhamento de atitudes. Vê injustiça na troca, acha que faz mais e recebe menos. “Trouxa, agora está aí cultivando mágoas. Da próxima vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se passou.

(3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral, emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por uma debilidade de caráter: a vida se mantém a partir de trocas, tudo só existe em relação.

(4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente, inconscientemente esperamos alguma contrapartida: reconhecimento, carinho, atenção, prestígio, escuta, aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos e validados naquilo que somos, mas não cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com os problemas dos que estão próximos – a quem poderão cobrar pela generosidade?

(5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que encontram equivalência entre dois valores tão díspares, mas deixam as intenções às claras. Só nos sentimos enganados quando não deixamos às claras o preço das nossas atitudes.

(6) A generosidade é uma das formas mais primitivas de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará submetido à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que povoam nossa alma.

(7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo desestrutural, seja para o abusador ou para o abusado. Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma atitude abusiva.

(8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância. Mas a partilha saudável é aquela que se dá em acordo, de forma pura. Se não consegue, melhor não ser generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior: emitir faturas para guardá-las na gaveta, à espera da melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que lotam o inferno.

TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”: generosidade e manipulação. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o-bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).

A
III, IV e V.
B
I, II e III.
C
II, III e IV.
D
I, II e IV.
E
I e V.
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IF-PE 2017 - Português - Emprego do hífen, Ortografia, Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Morfologia

No 4º parágrafo do TEXTO 2, há o emprego da palavra contrapartida. Esse termo possui um prefixo que exige o uso do hífen em alguns casos, segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinale a alternativa que contém a grafia CORRETA de palavras com o prefixo contra-.

TEXTO 2

“O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E MANIPULAÇÃO


(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando vê o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.

(2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o direito de retirar do outro o direito de ser quem ele é. Quer recíproca, similaridade, espelhamento de atitudes. Vê injustiça na troca, acha que faz mais e recebe menos. “Trouxa, agora está aí cultivando mágoas. Da próxima vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se passou.

(3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral, emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por uma debilidade de caráter: a vida se mantém a partir de trocas, tudo só existe em relação.

(4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente, inconscientemente esperamos alguma contrapartida: reconhecimento, carinho, atenção, prestígio, escuta, aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos e validados naquilo que somos, mas não cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com os problemas dos que estão próximos – a quem poderão cobrar pela generosidade?

(5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que encontram equivalência entre dois valores tão díspares, mas deixam as intenções às claras. Só nos sentimos enganados quando não deixamos às claras o preço das nossas atitudes.

(6) A generosidade é uma das formas mais primitivas de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará submetido à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que povoam nossa alma.

(7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo desestrutural, seja para o abusador ou para o abusado. Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma atitude abusiva.

(8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância. Mas a partilha saudável é aquela que se dá em acordo, de forma pura. Se não consegue, melhor não ser generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior: emitir faturas para guardá-las na gaveta, à espera da melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que lotam o inferno.

TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”: generosidade e manipulação. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o-bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).

A
Contrarregra e contra-ataque.
B
Contra-senso e contracheque.
C
Contraceptivo e contra-mão.
D
Contraponto e contra-filé.
E
Contrabaixo e contra-indicação.
f6bc3fef-b2
IF-PE 2017 - Português - Pontuação

Em relação à pontuação utilizada no TEXTO 1, analise as proposições a seguir e assinale a alternativa CORRETA.


I. No trecho: “a coesão - um elemento-chave na sobrevivência dos mamíferos [...]” (4º parágrafo), o travessão foi utilizado para destacar uma expressão explicativa.

II. Em: “a resposta pode ser muito mais simples: doar nos deixa felizes [...]” (5º parágrafo), os dois-pontos introduzem a fala de um dos cientistas envolvidos na pesquisa, o qual expõe o principal resultado do estudo.

III.Em: "Nosso estudo fornece evidências comportamentais e neurais que apoiam a ligação entre generosidade e felicidade [...]" (8º parágrafo), as aspas indicam o início e o fim de uma citação textual.

