Questõesde UERJ sobre Geografia

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Foram encontradas 310 questões
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UERJ 2013, UERJ 2013 - Geografia - População brasileira, População

“A redenção de Cam” (1895), de Modesto Brocos y Gomes

itaucultural.org.br

No I Congresso Mundial das Raças, ocorrido em Londres em 1911, o médico João Baptista de Lacerda ilustrou suas reflexões sobre a sociedade brasileira analisando a tela “A redenção de Cam”, que retrata três gerações de uma família.

Essa pintura foi utilizada na época para indicar a seguinte tendência demográfica no Brasil:

A
controle de natalidade
B
branqueamento da população
C
equilíbrio entre faixas etárias
D
segregação dos grupos étnicos
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UERJ 2013, UERJ 2013 - Geografia - População, Migrações

A restituição da passagem

As famílias chegadas a Santos com passagens de 3ª classe, tendo pelo menos 3 pessoas de 12 a 45 anos, sendo agricultores e destinando-se à lavoura do estado de São Paulo, como colonos nas fazendas ou estabelecendo-se por conta própria em terras adquiridas ou arrendadas de particulares ou do governo, fora dos subúrbios da cidade, podem obter a restituição da quantia que tiverem pago por suas passagens.

Adaptado de O immigrante, nº 1 1, janeiro de 1 1908. 

A publicação da revista O immigrante fazia parte das ações do governo de São Paulo que tinham como objetivo estimular, no final do século XIX e início do XX, a ida de imigrantes para o estado. Para isso, ofereciam-se inclusive subsídios, como indica o texto.

Essa diretriz paulista era parte integrante da política nacional da época que visava à garantia da: 

A
oferta de mão de obra para a cafeicultura
B
ampliação dos núcleos urbanos no interior
C
continuidade do processo de reforma agrária
D
expansão dos limites territoriais da federação
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UERJ 2013, UERJ 2013 - Geografia - Agricultura brasileira, Agropecuária

A agricultura familiar, apesar das críticas quanto à sua viabilidade econômica, mantém-se como um segmento produtivo importante do setor primário brasileiro. Observe nos gráficos as proporções percentuais do número de estabelecimentos da agricultura familiar e da área ocupada por eles por macrorregião em relação ao total do país.
Adaptado de www.mst.org.br.

O tamanho médio das propriedades familiares é maior nas seguintes regiões brasileiras:

A
Sul e Nordeste
B
Nordeste e Norte
C
Centro-Oeste e Sul
D
Norte e Centro-Oeste
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UERJ 2013, UERJ 2013, UERJ 2013 - Geografia

Uma das contradições que afetam as sociedades africanas é a não correspondência entre as fronteiras territoriais dos diversos Estados-nacionais e as divisões entre grupos étnicos locais, como se observa no mapa abaixo:

            

Adaptado de OLIC, Nelson Basic; CANEPA, Beatriz. África: terra, sociedades e conflitos. São Paulo: Moderna, 2012.

Na maioria dos países africanos, essa contradição provoca, principalmente, o seguinte efeito:



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UERJ 2016 - Geografia - Geografia Econômica

A CABEÇA E A ILHA André Dahmer

Adaptado de O Globo, 06/01/2016.


A situação apresentada na tirinha remete ao seguinte processo característico do modo de produção capitalista:

A
formação de cartel
B
fragmentação industrial
C
massificação do consumo
D
concentração empresarial
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UERJ 2016 - Geografia - Urbanização em países desenvolvidos, Urbanização, Urbanização em países subdesenvolvidos

Nas imagens, estão representadas a malha urbana da cidade de Toledo, com suas ruas estreitas de origem medieval, e a de um bairro de Los Angeles, cidade estadunidense que se expandiu principalmente após a Segunda Guerra Mundial.

google.com.br jalopnik.com

A diferença entre as duas malhas urbanas é explicada pela relação entre dois fatores que contribuíram para a organização desses espaços, embora em épocas bastante distintas.
Esses fatores estão apontados em:

A
concentração financeira – processo de verticalização
B
atividade econômica – especialização funcional
C
nível técnico – padrões de circulação
D
perfil de renda – segregação social
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UERJ 2015, UERJ 2015 - Geografia - Geografia Física, Relevo

Na imagem abaixo, foi utilizada a técnica de curvas de nível para representar a topografia de uma região na qual há um vale, entre outras formas de relevo.


Phil Gersmehl
Adaptado de Teaching geography. Nova York: Guilford, 2008.

O ponto localizado no fundo desse vale é o identificado pela seguinte letra:

A
A
B
B
C
C
D
D
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UERJ 2019 - Geografia - Geografia Política, População

UM MUNDO DE MUROS: AS BARREIRAS QUE NOS DIVIDEM


Um mundo cada vez mais interconectado tem erguido muros e cercas para bloquear aqueles que considera indesejáveis. Das 17 barreiras físicas existentes em 2001 passamos para 70 hoje. Alguns separam fronteiras. Outros dividem a mesma população. Alguns freiam refugiados. Outros escondem a pobreza. Ou o medo. Ou a guerra. Ou a desigualdade. Ou a mudança climática.

