Questõessobre Análise sintática
No que se refere às relações sintáticas utilizadas na construção do trecho transcrito de Macunaíma, no
TEXTO, analise as afirmativas a seguir.
I. Em “A inteligência do herói estava muito perturbada”, na primeira linha do texto, “muito perturbada”,
funciona como predicativo do sujeito.
II. Em “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, “um respeito cheio de inveja” funciona como objeto direto
da forma verbal “tomou”.
III.No trecho “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, o pronome oblíquo em “Tomou-o” é um elemento
catafórico que se remete à expressão “o herói”, no início do segundo parágrafo.
IV.No período “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada”, a
expressão “numa cisma assombrada”, sintaticamente, funciona como adjunto adverbial.
V. Em “A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto”,
a forma verbal gostava possui dois objetos indiretos, respectivamente, “deus” e “distintivos
femininos”.
Estão CORRETAS apenas as proposições
Releia:
As gírias são neologismos empregados por grupos que têm em comum a profissão, a idade, a classe social ou a
região, com o objetivo de criar uma identidade linguística, facilitando a comunicação entre os pares e excluindo os
que não pertencem àquela comunidade.
No trecho acima, os verbos facilitar e excluir estão:
Releia:
As gírias são neologismos empregados por grupos que têm em comum a profissão, a idade, a classe social ou a região, com o objetivo de criar uma identidade linguística, facilitando a comunicação entre os pares e excluindo os que não pertencem àquela comunidade.
No trecho acima, os verbos facilitar e excluir estão:
Assinale a opção que justifica corretamente o uso da vírgula depois de “divertidos” em:
“No fim das contas, os computadores e a Internet são úteis e divertidos, e os empresários e
engenheiros se dedicaram a fundo para inventar novas maneiras de fazer com que desfrutemos
dos prazeres, benefícios e vantagens práticas da revolução tecnológica...”
Leia o texto a seguir e responda à questão:
Quem são e o que querem os que negam a Internet?
Nicholas Carr
O Vale do Silício, conjunto monótono de centros comerciais, parques empresariais e complexos de fast-food, não parece um núcleo cultural, e, no entanto, se converteu exatamente nisso. Nos últimos 20 anos, a partir do exato momento em que a empresa de tecnologia norte-americana Netscape comercializou o navegador inventado pelo visionário inglês Tim Berners-Lee, o Silicon Valley tem remodelado os Estados Unidos e grande parte do mundo à sua imagem e semelhança. Provocou uma revolução na forma de trabalhar dos meios de comunicação, mudou a forma de conversar das pessoas e reescreveu as regras de realização, venda e valorização das obras de arte e outros trabalhos relacionados com o intelecto.
De bom grado, a maioria das pessoas foi outorgando ao setor tecnológico um crescente poder sobre suas mentes e suas vidas. No fim das contas, os computadores e a Internet são úteis e divertidos, e os empresários e engenheiros se dedicaram a fundo para inventar novas maneiras de fazer com que desfrutemos dos prazeres, benefícios e vantagens práticas da revolução tecnológica, geralmente sem ter que pagar por esse privilégio. Um bilhão de habitantes do planeta usam o Facebook diariamente. Cerca de dois bilhões levam consigo um smartphone a todos os lugares e costumam dar uma olhada no dispositivo a cada poucos minutos durante o tempo em que passam acordadas. Os números reforçam o que já sabemos: ansiamos pelas dádivas do Vale do Silício. Compramos no Amazon, viajamos com o Uber, dançamos com o Spotify e falamos por WhatsApp e Twitter.
Mas as dúvidas sobre a chamada revolução digital têm crescido. A visão imaculada que as pessoas tinham do famoso vale tem ganhado uma sombra inclusive nos Estados Unidos, um país de apaixonados pelos equipamentos eletrônicos. Uma onda de artigos recentes, surgida após as revelações de Edward Snowden sobre a vigilância na Internet por parte dos serviços secretos, tem manchado a imagem positiva que os consumidores tinham do setor de informática. Dão a entender que, por trás da retórica sobre o empoderamento pessoal e a democratização, se esconde uma realidade que pode ser exploradora, manipuladora e até misantrópica.
As investigações jornalísticas encontraram provas de que nos armazéns e escritórios do Amazon, assim como nas fábricas asiáticas de computadores, os trabalhadores enfrentam condições abusivas. Descobriu-se que o Facebook realiza experiências clandestinas para avaliar o efeito psicológico em seus usuários manipulando o “conteúdo emocional” das publicações e notícias sugeridas. As análises econômicas das chamadas empresas de serviços compartilhados, como Uber e Airbnb, indicam que, apesar de proporcionarem lucros a investidores privados, é possível que estejam empobrecendo as comunidades em que operam. Livros como The People’s Platform [A plataforma do povo], de Astra Taylor, publicado em 2014, mostram que com certeza a Internet está aprofundando as desigualdades econômicas e sociais, em vez de ajudar a reduzi-las.
As incertezas políticas e econômicas ligadas aos efeitos do poder do Vale do Silício vão além, enquanto o impacto cultural dos meios de comunicação digitais se submete a uma severa reavaliação. Prestigiosos autores e intelectuais, entre eles o prêmio Nobel peruano Mario Vargas Llosa e o romancista norte-americano Jonathan Franzen, apresentam a Internet como causa e sintoma da homogeneização e da trivialização da cultura. No início deste ano, o editor e crítico social Leon Wieseltier publicou no The New York Times uma enérgica condenação do “tecnologicismo”, em que sustentou que os “gangsteres” empresariais e os filisteus tecnológicos confiscaram a cultura. “À medida que aumenta a frequência da expressão, sua força diminui”, disse, e “o debate cultural está sendo absorvido sem parar pelo debate empresarial”.