IV.No trecho: “três áreas do cérebro - uma ligada ao altruísmo [...]; uma segunda, à felicidade; e uma terceira [...]” (12º parágrafo), o travessão poderia ser substituído por dois-pontos, uma vez que anuncia uma enumeração.

V. Em: “uma ligada ao altruísmo e ao comportamento social; uma segunda, à felicidade; e uma terceira área [...]”, (12º parágrafo), o ponto e vírgula foi utilizado pois a oração já é marcada internamente com vírgulas e os termos entre ponto e vírgula possuem mesma função sintática.


Estão CORRETAS, apenas, as proposições

TEXTO 1

ESTUDO REVELA QUE PRATICAR ATOS DE GENEROSIDADE TRAZ FELICIDADE

      Cientistas realizaram experimento em um laboratório em Zurique com 50 pessoas que relataram seus próprios níveis de felicidade após atos de generosidade


(1) O que inspira os humanos a praticarem atos de generosidade? Economistas, psicólogos e filósofos refletem sobre esta questão há milênios.

(2) Se pressupusermos que o comportamento humano é motivado, principalmente, pelo interesse pessoal, parece ilógico sacrificar voluntariamente os recursos pelos outros.

(3) Na tentativa de resolver esse paradoxo, alguns especialistas formularam a teoria de que doar ou presentear satisfaz o desejo de elevar a posição do indivíduo em um grupo.

(4) Outros sugeriram que o ato promove a cooperação tribal e a coesão - um elemento-chave na sobrevivência dos mamíferos. Outra explicação é que doamos apenas porque esperamos receber algo em troca.

(5) Um estudo publicado recentemente sugere que a resposta pode ser muito mais simples: doar nos deixa felizes. Os cientistas realizaram um experimento em um laboratório em Zurique com 50 pessoas que relataram seus próprios níveis de felicidade após atos de generosidade.

(6) Consistentemente, eles indicaram que doar era uma experiência de bem-estar.

(7) Ao mesmo tempo, os exames de ressonância magnética revelaram que uma área do cérebro ligada à generosidade desencadeou uma resposta em outra parte relacionada à felicidade.

(8) "Nosso estudo fornece evidências comportamentais e neurais que apoiam a ligação entre generosidade e felicidade", escreveu a equipe na revista científica Nature Communications.

(9) Os pesquisadores informaram aos participantes que cada um deles teria à disposição um valor de 25 francos suíços (US$ 26) por semana durante quatro semanas.

(10) Metade dos participantes foram convidados a se comprometer a gastar o dinheiro com outras pessoas, enquanto o resto poderia planejar como gastaria o dinheiro com eles próprios. Nenhum dinheiro foi realmente recebido ou gasto por nenhum dos dois grupos.

(11) Depois de se comprometerem com os gastos, os participantes responderam às perguntas enquanto seus cérebros estavam sendo examinados. As perguntas evocaram cenários que opunham os próprios interesses dos participantes contra os interesses dos beneficiários da sua generosidade experimental.

(12) Os pesquisadores examinaram a atividade em três áreas do cérebro - uma ligada ao altruísmo e ao comportamento social; uma segunda, à felicidade; e uma terceira área envolvida na tomada de decisões.

(13) A equipe descobriu que o grupo que se comprometeu a doar o dinheiro relatou estar mais feliz do que os que iam gastar a quantia com eles próprios.

(14) As descobertas têm implicações para a educação, política, economia e saúde pública, segundo os pesquisadores.

(15) "A generosidade e a felicidade melhoram o bem-estar individual e podem facilitar o sucesso social", escreveram. 

Jornal do Commércio. Disponível em: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/internacional/noticia/2017/07/12/estudo-revela-que-praticar-atos-de-generosidade-traz-felicidade-294878.php. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).

A
II, III e V.
B
II, III e IV.
C
I, II, IV e V.
D
I, III, IV e V.
E
I, IV e V.
f6b64a77-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual

Assinale a alternativa que apresenta características correspondentes ao TEXTO 1 no que diz respeito ao seu gênero e tipologia textual predominante.

TEXTO 1

ESTUDO REVELA QUE PRATICAR ATOS DE GENEROSIDADE TRAZ FELICIDADE

      Cientistas realizaram experimento em um laboratório em Zurique com 50 pessoas que relataram seus próprios níveis de felicidade após atos de generosidade


(1) O que inspira os humanos a praticarem atos de generosidade? Economistas, psicólogos e filósofos refletem sobre esta questão há milênios.

(2) Se pressupusermos que o comportamento humano é motivado, principalmente, pelo interesse pessoal, parece ilógico sacrificar voluntariamente os recursos pelos outros.

(3) Na tentativa de resolver esse paradoxo, alguns especialistas formularam a teoria de que doar ou presentear satisfaz o desejo de elevar a posição do indivíduo em um grupo.

(4) Outros sugeriram que o ato promove a cooperação tribal e a coesão - um elemento-chave na sobrevivência dos mamíferos. Outra explicação é que doamos apenas porque esperamos receber algo em troca.

(5) Um estudo publicado recentemente sugere que a resposta pode ser muito mais simples: doar nos deixa felizes. Os cientistas realizaram um experimento em um laboratório em Zurique com 50 pessoas que relataram seus próprios níveis de felicidade após atos de generosidade.

(6) Consistentemente, eles indicaram que doar era uma experiência de bem-estar.

(7) Ao mesmo tempo, os exames de ressonância magnética revelaram que uma área do cérebro ligada à generosidade desencadeou uma resposta em outra parte relacionada à felicidade.

(8) "Nosso estudo fornece evidências comportamentais e neurais que apoiam a ligação entre generosidade e felicidade", escreveu a equipe na revista científica Nature Communications.

(9) Os pesquisadores informaram aos participantes que cada um deles teria à disposição um valor de 25 francos suíços (US$ 26) por semana durante quatro semanas.

(10) Metade dos participantes foram convidados a se comprometer a gastar o dinheiro com outras pessoas, enquanto o resto poderia planejar como gastaria o dinheiro com eles próprios. Nenhum dinheiro foi realmente recebido ou gasto por nenhum dos dois grupos.

(11) Depois de se comprometerem com os gastos, os participantes responderam às perguntas enquanto seus cérebros estavam sendo examinados. As perguntas evocaram cenários que opunham os próprios interesses dos participantes contra os interesses dos beneficiários da sua generosidade experimental.

(12) Os pesquisadores examinaram a atividade em três áreas do cérebro - uma ligada ao altruísmo e ao comportamento social; uma segunda, à felicidade; e uma terceira área envolvida na tomada de decisões.

(13) A equipe descobriu que o grupo que se comprometeu a doar o dinheiro relatou estar mais feliz do que os que iam gastar a quantia com eles próprios.

(14) As descobertas têm implicações para a educação, política, economia e saúde pública, segundo os pesquisadores.

(15) "A generosidade e a felicidade melhoram o bem-estar individual e podem facilitar o sucesso social", escreveram. 

Jornal do Commércio. Disponível em: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/internacional/noticia/2017/07/12/estudo-revela-que-praticar-atos-de-generosidade-traz-felicidade-294878.php. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).

A
Na intenção de persuadir os leitores a praticarem atos de generosidade, percebe-se a predominância do tipo textual injuntivo.
B
Por se tratar de uma reportagem e trazer explicações acerca de recentes descobertas científicas, apresenta sequências tipológicas predominantemente explicativas com trechos descritivos.
C
Na intenção de persuadir os possíveis leitores a concordarem com a realização dos experimentos científicos mencionados, possui tipologia predominantemente dissertativo-argumentativa.
D
Por se tratar de um artigo de divulgação científica e explicar como se deu a realização dos experimentos, a tipologia predominante é a explicativa, embora haja sequências narrativas em sua composição.
E

Por se tratar de uma notícia e ser de cunho informativo, observam-se sequências narrativas e descritivas em sua composição.

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IF-PE 2017 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Analise as proposições a seguir, acerca da sintaxe de concordância em alguns trechos do TEXTO 1, e assinale a alternativa CORRETA.


I. Em: “Nosso estudo fornece evidências comportamentais e neurais que apoiam a ligação [...]” (8º parágrafo), o termo em destaque deveria ter sido grafado no singular, concordando com “nosso estudo”.

