Questõessobre Literatura
A partir da leitura do trecho de abertura do romance Memórias Póstumas de
Brás Cubas, indique qual característica elencada abaixo está completamente
ausente do trecho.
Assinale a alternativa correta sobre a produção literária brasileira ao longo do
Século XIX.
Read the text and asnwer questions:
HOME
They rose up like men. We saw them. Like men they stood.
We shouldn’t have been anywhere near that place. Like most farmland outside Lotus, Georgia, this here one had plenty scary warning signs. The threats hung from wire mesh fences with wooden stakes every fifty or so feet. But when we saw a crawl space that some animal had dug—a coyote maybe, or a coon dog—we couldn’t resist. Just kids we were. The grass was shoulder high for her and waist high for me so, looking out for snakes, we crawled through it on our bellies. The reward was worth the harm grass juice and clouds of gnats did to our eyes, because there right in front of us, about fifty yards off, they stood like men. Their raised hooves crashing and striking, their manes tossing back from wild white eyes. They bit each other like dogs but when they stood, reared up on their hind legs, their forelegs around the withers of the other, we held our breath in wonder. One was rust-colored, the other deep black, both sunny with sweat. The neighs were not as frightening as the silence following a kick of hind legs into the lifted lips of the opponent. Nearby, colts and mares, indifferent, nibbled grass or looked away. Then it stopped. The rust-colored one dropped his head and pawed the ground while the winner loped off in an arc, nudging the mares before him.
As we elbowed back through the grass looking for the dug-out place, avoiding the line of parked trucks beyond, we lost our way. Although it took forever to re-sight the fence, neither of us panicked until we heard voices, urgent but low. I grabbed her arm and put a finger to my lips. Never lifting our heads, just peeping through the grass, we saw them pull a body from a wheelbarrow and throw it into a hole already waiting. One foot stuck up over the edge and quivered, as though it could get out, as though with a little effort it could break through the dirt being shoveled in. We could not see the faces of the men doing the burying, only their trousers; but we saw the edge of a spade drive the jerking foot down to join the rest of itself. When she saw that black foot with its creamy pink and mud-streaked sole being whacked into the grave, her whole body began to shake. I hugged her shoulders tight and tried to pull her trembling into my own bones because, as a brother four years older, I thought I could handle it. The men were long gone and the moon was a cantaloupe by the time we felt safe enough to disturb even one blade of grass and move on our stomachs, searching for the scooped-out part under the fence. When we got home we expected to be whipped or at least scolded for staying out so late, but the grown-ups did not notice us. Some disturbance had their attention.
Since you’re set on telling my story, whatever you think and whatever you write down, know this: I really forgot about the burial. I only remembered the horses. They were so beautiful. So brutal. And they stood like men.
SOURCE: Excerpted from MORRISON, Toni. Home (2012), Harmondsworth: Penguin, 2012.
Considerando os estilos literários e as informações
correspondentes, relacione adequadamente as colunas a
seguir.
I. Barroco.
II. Realismo.
III. Classicismo.
IV. Romantismo.
V. Modernismo.
( ) Predomina o determinismo: o indivíduo de nada vale,
existem leis universais que regem a história, a sociedade
e o homem.
( ) Tem como características, dentre outras, a defesa da
pátria e da liberdade, o mal do século e o sentimentalismo.
( ) Termina junto com a 2ª Guerra; tem como características
o ataque à arte tradicional, o desejo de renovar e
nacionalizar a arte brasileira.
A sequência está correta em
A terceira fase do Modernismo, 1945 a 1960, é vista como o
“apuro da forma”, entre os autores que se destacam estão:
João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Clarice Lispector,
Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna. Assinale, a seguir, a
alternativa concernente à terceira fase modernista.
Capítulo XXXVIII: Que Susto, Meu Deus!
Quando Pádua, vindo pelo interior, entrou na sala de
visitas, Capitu, em pé, de costas para mim, inclinada sobre a
costura, como a recolhê-la, perguntava em voz alta:
— Mas, Bentinho, que é protonotário apostólico?
— Ora, vivam! exclamou o pai.
— Que susto, meu Deus!
Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui, tais
quais, ou dois lances de há quarenta anos, é para mostrar
que Capitu não se dominava só em presença da mãe; o pai
não lhe meteu mais medo. No meio de uma situação que me
atava a língua, usava da palavra com a maior ingenuidade
deste mundo. A minha persuasão é que o coração não lhe
batia mais nem menos. Alegou susto, e deu à cara um ar
meio enfiado; mas eu, que sabia tudo, vi que era mentira e
fiquei com inveja. Foi logo falar ao pai, que apertou a minha
mão, e quis saber por que a filha falava em protonotário
apostólico. Capitu repetiu-lhe o que ouvira de mim, e opinou
logo que o pai devia ir cumprimentar o padre em casa dele;
ela iria à minha. E coligindo os petrechos da costura, enfiou
pelo corredor, bradando infantilmente:
— Mamãe, jantar, papai chegou!
