Questõesde CEDERJ sobre Português

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Foram encontradas 124 questões
c71ba15b-74
CEDERJ 2021 - Português - Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

A tirinha a seguir comemora 100 anos de Paulo Freire e cita um dos ideais do Educador. 


Disponível em https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a. 488361671209144/467697292 2347977 Acesso em: 11 out 2021.


Sobre o enunciado “Pessoas transformam o mundo”, é correto afirmar que

A
“transformam” é uma ação relacionada a um sujeito indeterminado.
B
“o mundo” é objeto da transformação operada pelo sujeito, “pessoas”.
C
“o” é o determinante de “mundo” na expressão adverbial de lugar “o mundo”.
D
“pessoas” é sujeito passivo da ação expressa pelo verbo “transformar”.
c7133f7a-74
CEDERJ 2021 - Português - Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia

O vocábulo “olhar”, sublinhado na oração “O mundo é salvo por um olhar” (linhas 4-5), foi formado pelo processo de derivação

A
imprópria.
B
regressiva.
C
parassintética.
D
prefixal.
c70f7ab4-74
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

A partir de “Aconteceu neste inverno. Eliane, a professora, descobriu Israel” (linhas 24-25) até o final do texto, apresentam-se sequências predominantemente

A
descritivas.
B
argumentativas.
C
injuntivas.
D
narrativas.
c715d8c9-74
CEDERJ 2021 - Português - Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia

Nas orações desenvolvidas a seguir, a conjunção que mantém o mesmo valor semântico do enunciado “E por enxergar, reconhece. E por reconhecer, salva” (linhas 9-10) é:

A
E para que enxergue, reconhece. E para que reconheça, salva.
B
E portanto enxerga, reconhece. E portanto reconhece, salva.
C
E porque enxerga, reconhece. E porque reconhece, salva.
D
E caso enxergue, reconhece. E caso reconheça, salva.
c718c8b7-74
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em “Israel, capturado pelo olhar da professora, nunca mais o abandonou” (linhas 38-39), a forma sublinhada recupera 

A
“Israel”, pelo mecanismo da catáfora.
B
“abandonou”, pelo mecanismo de concordância.
C
“capturado”, pelo mecanismo da silepse.
D
“o olhar da professora”, pelo mecanismo da anáfora.
c706988c-74
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Eliane Brum, jornalista e escritora, fez uma série de crônicas-reportagens sobre personagens das ruas de Porto Alegre. Mais tarde, os textos foram publicados em livro que recebeu o prêmio Jabuti de 2007: A vida que ninguém vê.

O texto 1 é fragmento de uma dessas crônicas-reportagens e pode ser considerado literário porque

A
está escrito em prosa: “O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis.” (linhas 1-2) 
B
apresenta recursos poéticos, como metáforas inovadoras: “...uns olhos de vira-lata pidão...” (linhas 28-29) e “um escombro”. (linha 37)
C
revela-se totalmente ficcional: “Esta é a história do olhar de uma professora chamada Eliane Vanti e de um andarilho chamado Israel Pires.” (linhas 11-13)
D
predomina nele a função conativa da linguagem: “Eliane viu Israel. E Israel se viu refletido no olhar de Eliane.” (linhas 31-32)
23a8c53e-04
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Me sinto são, e salvo, e forte.”

No verso em destaque, percebe-se a repetição da conjunção “e”.

Tal recurso linguístico tem uma função dentro do texto II, que se traduz como o objetivo de se

Sujeito de Sorte
Belchior 

Presentemente eu posso me
Considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço
Me sinto são, e salvo, e forte.

E tenho comigo pensado
Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer
No ano passado.

Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
(...)

Disponível em https://www.letraz.com.br/belchior/sujeito-de-sorte/. Acesso em:
04 de maio de 2021
A
convencer o leitor sobre a negligência do eu lírico, ainda que o texto demonstre o contrário.
B
promover autoconfiança por parte do coenunciador, apesar do contexto em discussão.
C
impor as características do coenunciador, embora o quadro não valorize esses aspectos sentimentais.
D
reforçar as sensações do eu lírico, mesmo que o contexto traga à tona muitas dificuldades.
239b155f-04
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não.”