II. No trecho: “cada um deles teria à disposição [...]” (9º parágrafo), se pluralizássemos o termo destacado, a correção gramatical não seria prejudicada.

III.Em: “Metade dos participantes foram convidados [...]” (10º parágrafo), o termo destacado tanto pode concordar com “participantes” quanto com “metade”, o que faculta sua pluralização.

IV.No trecho: “foram convidados a se comprometer [...]” (10º parágrafo), a concordância está inadequada visto que ambas as formas verbais deveriam estar com a mesma flexão de número.

V. Em: “o resto poderia planejar como gastaria [...]” (10º parágrafo), a concordância está adequada, uma vez que o termo em destaque concorda com “o resto”.


Estão CORRETAS, apenas, as proposições

TEXTO 1

ESTUDO REVELA QUE PRATICAR ATOS DE GENEROSIDADE TRAZ FELICIDADE

      Cientistas realizaram experimento em um laboratório em Zurique com 50 pessoas que relataram seus próprios níveis de felicidade após atos de generosidade


(1) O que inspira os humanos a praticarem atos de generosidade? Economistas, psicólogos e filósofos refletem sobre esta questão há milênios.

(2) Se pressupusermos que o comportamento humano é motivado, principalmente, pelo interesse pessoal, parece ilógico sacrificar voluntariamente os recursos pelos outros.

(3) Na tentativa de resolver esse paradoxo, alguns especialistas formularam a teoria de que doar ou presentear satisfaz o desejo de elevar a posição do indivíduo em um grupo.

(4) Outros sugeriram que o ato promove a cooperação tribal e a coesão - um elemento-chave na sobrevivência dos mamíferos. Outra explicação é que doamos apenas porque esperamos receber algo em troca.

(5) Um estudo publicado recentemente sugere que a resposta pode ser muito mais simples: doar nos deixa felizes. Os cientistas realizaram um experimento em um laboratório em Zurique com 50 pessoas que relataram seus próprios níveis de felicidade após atos de generosidade.

(6) Consistentemente, eles indicaram que doar era uma experiência de bem-estar.

(7) Ao mesmo tempo, os exames de ressonância magnética revelaram que uma área do cérebro ligada à generosidade desencadeou uma resposta em outra parte relacionada à felicidade.

(8) "Nosso estudo fornece evidências comportamentais e neurais que apoiam a ligação entre generosidade e felicidade", escreveu a equipe na revista científica Nature Communications.

(9) Os pesquisadores informaram aos participantes que cada um deles teria à disposição um valor de 25 francos suíços (US$ 26) por semana durante quatro semanas.

(10) Metade dos participantes foram convidados a se comprometer a gastar o dinheiro com outras pessoas, enquanto o resto poderia planejar como gastaria o dinheiro com eles próprios. Nenhum dinheiro foi realmente recebido ou gasto por nenhum dos dois grupos.

(11) Depois de se comprometerem com os gastos, os participantes responderam às perguntas enquanto seus cérebros estavam sendo examinados. As perguntas evocaram cenários que opunham os próprios interesses dos participantes contra os interesses dos beneficiários da sua generosidade experimental.

(12) Os pesquisadores examinaram a atividade em três áreas do cérebro - uma ligada ao altruísmo e ao comportamento social; uma segunda, à felicidade; e uma terceira área envolvida na tomada de decisões.

(13) A equipe descobriu que o grupo que se comprometeu a doar o dinheiro relatou estar mais feliz do que os que iam gastar a quantia com eles próprios.

(14) As descobertas têm implicações para a educação, política, economia e saúde pública, segundo os pesquisadores.

(15) "A generosidade e a felicidade melhoram o bem-estar individual e podem facilitar o sucesso social", escreveram. 

Jornal do Commércio. Disponível em: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/internacional/noticia/2017/07/12/estudo-revela-que-praticar-atos-de-generosidade-traz-felicidade-294878.php. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).

A
I, II e III.
B
II, III e V.
C
III, IV e V.
D
I, II e IV.
E
I, IV e V.
db9f95f5-83
IF-PE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o TEXTO 4 para responder à questão.