(Machado de Assis – Dom Casmurro.)
O romance realista machadiano alcançou grande destaque
na literatura, sendo Machado de Assis reconhecido como o
autor que marcou o início do Realismo no Brasil, em 1881.
De acordo com o trecho, é possível reconhecer em sua
obra:
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no
morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
afogado.
(BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1980.)
Pode-se afirmar acerca do poema modernista de Manuel
Bandeira que:
Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos
olhos
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.Esse homem é brasileiro que nem eu...
(ANDRADE, Mário de. Poesias completas. Belo Horizonte – São Paulo:
Itatiaia – Edusp, 1987.)
Mário de Andrade, autor do poema anterior, fez parte do
grupo que idealizou a Semana de Arte Moderna. Acerca da
linguagem empregada pelo poeta em “Descobrimento”,
pode-se afirmar que:
Personagem da obra O Primo Basílio, a figura fictícia Conselheiro Acácio, citada no texto, tornou-se célebre como:
Instrução: A questão refere-se a obra Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre a obra.
( ) O romance parte da mem6ria individual do protagonista e abrange a mem6ria coletiva, referente
a acontecimentos da hist6ria brasileira.
( ) Os fatos narrados no romance não estabelecem relação com o contexto social brasileiro, visto que
o narrador detém-se basicamente na recordação de aspectos do acidente que o deixara
tetraplégico.
( ) O romance da voz a cultura de uma geração, nascida nos anos 1960, crescida nos anos 1970 e
que chega, na década de 1980, em busca de novas alternativas políticas e culturais.
( ) O romance configura-se como realização artística de caráter subjetivo que não se presta a reflexão
sabre o passado hist6rico.
A sequencia correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, e
Instrução: A questão refere-se a obra São Bernardo, de Graciliano Ramos.
Considere as afirmações abaixo, sabre o romance.
I - A obra esta integrada a Geração de 30, momenta do Modernismo brasileiro voltado sobretudo
para a representação das contradições entre o processo de modernização e o atraso das estruturas
patriarcais da sociedade brasileira.
II - As tensões psicol6gicas do narrador e personagem Paulo Hon6rio conferem uma carga intimista
que enfraquece as pressões da natureza e do meio social sabre as ações do romance.
III - As tensões psicológicas e a problematização do processo de escrita caracterizam a obra, que,
assim, ultrapassa os limites do regionalismo, afeito ao descritivismo da paisagem local.
Quais estão corretas?
Instrução: A questão refere-se a obra São Bernardo, de Graciliano Ramos.
Considere as afirmações abaixo, sabre o romance.
I - A obra esta integrada a Geração de 30, momenta do Modernismo brasileiro voltado sobretudo para a representação das contradições entre o processo de modernização e o atraso das estruturas patriarcais da sociedade brasileira.
II - As tensões psicol6gicas do narrador e personagem Paulo Hon6rio conferem uma carga intimista que enfraquece as pressões da natureza e do meio social sabre as ações do romance.
III - As tensões psicológicas e a problematização do processo de escrita caracterizam a obra, que, assim, ultrapassa os limites do regionalismo, afeito ao descritivismo da paisagem local.
Quais estão corretas?
Instrução: As questão refere-se a obra de Machado de Assis.
No livro de contos Papeis avulsos, "a recusa assídua dos mitos", conforme Alfredo Bosi assinala em
ensaio sobre a obra machadiana, manifesta-se na crítica a teorias e a pretensas verdades, que são
satirizadas.
A respeito dessa crítica nos contos, considere as afirmações abaixo.
I - Há, em "A chinela turca", a hist6ria de Duarte, um jovem escritor responsável pela cria<;ao de
obras renovadoras da tradição literária, no entanto não reconhecido pela crítica, que privilegia
apenas os autores consagrados.
II - Ha, em "O segredo do Bonzo", os personagens Patimau e Languru, considerados "grandes ffsicos
e fil6sofos", que arrastam consigo multidoes e "pessoas capazes de dar a vida por eles", pelas
ideias que divulgam, tais como a origem dos grilos e o princf pio da vida futura, contido na gota
de sangue de uma vaca.
III - Há, em "A sereníssima Republica", conto cujo título se refere ao nome de uma sociedade de
aranhas falantes, um governo que adotava um sistema eleitoral em que bolas com os nomes dos
candidatos eram postas dentro de um saco, de onde se extraíam anualmente um certo numero
de eleitos para as carreiras publicas.
