Em ambos os textos, constata-se que a participação das
mulheres nas diferentes áreas de conhecimento
TEXTO I
Participação feminina em projetos submetidos à Fapesp*
Mulheres na ciência. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017.
TEXTO II
TEXTO I
Participação feminina em projetos submetidos à Fapesp*
Mulheres na ciência. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017.
TEXTO II
CAPTCHA, herói ou vilão?
Todas as pessoas que já utilizaram a web para realização de tarefas como criar um perfil em uma rede social, fazer um cadastro em um sistema de comércio eletrônico ou em um portal de notícias, entre tantas outras, já se depararam com o CAPTCHA. Esse teste apresenta-se como um conjunto de caracteres que aparecem em imagens distorcidas (conforme Figura 1) e que as pessoas precisam decifrar e digitar num campo de formulário. Elas precisam realizar essa tarefa para provar que são seres humanos, e não robôs. O uso do CAPTCHA com esse objetivo presume, portanto, que qualquer ser humano, mas nenhum robô, seria capaz de executar a tarefa proposta.
Figura 1
Para as empresas que utilizam o CAPTCHA, ele é o “herói” que tem a missão de diferenciar pessoas de robôs. Para as pessoas que precisam passar pelo teste do CAPTCHA para executarem suas tarefas, certamente ele é um vilão. Em muitos casos, quando tentam passar pelos testes, veem-se obrigados a repetir diversas vezes até conseguirem acertar. Além de problemas com a falta de segurança e da experiência ruim para a maioria das pessoas, outro fator negativo para o CAPTCHA são as suas barreiras de acessibilidade. Isso representa um grande problema, principalmente para as pessoas que são cegas, têm baixa visão ou dificuldades de aprendizagem, como a dislexia, as quais podem ficar impedidas de realizar importantes tarefas na web.
Disponível em: http://acessodigital.net. Acesso em: 30 out. 2015 (adaptado).
AMARAL, T. O mamoeiro, 1925, óleo sobre tela.
IEB/USP.
As vanguardas europeias trouxeram novas perspectivas
para as artes plásticas brasileiras. Na obra O mamoeiro,
a pintora Tarsila do Amaral valoriza
Ação coloca baleia encalhada às margens do Rio Sena
As pessoas em Paris acordaram com uma notícia inusitada: uma baleia encalhada foi encontrada nas margens do Sena, perto de Notre Dame. Para deixar tudo ainda mais surreal, cientistas forenses foram vistos estudando o fenômeno. O público ficou impressionado com as cenas e bombou as redes sociais de comentários e fotos. Horas mais tarde, a verdade por trás do espetáculo bizarro foi revelada. Embora parecesse muito com um animal real, tudo não passava de uma instalação artística criada pelo coletivo belga Capitão Boomer. A escultura gigante media 17 metros e simulava o cheiro de uma baleia morta, com todos os seus detalhes, incluindo o sangue. O projeto foi desenvolvido para aumentar a conscientização sobre o impacto provocado pelos seres humanos no meio ambiente, em todas as espécies, incluindo as baleias.
Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 16 ago. 2017 (adaptado).
Essa notícia tem sua relevância informativa estabelecida
ao apresentar um fato inesperado relativo ao(à)
Como a solidão pode comprometer a sua saúde
Segundo estudo, solitários têm risco 39% maior de apresentar sintomas mais intensos de um resfriado. Ter muitos amigos nas redes sociais não diminui o risco.
Você se sente sozinho? Uma nova pesquisa, publicada na revista Health Psychology, sugere que seu nível de solidão pode impactar diretamente na gravidade e na resposta do organismo a uma doença.
Para o atual estudo, os pesquisadores avaliaram níveis de solidão de 159 pessoas, entre 18 e 55 anos, além da quantidade de amigos que elas tinham nas redes sociais. Depois, os voluntários receberam, por via nasal, doses iguais de vírus de resfriado comum. Eles, então, ficaram isolados por cinco dias em um hotel para que os sintomas manifestados fossem avaliados pelos especialistas.
Todas as pessoas que participaram do estudo tiveram a mesma chance de ficar doentes, mas aquelas que relataram sentir-se mais solitárias manifestaram sintomas de resfriado, como dor de garganta, espirro e coriza, mais graves do que as que não se sentiam sozinhas. Segundo os resultados, os participantes solitários apresentaram uma probabilidade 39% maior para os sintomas mais agudos.
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017 (adaptado).
NOVAES, C. O menino sem imaginação. São Paulo: Ática, 1993.
O gênero capa de livro tem, entre outras, a função de
antecipar uma possível leitura a ser feita da obra em
questão. Pela leitura dessa capa, infere-se que seu
criador teve como propósito
Isaac Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643, no condado de Lincolnshire, Inglaterra. Filho de fazendeiros, o cientista, físico e matemático nunca conheceu seu pai, morto três meses antes de o filho nascer.
Estudou na escola King’s School, onde era um aluno mediano. Entretanto, depois de uma briga com um colega de classe, começou a se esforçar mais nos estudos. Passou então a ser um dos melhores alunos da escola. O sucesso nos estudos levou Newton a entrar na Faculdade Trinity, em Cambridge, onde auxiliava outros alunos em troca de uma bolsa de estudos paga pela faculdade.
Newton se interessava pelos pioneiros da ciência, como o filósofo Descartes e os astrônomos Copérnico, Galileu e Kepler. Depois de formado, fez estudos em matemática e foi eleito professor da matéria em 1669. Em 1670, começou a dar aulas de ótica. Nessa época, demonstrou como, através de um prisma, é possível separar a luz branca nas cores do arco-íris.