TEXTO 4




Disponível em: <https://www.barrazine.com.br/2012/03/futebol-sem-violencia-novo-modelo-administrativ/>. Acesso em: 5 maio 2018.

O TEXTO 4 faz parte de uma campanha contra a violência nos estádios de futebol. As principais estratégias utilizadas para conquistar a adesão do público alvo à campanha são

I. a relação entre a palavra “guerra” e a imagem central da bola/bomba.
II. o uso da negação antes dos verbos no indicativo, como em “não deixe” e “não leve”.
III.o emprego de verbos no imperativo, como “deixe” e “leve”.
IV.a oposição entre dois campos semânticos: o do futebol e o da paz.
V. a sinonímia entre arma e guerra, futebol e paz.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

A
II e IV.
B
IV e V.
C
II e III.
D
I e V.
E
I e III.
dba2d680-83
IF-PE 2018 - Português - Interpretação de Textos

Leia o TEXTO 5 para responder à questão.


TEXTO 5


O ANJO DE PERNAS TORTAS


A um passe de Didi, Garrincha avança

Colado o couro aos pés, o olhar atento

Dribla um, dribla dois, depois descansa

Como a medir o lance do momento.


Vem-lhe o pressentimento; ele se lança

Mais rápido que o próprio pensamento,

Dribla mais um, mais dois; a bola trança

Feliz, entre seus pés – um pé de vento!


Num só transporte, a multidão contrita

Em ato de morte se levanta e grita

Seu uníssono canto de esperança.


Garrincha, o anjo, escuta e atende: Gooooool!

É pura imagem: um G que chuta um O

Dentro da meta, um L. É pura dança!


MORAES, Vinícius. O anjo de Pernas Tortas. Disponível em < http://www.jornaldepoesia.jor.br/futebol.html#vinicius>. Acesso em: 5 maio 2018.

Vinícius de Moraes escreveu “O anjo de pernas tortas” em homenagem a Garrincha, jogador de futebol contemporâneo de Pelé. Pode-se afirmar que esse texto foi escrito na segunda fase da produção literária do poeta, pois apresenta as seguintes características:

A
temática relacionada ao cotidiano e conservação da estética simbolista, pois se trata de um soneto rebuscado e baseado em assíndetos, como nos versos “Dribla um, dribla dois, depois descansa/Como a medir o lance do momento”.
B
temática relacionada ao cotidiano, linguagem coloquial, simples e comunicativa, já que se trata da descrição poética de um lance futebolístico que culmina em gol.
C
exaltação do amor pelo futebol e oscilação entre a objetividade e a subjetividade, como nos versos “Colado o couro aos pés, o olhar atento/Feliz, entre seus pés – um pé de vento!”.
D
utilização de objetos simples, como a bola, para construir orações com inversões sintáticas rebuscadas, como em “a bola trança/Feliz, entre seus pés – um pé de vento!”.
E
oscilação entre a matéria e o espírito e entre a objetividade e a subjetividade, a exemplo dos últimos versos “É pura imagem: um G que chuta um O/Dentro da meta, um L. É pura dança!”, que descrevem subjetivamente o momento do gol.
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IF-PE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o TEXTO 6 para responder à questão.


TEXTO 6


FOI-SE A COPA?


Foi-se a Copa? Não faz mal.

Adeus chutes e sistemas.

A gente pode, afinal,

Cuidar de nossos problemas.


Faltou inflação de pontos?

Perdura a inflação de fato.

Deixaremos de ser tontos

se chutarmos no alvo exato.


O povo, noutro torneio,

havendo tenacidade,

ganhará, rijo, e de cheio,

A Copa da Liberdade.


ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008, p. 1345.


O poema “Foi-se a Copa”, de Carlos Drummond de Andrade,

A
apresenta um eu-lírico desencantado, pessimista e isolado de questões sociais.
B
evoca características ufanistas típicas da primeira fase do Modernismo.
C
critica a alienação causada pela Copa e apresenta preocupação com questões sociais.
D
parte do lirismo filosófico para construir uma simbologia abstrata entre a Copa e a sociedade.
E
apresenta uma poesia metalinguística a partir da escolha do próprio tema, a Copa do Mundo.