O fragmento em destaque sinaliza uma estratégia argumentativa com base em

A diferença entre ciência e fé é a seguinte: em ciência, a gente tem que ver para crer. Você observa a natureza, você observa o mundo, obtém dados sobre como o mundo funciona, analisa esses dados e entende. Pela fé, você crê para ver. A crença vem antes da visão. Você acredita naquilo, nem precisa ver nada, acredita naquilo e esse, essencialmente, é o cerne da fé, que é uma outra maneira de se relacionar com a realidade, muito diferente da ciência.
Infelizmente, hoje em dia, parece que essa questão está novamente a mil com a chamada ‘guerra’ entre a ciência e a religião. Na verdade, essa é uma guerra fabricada, porque, por exemplo, se você pergunta aos cientistas, mais ou menos 40% deles, ao menos nos Estados Unidos — não sei se existe essa estatística no Brasil, talvez seja até maior aqui —, acreditam em alguma forma de divindade, de Deus.
(...)
Para esses cientistas, existe um compromisso, uma complementaridade entre o seu trabalho e a sua fé. Não existe nenhum problema nesse caso. Mas, infelizmente, existe conflito em outras situações. 
(...)
A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não. Que em seis dias Deus fez o mundo, que nós somos todos descendentes de Adão e Eva e o mundo tem apenas dez mil anos.
Note que a proposta é que isso seja ensinado em pé de igualdade. São duas versões da mesma história e nenhuma é melhor do que a outra. Mas são, sim, duas histórias muito diferentes, com um objetivo muito diferente. Então, a questão é como é construída a informação na ciência.
(...) Não existe a possibilidade de um cientista afirmar: eu acho que esse pedaço de osso aqui tem três milhões de anos. Você sabe que tem três milhões de anos, com grande precisão.
(...)

Disponível em https://www.fronteiras.com/artigos/21-ideias-marcelo-gleiser-e-
a-complementaridade-entre-religiao-e-ciencia - adaptado. Acesso em: 05 de
maio de 2021.
A
adição
B
exemplo
C
estatística
D
autoridade
239f05af-04
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Pronome de tratamento, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

“Você sabe que tem três milhões de anos, com grande precisão.”

No fragmento em destaque, assim como em outras passagens do texto I, percebe-se o uso do “você”.

O objetivo do uso desse pronome de tratamento é

A diferença entre ciência e fé é a seguinte: em ciência, a gente tem que ver para crer. Você observa a natureza, você observa o mundo, obtém dados sobre como o mundo funciona, analisa esses dados e entende. Pela fé, você crê para ver. A crença vem antes da visão. Você acredita naquilo, nem precisa ver nada, acredita naquilo e esse, essencialmente, é o cerne da fé, que é uma outra maneira de se relacionar com a realidade, muito diferente da ciência.
Infelizmente, hoje em dia, parece que essa questão está novamente a mil com a chamada ‘guerra’ entre a ciência e a religião. Na verdade, essa é uma guerra fabricada, porque, por exemplo, se você pergunta aos cientistas, mais ou menos 40% deles, ao menos nos Estados Unidos — não sei se existe essa estatística no Brasil, talvez seja até maior aqui —, acreditam em alguma forma de divindade, de Deus.
(...)
Para esses cientistas, existe um compromisso, uma complementaridade entre o seu trabalho e a sua fé. Não existe nenhum problema nesse caso. Mas, infelizmente, existe conflito em outras situações. 
(...)
A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não. Que em seis dias Deus fez o mundo, que nós somos todos descendentes de Adão e Eva e o mundo tem apenas dez mil anos.
Note que a proposta é que isso seja ensinado em pé de igualdade. São duas versões da mesma história e nenhuma é melhor do que a outra. Mas são, sim, duas histórias muito diferentes, com um objetivo muito diferente. Então, a questão é como é construída a informação na ciência.
(...) Não existe a possibilidade de um cientista afirmar: eu acho que esse pedaço de osso aqui tem três milhões de anos. Você sabe que tem três milhões de anos, com grande precisão.
(...)