Também no plano pessoal estão se multiplicando as preocupações sobre a nossa obsessão com os dispositivos fornecedores de dados. Em vários estudos recentes, os cientistas começaram a relacionar algumas perdas de memória e empatia com o uso de computadores e da Internet, e estão encontrando novas provas que corroboram descobertas anteriores de que as distrações do mundo digital podem dificultar nossas percepções e julgamentos. Quando o trivial nos invade, parece que perdemos o controle do que é essencial. Em Reclaiming Conversation [Recuperando a conversa], seu controverso novo livro, Sherry Turkle, professora do Massachusetts Institute of Technology (MIT), mostra como uma excessiva dependência das redes sociais e dos sistemas de mensagens eletrônicas pode empobrecer as nossas conversas e até mesmo nossos relacionamentos. Substituímos a verdadeira intimidade por uma simulada.
Quando examinamos mais de perto a crença do Vale do Silício, descobrimos sua incoerência básica. É uma filosofia quimérica que abrange um amálgama estranho de credos, incluindo a fé neoliberal no livre mercado, a confiança maoísta no coletivismo, a desconfiança libertária na sociedade e a crença evangélica em um paraíso a caminho. Mas o que realmente motiva o Vale do Silício tem muito pouco a ver com ideologia e quase tudo com a forma de pensar de um adolescente. A veneração do setor de tecnologia pela ruptura se assemelha ao desejo de um adolescente por destruir coisas, sem conserto, mesmo que as consequências sejam as piores possíveis.
Portanto, não surpreende que cada vez mais pessoas contemplem com olhar crítico e cético o legado do setor. Apesar de proliferarem, os críticos continuam, no entanto, constituindo a minoria. A fé da sociedade na tecnologia como uma panaceia para os males sociais e individuais permanece firme, e continua a haver uma forte resistência a qualquer questionamento ao Vale do Silício e seus produtos. Ainda hoje se costuma descartar os opositores da revolução digital chamando-os de nostálgicos retrógrados ou os tachando de “antitecnologia”.
Tais acusações mostram como está distorcida a visão predominante da tecnologia. Ao confundir seu avanço com o progresso social, sacrificamos nossa capacidade de ver claramente a tecnologia e de diferenciar os seus efeitos. No melhor dos casos, a inovação tecnológica nos possibilita novas ferramentas para ampliar nossas aptidões, concentrar nosso pensamento e exercitar a nossa criatividade; amplia as possibilidades humanas e o poder de ação individual. Mas, com frequência demais, as tecnologias promulgadas pelo Vale do Silício têm o efeito oposto. As ferramentas da era digital geram uma cultura de distração e dependência, uma subordinação irreflexiva que acaba por restringir os horizontes das pessoas, em vez de ampliá-los.
Colocar em dúvida o Vale do Silício não é se opor à tecnologia. É pedir mais aos nossos tecnólogos, a nossas ferramentas, a nós mesmos. É situar a tecnologia no plano humano que corresponde a ela. Olhando retrospectivamente, nos equivocamos ao ceder tanto poder sobre nossa cultura e nossa vida cotidiana a um punhado de grandes empresas da Costa Oeste dos Estados Unidos. Chegou o momento de corrigir o erro.
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/23/tecnologia/1445612531_992107.html Publicado em 25/10/2015. Acesso em 06/11/2017 [Adaptado]
A função sintática do termo destacado no período: A escola pública desempenha tarefas do Estado, entre
elas a proteção à vida é:
Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tem a mesma função sintática da palavra essa, na frase:
Essa situação gera sentimentos conflitantes.
Na frase Não cabe ao Estado substituir a responsabilidade da família, a menos que ela esteja em
situação de descuido total, a expressão a menos que denota:
(Adaptado de: http://www.google.com.br/entrevista Mário Sérgio Cortella/educar para transformar. Acesso em 25 mai 2012 )
Com base no TEXTO 02, responda à questão.
A palavra destacada em: Inteligentes são quase que a maioria das pessoas que conheço exerce a função
sintática de:
Assinale a alternativa que indica corretamente a função sintática da expressão sublinhada em: Chamam-me
de inteligente.
Assinale a alternativa em que está correta a análise morfossintática da palavra grifada
Assinale a alternativa em que está correta a análise morfossintática da palavra grifada
Voltaram os pilões.
MORFOLOGIA
substantivo
SINTAXE
objeto direto
Fazia uso dos materiais.
MORFOLOGIA
substantivo
SINTAXE
adjunto adnominal
Tudo é imensamente simples.
MORFOLOGIA
advérbio
SINTAXE
adjunto adverbial
Moer o grão era uma dureza.
MORFOLOGIA
adjetivo
SINTAXE
adjunto adnominal
Quem inventa não tem medo.
MORFOLOGIA
pronome
SINTAXE
sujeito
Assinale a alternativa em que a função sintática da palavra sublinhada é a mesma da oração grifada em:
O criador está convencido de que existe algo de errado.
A relação de sentido entre as frases do fragmento “não só se comove como por assim dizer pensa sem ser
com a cabeça” (linhas 15-16) está corretamente indicada na alternativa:
(LISPECTOR, Clarice. Aprendendo a viver, Rio de Janeiro. Rocco, 2004. pp. 47-48)
Com base no TEXTO 2, responda à questão