Questõesde PUC - RS sobre Romantismo

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PUC - RS 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o trecho de Noite na taverna, de Álvares de Azevedo.

“– Quem eu sou? na verdade fora difícil dizê-lo: corri muito mundo, a cada instante mudando de nome e de vida. Fui poeta e como poeta cantei. Fui soldado e banhei minha fronte juvenil nos últimos raios de sol da águia de Waterloo. Apertei ao fogo da batalha a mão do homem do século. Bebi numa taverna com Bocage – o português, ajoelhei-me na Itália sobre o túmulo de Dante e fui à Grécia para sonhar como Byron naquele túmulo das glórias do passado. – Quem eu sou? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos trinta, sou um vagabundo sem pátria e sem crenças aos quarenta. Sentei-me à sombra de todos os sóis, beijei lábios de mulheres de todos os países; e de todo esse peregrinar, só trouxe duas lembranças – um amor de mulher que morreu nos meus braços na primeira noite de embriaguez e de febre – e uma agonia de poeta... Dela tenho uma rosa murcha e a fita que prendia seus cabelos. Dele olhai... O velho tirou de um bolso um embrulho: era um lenço vermelho o invólucro; desataram-no: dentro estava uma caveira.”

O trecho selecionado recupera a fala de um velho que interrompe a história, contada pelo jovem Bertram, um dos rapazes presentes na Taverna. As palavras dessa personagem expressam, nas entrelinhas,

A
a confissão do arrependimento pela vida errante do passado e o desejo de um cotidiano mais regrado.
B
a descrição de cada um dos lugares por onde passou e viveu.
C
a indignação frente à miséria e às injustiças presenciadas em todos os lugares visitados.
D
a dificuldade de mostrar-se diante da plateia que escutava a narrativa de Bertram, o segundo, naquela noite, a relatar sua trágica história.
E
o sofrimento de um amante e poeta que, durante toda a sua peregrinação, não conseguiu realizar-se como Homem.
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PUC - RS 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o texto que segue.

“Acabava de desembarcar; durante dez dias de viagem tinha-me saturado da poesia do mar, que vive de espuma, de nuvens e de estrelas; povoara a solidão profunda do oceano, naquelas compridas noites veladas ao relento, de sonhos dourados e risonhas esperanças; sentia enfim a sede da vida em flor que desabrocha aos toques de uma imaginação de vinte anos, sob o céu azul da corte. (...)
– Que linda menina! Exclamei para meu companheiro que também admirava. Como deve ser pura a alma naquele rosto mimoso!”

O fragmento acima pertence ao romance

A
A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e descreve o momento em que Seixas chega à Ilha de ... e se encanta com a beleza de d. Carolina.
B
Lucíola, de José de Alencar, e enfoca o instante em que Paulo, depois da festa da Glória, deitado em sua cama, entre o sono e a vigília, lembra como e quando vira Lúcia pela primeira vez.
C
Senhora, de José de Alencar, e narra o momento em que Augusto retorna de uma viagem e se depara pela primeira vez com a beleza de Aurélia.
D
Dom Casmurro, de Machado de Assis, e relata o momento em que Bentinho regressa de sua estada no seminário e admira a beleza de Capitu.
E
O mulato, de Aluísio Azevedo, e documenta o instante em que Manoel Pescada, chegando a São Luís do Maranhão, observa a beleza de Ana Rosa.
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PUC - RS 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto abaixo, retirado da obra Macário, de Álvares de Azevedo.

(O DESCONHECIDO) Eu sou o diabo. Boa-noite, Macário.

(MACÁRIO) Boa-noite, Satã. (Deita-se. O desconhecido sai). O diabo! uma boa fortuna! Há dez anos que eu ando para encontrar esse patife! Desta vez agarrei-o pela cauda! A maior desgraça deste mundo é ser Fausto sem Mefistófeles. Olá, Satã!

(SATÃ) Macário.

(MACÁRIO) Quando partimos?

(SATÃ) Tens sono?

(MACÁRIO) Não.

(SATÃ) Então já.

(MACÁRIOE o meu burro?

(SATÃ) Irás na minha garupa.

Sobre o movimento literário em que se inscreve Álvares de Azevedo, é INCORRETO afirmar:

A
A representação de figuras do mundo sobrenatural também constitui uma das características desse movimento, conforme se lê no excerto acima.
B
José de Alencar é o autor de romances mais representativos desse movimento, com obras como O Guarani, O sertanejo, As minas de prata.
C
A representação da nação, um dos temas do movimento em que se inscreve a obra de Álvares de Azevedo, exaltou as belezas naturais da terra brasileira.
D
Os estados de alma em que o sujeito poético expressa seus sentimentos de tristeza, dor e angústia é tema recorrente no movimento em que se inscreve a obra de Álvares de Azevedo.
E
A poesia de Álvares de Azevedo, como a dos outros românticos brasileiros, define-se em torno de dois polos poéticos: a marcante presença da natureza, explorada com destaque em Noites da taverna, e a constante viagem ao interior do sujeito para exprimir sua dor e seus sentimentos.
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PUC - RS 2014 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Como uma espécie de patologia social, o racismo está presente nas variadas esferas do cotidiano. A literatura, enquanto manifestação artística culturalizada, muitas vezes acaba ecoando esses estereótipos raciais de forma a rechaçá-los ou confirmá-los. Assim sendo, é preciso que estejamos sempre atentos às representações raciais no interior do discurso literário. Se é verdade que uma palavra pode fazer milagres, como advertia o escritor Manuel Puig, também não é menos verdade que uma metáfora racista pode abalar violentamente a dignidade humana. Esta Prova discutirá a interface entre racismo e literatura.


INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o trecho do romance A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.


– Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. [...]

– Mas senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação que me deram e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... São trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.

– Queixas-te de tua sorte, Isaura?

– Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.


Com base no texto e no contexto do qual o fragmento acima faz parte, afirma-se:


I. De acordo com a primeira fala, a cor de Isaura é apontada como uma possível negação de sua origem africana.


II. Apesar de alguns questionamentos acerca da senzala, a escrava parece resignada ao lugar que ela ocupa na sociedade da época.


III. A obra A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, integra um dos momentos cruciais do realismo literário brasileiro, no qual os autores se mostravam preocupados com a crítica social.


Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)

A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
I e II, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II, III.
2a764488-36
PUC - RS 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Narrada por __________, a obra __________, de__________, traz uma das mais cativantes personagens da literatura brasileira: __________.

A alternativa correta para o preenchimento das lacunas é:

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia a passagem a seguir, referente a uma marcante personagem da literatura brasileira, e preencha as lacunas do texto relacionado ao excerto.

Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me.
A
Leôncio – A escrava Isaura – Bernardo Guimarães – Isaura.
B
Brás Cubas – Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis – Virgília.
C
Martim – Iracema – José de Alencar – Iracema.
D
Bentinho – Dom Casmurro – Machado de Assis – Capitu.
E
Fernando – Senhora – José de Alencar – Aurélia.
635527c6-2a
PUC - RS 2014 - Literatura - Simbolismo, Parnasianismo, Escolas Literárias, Romantismo

INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o poema A cavalgada, de Raimundo Correia.

A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce,
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha...

O texto do crítico Sergius Gonzaga refere-se a características da obra de Raimundo Correia, também perceptíveis no poema da questão.

“Raimundo Correia é um dos poetas mais ligados aos padrões do movimento __________. Alguns críticos valorizam nele o __________, muitas vezes acrescido de uma __________ que __________”.

                                    (GONZAGA, Sergius. Curso de Literatura Brasileira. Adaptado.)

A alternativa que completa as lacunas do excerto adequadamente é:

A
simbolista – grande potencial para a construção de imagens – euforia – dá vida ao culto à forma
B
parnasiano – sentimentalismo nos conflitos humanos – subjetividade – subverte o mero culto à forma
C
romântico – pendor à idealização da natureza – força – espiritualiza o humano
D
simbolista – poder sugestivo da construção simbólica – musicalidade – valoriza a forma e o conteúdo
E
parnasiano – sentido plástico de suas descrições da natureza – melancolia – humaniza a paisagem
c1ac73cc-28
PUC - RS 2010, PUC - RS 2010 - Literatura - Simbolismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Os textos A e B pertencem, respectivamente, a ________ e _________, autores que se alinham aos movimentos literários denominados _________ e _________.

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Imagem 018.jpg
A
Cruz e Souza – Dyonélio Machado – Simbolismo – Romantismo
B
Manuel Bandeira – Cyro Martins – Modernismo – Realismo
C
Alphonsus de Guimaraens – Dyonélio Machado – Simbolismo – Modernismo
D
Álvares de Azevedo – Moacyr Scliar – Roman- tismo – Modernismo
E
Olavo Bilac – Cyro Martins – Parnasianismo – Realismo
20a73e2a-3f
PUC - RS 2012 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Considerando os textos 1 e 2 e o contexto do Romantismo, afirma-se:

( ) Nos dois textos, é a partir do silêncio noturno que surge o sentimento de solidão. No poema de Casimiro de Abreu, essa solidão do eu lírico se potencializa com elementos da natureza que também trazem uma certa melancolia: a quietude das ondas do mar, a lua que reflete na água.

( ) A noite tem função simbólica distinta nos dois textos: no primeiro ela provoca um leve meditar, sem sofrimento; no segundo traz dor e sensação de abandono.

( ) O subjetivismo, o sentimento nostálgico e a tristeza são alguns dos traços da poesia do romântico Casimiro de Abreu, evidenciados em “Saudades”.

( ) O autor de “Saudades”, assim como o poeta Gonçalves Dias, pertence à segunda geração romântica, conhecida como a do ‘Mal do Século’.

( ) Em seu célebre prefácio à obra Cromwell, o es- critor romântico francês Victor Hugo desdenhava da necessidade de rigidez nas estruturas de composição no Romantismo, postulando uma espontaneidade de criação. Esse pensamento pode ser comprovado com o texto 1, que apresenta um poema com versos livres e brancos.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Imagem 019.jpg
A
F – V – F – V – V
B
V – F – V – F – V
C
V– F – V – F – F
D
V – F – V – V – F
E
F – V – F – V – F