Disponível em https://www.fronteiras.com/artigos/21-ideias-marcelo-gleiser-e-
a-complementaridade-entre-religiao-e-ciencia - adaptado. Acesso em: 05 de
maio de 2021.
A
estabelecer uma aproximação maior com o leitor, de modo a fazer com que haja uma sensação de interação no texto.
B
definir uma participação obrigatória do leitor, a fim de que ele construa uma opinião sobre o fato em discussão e se expresse.
C
determinar uma relação de lugar de fala ao leitor que, por sua vez, se sente comprometido com o debate em foco.
D
eleger o leitor como referência entre o enunciador e a mensagem pretendida, para que ele possa mediar o debate e opinar.
23a24b7e-04
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

O texto I é um artigo de opinião de natureza jornalística. Dessa forma, é possível afirmar que a função da linguagem predominante no texto é a

A diferença entre ciência e fé é a seguinte: em ciência, a gente tem que ver para crer. Você observa a natureza, você observa o mundo, obtém dados sobre como o mundo funciona, analisa esses dados e entende. Pela fé, você crê para ver. A crença vem antes da visão. Você acredita naquilo, nem precisa ver nada, acredita naquilo e esse, essencialmente, é o cerne da fé, que é uma outra maneira de se relacionar com a realidade, muito diferente da ciência.
Infelizmente, hoje em dia, parece que essa questão está novamente a mil com a chamada ‘guerra’ entre a ciência e a religião. Na verdade, essa é uma guerra fabricada, porque, por exemplo, se você pergunta aos cientistas, mais ou menos 40% deles, ao menos nos Estados Unidos — não sei se existe essa estatística no Brasil, talvez seja até maior aqui —, acreditam em alguma forma de divindade, de Deus.
(...)
Para esses cientistas, existe um compromisso, uma complementaridade entre o seu trabalho e a sua fé. Não existe nenhum problema nesse caso. Mas, infelizmente, existe conflito em outras situações. 
(...)
A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não. Que em seis dias Deus fez o mundo, que nós somos todos descendentes de Adão e Eva e o mundo tem apenas dez mil anos.
Note que a proposta é que isso seja ensinado em pé de igualdade. São duas versões da mesma história e nenhuma é melhor do que a outra. Mas são, sim, duas histórias muito diferentes, com um objetivo muito diferente. Então, a questão é como é construída a informação na ciência.
(...) Não existe a possibilidade de um cientista afirmar: eu acho que esse pedaço de osso aqui tem três milhões de anos. Você sabe que tem três milhões de anos, com grande precisão.
(...)

Disponível em https://www.fronteiras.com/artigos/21-ideias-marcelo-gleiser-e-
a-complementaridade-entre-religiao-e-ciencia - adaptado. Acesso em: 05 de
maio de 2021.
A
emotiva.
B
referencial.
C
metalinguística.
D
fática.
2396f44d-04
CEDERJ 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto I estabelece uma relação entre ciência e religião. De acordo com o autor, é possível afirmar que tanto a ciência quanto a religião são

A diferença entre ciência e fé é a seguinte: em ciência, a gente tem que ver para crer. Você observa a natureza, você observa o mundo, obtém dados sobre como o mundo funciona, analisa esses dados e entende. Pela fé, você crê para ver. A crença vem antes da visão. Você acredita naquilo, nem precisa ver nada, acredita naquilo e esse, essencialmente, é o cerne da fé, que é uma outra maneira de se relacionar com a realidade, muito diferente da ciência.
Infelizmente, hoje em dia, parece que essa questão está novamente a mil com a chamada ‘guerra’ entre a ciência e a religião. Na verdade, essa é uma guerra fabricada, porque, por exemplo, se você pergunta aos cientistas, mais ou menos 40% deles, ao menos nos Estados Unidos — não sei se existe essa estatística no Brasil, talvez seja até maior aqui —, acreditam em alguma forma de divindade, de Deus.
(...)
Para esses cientistas, existe um compromisso, uma complementaridade entre o seu trabalho e a sua fé. Não existe nenhum problema nesse caso. Mas, infelizmente, existe conflito em outras situações. 
(...)
A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não. Que em seis dias Deus fez o mundo, que nós somos todos descendentes de Adão e Eva e o mundo tem apenas dez mil anos.
Note que a proposta é que isso seja ensinado em pé de igualdade. São duas versões da mesma história e nenhuma é melhor do que a outra. Mas são, sim, duas histórias muito diferentes, com um objetivo muito diferente. Então, a questão é como é construída a informação na ciência.
(...) Não existe a possibilidade de um cientista afirmar: eu acho que esse pedaço de osso aqui tem três milhões de anos. Você sabe que tem três milhões de anos, com grande precisão.
(...)

