Questõessobre Português
Considerando os múltiplos aspectos relacionados ao texto precedente, julgue o item.
No texto, o emprego de aspas na referência a ‘ceticismo’
indica que os autores não se referem à doutrina ou escola
filosófica assim denominada na Antiguidade, mas a uma
postura contemporânea de pessoas que negam as evidências
científicas sobre as mudanças climáticas.
Considerando os múltiplos aspectos relacionados ao texto precedente, julgue o item.
No texto, o emprego de aspas na referência a ‘ceticismo’ indica que os autores não se referem à doutrina ou escola filosófica assim denominada na Antiguidade, mas a uma postura contemporânea de pessoas que negam as evidências científicas sobre as mudanças climáticas.
Considerando os múltiplos aspectos relacionados ao texto
precedente, julgue o item.
Os vocábulos “ciência”, “países” e “caráter” são acentuados
graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
Considerando as imagens apresentadas e o texto precedente, extraído de Infância, obra em que o escritor Graciliano Ramos narra suas memórias infantis, julgue o item seguinte.
No trecho “As formigas suavam, as camisas brancas
tingiam-se, enegreciam”, o emprego da metáfora para
representar os trabalhadores é um recurso estético que
distancia a narrativa da imaginação infantil.
Candido Portinari. Meninos brincando.
Rio de Janeiro, 1955. Internet:<www.portinari.org.br>.
Roger Mayne. Handstand. London, 1956.
Internet: <viewingroom.huxleyparlour.com>.
O pátio, que se desdobrava diante do copiar, era imenso, julgo que não me atreveria a percorrê-lo. O fim dele tocava o céu. Um dia, entretanto, achei-me além do pátio, além do céu. Como cheguei ali não sei. Homens cavavam o chão, um buraco se abria, medonho, precipício que me encolhia apavorado entre montanhas erguidas nas bordas. Para que estariam fazendo aquela toca profunda? Para que estariam construindo aqueles montes que um pó envolvia como fumaça? Retraí-me na admiração que me causava o extraordinário formigueiro. As formigas suavam, as camisas brancas tingiam-se, enegreciam, ferramentas cravavam-se na terra, outras jogavam para cima o nevoeiro que formava os morros. (...) O que então me pasmou foi o açude, maravilha, água infinita onde patos e marrecos nadavam. Surpreenderam-me essas criaturas capazes de viver no líquido. O mundo era complicado. O maior volume de água conhecido antes continha-se no bojo de um pote e aquele enorme vaso metido no chão, coberto de folhas verdes, flores, aves que mergulhavam de cabeça para baixo, desarranjava-me a ciência. Com dificuldade, estabeleci relação entre o fenômeno singular e a cova fumacenta. Esta, porém, fora aberta numa região distante, e o açude se estirava defronte da casa. Estava ali, mas tinha caprichos, mudava de lugar, não se aquietava, era uma coisa vagabunda.
Graciliano Ramos. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003, pp. 14 e 15.
Considerando as imagens apresentadas e o texto precedente,
extraído de Infância, obra em que o escritor Graciliano Ramos
narra suas memórias infantis, julgue o item seguinte.
A forma narrativa em primeira pessoa impede o narrador - um escritor experiente - de se aproximar da perspectiva
infantil do personagem, uma vez que é impossível, mesmo
para um artista, representar esteticamente o seu outro de
classe, gênero ou etnia.
Candido Portinari. Meninos brincando.
Rio de Janeiro, 1955. Internet:<www.portinari.org.br>.
Roger Mayne. Handstand. London, 1956.
Internet: <viewingroom.huxleyparlour.com>.
