Questõesde PUC - RS sobre Romantismo
INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o
texto que segue.
“Acabava de desembarcar; durante dez dias de viagem tinha-me saturado da poesia do mar, que vive de
espuma, de nuvens e de estrelas; povoara a solidão
profunda do oceano, naquelas compridas noites veladas ao relento, de sonhos dourados e risonhas esperanças; sentia enfim a sede da vida em flor que desabrocha aos toques de uma imaginação de vinte anos,
sob o céu azul da corte. (...)
– Que linda menina! Exclamei para meu companheiro
que também admirava. Como deve ser pura a alma
naquele rosto mimoso!”
O fragmento acima pertence ao romance
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia
o excerto abaixo, retirado da obra Macário, de
Álvares de Azevedo.
(O DESCONHECIDO) Eu sou o diabo. Boa-noite,
Macário.
(MACÁRIO) Boa-noite, Satã. (Deita-se. O desconhecido
sai). O diabo! uma boa fortuna! Há dez anos
que eu ando para encontrar esse patife! Desta vez
agarrei-o pela cauda! A maior desgraça deste mundo
é ser Fausto sem Mefistófeles. Olá, Satã!
(SATÃ) Macário.
(MACÁRIO) Quando partimos?
(SATÃ) Tens sono?
(MACÁRIO) Não.
(SATÃ) Então já.
(MACÁRIO) E o meu burro?
(SATÃ) Irás na minha garupa.
Sobre o movimento literário em que se inscreve Álvares
de Azevedo, é INCORRETO afirmar:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto abaixo, retirado da obra Macário, de Álvares de Azevedo.
(O DESCONHECIDO) Eu sou o diabo. Boa-noite, Macário.
(MACÁRIO) Boa-noite, Satã. (Deita-se. O desconhecido sai). O diabo! uma boa fortuna! Há dez anos que eu ando para encontrar esse patife! Desta vez agarrei-o pela cauda! A maior desgraça deste mundo é ser Fausto sem Mefistófeles. Olá, Satã!
(SATÃ) Macário.
(MACÁRIO) Quando partimos?
(SATÃ) Tens sono?
(MACÁRIO) Não.
(SATÃ) Então já.
(MACÁRIO) E o meu burro?
(SATÃ) Irás na minha garupa.
Sobre o movimento literário em que se inscreve Álvares
de Azevedo, é INCORRETO afirmar:
Como uma espécie de patologia social, o racismo
está presente nas variadas esferas do cotidiano. A
literatura, enquanto manifestação artística culturalizada,
muitas vezes acaba ecoando esses estereótipos
raciais de forma a rechaçá-los ou confirmá-los. Assim
sendo, é preciso que estejamos sempre atentos às
representações raciais no interior do discurso literário.
Se é verdade que uma palavra pode fazer milagres,
como advertia o escritor Manuel Puig, também não é
menos verdade que uma metáfora racista pode abalar
violentamente a dignidade humana.
Esta Prova discutirá a interface entre racismo e
literatura.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o
trecho do romance A escrava Isaura, de Bernardo
Guimarães.
– Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar
que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima
de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas
aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre.
Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma
educação como não tiveram muitas ricas e ilustres
damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor
linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma
só gota de sangue africano. [...]
– Mas senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais
do que uma simples escrava? Essa educação que
me deram e essa beleza, que tanto me gabam, de
que me servem?... São trastes de luxo colocados na
senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de
ser o que é: uma senzala.
– Queixas-te de tua sorte, Isaura?
– Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero
dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes
e vantagens que me atribuem, sei conhecer o meu
lugar.
Com base no texto e no contexto do qual o fragmento
acima faz parte, afirma-se:
I. De acordo com a primeira fala, a cor de Isaura
é apontada como uma possível negação de sua
origem africana.
II. Apesar de alguns questionamentos acerca da
senzala, a escrava parece resignada ao lugar
que ela ocupa na sociedade da época.
III. A obra A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães,
integra um dos momentos cruciais do realismo
literário brasileiro, no qual os autores se mostravam
preocupados com a crítica social.
Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)
Como uma espécie de patologia social, o racismo está presente nas variadas esferas do cotidiano. A literatura, enquanto manifestação artística culturalizada, muitas vezes acaba ecoando esses estereótipos raciais de forma a rechaçá-los ou confirmá-los. Assim sendo, é preciso que estejamos sempre atentos às representações raciais no interior do discurso literário. Se é verdade que uma palavra pode fazer milagres, como advertia o escritor Manuel Puig, também não é menos verdade que uma metáfora racista pode abalar violentamente a dignidade humana. Esta Prova discutirá a interface entre racismo e literatura.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o trecho do romance A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.
– Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. [...]
– Mas senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação que me deram e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... São trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.
– Queixas-te de tua sorte, Isaura?
– Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens que me atribuem, sei conhecer o meu lugar.
Com base no texto e no contexto do qual o fragmento acima faz parte, afirma-se:
I. De acordo com a primeira fala, a cor de Isaura é apontada como uma possível negação de sua origem africana.
II. Apesar de alguns questionamentos acerca da senzala, a escrava parece resignada ao lugar que ela ocupa na sociedade da época.
III. A obra A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, integra um dos momentos cruciais do realismo literário brasileiro, no qual os autores se mostravam preocupados com a crítica social.
Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)
Narrada por __________, a obra __________, de__________, traz uma das mais cativantes personagens da literatura brasileira: __________.
A alternativa correta para o preenchimento das lacunas é:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o poema A cavalgada, de Raimundo Correia.
A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...
E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...
E o silêncio outra vez soturno desce,
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha...
O texto do crítico Sergius Gonzaga refere-se a características da obra de Raimundo Correia, também perceptíveis no poema da questão.
“Raimundo Correia é um dos poetas mais ligados aos padrões do movimento __________. Alguns críticos valorizam nele o __________, muitas vezes acrescido de uma __________ que __________”.
(GONZAGA, Sergius. Curso de Literatura Brasileira. Adaptado.)
A alternativa que completa as lacunas do excerto adequadamente é:
A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...
E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...
E o silêncio outra vez soturno desce,
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha...
O texto do crítico Sergius Gonzaga refere-se a características da obra de Raimundo Correia, também perceptíveis no poema da questão.
“Raimundo Correia é um dos poetas mais ligados aos padrões do movimento __________. Alguns críticos valorizam nele o __________, muitas vezes acrescido de uma __________ que __________”.
(GONZAGA, Sergius. Curso de Literatura Brasileira. Adaptado.)
A alternativa que completa as lacunas do excerto adequadamente é:
Os textos A e B pertencem, respectivamente, a ________ e _________, autores que se alinham aos movimentos literários denominados _________ e _________.


Considerando os textos 1 e 2 e o contexto do Romantismo, afirma-se:
( ) Nos dois textos, é a partir do silêncio noturno que surge o sentimento de solidão. No poema de Casimiro de Abreu, essa solidão do eu lírico se potencializa com elementos da natureza que também trazem uma certa melancolia: a quietude das ondas do mar, a lua que reflete na água.
( ) A noite tem função simbólica distinta nos dois textos: no primeiro ela provoca um leve meditar, sem sofrimento; no segundo traz dor e sensação de abandono.
( ) O subjetivismo, o sentimento nostálgico e a tristeza são alguns dos traços da poesia do romântico Casimiro de Abreu, evidenciados em “Saudades”.
( ) O autor de “Saudades”, assim como o poeta Gonçalves Dias, pertence à segunda geração romântica, conhecida como a do ‘Mal do Século’.
( ) Em seu célebre prefácio à obra Cromwell, o es- critor romântico francês Victor Hugo desdenhava da necessidade de rigidez nas estruturas de composição no Romantismo, postulando uma espontaneidade de criação. Esse pensamento pode ser comprovado com o texto 1, que apresenta um poema com versos livres e brancos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
( ) Nos dois textos, é a partir do silêncio noturno que surge o sentimento de solidão. No poema de Casimiro de Abreu, essa solidão do eu lírico se potencializa com elementos da natureza que também trazem uma certa melancolia: a quietude das ondas do mar, a lua que reflete na água.
( ) A noite tem função simbólica distinta nos dois textos: no primeiro ela provoca um leve meditar, sem sofrimento; no segundo traz dor e sensação de abandono.
( ) O subjetivismo, o sentimento nostálgico e a tristeza são alguns dos traços da poesia do romântico Casimiro de Abreu, evidenciados em “Saudades”.
( ) O autor de “Saudades”, assim como o poeta Gonçalves Dias, pertence à segunda geração romântica, conhecida como a do ‘Mal do Século’.
( ) Em seu célebre prefácio à obra Cromwell, o es- critor romântico francês Victor Hugo desdenhava da necessidade de rigidez nas estruturas de composição no Romantismo, postulando uma espontaneidade de criação. Esse pensamento pode ser comprovado com o texto 1, que apresenta um poema com versos livres e brancos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
