Questõesde UNICAMP sobre Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação

1
1
1
Foram encontradas 3 questões
e2e958db-38
UNICAMP 2017 - Português - Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia

O brasileiro João Guimarães Rosa e o irlandês James Joyce são autores reverenciados pela inventividade de sua linguagem literária, em que abundam neologismos. Muitas vezes, por essa razão, Guimarães Rosa e Joyce são citados como exemplos de autores "praticamente intraduzíveis". Mesmo sem ter lido os autores, é possível identificar alguns dos seus neologismos, pois são baseados em processos de formação de palavras comuns ao português e ao inglês.

Entre os recursos comuns aos neologismos de Guimarães Rosa e de James Joyce, estão:

i. Onomatopeia (formação de uma palavra a partir de uma reprodução aproximada de um som natural, utilizando-se os recursos da língua); e 

ii. Derivação (formação de novas palavras pelo acréscimo de prefixos ou sufixos a palavras já existentes na língua).

Os neologismos que aparecem nas opções abaixo foram extraídos de obras de Guimarães Rosa (GR) e James Joyce (JJ). Assinale a opção em que os processos (i) e (ii) estão presentes: 

A
Quinculinculim (GR, No Urubuquaquá, no Pinhém) e tattarrattat (JJ, Ulisses).
B
Transtrazer (GR, Grande sertão: veredas) e monoideal (JJ, Ulisses). 
C
Rtststr (JJ, Ulisses) e quinculinculim (GR, No Urubuquaquá, no Pinhém).  
D
Tattarrattat (JJ, Ulisses) e inesquecer-se (GR, Ave, Palavra). 
e2c15552-38
UNICAMP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Estrangeirismos são palavras e expressões de outras línguas usadas correntemente em nosso cotidiano. Sobre o emprego de palavras estrangeiras no português, o linguista Sírio Possenti comenta:

Tomamos alguns verbos do inglês e os adaptamos a nosso sistema verbal exclusivamente segundo regras do português. Se adotarmos start, logo teremos estartar (e todas as suas flexões), pois nossa língua não tem sílabas iniciais como st-, que imediatamente se tornam est-. A forma nunca será startar, nem ostartar ou ustartar, nem estarter ou estartir, nem printer ou printir, nem atacher ou atachir etc., etc., etc. 

(Adaptado de Sírio Possenti, “A questão dos estrangeirismos”, em Carlos Alberto Faraco, Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo: Parábola, 2001, p. 173-174.)

As alternativas abaixo reproduzem trechos de um fórum de discussão na Internet sobre um jogo eletrônico. Nessa discussão, um jogador queixa-se por não ter conseguido se conectar a uma partida e ter perdido pontos. Escolha a alternativa que contém um exemplo do processo de adaptação de verbos do inglês para o sistema verbal do português, como descreve Sírio Possenti.

(Adaptado de http://forums.br.leagueoflegends.com/board/showthread.php?t=187120. Acessado em 15/07/2017.)


A
“Aconteceu logo na manhã deste domingo, quando iniciei uma ranked.”
B
“Ela não deu load e pensei que era um bug no site.”
C
“Entrei no lolking para ver se a partida estava sendo computada.”
D
“Nem upei meu personagem de tanto problema no server.”
6e1e236b-1d
UNICAMP 2016 - Português - Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia


Do ponto de vista da norma culta, é correto afirmar que “coisarˮ é

A
uma palavra resultante da atribuição do sentido conotativo de um verbo qualquer ao substantivo “coisaˮ.
B
uma palavra resultante do processo de sufixação que transforma o substantivo “coisaˮ no verbo “coisarˮ.
C
uma palavra que, graças a seu sentido universal, pode ser usada em substituição a todo e qualquer verbo não lembrado.
D
uma palavra que resulta da transformação do substantivo “coisaˮ em verbo “coisarˮ, reiterando um esquecimento.