O pátio, que se desdobrava diante do copiar, era imenso, julgo que não me atreveria a percorrê-lo. O fim dele tocava o céu. Um dia, entretanto, achei-me além do pátio, além do céu. Como cheguei ali não sei. Homens cavavam o chão, um buraco se abria, medonho, precipício que me encolhia apavorado entre montanhas erguidas nas bordas. Para que estariam fazendo aquela toca profunda? Para que estariam construindo aqueles montes que um pó envolvia como fumaça? Retraí-me na admiração que me causava o extraordinário formigueiro. As formigas suavam, as camisas brancas tingiam-se, enegreciam, ferramentas cravavam-se na terra, outras jogavam para cima o nevoeiro que formava os morros. (...) O que então me pasmou foi o açude, maravilha, água infinita onde patos e marrecos nadavam. Surpreenderam-me essas criaturas capazes de viver no líquido. O mundo era complicado. O maior volume de água conhecido antes continha-se no bojo de um pote e aquele enorme vaso metido no chão, coberto de folhas verdes, flores, aves que mergulhavam de cabeça para baixo, desarranjava-me a ciência. Com dificuldade, estabeleci relação entre o fenômeno singular e a cova fumacenta. Esta, porém, fora aberta numa região distante, e o açude se estirava defronte da casa. Estava ali, mas tinha caprichos, mudava de lugar, não se aquietava, era uma coisa vagabunda.
Graciliano Ramos. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003, pp. 14 e 15.
Considerando as informações e a organização do texto precedente, bem como seus aspectos gramaticais e estruturais, julgue o item a seguir.
Quanto à tipologia, o texto pode ser caracterizado como
dissertativo, estando seu objetivo direcionado à exposição de
ideias, fatos e dados relacionados a uma pesquisa.
Considerando as informações e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.
A função da linguagem predominante no texto é a emotiva,
evidenciada pela abordagem do tema, relacionado à possível
amizade entre humanos e robôs.
“(...) Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em
abrir a garrafa [de conhaque] para beber um gole, mas não
queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não
queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava,
todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia
pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela
chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não
queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava,
roxas olheiras (...)”.
(ABREU, Caio Fernando. Além do ponto. Morangos Mofados. São Paulo: Companhia das
Letras, p. 42, 2019.)
No conto “Além do ponto”, observa-se que o contraste entre
o “eu”, personagem que deseja, e o “ele”, personagem imaginado,
Qual o macete de ‘Macetando’?
Macetar, verbo transitivo: “golpear (alguém ou algo) com maceta ou macete, um martelo de cabo curto”. A definição está
nos dicionários, mas o carnaval, como de praxe, mascarou o
significado a seu bel-prazer. O coro da multidão que acompanhou Ivete Sangalo na abertura da folia de Salvador comprova
que essa é a época ideal para enriquecer o vocabulário. Música gravada pela cantora baiana com participação de Ludmilla,
“Macetando” despontou como hit nacional ao encher a boca
do povo com o refrão-chiclete: “Ah, bebê, é a Veveta que tá no
comando / Macetando, macetando, macetando...”.
(Adaptado de CUNHA, G. Qual o macete de ‘macetando’? O Globo (versão online),
10/02/2024.)
Na letra da música em questão, um dos aspectos que contribuem para o mascaramento do significado de macetar é
As campanhas publicitárias são gêneros textuais que podem evidenciar um problema social. Nessa perspectiva, o
texto 9 tem a finalidade de
Texto 9
Disponível em: https://valenews.com.br/2020/06/08/sao-jose-dos-campos-lanca-campanha-virtual-contra-violencia-domestica/. Acesso em: 18 jul. 2024.
A intertextualidade é conceituada como a “influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de
partida, e que gera a atualização do texto citado”, de acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009).
Considerando essa definição, é possível afirmar que o texto 6 propõe:
A intertextualidade é conceituada como a “influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de
partida, e que gera a atualização do texto citado”, de acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009).
Considerando essa definição, é possível afirmar que o texto 6 propõe:
Texto 5
É verdade esse bilete: memes e a disputa pela verdade
Rangel Ramiro Ramos
A fim de ficar em casa e assistir a sua série preferida, Gabriel Lucca, de 5 anos, escreveu um bilhete passando-se por sua professora e o entregou à sua mãe. Nele, o recado era de que não haveria aula no dia seguinte, e, para finalizar sua “arte", Gabriel pós-escreveu: “é verdade esse bilhete”. A mãe de Gabriel não se conteve e publicou, no dia 21 de agosto, uma foto do bilhete no Facebook.