Quais estão corretas?
Instrução: As questão refere-se a obra de Machado de Assis.
No livro de contos Papeis avulsos, "a recusa assídua dos mitos", conforme Alfredo Bosi assinala em ensaio sobre a obra machadiana, manifesta-se na crítica a teorias e a pretensas verdades, que são satirizadas. A respeito dessa crítica nos contos, considere as afirmações abaixo.
I - Há, em "A chinela turca", a hist6ria de Duarte, um jovem escritor responsável pela cria<;ao de obras renovadoras da tradição literária, no entanto não reconhecido pela crítica, que privilegia apenas os autores consagrados.
II - Ha, em "O segredo do Bonzo", os personagens Patimau e Languru, considerados "grandes ffsicos e fil6sofos", que arrastam consigo multidoes e "pessoas capazes de dar a vida por eles", pelas ideias que divulgam, tais como a origem dos grilos e o princf pio da vida futura, contido na gota de sangue de uma vaca.
III - Há, em "A sereníssima Republica", conto cujo título se refere ao nome de uma sociedade de aranhas falantes, um governo que adotava um sistema eleitoral em que bolas com os nomes dos candidatos eram postas dentro de um saco, de onde se extraíam anualmente um certo numero de eleitos para as carreiras publicas.
Quais estão corretas?
Leia o fragmento da canção Funeral de um lavrador, feita par Chico Buarque de Holanda, em 1968, a
partir da obra Marte e vida Severina (Auto de Natal pernambucano), de Joao Cabral de Melo Neto.
E uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca
Considere as afirmações abaixo, sobre o fragmento.
I - O tema da reforma agraria, recuperado por Chico Buarque de Holanda, também esta presente no
Auto de Joao Cabral de Melo Neto.
II - A magreza do lavrador faz a cova parecer um latifúndio.
III- A morte, para o lavrador pobre, parece ser mais vantajosa do que a miséria em vida.
Quais estao corretas?
Considere as seguintes afirmações sobre os romances abaixo.
I - A personagem Bertoleza, de O cortiço, representa um entrave as ambições de Joao Romão de
ascender socialmente, razão pela qual ele planeja devolve-la ao seu antigo senhor, na condição
de escrava que era.
II - Euclides da Cunha narra, em "A luta", terceira parte de Os sertões, as formas de organização e
as estratégias de combate dos sertanejos, liderados por Antonio Conselheiro, que derrotam o
Exercito Republicano.
III- O personagem Ricardo Coração dos Outros, em Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima
Barreto, e um musico popular, que goza da estima da mais alta sociedade carioca, por ser a
expressão característica da alma nacional.
Quais estão corretas?
Instrução: A questão refere-se a obra As meninas, de Lygia Fagundes Telles.
Leia o fragmento a seguir da obra, em que a personagem Lia conversa com o motorista de Lorena.
- A filha também lhe da alegria? Ele demora na resposta. Vejo sua boca entortar. - Essa moda que
vocês tem, essa de liberdade. Cismou de andar solta demais e não topo isso. Agora inventou de
estudar de novo. Entrou num curso de madureza.
- E isso não e bom? - S6 sei que antes de fechar os olhos quero ver a garota casada, e s6 o que
peço a Deus. Ver ela casada.
- Garantida, o senhor quer dizer. Mas ela pode estudar, ter uma profissão e casar também, não e
mais garantido assim? Se casar errado, fica desempregada. Mais velha, com filhos, entende [ ... ].
- A Loreninha também fala assim mas vocês são de família rica, podem ter esses luxos. Minha filha
e moça pobre e lugar de moça pobre e em casa, com o marido, com os filhos. Estudar s6 serve pra
atrapalhar a cabeça dela quando estiver lavando roupa no tanque.
Considere as afirmac;6es abaixo, a respeito da situação da mulher, tema ilustrado no fragmento acima
e presente em outros momentos do romance.
I - 0 discurso do motorista e exemplo de postura patriarcalista, que desaprova a liberdade da mulher,
especialmente se ela for de classe baixa, pois a maior aspiração que ela pode ter na vida e o
casamento.
II - A sexualidade feminina não e tema tratado no romance, aparecendo apenas de modo difuso, a
fim de escapar da censura vigente a época de sua publicação, em 1973.
III- As ideias de Lia mostram sua postura libertaria em relação ao papel da mulher na sociedade,
contrariando as vis6es estereotipadas que a reduzem a um ser passivo e dependente dos homens.
Quais estao corretas?
Instrução: A questão refere-se a obra As meninas, de Lygia Fagundes Telles.
Leia o fragmento a seguir da obra, em que a personagem Lia conversa com o motorista de Lorena.
- A filha também lhe da alegria? Ele demora na resposta. Vejo sua boca entortar. - Essa moda que vocês tem, essa de liberdade. Cismou de andar solta demais e não topo isso. Agora inventou de estudar de novo. Entrou num curso de madureza.
- E isso não e bom? - S6 sei que antes de fechar os olhos quero ver a garota casada, e s6 o que peço a Deus. Ver ela casada.
- Garantida, o senhor quer dizer. Mas ela pode estudar, ter uma profissão e casar também, não e mais garantido assim? Se casar errado, fica desempregada. Mais velha, com filhos, entende [ ... ].
- A Loreninha também fala assim mas vocês são de família rica, podem ter esses luxos. Minha filha e moça pobre e lugar de moça pobre e em casa, com o marido, com os filhos. Estudar s6 serve pra atrapalhar a cabeça dela quando estiver lavando roupa no tanque.
Considere as afirmac;6es abaixo, a respeito da situação da mulher, tema ilustrado no fragmento acima e presente em outros momentos do romance.
I - 0 discurso do motorista e exemplo de postura patriarcalista, que desaprova a liberdade da mulher, especialmente se ela for de classe baixa, pois a maior aspiração que ela pode ter na vida e o casamento.
II - A sexualidade feminina não e tema tratado no romance, aparecendo apenas de modo difuso, a fim de escapar da censura vigente a época de sua publicação, em 1973.
III- As ideias de Lia mostram sua postura libertaria em relação ao papel da mulher na sociedade, contrariando as vis6es estereotipadas que a reduzem a um ser passivo e dependente dos homens.
Quais estao corretas?
Instrução: A questão refere-se a obra Bagagem, de Adélia Prado.
Leia as seguintes afirmações sobre o poema
"Ensinamento".
I - O sujeito Iírico mostra que o sentimento e
revelado pelas ações das pessoas.
II - A cena recuperada mostra o gesto de amor
da mãe para com o pai.
III- O ensinamento do poema e que o amor e
mais importante do que a instrução.
Quais estão corretas?
Instrução: A questão refere-se à obra Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus.
Leia os fragmentos abaixo.
Quando eu fui catar papel encontrei um preto. Estava rasgado e sujo que dava pena. Nos seus trajes
rôtos êle podia representar-se como diretor do sindicato dos miseráveis.
2 de maio de 1958 [ ... ] Passei o dia catando papel. A noite meus pés doíam tanto que eu não podia
andar.
14 de junho ... Esta chovendo. Eu não posso ir catar papel. O dia que chove eu sou mendiga.
3 de maio ... Fui na feira da Rua. Carlos de Campos, catar qualquer coisa.
Depois fui catar lenha. Parece que vim ao mundo predestinada a catar. Só não cato a felicidade.
Considere as seguintes afirmac;6es sabre a ac;ao de "catar".
I - Relaciona-se ao título da obra, uma vez que Quarto de despejo serve de metáfora a situação da
própria personagem, que vive na favela como um objeto descartado.
II - Associa-se a atividade da escritora, que recolhe da experiência de viver do lixo a própria matéria
para a sua criação literária.
III- Refere-se a descoberta dos diários de Carolina pelo jornalista Audálio Dantas, graças ao qual ela
se torna uma escritora de grande sucesso editorial, condição que lhe garante sustentabilidade
financeira e saída definitiva da miséria.
Quais estão corretas?
Instrução: A questão refere-se à obra Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus.
Leia os fragmentos abaixo.
Quando eu fui catar papel encontrei um preto. Estava rasgado e sujo que dava pena. Nos seus trajes rôtos êle podia representar-se como diretor do sindicato dos miseráveis.
2 de maio de 1958 [ ... ] Passei o dia catando papel. A noite meus pés doíam tanto que eu não podia andar.
14 de junho ... Esta chovendo. Eu não posso ir catar papel. O dia que chove eu sou mendiga.
3 de maio ... Fui na feira da Rua. Carlos de Campos, catar qualquer coisa.
Depois fui catar lenha. Parece que vim ao mundo predestinada a catar. Só não cato a felicidade.
Considere as seguintes afirmac;6es sabre a ac;ao de "catar".
I - Relaciona-se ao título da obra, uma vez que Quarto de despejo serve de metáfora a situação da própria personagem, que vive na favela como um objeto descartado.
II - Associa-se a atividade da escritora, que recolhe da experiência de viver do lixo a própria matéria para a sua criação literária.
III- Refere-se a descoberta dos diários de Carolina pelo jornalista Audálio Dantas, graças ao qual ela se torna uma escritora de grande sucesso editorial, condição que lhe garante sustentabilidade financeira e saída definitiva da miséria.
Quais estão corretas?