Adaptado de arte.folha.uol.com.br, 27/02/2017.



Os objetivos prioritários para a construção das barreiras físicas apresentadas nos mapas 1 e 2 são, respectivamente:

A
estratégia militar e política demográfica
B
rivalidade étnica e polarização ideológica
C
antagonismo comercial e restrição religiosa
D
isolamento econômico e segurança ambiental
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UERJ 2019 - Geografia - Geografia Econômica

Considere o perfil histórico e socioeconômico do Brasil retratado no texto a seguir.


Em 1974, final do governo Médici, o Brasil crescia como poucos países, e o salário mínimo valia muito pouco. O ministro da fazenda da época, Delfim Netto, pedia para o povo ficar calmo: “Temos que esperar o bolo crescer para depois distribuir os pedaços.” O bolo ficou enorme, e o povo não deu nem uma mordida! Chico Buarque, usando o pseudônimo de Julinho de Adelaide, compôs a música “Milagre brasileiro”:

Cadê o meu?

Cadê o meu, ó meu?

Dizem que você se defendeu.

É o milagre brasileiro.

Adaptado de DINIZ, A.; CUNHA, D. A República cantada: do choro ao funk, a história do Brasil através da música. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.


O gráfico que expressa, para o ano de 1989, a distribuição social da riqueza resultante da política econômica implementada ao longo do período histórico abordado no texto é:

A


B


C


D


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UERJ 2019 - Geografia - Geografia Política

O gueto do Norte tinha se transformado numa espécie de área colonial. A colônia era impotente porque todas as decisões importantes que afetavam a comunidade vinham de fora. Muitos de seus habitantes chegavam a ter sua vida diária dominada pelo agente da previdência e pelo policial. Os lucros obtidos por senhorios e comerciantes eram retirados e raramente reinvestidos. A única coisa positiva que a sociedade mais ampla via na favela era o fato de ela ser uma fonte de mão de obra excedente barata em tempos de prosperidade.

Adaptado de CARSON, C. A autobiografia de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.


No fragmento, Martin Luther King, líder do movimento pelos direitos civis, estabelece uma comparação entre o colonialismo territorial e os eventos ocorridos no gueto negro de Lawndale, na cidade de Chicago, onde ele morou com sua família.


Essa comparação está fundamentada no seguinte processo social:

A
imposição cultural
B
totalitarismo político
C
drenagem econômica
D
manipulação ideológica
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UERJ 2019 - Geografia - Geografia Econômica

CERCO DE TRUMP DÁ FORMA À ARTE NA BIENAL DE HAVANA



Um peso que pesa outro peso, e este outro, e assim por diante, até chegar a seis balanças romanas encadeadas, que se sustentam entre si de um modo inverossímil – metáfora de como funciona atualmente a economia cubana, sempre em um precário equilíbrio que se mantém enquanto uma força não interferir. Trata-se de uma instalação do artista Marco Castillo, chamada “Gabriel”. Feita de aço e chumbo, mede quase cinco metros de altura e é parte de Intercessões, uma das muitas exposições inauguradas na 13ª Bienal de Havana, sob o título “A construção do possível”, em cujo programa figuram mais de 300 criadores de 50 países.

Adaptado de brasil.elpais.com, 24/04/2019.


Na 13ª Bienal de Havana, muitas obras dialogavam com aspectos atuais das condições de vida em Cuba, indicando transformações econômicas ocorridas recentemente.

Um fator determinante para esse novo cenário econômico é:

A
modernização agrícola
B
dinamização do comércio
C
regulamentação trabalhista
D
ampliação da informalidade
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UERJ 2019 - Geografia - Urbanização, Noções Gerais de Urbanização

Na administração do engenheiro e prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), o Morro do Castelo foi totalmente demolido. A decisão causou muita polêmica, tendo sido criticada por vários intelectuais, como, por exemplo, Monteiro Lobato.



[O Morro do Castelo] ouve sempre cochichos suspeitos nos quais um estribilho soa insistente: precisamos arrasar o Morro do Castelo! Percebe que virou negócio, que o verdadeiro tesouro oculto em suas entranhas não é a imagem de ouro maciço de Santo Inácio, e sim o panamá do arrasamento. Os homens de hoje são negocistas sem alma. Querem dinheiro. Para obtê-lo venderão tudo, venderiam até a alma se a tivessem. Como pode ele, pois, resistir à maré, se suas credenciais − velhice, beleza, pitoresco, historicidade − não são valores de cotação na bolsa?

MONTEIRO LOBATO Adaptado de A onda verde. São Paulo: Monteiro Lobato & Cia Editores, 1922.