Disponível em https://www.fronteiras.com/artigos/21-ideias-marcelo-gleiser-e-
a-complementaridade-entre-religiao-e-ciencia - adaptado. Acesso em: 05 de
maio de 2021.
A
visões numéricas, logo precisam ser respeitadas.
B
pontos de vista equivalentes, portanto, indiscutíveis.
C
olhares distintos, porém sem o aspecto belicoso.
D
noções inviáveis como teorias universais, mas importantes.
23a56be2-04
CEDERJ 2021 - Português - Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia

“Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro.”

A relação entre os versos destacados do texto II, com base na presença da conjunção “mas”, define um valor semântico de

Sujeito de Sorte
Belchior 

Presentemente eu posso me
Considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço
Me sinto são, e salvo, e forte.

E tenho comigo pensado
Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer
No ano passado.

Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
(...)

Disponível em https://www.letraz.com.br/belchior/sujeito-de-sorte/. Acesso em:
04 de maio de 2021
A
oposição.
B
adição.
C
consequência.
D
tempo.
0c2eff32-88
CEDERJ 2020 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Conceição Evaristo, escritora contemporânea brasileira, é conhecida por sua habilidade com o foco narrativo. Um procedimento adotado no texto que evidencia essa habilidade é:

TEXTO 


Saraivada de balas, de instantes em instantes, retumbam no interior da casa, ameaçando a diversão da mãe de Bica e de Idago. Dona Esterlina levanta irritada e muda de canal de televisão. Lá fora, balas e balas, independente do desejo da mulher, executam continuadamente a mesma e seca sonata. Uma programação mais amena vai entorpecendo os sentidos da mulher.

O que mais gosto na televisão é de novela. Acho a maior bobeira futebol, política, carnaval e show. Bobagem também reportagem, campanha contra a fome, contra o verde, contra a vida, contra-contra. Contra e não. Contra-mão. Ando sentindo dores nas pernas. Também! “Lata d'água na cabeça, lá vai Maria”. Sobe o morro, desce o morro e não se cansa dessa dança.

EVARISTO, Conceição. Olhos D’ Água. Rio de Janeiro: Palias, 2016, p. 101 (Fragmento)

A
expectativa de futuro melhor
B
descrição idealista do espaço
C
evocação da memória da infância
D
inserção do pensamento da personagem
0c324ab0-88
CEDERJ 2020 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A passagem do primeiro para o segundo parágrafo é responsável por uma alteração brusca da atenção do narrador sobre diferentes informações da realidade, representadas respectivamente por:

TEXTO 


Saraivada de balas, de instantes em instantes, retumbam no interior da casa, ameaçando a diversão da mãe de Bica e de Idago. Dona Esterlina levanta irritada e muda de canal de televisão. Lá fora, balas e balas, independente do desejo da mulher, executam continuadamente a mesma e seca sonata. Uma programação mais amena vai entorpecendo os sentidos da mulher.

O que mais gosto na televisão é de novela. Acho a maior bobeira futebol, política, carnaval e show. Bobagem também reportagem, campanha contra a fome, contra o verde, contra a vida, contra-contra. Contra e não. Contra-mão. Ando sentindo dores nas pernas. Também! “Lata d'água na cabeça, lá vai Maria”. Sobe o morro, desce o morro e não se cansa dessa dança.

EVARISTO, Conceição. Olhos D’ Água. Rio de Janeiro: Palias, 2016, p. 101 (Fragmento)

A
conflito armado e crítica cultural
B
expectativa amorosa e repressão policial
C
saneamento precário e crítica jornalística
D
programação televisiva e militância ecológica
0c34d2aa-88
CEDERJ 2020 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O poema Navio negreiro, de Castro Alves, é uma obra decisiva dentro do projeto abolicionista na literatura brasileira. O trecho apresentado é re p re se n ta tivo dessa im p o rtâ n cia , devido à expressão, pelo eu lírico, de um:

TEXTO 

E existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente1 na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo2 abriu na vaga,
Como um íris no pélago3 profundo!
Mas é infâmia de mais!... Da etérea plaga4
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada5! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

ALVES, Castro. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 283-284.

Glossário
1. que não tem pudor
2. Cristóvão de Colombo (1451-1506), navegador e explorador italiano, responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano em 1492
3. abismo
4. região, lugar, país
5. José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), o patriarca da Independência do Brasil
A
projeto elitista e conservador
B
instinto revolucionário e violento
C
caráter discriminatório e eugenista
D
sentimento humanitário e reivindicatório