Em 1679, o cientista inglês voltou-se para mecânica e os efeitos da gravitação sobre as órbitas dos planetas. Em 1687, publicou o livro Principia mathematica, em que demonstrou as três leis universais do movimento. Com esse livro, Newton ganhou reconhecimento mundial.
Disponível em: www.invivo.fiocruz.br. Acesso em: 1 dez. 2017 (adaptado).
Com o fim da versão impressa do Diário Oficial da União, o presidente da República assinou um decreto que traz novas normas a serem seguidas nas publicações oficiais, que agora estarão disponíveis apenas na versão on-line.
Os atos a serem divulgados devem ser encaminhados ao órgão exclusivamente por meio eletrônico. O jornal será publicado de segunda a sexta, uma vez por dia, exceto nos feriados nacionais e nos pontos facultativos da administração pública federal.
O decreto reforça que o Diário Oficial trará os atos com conteúdo normativo, exceto os atos de aplicação exclusivamente interna que não afetem interesses de terceiros, e os atos oficiais da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).
O decreto incide sobre a prática de leitura do Diário Oficial
em todo o Brasil e pressupõe que
Vaca Estrela e Boi Fubá
Seu doutô, me dê licença
Pra minha história contar
Hoje eu tô em terra estranha
É bem triste o meu penar
Eu já fui muito feliz
Vivendo no meu lugar
Eu tinha cavalo bão
Gostava de campear
Todo dia eu aboiava
Na porteira do currá
[...]
Eu sou fio do Nordeste
Não nego meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tangeu de lá pra cá
PATATIVA DO ASSARÉ. Intérpretes: PENA BRANCA; XAVANTINHO; TEIXEIRA, R.
Ao vivo em Tatuí. Rio de Janeiro: Kuarup Discos, 1992 (fragmento).
Considerando-se o registro linguístico apresentado, a
letra dessa canção
A carta da Terra
PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns com os outros, com a grande comunidade da vida e com as futuras gerações.
PRINCÍPIOS
I. Respeitar e cuidar da comunidade da vida.
II. Proteger e restaurar a integridade ecológica.
III. Promover a justiça social e econômica.
IV. Fortalecer a democracia, a não violência e a paz.
O CAMINHO ADIANTE
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida e pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.
Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 3 dez. 2017 (adaptado).
Analisando a estrutura composicional do texto, percebe-se
que ele se insere na esfera
Álvaro, me adiciona
“Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.” Espanta que Álvaro de Campos tenha dito isso antes do advento das redes sociais. O heterônimo parece estar falando da minha timeline: “Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?”.
Humblebrag é uma palavra que faz falta em português. Composta pela junção das palavras humble (humilde) e brag (gabar-se), seria algo como a gabação modesta. Em vez de simplesmente gabar-se: “Ganhei um prêmio de melhor ator no Festival de Gramado”, você diz: “O Festival de Gramado está muito decadente. Para vocês terem uma ideia, me deram um prêmio de melhor ator.”
Atenção: se todo post é vaidoso, toda coluna também. Percebam o uso de palavras em inglês, a citação a Fernando Pessoa. Tudo o que eu mais quero é que vocês me achem o máximo. “Então sou só eu que sou vil e errôneo nessa terra?”. Não, Álvaro. Me adiciona.
DUVIVIER, G. Caviar é uma ova. São Paulo: Cia. das Letras, 2016 (adaptado).
Epitáfio
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração
[...]
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor
BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana.
Rio de Janeiro: Abril Music, 2001 (fragmento).
O gênero epitáfio, palavra que significa uma inscrição
colocada sobre lápides, tem a função social de
homenagear os mortos. Nesse texto, a apropriação desse
gênero no título da letra da canção cria o efeito de
Entre as tentativas de encontrar o melhor ângulo para retirar o terneiro, meu irmão, o guri e seu pai tentavam convencer Jaqueline de que a morte da vaca não seria uma grande perda: “não é a mesma coisa que perder um pai, um avô, que a gente lembra para o resto da vida, fica lá no cemitério”, “bicho é bicho”. Jefferson, o guri, repetia tudo que o pai dizia, mas já afastado, pois havia sido corrido pela mãe.
Jaqueline repete: “pra mim não tem diferença! Os bichos estão tudo na volta. Eles sabem quando eu chego, me conhecem, sabem o meu cheiro. Sou eu que dou comida. Não tem diferença nenhuma!”. O pai tenta concordar sem afrontar os caras, dizendo que as pessoas desenvolvem valor de estima pelos animais.
KOSBY, M. F. Mugido (ou diário de uma doula). Rio de Janeiro: Garupa, 2017.
No fragmento, as reações à perda de um animal refletem
concepções fortalecidas pela
Roberto Segre. Arquiteto do mundo.
Nascido em Milão, em 1934, o arquiteto Roberto Segre emigrou para a Argentina aos cinco anos, fugindo do fascismo italiano. Ainda jovem, aos 29 anos, mudou-se para Cuba, onde permaneceu dando aulas de história da arquitetura e urbanismo na Universidade de Havana até 1994. Segre se mudaria definitivamente para o Brasil, em 1994, a convite da UFRJ. Em 2007, recebeu o título de doutor honoris causa pelo Instituto Superior Politécnico de Havana. Roberto Segre morreu, na manhã de anteontem, aos 78 anos, atropelado por um motociclista, quando caminhava na Praia de Icaraí, em Niterói, onde morava. Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo será velado amanhã, das 9 h às 17 h, no Palácio Universitário da UFRJ, Avenida Pasteur, 250, na Praia Vermelha, Urca.
Disponível em: www.iabrj.org.br. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).
Na organização desse texto, observam-se traços
comumente característicos de biografias, entretanto,
trata-se de um(a)