De acordo com a crítica de Monteiro Lobato, transcrita acima, o arrasamento do Morro do Castelo expressou a seguinte perspectiva de intervenção urbana:

A
remoção de população pobre
B
saneamento de área degradada
C
desqualificação do passado colonial
D
modernização do transporte público
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UERJ 2019 - Geografia - Globalização


A primeira imagem acima ilustra a Teoria dos Lugares Centrais, elaborada com base em estudos sobre a rede de cidades do sul da Alemanha, na década de 1930. Já a segunda imagem foi feita a partir de estudos e mapeamentos das cidades globais do final do século XX.

A comparação entre os dois estudos permite identificar a seguinte mudança vinculada às redes urbanas, ao longo do século XX:

A
escala espacial das interações econômicas
B
valorização social das identidades culturais
C
estrutura funcional das hierarquias políticas
D
organização territorial das entidades governamentais
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UERJ 2019 - Geografia - Desenvolvimento

O BRASIL SOB A LAMA


O Brasil viveu, na última semana, um pesadelo. O país ainda chora os 110 mortos e mais de 200 desaparecidos deixados pela avalanche de lama da sexta-feira passada, dia 25 de janeiro, em Brumadinho (MG), causada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale. A tragédia tem um precedente muito próximo, também no Estado de Minas Gerais, em Mariana. Em 5 de novembro de 2015, o rompimento de duas paredes de contenção na represa da Samarco matou 19 pessoas e deixou um irreparável rastro de destruição ambiental.

É assombroso constatar que, mais de três anos depois, o Brasil continua debatendo sobre os mesmos problemas que ocasionaram a primeira tragédia. Mais ainda, que durante todo este tempo nada tenha sido feito para melhorar a segurança de tais instalações. É terrível também ver como uma parte da sociedade continua demonizando a fiscalização ambiental e militando em uma dicotomia cega e antiquada entre preservação e desenvolvimento econômico.

Adaptado de brasil.elpais.com, 01/02/2019


NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO SEM PROTEÇÃO AMBIENTAL


O desastre de Brumadinho é uma boa oportunidade para refletir sobre uma visão muito disseminada no Brasil de que a proteção ambiental é um entrave ao desenvolvimento. Muitos acreditam que devemos desenhar políticas econômicas sem analisar suas consequências ambientais. Isso está profundamente equivocado. Os livros de economia das melhores universidades do mundo já não falam mais de crescimento sem considerar os seus impactos ambientais, que no passado eram tratados como simples “externalidades”. Na visão antiga, qualquer forma de extrair minério é boa porque faz a economia crescer. Não entra nessa perspectiva a análise do custo das vidas e da degradação ambiental decorrente de desastres como os de Brumadinho ou Mariana. Se os órgãos ambientais tivessem exigido maiores investimentos da Vale na segurança das barragens antes de conceder a licença, isso teria sido visto como um “entrave ambiental”.

VIRGÍLIO VIANA

Adaptado de brasil.elpais.com, 16/03/2019.


Nos textos são apresentados alguns dos significados dos desastres humanos e ambientais causados pelo rompimento de barragens de rejeitos de mineração em Mariana e Brumadinho.

Os desastres mencionados indicam a permanência do seguinte critério na relação entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental:

A
valorização da ocupação laboral
B
primazia da acumulação capitalista
C
racionalização da produção industrial
D
retomada da desregulamentação estatal
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UERJ 2019 - Geografia - População, Migrações


Os gráficos acima são parte do resultado de uma pesquisa feita em 2015 sobre a percepção dos cidadãos de diferentes países acerca do fenômeno migratório.

A diferença entre o percentual médio estimado pelos que responderam à pergunta e o percentual real de imigrantes em cada população nacional expressa uma grande preocupação de cidadãos europeus na atualidade.


Uma consequência direta dessa preocupação é:

A
ampliação dos programas de proteção social
B
intensificação dos conflitos de caráter militar
C
crescimento dos partidos de extrema-direita
D
fortalecimento dos acordos de integração econômica
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UERJ 2019 - Geografia - Geografia Política


Os mapas acima, publicados em momentos distintos pela revista The Economist, representam o alcance calculado para os mísseis balísticos da Coreia do Norte. No mapa 1, de 03/05/2003, os mísseis não atingem plenamente o espaço continental dos Estados Unidos. O mapa 2, publicado alguns dias depois, corrige essa informação, revelando a efetiva vulnerabilidade de todo o território estadunidense àqueles artefatos militares.


A correção das informações do mapa 1 decorre da seguinte característica desse tipo de representação da superfície terrestre:

A
deformações resultantes da projeção utilizada
B
generalizações derivadas da simbologia gráfica
C
imprecisões decorrentes da tecnologia disponível
D
manipulações originadas da orientação ideológica
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UERJ 2019 - Geografia - Geografia Física


A partir da análise do mapa, constata-se que o uso da metáfora do “arquipélago” no título da imagem expressa a seguinte característica da organização espacial do Brasil naquele momento:

A
reduzida integração econômica do território colonial
B
desigual distribuição regional da atividade industrial
C
excessiva diluição política do poder governamental
D
acentuada fragmentação fundiária da propriedade rural