Questõesde ENEM 2019 sobre História
Uma privatização do espaço maior do que aquela
proporcionada pelo quarto evidencia-se cada vez mais
nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre a
cama e a parede], as alcovas são espaços além do leito,
longe da porta que dá acesso à sala (ou à antecâmara,
nas casas da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do
estilo século XVIII, mandou construir uma parede em
torno de sua cama a fim de fechar completamente o
pequeno cômodo além do leito — cômodo no qual só
ele podia entrar, descendo da cama do lado da ruelle.
RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.).
História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes.
São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
A partir do século XVII, a história da casa, que foi se
modificando para atender aos novos hábitos dos
indivíduos, provocou o(a)
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
(IHGB) reuniu historiadores, romancistas, poetas,
administradores públicos e políticos em torno da
investigação a respeito do caráter brasileiro. Em certo
sentido, a estrutura dessa instituição, pelo menos como
projeto, reproduzia o modelo centralizador imperial.
Assim, enquanto na Corte localizava-se a sede, nas
províncias deveria haver os respectivos institutos
regionais. Estes, por sua vez, enviariam documentos e
relatos regionais para a capital.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pedro II,
o referido instituto objetivava
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua
guerra de pirataria contra a Espanha papista quando
roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do
Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha
Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do
Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois
pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a
um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o
primeiro entreposto inglês ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações
às independências. Séculos XIII a XX.
São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme
citada no texto, foi o meio encontrado para
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a Espanha papista quando roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino.
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às independências. Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado para

Produzida no Chile, no final da década de 1970,
a imagem expressa um conflito entre culturas e sua
presença em museus decorrente da
Produzida no Chile, no final da década de 1970,
a imagem expressa um conflito entre culturas e sua
presença em museus decorrente da
Tratava-se agora de construir um ritmo novo.
Para tanto, era necessário convocar todas as forças
vivas da Nação, todos os homens que, com vontade
de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer,
num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande
convocação que conclamava o povo para a gigantesca
tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da
imensa pátria os trabalhadores: os homens simples
e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos
de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo
de burro, em paus-de-arara, por todas as formas
possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de
esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres
e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias;
foram chegando de tantos povoados, tantas cidades
cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus
ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria...
Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil! Brasília!
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III — A chegada
dos candangos. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
No texto, a narrativa produzida sobre a construção
de Brasília articula os elementos políticos e
socioeconômicos indicados, respectivamente, em:
Tratava-se agora de construir um ritmo novo. Para tanto, era necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os homens que, com vontade de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus-de-arara, por todas as formas possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria... Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil! Brasília!
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III — A chegada dos candangos. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
No texto, a narrativa produzida sobre a construção de Brasília articula os elementos políticos e socioeconômicos indicados, respectivamente, em:
A Declaração Universal dos Direitos Humanos,
adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU
na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948,
foi um acontecimento histórico de grande relevância.
Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o
papel dos direitos humanos na convivência coletiva,
pode ser considerada um evento inaugural de uma nova
concepção de vida internacional.
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
A declaração citada no texto introduziu uma nova
concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional.
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
A partir da segunda metade do século XVIII,
o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e
se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à
recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo,
5 abr. 2015 (adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na
dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à
seguinte atividade:
A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:
A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente
o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado
da ação popular. Não se negava o Estado, não se
reivindicava participação nas decisões políticas;
defendiam-se valores e direitos considerados acima da
intervenção do Estado.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República
que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta,
na medida em que a ação popular questionava
A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado, não se reivindicava participação nas decisões políticas; defendiam-se valores e direitos considerados acima da intervenção do Estado.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta, na medida em que a ação popular questionava
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos
era imprescindível para a existência da cidade-estado.
Segundo os regimes políticos, a proporção desses
cidadãos em relação à população total dos homens
livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas
aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção
de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do
seguinte critério para a participação política:
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política:
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada
pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira
cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo
todas as formas de campos de concentração. Vistos de
fora, os campos e o que neles acontece só podem ser
descritos com imagens extraterrenas, como se a vida
fosse neles separada das finalidades deste mundo.
Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos
que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível
que termina levando à aceitação do extermínio como
solução perfeitamente normal.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo:
Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A partir da análise da autora, no encontro das
temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à
naturalização do(a)
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a)
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas
ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou
a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus
Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração
a este último de tal maneira que as festas do solstício de
verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram
“fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto
não foi imediatamente associada a São João Batista.
Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da
festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas
por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento
(1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em
torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de
festas e santos católicos. Revista Anthropológicas,
n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada
no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos católicos. Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas descritas, que consistem em
Art. 90. As nomeações dos deputados e
senadores para a Assembleia Geral, e dos membros
dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas
por eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em
assembleias paroquiais, os eleitores de província,
e estes, os representantes da nação e província.
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias
paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais
se não compreendem os casados, os oficiais
militares, que forem maiores de vinte e um anos, os
bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras.
II. Os filhos de famílias, que estiverem na
companhia de seus pais, salvo se servirem a
ofícios públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram
os guarda-livros, e primeiros caixeiros das
casas de comércio, os criados da Casa Imperial,
que não forem de galão branco, e os
administradores das fazendas rurais e fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em
comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem
mil réis por bens de raiz, indústria, comércio,
ou emprego.
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br.
Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
De acordo com os artigos do dispositivo legal
apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do
Império é marcado pelo(a)
Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para a Assembleia Geral, e dos membros dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas por eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembleias paroquiais, os eleitores de província, e estes, os representantes da nação e província.
Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados, os oficiais militares, que forem maiores de vinte e um anos, os bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras.
II. Os filhos de famílias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem a ofícios públicos.
III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de comércio, os criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das fazendas rurais e fábricas.
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio, ou emprego.
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
De acordo com os artigos do dispositivo legal
apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do
Império é marcado pelo(a)
TEXTO I
A centralização econômica, o protecionismo e
a expansão ultramarina engrandeceram o Estado, embora beneficiassem a burguesia incipiente.
ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo.
Lisboa: Gradiva,1989 (adaptado).
TEXTO II
As interferências da legislação e das práticas exclusivistas restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das relações econômicas.
SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo:
Abril Cultural, 1983 (adaptado).
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre
as relações entre Estado e economia foram formuladas.
Tais concepções, associadas a cada um dos textos,
confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as
práticas de
TEXTO I
A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado, embora beneficiassem a burguesia incipiente.
ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva,1989 (adaptado).
TEXTO II
As interferências da legislação e das práticas exclusivistas restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das relações econômicas.
SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre
as relações entre Estado e economia foram formuladas.
Tais concepções, associadas a cada um dos textos,
confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as
práticas de
A maior parte das agressões e manifestações
discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas
ocorrem em locais públicos (57%).É na rua, na via pública,
que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente
em locais próximos às casas de culto dessas religiões.
O transporte público também é apontado como um local
em que os adeptos das religiões de matrizes africanas
são discriminados, geralmente quando se encontram
paramentados por conta dos preceitos religiosos.
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. M. Catografia social de terreiros no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:PUC-Rio, 2014.
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a
dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque
A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas ocorrem em locais públicos (57%).É na rua, na via pública, que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto dessas religiões. O transporte público também é apontado como um local em que os adeptos das religiões de matrizes africanas são discriminados, geralmente quando se encontram paramentados por conta dos preceitos religiosos.
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. M. Catografia social de terreiros no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:PUC-Rio, 2014.
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a
dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque
Entre os combatentes estava a mais famosa
heroína da Independência. Nascida em Feira de
Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria
de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou
a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da
proibição de mulheres nos batalhões de voluntários,
decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos,
amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se
às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No processo de Independência do Brasil, o caso
mencionado é emblemático porque evidencia a
Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a
Dificilmente passa-se uma noite sem que
algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de
cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores
não diretamente envolvidos nos ataques pareciam
apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times:
“deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos
aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas,
há um fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no
século XIX, foi uma reação ao seguinte processo
socioespacial:
Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas, há um fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte processo socioespacial: