Questõesde UECE 2017 sobre História

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Foram encontradas 7 questões
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UECE 2017 - História - História Geral

Considerando a História da África, ensinada no Brasil, atente às seguintes afirmações:


I. A riqueza histórica da África remonta ao surgimento do homo sapiens.

II. O continente foi totalmente devastado por guerras civis, choques étnicos, miséria, fome e Aids.

III. O Egito é parte da África.


É correto o que se afirma em

A
I, II e III.
B
I e III apenas.
C
I e II apenas.
D
II e III apenas.
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UECE 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Atente ao seguinte enunciado: “Nove anos após a Inconfidência Mineira, idealizada e liderada por membros da elite da capitania de Minas Gerais (advogados, magistrados, militares, padres e ricos contratantes), uma nova revolta ocorreu na Colônia, contra a dominação portuguesa. Essa, entretanto, não ficou restrita a um pequeno grupo da elite de brancos e intelectuais ou às ideias políticas liberais. Teve a participação e mesmo a liderança de pessoas oriundas dos grupos desprivilegiados (mulatos, brancos pobres, negros livres e escravos), dela participaram o médico Cipriano José Barata de Almeida, os soldados Lucas Dantas do Amorim Torres e Luís Gonzaga das Virgens e os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira. Seus objetivos incluíam, além da autonomia em relação a Portugal, a implantação de um governo republicano, a busca por igualdade racial com a abolição da escravidão e o fim dos privilégios sociais e econômicos das elites, com a diminuição dos impostos e com aumentos salariais para o povo”.


O enunciado acima se refere ao movimento separatista colonial denominado

A
Conjuração Baiana, de 1798.
B
Revolução Pernambucana, de 1817.
C
Revolução Praieira, de 1848.
D
Confederação do Equador, de 1824.
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UECE 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Leia atentamente o excerto a seguir:


“Há duas Brancas Dias: uma real, outra imaginária. A primeira pode ser conhecida consultando-se os documentos históricos e os estudos já escritos a respeito; a outra está nos romances e peças de teatros inspirados pelo personagem real. [...] Enquanto seu marido, Diogo Fernandes, instalava-se em Pernambuco, [...] Branca, que havia permanecido em Portugal, era denunciada e presa pela Inquisição. Acusada de judaísmo pela própria mãe e por uma irmã, que já se encontravam presas, Branca admitiu a dita heresia, sendo assim libertada, [...]. Com a morte do marido, além de administrar a parcela que restava do engenho Camaragibe após um fracasso parcial de sua exploração, Branca manteve em sua casa da Rua Palhares, em Olinda, com a ajuda das filhas, uma escola para ensinar meninas a cozinhar, bordar e fazer rendados. Mal imaginava que, trinta anos depois, já morta, suas ex-alunas a denunciariam ao visitador inquisitorial por práticas judaizantes no Brasil”.

Bruno Fleiter. Duas faces de um mito. Nossa História. Ano 1, nº 10, ago. 2004. p. 48.


O aspecto da colonização do Brasil tratado no trecho acima diz respeito

A
ao processo de inclusão social dos praticantes de religiões não católicas, respeitando o direito ao culto e suas tradições religiosas.
B
à perseguição religiosa, por parte do Tribunal do Santo Ofício, que trouxe a inquisição até as terras brasileiras no período colonial.
C
à condição de liberdade de culto e manifestação religiosa presentes na História do Brasil desde a colonização até os dias atuais.
D
à perfeita inclusão na sociedade brasileira dos negros libertos, dos judeus e da população pobre em geral, com a criação da República e da democracia no Brasil.
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UECE 2017 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O trecho a seguir foi retirado do jornal A Classe Operária, publicado em 18 de julho de 1925.


“[...] As famílias pequeno-burguesas estão pela hora da morte. [...] São 4 pessoas: marido, mulher e dois filhos. O marido tem um pequeno negócio que lhe rende 350$ mensais líquidos. A mulher era professora: tirava 250$. Mas com o primeiro filho teve que abandonar o ensino. [...] Vejamos como os 350$ se evaporam mensalmente: aluguel 93$; almoço e jantar da pensão 150$; 10 quilos de açúcar 14$; pão 24$; 4 quilos de café 10$800; 1 quilo de manteiga 10$; 7 litros de querosene 9$; 30 litros de leite 33$; 120 ovos 20$; álcool 7$500; frutas 30$; condução 15$; lavadeira 35$; carregador da marmita 21$; luz 7$. Total 479$300. [...] Déficit mensal 129$300. [...] Como equilibram as finanças? Fazendo serviços extras[...].


[Aí] está o orçamento de uma família pequeno-burguesa ideal – que não bebe, não joga, não fuma, não passeia, não vai ao cinema, não compra a prestações.


E se é assim, imaginai a situação da grande massa trabalhadora que ganha 200$ e 250$000!


A massa vive num regime de fome lenta, de depauperamento progressivo. Eis a realidade. [...]De pé – dez milhões de trabalhadores do Brasil! Para dentro dos sindicatos! Organização econômica nos sindicatos e organização política no partido!”.

HALL, Michael; PINHEIRO, Paulo Sérgio. A Classe Operária no Brasil. In: REZENDE, Antônio Paulo. Uma Trama Revolucionária? Do Tenentismo à revolução de 30. São Paulo: Atual,1990. P. 23, 24.