Alguns dias depois, a frase “é verdade esse bilhete” já havia se tornado um bordão nacional. Artistas, empresas e internautas das mais variadas regiões do país começaram a escrever absurdidades assinando de brincadeira: “é verdade esse bilhete”. O meme “é verdade esse bilhete” – que, no universo memeal, pode ser entendido como um bordão ou uma catchphrase – popularizou-se por sua ironia, figura de linguagem de oposição, que segundo Chagas (2016) é característica dos memes de discussão pública. [...]
Disponível em: https://museudememes.com.br/e-verdade-esse-bilete-memes-e-a-disputa-pela-verdade. Acesso em: 18 jul. 2024.
Texto 6
Disponível em: https://museudememes.com.br/e-verdade-esse-bilete-memes-e-a-disputa-pela-verdade. Acesso em: 18 jul. 2024.
Texto 2
Todo dia a mesma noite
Baseado na obra de Daniela Arbex, Todo Dia a Mesma Noite
acompanha a tragédia real envolvendo o incêndio na Boate Kiss.
Em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um descuido de
segurança acarretou um terrível incêndio que rapidamente tomou
conta de todo o espaço da casa de festas. 242 jovens que
estavam no local perderam a vida. A trama acompanha, partindo
do momento do acidente, as histórias dos impactados por ela em
diferentes pontos de vista, como o trabalho das equipes de
resgate, as consequências para os sobreviventes e a negligência
dos empresários da organização da boate. A minissérie ficcional
enfatiza a luta das famílias das vítimas, que seguem em busca de
justiça até hoje – uma década depois.

Observando que o gênero do texto 2 é uma sinopse, é objetivo do autor:
Texto 2
Todo dia a mesma noite
Baseado na obra de Daniela Arbex, Todo Dia a Mesma Noite acompanha a tragédia real envolvendo o incêndio na Boate Kiss. Em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um descuido de segurança acarretou um terrível incêndio que rapidamente tomou conta de todo o espaço da casa de festas. 242 jovens que estavam no local perderam a vida. A trama acompanha, partindo do momento do acidente, as histórias dos impactados por ela em diferentes pontos de vista, como o trabalho das equipes de resgate, as consequências para os sobreviventes e a negligência dos empresários da organização da boate. A minissérie ficcional enfatiza a luta das famílias das vítimas, que seguem em busca de justiça até hoje – uma década depois.
Observando que o gênero do texto 2 é uma sinopse, é objetivo do autor:
Texto 1

A partir da leitura do texto do quadrinho e dos recursos verbais e não verbais que constituem esse gênero textual, é
CORRETO afirmar que:
Texto 1
A partir da leitura do texto do quadrinho e dos recursos verbais e não verbais que constituem esse gênero textual, é
CORRETO afirmar que:
Se todos fossem iguais a você
Se todos fossem iguais a vocêQue maravilha viverUma canção pelo arUma mulher a cantarUma cidade a cantarA sorrir, a cantar, a pedirA beleza de amar
MORAES, V.; TOM JOBIM. Disponível em: http://letras.terra.com.br.
Acesso em: 16 set. 2011 (fragmento).
O locutor da letra da canção exalta as características de
uma pessoa ideal. O uso da palavra “se” contribui para
essa idealização, pois ela introduz no texto a
A animação Vida Maria
Produzido em computação gráfica 3D e finalizado
em 35 mm, o curta-metragem mostra personagens e
cenários modelados com texturas e cores pesquisadas
e capturadas no sertão cearense, no Nordeste do Brasil,
criando uma atmosfera realista e humanizada.
O filme nos mostra a história da rotina da personagem
Maria José, uma menina de cinco anos de idade que
se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é
obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a
cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça.
Enquanto trabalha, ela cresce, casa e tem filhos e
depois envelhece, e o ciclo continua a se reproduzir nas
outras Marias suas filhas, netas e bisnetas.
Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 1 nov. 2021.
Esse fragmento é caracterizado como gênero sinopse,
pois apresenta
Quaresma despiu-se, lavou-se, enfiou a roupa de casa,
veio para a biblioteca, sentou-se a uma cadeira de balanço,
descansando. Estava num aposento vasto, e todo ele era
forrado de estantes de ferro. Havia perto de dez, com quatro
prateleiras, fora as pequenas com os livros de maior tomo.
Quem examinasse vagarosamente aquela grande coleção
de livros havia de espantar-se ao perceber o espírito
que presidia a sua reunião. Na ficção, havia unicamente
autores nacionais ou tidos como tais: o Bento Teixeira, da
Prosopopeia; o Gregório de Matos, o Basílio da Gama,
o Santa Rita Durão, o José de Alencar (todo), o Macedo,
o Gonçalves Dias (todo), além de muitos outros.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Rio de Janeiro: Mediafashion, 2008.
No texto, o uso do artigo definido anteposto aos nomes
próprios dos escritores brasileiros

LAERTE. Mapa-múndi. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 24 out. 2021.
Nesse cartum, a predominância da função poética da
linguagem manifesta-se na

Terça-feira, 30 de maio de 1893.
Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas
quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada
à chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que
a festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para
rainha do Rosário uma ex-escrava de vovó chamada
Júlia e para rei um negro muito entusiasmado que eu
não conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo
ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo
na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia.
Júlia com o vestido e a coroa já gastou muito. Além disso,
teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma
caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma
grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou
no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos
neste reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo
sabendo a despesa que dá!
MORLEY, H. Minha vida de menina. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
O trecho apresenta marcas textuais que justificam
o emprego da linguagem coloquial. O tom informal do
discurso se deve ao fato de que se trata de um(a)
Terça-feira, 30 de maio de 1893.
Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada à chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que a festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para rainha do Rosário uma ex-escrava de vovó chamada Júlia e para rei um negro muito entusiasmado que eu não conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia. Júlia com o vestido e a coroa já gastou muito. Além disso, teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos neste reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo sabendo a despesa que dá!
MORLEY, H. Minha vida de menina. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
O trecho apresenta marcas textuais que justificam
o emprego da linguagem coloquial. O tom informal do
discurso se deve ao fato de que se trata de um(a)
Proclamação do amor antigramática
“Dá-me um beijo”, ela me disse,E eu nunca mais voltei lá.Quem fala “dá-me” não ama,Quem ama fala “me dᔓDá-me um beijo” é que é correto,É linguagem de doutor,Mas “me dá” tem mais afeto,Beijo me-dado é melhor.A gramática foi feitaPor um velho professor,Por isso é tão má receitaPra dizer coisas de amor.O mestre pune com zeroQuem não diz “amo-te”. ApostoQue em casa ele é mais sinceroE diz pra mulher: “te gosto”Delírio dos olhos meus,Estás ficando antipática.Pelo diabo ou por deusManda às favas a gramática.Fala, meu cheiro de rosa,Do jeito que estou pedindo:“Hoje estou menas formosa,Com licença, vou se indo”.Comete miles de erros,Mistura tu com você,E eu proclamarei aos berros:“Vós és o meu bem querer”.
LAGO, M. Disponível em: www.mariolago.com.br. Acesso em: 30 out. 2021.
Nesse poema, o eu lírico defende o uso de algumas
estruturas consideradas inadequadas na norma-padrão
da língua. Esse uso, exemplificado por “me dá” e “te
gosto”, é legitimado

Disponível em: https://twitter.com/emicida. Acesso em: 23 out. 2021.
Nessa postagem dirigida aos seus seguidores de rede
social, o autor utiliza uma linguagem
Disponível em: https://twitter.com/emicida. Acesso em: 23 out. 2021.
Nessa postagem dirigida aos seus seguidores de rede social, o autor utiliza uma linguagem