O momento da História Republicana do Brasil em que a situação econômica descrita no excerto acima está inserida é especificamente o período

A
em que ocorreu o golpe e a implantação do governo militar pós 1964, quando as condições socioeconômicas conduziram a classe média a apoiar o regime ditatorial.
B
da Nova República, durante o governo do Presidente José Sarney, marcado pela liberdade de mercado e pelos altíssimos índices inflacionários.
C
em que ocorreu a ascensão do Presidente Itamar Franco, quando os problemas econômicos e sociais, aliados à política elitista dos industriais, fizeram com que vários setores apoiassem o golpe contra o governo.
D
da República velha, em que as condições econômicas da população e a mobilização política do operariado urbano foram fatores para o surgimento de movimentos contra o governo da oligarquia cafeeira.
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UECE 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

No Ceará, durante os séculos XVII e XVIII, formou-se o que o historiador cearense Capistrano de Abreu denominaria como “Civilização do Couro”. Este aspecto característico da colonização cearense está ligado

A
ao fato de existir, nas terras cearenses, uma farta manada de gado bufalino natural da região, o que proporcionou, aos nativos locais e aos europeus colonizadores, as condições ideais para explorarem aquela riqueza.
B
ao desenvolvimento, após a decadência da produção algodoeira, de uma grande atividade de pecuária de corte e leiteira que, ainda hoje, é uma das maiores do Brasil e sustenta a economia cearense.
C
ao processo colonizatório cearense que ocorreu a partir da ocupação pela pecuária, na capitania, através da frente de ocupação do sertão-de-fora, conduzida por pernambucanos, e da frente de ocupação do sertão-de-dentro, controlada principalmente por baianos.
D
ao modelo original de ocupação através da pecuária bovina que, saindo do Ceará, ajudou na ocupação do interior nordestino e na colonização dos serrados do centro-oeste, dos pampas do sul do país e do pantanal mato-grossense.
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UECE 2017 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Atente ao seguinte enunciado: “Há 120 anos, em 5 de outubro de 1897, a quarta expedição militar enviada por órgãos do Estado conseguiu, enfim, destruir a comunidade. Ao final de tudo, apenas quatro pessoas a defendiam. Quando foi incendiada pelo exército, este registrou que a comunidade contava com 5.200 casebres. Aqueles que, depois da morte de seu líder, dias antes, haviam se rendido após receber promessas de garantia de vida foram também degolados pelas tropas, inclusive mulheres e crianças”.

O enunciado acima diz respeito ao evento denominado

A
Guerra do Contestado, ocorrida numa região fronteiriça do Paraná com Santa Catarina, e que teve líderes religiosos que se antepuseram à dominação da região por empresas madeireiras estrangeiras que receberam aquelas terras do governo brasileiro.
B
Massacre do Caldeirão, evento transcorrido no município do Crato, Ceará, e que teve como líder José Lourenço Gomes da Silva, o Beato José Lourenço, que conduziu os desvalidos enviados por Pe. Cícero durante vários anos em uma próspera comunidade.
C
Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, quando agentes públicos invadiam à força as comunidades pobres da cidade para impor a vacinação obrigatória contra a febre amarela e a varíola a todos os moradores.
D
Guerra de Canudos, ocorrida no sertão da Bahia e que teve no cearense Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, o principal líder daquela comunidade rural, formada por sertanejos miseráveis que fugiam da fome e buscavam a salvação eterna.
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UECE 2017 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Leia atentamente o seguinte excerto: “O papel de herói da Inconfidência Mineira cabe ainda a Tiradentes porque ele foi o inconfidente que recebeu a pena maior: a morte na forca, uma vez que o próprio réu, durante a devassa, assumiu para si toda a culpa. Sabe-se, no entanto, que sua morte se deve também em grande parte à acusação dos demais inconfidentes, bem como a sua condição social: pertencente à camada média da sociedade mineira, sem importantes ligações de família, sem ilustração nem boas maneiras”.

Cândida Vilares Gancho & Vera Vilhena de Toledo. Inconfidência Mineira. São Paulo, Editora Ática, Série Princípios,1991. p.45.


Sobre a Inconfidência Mineira, ocorrida em Vila Rica no período da mineração aurífera, é correto afirmar que

A
representou o exemplo de revolta popular contra a dominação colonial portuguesa no Brasil, uma vez que, oriunda das camadas mais humildes de Minas Gerais, inclusive escravos, chegou a contagiar indivíduos pertencentes às mais altas posições sociais.
B
foi uma representação dos interesses de grupos da elite local, intelectuais, religiosos, militares e fazendeiros, em livrarem-se do controle e dos impostos cobrados pela coroa portuguesa na região, mas não havia consenso em relação à libertação dos escravos.
C
marcou o início do processo de independência do Brasil, baseado na luta armada do povo contra as forças leais a Portugal, e em defesa dos ideais liberais e republicanos, como o fim da escravidão, direito ao voto universal masculino e governo presidencialista.
D
apesar de bem sucedida, com a proclamação da independência de Minas Gerais, teve pouco impacto na história do Brasil, uma vez que seus objetivos extremamente populares não foram bem aceitos pelas elites econômicas de outras regiões da colônia.